terça-feira, março 03, 2020

Carnaval 2020 na Barra do Sahy

Sábado passado, eu e a Amanda acordamos as 3h da manhã pra pegar nossas mochilas e descer pra entrada do prédio, onde o Frodo e a Alessadra estavam nos esperando pra nos levar pra praia ripper desse ano: Barra do Sahy! Fomos de carona pra evitar o stress do ano passado e saímos nesse horário pra evitar congestionamentos (o que foi uma ótima ideia, se na ida levamos menos de 2h pra chegar no nosso destino, na volta demoramos mais de 5h). Ainda em SP o Frodo foi parado pela polícia e teve que fazer bafômetro e ainda ganhou 2 kits de bafômetro descartáveis de brinde. Fomos ouvindo psycho dance trance bem alto pro motorista não dormir (ele ja tava batendo umas 24h acordado nessa altura) e chegamos na praia perto das 6h da manhã. Encontramos o cunhado do Gustinho e a irmã da Marina na porta da casa que alugamos (e ainda estava fechada), então fomos pra uma padoca tomar café da manhã.

Pouco depois, "Neiva" (a caseira) finalmente viu nossas mensagens e abriu a casa pra gente. O lugar era realmente bem bacana, tinha jacuzzi, churrasqueira e cinco quartos com ar condicionado. Num sorteio, acabamos ficando com o único quarto que era no segundo andar (não que isso seja ruim por si só, mas os arquitetos economizaram nos degraus, tipo, só tinha meia madeira em cada piso, o que te obriga a subir a escada com um único pé de cada vez - o que é normal, mas com o pé que a escada quer - o que é um porre).
Fomos tirar uma soneca enquanto o Gustinho e o Peixe chegavam, saímos comprar pão debaixo de chuva e como a chuva não deu um segundo de trégua, acabamos só ficando em casa mesmo. Fizemos churrasco, tomamos muitas Colorados, dei um rolet até a praia com a Amanda (que era bem fechada e ficava a poucos metros de distância) e ficamos só batendo papo de buenas até uma e pouco da manhã.

No domingo, a chuva parou e depois de um café da manhã reforçado (e melhor que de muito hotel, com mistos e bolinhos), finalmente a galera toda conseguiu ir junta pra praia (ainda que o sol não tenha dado as caras, e tenhamos no máximo tomado algumas horas de mormaço). O mar estava com uma ressaca maior que a nossa, e extremamente forte. Sério mesmo, acho que nunca vi um mar tão forte. Não dava pra ficar um segundo de boa na água que já vinha uma onda gigante te cobrir, te derrubar ou te puxar. A Amanda até perdeu um chinelo e eu quase perdi um também. Saindo da praia, fomos pro "centrinho" da cidade almoçar (um peixe mega superfaturado) e aproveitamos pra ela já comprar um novo par de havaianas. 
Chegando na casa, a governanta ajudou a gente a ligar a jacuzzi e abrimos um whisky que estava gelando desde o dia anterior pra gente se sentir mais magnata ainda. Eu até que tentei, mas nem consegui ficar muito bêbado, mas o Frodo e o Peixe acabaram representando o rolet, dançando como galinhas malucas, subindo no telhado, acordando o Raul e usando os testes de bafômetro descartáveis. O Gustinho fez macarronada e jantamos ela junto com as carnes que haviam sobrado do churrasco do dia anterior.

Na segunda-feira, pegamos os carros e fomos pra praia de Juquehy, que ficava a meros dez minutos de distância, mas estava bem mais cheia. Nesse dia rolou sol de verdade (deu até pra avermelhar um pouco) e o mar ainda estava selvagem, mas bem mais tranquilo que no dia anterior. Passamos no mercado maior que tinha nessa outra cidade pra comprar coisas pra fazer mais um churrasco (tinha até pão de alho de chocolate!) e a noite fizemos novamente o que essa turma sempre soube fazer de melhor. O Frodo e o Peixe ainda estavam sofrendo com a bebedeira do dia anterior, mas o Ricardo estava animado e determinado a terminar a garrafa de whisky. Peguei umas cartas do jogo Master da Estrela que estava na sala e passei boa parte do tempo brincando de apresentador de game show. Num jogo que gerou pérolas como "Eu estudei em Hardware", "Fox" e "NFL".

Terça-feira o dia acordou chuvoso mais uma vez, então nem tivemos pressa pra levantar da cama. Tomamos um demorado café da manhã, a chuva continuou firme e forte, voltamos a dormir e só acordamos na hora do almoço (que mais uma vez era macarronada com sobra de churrasco). Lá pelo meio da tarde,  voltamos pra praia fechada do condomínio, com o céu ainda nublado, pra encontrar um mar bem diferente, mais calmo até mesmo que o do dia anterior.

A Amanda passou a maior parte do tempo ninando o bebê Raul, enquanto a gente matava as últimas latas de cerveja e comia amendoins. A noite, fomos pra Juquehy jantar no Beach Burger (um dos lugares melhor avaliados no trip advisor, mas pouco avaliado no meu ranking pessoal), comemos uns churros e voltamos pra casa pra uma noite que terminou cedo, principalmente porque estávamos sem álcool (já que toda a cerveja tinha acabado durante a tarde).

E assim, 4 dias passaram voando. Sem que eu lesse um único gibi, jogasse um único jogo de videogame ou assistisse a um único segundo de televisão. Sem que nada disso fizesse falta. Na quarta, saímos logo depois do café da manhã (ou do brunch), lá pelo meio-dia. E ainda bem que eu não estava dirigindo, senão teria xingado muito. Ficamos literalmente parados na estrada por muitas horas, levando 3x o tempo que precisamos pra chegar lá na ida...