segunda-feira, novembro 25, 2013

Jim Carrey and I Am The Walrus with George Martin - The Beatles

Sugestões da semana

Um filme: Joint Security Area (filminho coreano lindo de Deus!)

Um livro: Marvel Comics - A história secreta (bastidores da era de ouro)

Uma hq: Capitão América: Tempo esgotado (Steve Rogers = Jack Bauer)

Um jogo: Dead Nation (matando zumbis as centenas!)

Um seriado: nenhum (Walking dead e Agents of Shield estão um lixo)
Uma comédia: Bad Milo (e se um monstro saísse do seu intestino pelo seu rabo e quisesse matar sua mulher?) 

Um desenho animado: CDZ - A saga de Hades (não tinha visto até agora)

Um cd novo: Pearl Jam - Lightning bolt

Um site: http://what-would-i-say.com/ (transforma qualquer um em poeta)

sexta-feira, novembro 22, 2013

Roteiros de HQ

Vou postar a seguir alguns roteiros pra hqs criados recentemente para um teste do qual participei. Eu recebi só essas duas linhas em negrito como descrição do que fazer. De resto, estava tudo liberado. Esse foi o resultado:

TESTE 01
- 10 pgs de roteiro full script - "Homem na beirada de um prédio a beira do suicído"
 
Pagina 1
Full page
Noite. Vemos um homem jovem de cabeça para baixo, dependurado na beirada de um prédio. Ele esta preso por seus calcanhares, e tem uma garrafa de vodka em uma das mãos. Ele usa calça jeans, e uma camisa social dobrada nas mangas, com botões abertos ate a altura do peito. Tem cabelos desgrenhados e a barba mal feita. Acima dele podemos ver um letreiro luminoso com a palavra “HOTEL”, escrita na vertical.
Vemos apenas o prédio da metade para cima, não seus andares inferiores.
Background – diversos prédios iluminam a cidade no horizonte.
Sem texto.
Pagina 2
Três quadros em vertical.
Q1- Plano aberto. Agora podemos ver o prédio todo, com a portaria abaixo, ao nível da rua, e parte dos prédios vizinhos. Madrugada. Vemos poucas pessoas caminhando pela rua. Acima, vemos o suicida na beira do prédio, olhando pras estrelas com olhar pensativo.
Q2- Mesma cena, mas abaixo um dos transeuntes aponta para o homem no topo do prédio. Mais duas pessoas se juntam ao quadro, não próximas umas das outras, todas olhando para cima. O suicida da um gole em sua bebida.
Q3 – Agora uma pequena multidão já se formou na entrada do prédio. Todos olham para cima, algumas delas portando seus celulares. Uma fotografa a cena, a outra liga para a policia.
Sem texto.
Pagina 3
Q1 – Vemos o luminoso do hotel, vista através dos olhos do homem dependurado de ponta cabeça. Vemos seus joelhos dobrados, seus sapatos e o luminoso em perspectiva de baixo para cima. 
Q2 – Mesmo quadro anterior. Mas agora vemos um policial enfezado prostrado a frente do luminoso do hotel, com as mãos na cintura. O policial e jovem, não deve ter mais de 30 anos, mas tem uma barriga saliente, usa óculos escuros, ostenta um bigode e veste seu uniforme da policia civil.
POLICIAL: Vamos garoto, você não quer morrer e estragar a noite de todas essas pessoas quer?
O suicida não responde.
Q3 –  Vista lateral do policial conversando com o homem de ponta cabeça. Vemos os dois de perfil. O policial apoia uma das pernas na beirada do prédio.
Q4- Close no policial coçando o queixo.
POLICIAL: Garoto, já são cinco e meia da manha. Será que você não pode sentar direito pra conversar um pouco comigo e parar de assustar o pessoal?
Q5 – Suicida solta umas pernas do prédio, ficando preso apenas por sua perna esquerda, arrancando olhares de medo do publico abaixo.
SUICIDA: Eu poderia assustar muito mais se quisesse, acredite. – Ele diz sorrindo.

Pagina 4
Q1- O garoto sobe para a beirada do prédio.
SUICIDA: Mas acho que não teria problema em me sentar com você. Pelo menos assim essas pessoas vão embora. Não achei que estivesse chamando tanta atenção.
Q2 – O policial senta-se ao seu lado. Vemos os dois sentados lado a lado, encarando o horizonte em silencio.
Q3 – POLICIAL: Não vai me oferecer um gole? – ele diz apontando para a garrafa de bebida do garoto. A bebida já esta na metade. O garoto passa a garrafa para o policial.
SUICIDA: Fique a vontade.
Q4 – O Policial da um gole na bebida enquanto o garoto o observa.
POLICIAL: Acha mesmo que ter uma vida de merda te da ao direito de desistir dela? Tenho certeza que já ouvi milhares de historias piores que a sua.
SUICIDA: Eu não teria tanta certeza.
POLICIAL: Então você tem uma historia original? Muito bem, surpreenda-me. Sou todo ouvidos.

Pagina 5
Q1 – O suicida e o policial conversam. Aqui os dois poderiam estar sentados na beirada do quadro, com as pernas saindo pra fora do quadrinho, criando um efeito 3D na pagina.
SUICIDA: Eu não ia me suicidar.
POLICIAL: Não foi o que me pareceu quando te vi dependurado aqui no hotel como um maldito morcego. Vamos, não precisa ter medo de se abrir comigo.
Q2 – Suicida tira um maço de cigarros do bolso.
SUICIDA: Tudo bem, eu precisava mesmo de alguém pra conversar. Mas juro que não subi aqui para me suicidar. Vim aqui apenas para refletir. Tenho me sentido muito sozinho ultimamente. Nos últimos meses, me afastei de muita gente que eu amava. Minha família, minha namorada, meus amigos.
Q3 – O suicida aponta o maço para o policial, lhe oferecendo um cigarro.
POLICIAL : E por que motivo?
SUICIDA: Quando a noite cai, as vezes deixo de ser eu mesmo. Perco o controle. Tenho medo de acabar machucando alguém..  
Q4- POLICIAL: O que aconteceu pra te deixar assim? – o policial diz aceitando um cigarro.
SUICIDA: Sempre gostei muito da vida noturna, sabe? Da bebida, das baladas, de conhecer gente nova. Mas às vezes eu exagero e saio de mim, sabe? Fico agressivo. Machuco as pessoas.
Pagina 6
Policial encara preocupado o garoto.
Q1 - POLICIAL: Você tem que procurar ajuda. Existem muitas pessoas que podem te ajudar com esse problema que você tem com a bebida.
O suicida acende o cigarro do policial
Q2  – Suicida traga seu próprio cigarro.
SUICIDA: A bebida não é o problema.
Q3 – POLICIAL: Afastar-se das pessoas que se importam com você não é a resposta. Fugir não pé uma solução.
SUICIDA: Você não entende... mas não pertenço mais a este mundo.– Ele diz apagando seu cigarro na beirada do edifício.
Q4 – Policial tira os óculos escuros para encarar o garoto.
POLICIAL: Besteira. Mas olha, sua aparência esta péssima. Faz quanto tempo que você não toma um banho, hein?– Ele diz bebericando a vodka do garoto.
SUICIDA: Não sei, isso não importa mais.

Pagina 7
Q1 - POLICIAL: Você parece meio pálido.
SUICIDA: Não tenho saído muito durante o dia. – Ele diz desviando o olhar.
Q2 - POLICIAL: Está muito magro também. Tem se alimentado direito?
SUICIDA: Não muito. Passo mal com qualquer tempero muito forte, então quase nunca como fora. E ultimamente não tenho cozinhado nada. – Ele olha pra rua. Aqueles que assistiam anteriormente a cena, já foram perderam o interesse e foram embora.
Q3 – POLICIAL: Ah, eu também prefiro muito mais uma comidinha caseira. Graças a Deus me casei com uma mulher que cozinha muito bem, como você pode perceber. – Ele diz dando um tapa em sua enorme barriga.
SUICIDA: Bem, melhor mudarmos de assunto. De repente, comecei a ficar com fome... – O garoto diz encarando a barriga do policial.

Pagina 8
Q1- O suicida olha pensativo para as estrelas.
SUICIDA: Seria tão mais fácil se eu pudesse simplesmente abraçar a escuridão...
POLICIAL: Essa seria uma escolha covarde. Você não precisa fazer isso.- O policial diz olhando para ele.
Q2: Plano médio. Temos uma vista frontal dos dois conversando lado a lado. O céu começa a clarear. Já é quase de manha.
POLICIAL: Garoto, todo mundo se sente assim uma vez na vida. No fundo do poço, achando que as coisas nunca vão melhorar. Mas eu te asseguro que quando você menos esperar, o sol voltará a brilhar pra você e será o fim de todos os seus problemas.
SUICIDA: Eu não contaria com isso. Mas obrigado por se importar.
Q3 – O policial da um abraço no garoto.
POLICIAL: Confie em mim. Tenha paciência. Só dê tempo ao tempo e dará tudo certo.
SUICIDA: Falta de tempo não é problema.

Pagina 9
Q1- O policial se levanta.
POLICIAL: Bom, vou buscar um café pra gente e já volto, ok?
Q2 – SUICIDA: E o que te faz pensar que eu ficaria aqui te espe..
O suicida olha para baixo assustado e percebe que o policial algemou um de seus punhos a uma canaleta que contorna o edifício. Ele provavelmente fez isso quando lhe deu um abraço.
Q3- Vemos o suicida fazendo força, puxando seu braço algemado, tentando se soltar desesperadamente.
SUICIDA: Não! Você não entende! Você tem que me soltar agora! Não pode fazer isso comigo! Eu não quero morrer! Eu não quero morrer!
Q4- A cena se abre. Vemos o policial saindo pela porta de saída da cobertura do prédio.
POLICIAL: Sinto muito garoto, mas ainda não confio em você. Quem me garante que você não pularia se eu não te algemasse? Fique calmo, eu prometo que volto logo. – Ele diz ao fechar a porta.
Enquanto isso o suicida esta ainda mais desesperado, tentando soltar-se a todo custo. O sol já esta quase nascendo no horizonte.
Q5 – O suicida olha em direção ao sol, ainda tentando se soltar, lagrimas escorrem pelo seu rosto.
Pagina 10
Q1 – O sol nasce. Vemos o suicida (que era um vampiro)  arder em chamas, ainda tentando se desvencilhar das algemas.
SUICIDA: NAAAAAOOO.  EU NÃO QUERO MORRERRR....*
Q2 – O corpo do suicida e as roupas que ele vestia, agora não passam de uma pilha de cinzas.
Q3- O policial retorna ao local, trazendo dois copos plásticos de café em uma pequena bandeja.  Ele leva uma das mãos a cabeça em sinal de duvida.
As algemas estão no mesmo lugar onde ele as deixou, chamuscadas.
POLICIAL: ?
Vemos as cinzas do vampiro sendo levadas pelo vento da manhã.
FIM


Roteiro de teste

TESTE 02

- 10 pgs de argumento (roteiro "Marvel Way" - "No sertão nordestino, garoto em busca de água"

Pagina 1
Em uma humilde cabana, solitária na imensidão do sertão nordestino, um garoto mulato de aparência simples, conversa com sua mãe. Uma senhora magra deitada em uma rede. Ela aparenta estar fraca e doente.
Pagina 2
A mãe coloca uma mão no ombro do garoto, pedindo que ele vá buscar água para eles. O garoto não quer, ele nunca foi até o poço sozinho, tem medo de se perder no caminho. A mãe insiste, diz que ele já é um homem, que a água da casa acabou há mais de um dia e que ela não pode ir dessa vez.
Página 3
O garoto pega um balde e sai da cabana. Então começa a caminhar, mas a paisagem é sempre igual e ele acaba se perdendo. Ele olha para os lados perdido. Senta-se desolado com a mão na cabeça. Levanta-se e segue sua caminhada, mas já privado há dias de água, ele começa a ter alucinações.
Página 4
O menino começa a imaginar-se dentro de uma pequena nave espacial alienígena, que esta cruzando as estrelas em busca de combustível para sua nave mãe.
Pagina 5
A partir daqui as imagens das alucinações começam a alternar-se com as imagens da realidade. O garoto observa um passarinho no céu e decide segui-lo.  Na alucinação, a nave do garoto segue outra nave alienígena, ainda menor que a sua e que possui o formato de um estranho passarinho.
Pagina 6
A ave pousa em uma árvore próxima ao poço. A nave alienígena em formato de passarinho pousa em um planeta estranho, parece que tem troncos saindo dele. O garoto na pequena nave entra na boca de um monstro gigante.  O corpo desse monstro esta enterrado no chão. Vemos apenas sua boca se projetando para fora da areia, como se fosse um grande poço, com dentes nas bordas. 
Pagina 7
O garoto desce o balde até o fundo do poço, e encontra agua. Na alucinação, o garoto desce de sua pequena nave, dentro da barriga do monstro e começa a recolher o combustível que buscava, um liquido estranho que corre no estomago do monstro.
Página 8
O garoto vira o balde de agua em sua boca. O liquido escorre por seu rosto, enquanto ele sorri de alegria. Depois ele joga o balde no poço novamente e coleta agua para levar para sua casa.
Pagina 9
O garoto volta correndo com balde d’agua nas mãos em direção a sua casa. Em metade da pagina vemos a pequena nave espacial cruzando o universo em direção a sua nave mãe. Esse quadro esta se desfazendo, como se estivesse se desintegrando, pois agora que o garoto já bebeu a agua, suas alucinações estão desaparecendo.
Pagina 10
O garoto chega a sua cabana e mostra orgulhoso o balde cheio d’agua para sua mãe, que agradece sorrindo orgulhosa. Na janela vemos o pássaro que ajudou o garoto. O cenário começa a se abrir. Em uma ilustração externa da cabana, podemos notar que já anoiteceu, e acima do telhado, podemos ver as  estrelas pairando no céu.
FIM

quinta-feira, novembro 14, 2013

Hitchhiking (ou "Chega de onibus, e rodoviárias e gente que faz a feira no posto do Gugu")


Uma mudança drástica aconteceu nesses últimos meses com relação a forma que eu venho pra SP. Sempre usei muito ônibus pra vir, pra não ter que ficar dependendo de caronas e poder montar antecipadamente meu horário. Mas minhas passagens de estudantes acabaram, e ficou inviável voltar todo final de semana pagando o custo inteiro de uma passagem (70 reais o percurso! roubo! furto! pega ladrão!). A alternativa é voltar de carona toda semana, e graças a um santo grupo no facebook, que sempre publica quem está voltando e aceita desconhecidos como caroneiros, eu tenho conseguido me virar muito bem até agora. Mas como quase ninguém volta toda semana, eu acabo praticamente indo e voltando cada semana com um motorista diferente. O que é legal, porque cada pessoa tem histórias, jeitos, horários, passageiros até caminhos diferentes. E acabo sabendo de mais gente de Jau que mora na minha própria rua ou bairro que eu nem conhecia  - o que pode originar sempre novas caronas, pra que eu nunca precise ficar sem opções! Puro networking.

#vidadecaroneiro 


segunda-feira, novembro 11, 2013

Palestra com Luke Ross (em Jau ?!?)

Sabado a tarde fui numa palestra do Luke Ross, um ilustrador paulistano que já desenhou por anos a revista do Homem-Aranha, Capitão América e hoje esta em Secret Avengers. Um cara que trabalha no meio há anos, já teve sua fase Jim Lee mas hoje tem um puta traço lindo realista pra caralho. Ele deu varias dicas legais de carreira, falou de como usava recursos do Photoshop pra deixar o escudo sempre 3D, de como aprendeu a usar fotos pra referencia de backgrounds e que hoje utiliza um programa chamado Sketch Up pra montar os cenários e poder utiliza-los como referencia em quadros diferentes. Falou de seu tempo na Crossgen, morando em Miami com vários artistas sensacionais numa mesma casa financiada por um hacker milionário que amava quadrinhos, e de varias outras coisas legais, em uma palestra de quase três horas. E sabem onde foi a palestra? Em Jau! Na impacto quadrinhos! Muito bacana mesmo ver esse tipo de iniciativa rolando na cidade! Ainda sai de la com uma copia limitada da capa de Sonja autografada! Uma bela tarde de sábado com toda a certeza, espero que aconteçam mais eventos assim!

Vermelho e quente

Achei que já tinha acabado minha cota de shows esse ano, mas ganhei da minha irmã um presente de aniversario sensacional: um ingresso pros Red Hot Chili Peppers, que iam tocar na na Arena Anhembi. Mesmo quando estava em Jau já tinha vontade de vir pra esse show, mas como era no meio da semana e eu andava sem grana, achei que nem ia rolar. Mas eis que voltei pra SP, e ainda fui ao show de grátis! Então quinta feira passada, sai do trampo pro metro Tiete, encontrar o Kev pra gente ir pro show. Pegamos a van que leva do metro ao sambódromo, e levamos uma cota pro puto (que tinha comprado o ingresso pela internet, mas não tinha pago o envio) retirar o ingresso dele na bilheteria. Escutamos  o show do Yeah Yeah Yeahs, banda de abertura, de longe, mas tudo bem, não era nada que fizesse falta. Entramos, tomamos umas Buds, achamos um bom lugar (o Anhembi eh um ótimo lugar pra shows, mesmo se voce não fica muito perto, fica com uma visão ótima do palco), e pouco menos de uma hora depois o Red Hot subia ao palco. Showzasso, no qual eles tocaram os seus maiores sucessos de 2000 (quando conheci a banda em algum DiskMTV ou Multishow) até hoje, tempo no qual baixei todos os álbuns lancados desde então. Eles fazem bastante Jam entre as musicas, deixando-as perfeitas pra ouvir na praia fumando um banza, mas não eh exatamente o tipo de musica que faz um estádio pular, mas ainda assim foi um show do caralho de quase duas horas. Cant Stop, Californication, Under de Bridge, Dani California, By the Way, Higher Ground, Around the world, Snow, muita musica linda. E em “Give it away”, ultima musica do encore/biz ate deu pra matar a vontade de pular. Coisa legal tambem foi que o ceu tava vermelho, mesmo sendo dez da noite, igualzinho na capa do Californication (cd que eu tenho original!). Sai do show animado, com vontade de voltar a usar bonés, e num clima saudosista dos anos 2000. Esse foi o ano dos shows Disk Mtv (ou Top TVZ). Deve ter tido algum programa que tinha no mesmo dia Bon Jovi, Nickelback e Red Hot. Certeza absoluta. Fiquei soh chateado com o Anthony Kiedis, achei que ele era mais carismatico, mas quem tentou mesmo falar com a galera foi o Flea.Talvez seja a idade, falta de drogas, seila, sabiam que o Anthony ja tem 51 anos? Bom, saindo de la, compramos mais cervejas pra dar uma contribuída pros ambulantes, comemos um dog porco como de praxe, e encontramos minha irma e o namorado no estacionamento (tivemos que dar a volta no lugar, porque primeiro eu tive a grande ideia de esperar no estacionamento errado, no lado oposto). Ai nada como um pouco de transito, e dormir sonhando com a bela California dos Chili Peppers (que não existe, a verdadeira California eh um lixo, cheia de drogados e hippies rs). Deixo aqui meu clipe favorito:


FLAG: Uma quase-Agencia

Uma coisa que eu queria compartilhar com vocês há tempos, era minha quase-agencia. O lance foi o seguinte: em Jau eh impossível você prosperar trabalhando pros outros, você tem obrigatoriamente que ter seu próprio negocio se quiser ganhar dinheiro de verdade. Então o caminho logico a seguir se eu continuasse na cidade era ter minha própria agencia. Na minha primeira semana no trampo, já consegui um sócio. O Padjula. O cara mais gente fina que conheci nos últimos tempos. Amigo do primo da Manda, ele que me arrumou o trampo em Jau e que agiu como um anjo da guarda em todo meu tempo por la, se tornando temporariamente meu melhor amigo na cidade. Se eu fazia alguma cagada, ele consertava. Se eu não sabia de algo, ele me ajudava. E ele já tinha seus trabalhos por fora, seus contatos, fazia alguns trampos sozinho e procurava alguém pra sócio pra montar um negocio. Era a oportunidade perfeita. Um raio de luz na escuridão dos dias em que o futuro parecia ruim. Odiávamos ganhar pouco, mas sabíamos que dava pra tirar um extra por fora, e um dia o lucro seria todo nosso. Em semanas, eu já tinha um nome e um logo. FLAG Comunicação 360. E o Padjula já uma cliente. Fizemos os adesivos de uma vitrine de uma loja de perfumes. Algo pequeno, mas que dava um extra legal e era só o começo do que poderia vir a se tornar uma grande agencia de comunicação visual. O plano era no mês seguinte já imprimir cartões, fazer um site. Mas o destino me colocou de volta em SP, e os planos de ter um negócio na cidade foram postergados. Decidimos tentar manter a FLAG a distancia. Vamos ver no que vai dar. E quem sabe um dia, eu não enjoo de SP e volto com grana o suficiente pra investir em algo de verdade e voltamos a erguer essa bandeira?

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Show secreto

Em 11 de outubro fui no show do Black Sabbath em São Paulo. Não soh faltei no trampo, como ganhei carona do chefe na faixa pra ir pra cidade grande (obviamente ele não sabia minhas intenções, por isso soh pude postar isso agora). Almocei no Habib’s com 4 reais, tirei um cochilo e parti pro Campo de Marte. No trem, recebi uma ligacao marcando uma entrevista pro lugar que no qual eu trabalho hoje. Saindo do metro foi soh seguir as camisetas pretas pra chegar no lugar. Estava sozinho, como nos velhos tempos, então me esgueirei sorrateiramente como um bom espartano ate a grade da pista NIP (not importante person) e depois de algumas horas o Megadeth subiu ao palco pra abrir a noite. Eh a segunda vez que vejo a banda ao vivo (a primeira foi no SWU), e dessa vez já comecei a gostar mais do som. Talvez seja uma banda que você passa a gostar com o tempo, gosto adquirido, tipo Will Ferrell, seila. O que importa eh que pouco depois, eu já ouvi a boa e velha voz do príncipe das trevas cantarolando “Ole ole ole ole” e a galera em volta já surtou. O Sabbath abriu com War pigs, empolgou mesmo com NIB e Dirty Women, tocou algumas musiquinhas kapsa do 13 e fechou com a inquestionavelmente melhor de todas, Paranoid. Musiquinha que eu sempre tentava cantar profissionalmente quando meus amigos ainda sonhavam em ser roqueiros. O Ozzy eh menos carismático do que eu imaginava, soh mandava de vez em quando uns “Thank you very much” ou “God bless you”,com o animo e a aparência de um Jao Guerino sem óculos, que pelo lugar privilegiado consegui ver sem precisar do auxilio dos telões. Não posso deixar de dizer que obviamente foi um show clássico, no qual rolaram todas as musicas da banda que eu gostaria de ouvir ao vivo, então com certeza valeu a pena, e muito. Na saída, também fiz como um bom pato em migração pro sul e simplesmente segui o fluxo de roqueiros. Não fazia ideia de pra que lado era o metro, mas acabei chegando são e salvo seguindo a maioria. Soh queria saber como o primeiro dos patos, o que lidera a fila, sabe pra que lado eh o sul. Tipo, eu não sei pra que lado o sul fica sendo um humano, certeza que não saberia se fosse uma ave. Teria que seguir os demais também, torcendo pra que eles não estivessem indo pro alaska morrer congelados ou algo do tipo.Bom, obviamente eu nao podia falar desse show enquanto ainda trabalhava em Jau, mas agora ele ja pode deixar de ser secreto =]

domingo, novembro 03, 2013

Gravidade

Sábado passado fui com a Manda no cinema assistir um filme que me surpreendeu. Não sou o maior fã do mundo de filmes de astronauta, mas tava todo mundo comentando na internet que esse filme era fantástico e eu fiquei na fissura de conferir. E bom, devo admitir que "Gravidade" era ainda maior do que a expectativa criada ao seu redor.

Muito bem dirigido, o filme a respeito de uns astronautas perdidos no espaço, consegue prender a atenção do começo ao fim. Sendo em 3D, e com a maior parte das cenas rodadas no exterior das aeronaves, na vastidão da negritude e do silêncio do espaço, o espectador se sente realmente fazendo parte do filme, flutuando ali junto dos atores nas estrelas e tentando desviar junto dos destroços em 3D que ocasionalmente voam em sua direção. Fazia tempo que um filme não me absorvia tanto, num clima pesado e tenso, e a primeira coisa que eu e a Manda pensamos é que esse filme seria ainda mais incrível em 4D!  Recomendo muito mesmo!

E pra noooosssa alegria, o filme ainda foi exibido em Jaú legendado e em 3D! LOL

Park Chan-wook em São Paulo

Esses dias fui na FAAP, com o Tails, ver uma palestra do diretor Park Chan-wook, simplesmente um dos diretores mais fodas do universo, um Tarantino coreano. O debate fazia parte de Mostra Internacional de Cinema, que ocorre todo ano em SP, mas que eu nunca tinha conseguido participar. Ja comentei aqui no blog mais de uma vez sobre Oldboy, e seus outros filmes e ver o cara pessoalmente foi uma experiência incrível. O diretor (sempre através de um interprete coreano) contou coisas bem legais como a trilogia da vingança na verdade ter sido criada como trilogia só pra irritar os jornalistas coreanos, que no lançamento do segundo filme, achavam que ele devia explorar um tema mais ameno.  E também falou que foi recomendado pelo pessoal do estúdio a fazer storyboards de todas as cenas de seu filme, porque era assim que faziam nos EUA, então ele cria tipo um mangá com todas as cenas do filme antes de cada nova gravação. E que ficou puto quando foi gravar seu ultimo filme nos EUA e descobriu que na verdade, nos EUA não fazem isso pra todas as cenas (só quando tem efeitos especiais, por exemplo), porque é algo realmente muito complicado. Peguei varias indicações de filmes que ele fez e eu não conhecia (posts sobre eles em breve) e sobre filmes que o inspiraram, um deles de um diretor coreano que ele disse ser mais insano que ele (o que deve ser muito foda, vou tentar achar também). Uma hora passaram uma cena de Mr.Vengeance, onde são cortados os calcanhares de um cara dentro de um rio e ele mesmo comentou "Nossa, forte mesmo essa cena né?", como se nem lembrasse mais de te-la gravado, arrancado risadas de todos. E comentou tambem que seu filme próprio favorito é "Sede de sangue", simplesmente o que menos gosto rs. O cara adora humor negro e debateu com a galera por quase duas horas e meia, tendo como mediador/entrevistador Rubens Ewald Filho, o crítico de cinema mais figurinha carimbada do país, mas que eu nunca tinha visto ao vivo e me surpreendi, pois ele fezvarias perguntas muito pertinentes pro Park (e obviamente muito mais elaboradas que as da plateia, de onde conseguiam perguntar até se ele gostava de Breaking Bad...DERP).Saindo de lá fui com o Tails no The Fifty´s comer um hamburguer delicioso e comentar nossos sonhos cinéfilos e trocar indicações de filmes. Esse é o tipo de coisa incrível que só se consegue em SP, em plena quarta feira a noite. =]