quinta-feira, janeiro 27, 2011

Tah, esquece o que eu falei ontem sobre as novidades terem acabado. Hoje tinha tudo pra ser um dia típico mas acabou sendo diferente. Acordei, fui pras aulas, almocei (dia de comida mexicana no Dinning Hall, muchos tacos y tortillas!), skype-ei, respondi umas questões pra aula do professor fodão de Advertising Management (que quer que façamos a apresentação sobre um case do ebay de um artigo de Harvard vestidos de terno e com vocabulário impecável na frente da classe, em grupos que ele montou), depois fiz jogging até a academia com o gaúcho, trenei e voltamos correndo. Tomei um banho, jantei (hambúrguer de frango) e depois ficamos sabendo que as sete e meia (exatamente quando acabamos de comer) ia ter um concerto no Music Hall (prédio que fica literalmente de frente pro meu dormitório). No começo achei que ia ser tosco, fui mais pela falta do que fazer mesmo,mas acabou sendo muito bom. A cantora (nascida no Brasil, mudou pra cá aos 9 anos de idade), o pianista, o violoncelista e o resto da banda eram muito bons. No começo era meio ópera, mas na segunda parte do show ela só tocou músicas brasileiras, fechando com Águas de Março. Eu que já tava me sentindo em São Paulo, só pelo programinha cabeça, quando começaram a cantar em português me senti em casa. Depois do concerto fomos até cumprimentar a cantora e talz.
O concerto era de graça e depois ainda tinha comida na faixa! Comi uns cookies e ponche (servido naqueles bagulhos de filme mesmo, aquela tigelona porca). Puta ponche doce da porra, não agüentei tomar, mas se fosse batizado de vodka acredito que seria bom. Daí, na área da comida, onde todo mundo ficava discutindo o concerto, um velho americano veio puxar conversa com o gaúcho. Ele falou que conhecia ele por causa de uns amigos anteriores dele que vieram pra cá e moraram na casa dele. Ele costumava ser o responsável pela biblioteca ou algo do tipo,mas agora esta aposentado. Ficamos batendo um papo lah e depois ele convidou a gente pra ir tomar sorvete com um amigo dele, outro professor aposentado da área de música (a PSU é uma puta universidade de música clássica). Ele nos levou pro Bronw´s, uma puta sorveteria dahora aqui da cidade e até pagou nossos sorvetes. Os dois velhinhos eram mó intelectuais e a gente trocou uma puta idéia sobre o porque de ter tanto paraguayos por aqui (tinha um projeto de um antigo presidente americano onde cada estado seria responsável pela parceria com um país, não deu certo com quase ninguém, mas o Kansas manteve o acordo com o Paraguay, então quem é de lah pode vir estudar aqui na universidade, pagando um quarto do que alguém de nova York por exemplo, pagaria), sobre nossas primeiras impressões sobre a cidade e a universidade, sobre cultura, politica e economia em geral e sobre o canal do panamá. O da música até mostrou pra gente uma poesia que tinha feito e pediu nossa crítica a respeito. Gente finassas. Tipo, se eu tivesse no Brasil e dois caras mais velhos desconhecidos me convidassem pra tomar um sorvete, eu teria muito medo de ser estuprado no final da noite, mas aqui não, os caras eram genuinamente gente finas e heteros! Um estranho me pagou sorvete, me senti com dez anos de idade, hehe! E pelo menos, não foi mais uma noite que eu passei assistindo Family Guy (não que seja ruim, veja cenas lindas dos últimos episódios que eu assisti em gustt.tumblr.com, hehe). Bom, é basicamente isso, see ya tomorrow bitches!

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