terça-feira, janeiro 10, 2023

Virada à Paulista (tamanho família)

Nesse final de ano, depois de passar alguns dias em Jaú pra comemorar o natal (e o recesso da agência!) curtindo uns dias em casa, com sorvete di famiglia, mega drive, coxinhas da Tianinha e churrasquinho ripper, voltei no dia 28 pra São Paulo com a Manda, a Luna e meu irmão pra gente se preparar pra nossa viagem em família de final de ano.

Quinta-feira na hora do almoço, passamos buscar a namorada do meu irmão que estava chegando de Minas e logo pegamos a estrada pra Caraguatatuba.

Chegamos debaixo de chuva na cidade, mas logo pegamos a chave da casa que meus pais haviam alugado e logo começamos a nos acomodar. Meus pais chegaram, guardamos as coisas (a geladeira estava abastecida pra um mês, apesar de que só tínhamos cinco dias de estadia) e a Luna escavou e dominou os sofás. 

Saímos a noite pra tomar um sorvete na cidade na Sorveteria Wilson, onde provei aquele que talvez seja o melhor sorvete de nozes que já tomei na vida.

No dia seguinte, tomamos um cáfe da manhã "digno de resort" (como a Amanda gosta de dizer), com muitas frutas, pães, frios e chocotone, dirigimos até a Praia da Cocanha, de onde pegamos um barco pra Ilha do Tamanduá. 

E assim, sendo bem sincero, a gente tinha acabado de voltar de um cenário paradisíaco no nordeste, então eu realmente não estava esperando muito do turismo no litoral paulista. Mas meus pais realmente são especialistas quando o assunto é praia, e acabamos visitando uns lugares incríveis, com uma água esverdeada que não deixa nada a dever pro Alagoas. Na ida pra ilha, até ganhei uma heineken do outro casal que dividiu lancha com a gente. Comemos umas porçoes legais (coisa que não rola quando estou só eu e a Manda, já que ela não come nada que sai do mar) e depois voltamos em um barco só nosso. A noite, meus pais saíram dar uma volta e ficamos jogando Viticulture (um jogo de tabuleiro tão interessante, quanto complexo).

Dia 31 ficamos mais perto da casa alugada, ali entre Massaguaçu e Cocanha. Essa praia tinha mais cara de Guarujá, com mais gente, vendedores ambulantes, caixinhas de som tocando funk e tudo o mais, mas tivemos um dia bem agradável sob a sombra de uma árvore gigante, na companhia de caipirinhas e bolinhos de camarão. Fiquei até chateado de não ter levado a Luna pra praia esse dia. A noite fizemos churrasco e depois fomos pra praia (levando até com a Luna!) ver os shows de fogos de artifício e brindar a chegada do novo ano.

Dia primeiro, acabou calhando de ser o dia do melhor passeio! Fizemos um passeio de barco que passava por diversas ilhas (Praia Mansa, Praia da Lagoa e um retorno a Ilha do Tamandua), todas praticamente desertas, com mar calmo e azul e clima perfeito. O barqueiro ainda levava stand up, caiaque e máscara de mergulho (tudo incluso no valor do passeio). Então deu até pra andar de caiaque e tomar uns tombos no stand up. Fora que conheci a máscara de mergulho perfeita, que cobre o rosto todo e pela primeira vez não me irritei com água entrando pelo nariz e pela boca enquanto eu tentava mergulhar. Além disso, pagamos por 3h, mas fizemos 5h de passeio, ou seja, sucesso! Na volta, paramos pra jantar no Caiçara's, um dos restaurantes mais legais da região e ainda aproveitei pra comemorar meu aniversário de namoro com a Amanda com um prato de comida japonesa (algo impossível de se fazer quando estamos só nós dois, já que praticamente tudo que se vende num restaurante japonês vem do mar). Um dia incrível, que marcou um ótimo começo de ano e fechou o passeio com chave de ouro.

Um fato interessante é que a maioria das pessoas que foram pra Caragua reclamaram bastante da chuva, que a gente praticamente nem sentiu! Minha mãe estava preparada com uma caixa de ovos e muita fé em Santa Clara, e pegamos sol todos os dias! Sério, minha mãe é tão próxima da Santa Clara, que quando o padre da Fundação não quer chuva, ele manda whatsapp pra minha mãe, ao invés de falar direto com a santa! E essa é uma habilidade muito útil em dias de praia, pegamos tanto sol que eu até consegui queimar os braços em uma calma tarde de mormaço. 

Claro que nem tudo são flores, e no final alguma coisa ruim tinha que acontecer. Logo que pegamos a estrada pra voltar pra São Paulo por volta das 11h do dia seguinte, quebrou a embreagem do meu carro e fiquei parado com a Manda, a Luna e um colega do trabalho e sua namorada (que escolheram o pior dia do mundo pra pedir carona) durante horas na Tamoios. O carro parou bem no meio de um túnel, então ficamos mais de 2h30 esperando o guincho da rodovia, sem sinal de internet, como homens das cavernas. 

Meu único contato com o mundo era o botão vermelho de emergência. Esse guincho levou a gente até um posto ali perto, onde o taxista do seguro já estava no aguardo. O problema é que ele só ia sair quando o guincho da Allianz chegasse. E ele não chegava nunca. Esperamos por 4h e nada. Sendo que havia uma fila de 5 guinchos particulares simplesmente parados esperando serviço bem ali no posto. A Amanda entrou no posto full pistola com a Allianz por telefone, em uma ligação de quase 1h, até que finalmente conseguimos com que eles liberassem que a gente contratasse um guincho particular dizendo que depois nos fariam um reembolso. Voltei com o motorista do guincho pra SP a 60km/h, chegando em casa mais de 21h da noite. Mas tudo bem, pelo menos o problema aconteceu na volta e deu pra aproveitar bastante nossos dias em Caraguá.