quinta-feira, setembro 28, 2017

Primavera, Varginha & Chopp Carioca


Sexta saí comemorar com a Manda nosso aniversário de noivado no Marajá, com uma porçãozinha marota de picanha e algumas cervejas. Fazia muito tempo que não frequentávamos a padoca (cada vez mais cara), mas tradições devem ser mantidas.

O sábado foi bem corrido, de manhã tinha um monte de coisas pra fazer, como arrumar mala, comprar capinha pra celular, imprimir coisas, e tudo isso enquanto aguentava a  Amanda se gabando de ter consertado nosso interfone. Sim, aquele que eu cortei o fio porque achava feio ¯\_(ツ)_/¯  


Almoçamos no spoletto um "macarrão da mamel", coisa que eu não fazia há séculos, depois a Manda saiu visitar a Rosangela e eu fui pra casa do Kevin que estava fazendo a terceira edição de sua festa comemorativa em respeito à chegada da primavera. Era churrasco, mas tinha até ostra (coisa nojenta demais até pra mim que me considero alguém que prova de tudo) e alfajores de lembrancinha. E o legal foi que era uma noite que parecia um episódio de Rick e Morty, porque tinham vários Kevins de realidades paralelas (um deles usava um visor de ciclope, o outro parecia o Marcelo Camelo, todos usavam camisas iguais) e gente diferente. Ainda bem que começou cedo, porque 22h eu já estava voltando pra casa, pra descansar pro dia seguinte.


Sobre o domingo, tudo o que você precisa saber é que desperdicei um dia de descanso, acordando as 5h pra pegar uma carona junto com 3 desconhecidos em direção a Varginha, Minas Gerais. Fui lembrado de quanto o sistema é sujo e corrupto, principalmente nos outros estados, e voltei pra casa derrotado, por volta de 23h da noite. Eu tenho certeza que já li (e até mesmo escrevi) livros o suficiente pra saber interpretar um texto. Nesse dia, aparentemente tentaram me convencer do contrário.


Segunda-feira, ainda acabado do dia anterior, acordei novamente as 5h da manhã, dessa vez pra pegar um taxi pro aeroporto de Congonhas, ja que seria minha primeira viagem pela agência nova pra apresentação no cliente que fica no Rio de Janeiro. Encontrei meus chefes no aeroporto, cochilei durante o voo e rapidamente chegamos em solo carioca. Pegamos um uber até a Barra da Tijuca, onde fica localizada a gigantesca mega torre do cliente, conheci o pessoal de lá e saímos pra almoçar uma carne daora no Shopping da Barra, fizemos correções no relatório e o apresentamos pra uma galera numa sala de diretoria com vista pro mangue, e ao final do dia passamos no hotel que a agência tinha nos colocado pra deixar nossas coisas (principalmente porque eu era o único que tinha levado uma mala pra uma viagem de dois dias =b). Pegamos um taxi até um barzinho que estava lotado (principalmente pra uma segunda feira) chamado Resenha, onde tomamos dezenas de chopps e comemos porções de carne com gorgonzola e carne seca com macaxeira. Depois, voltamos pro hotel descansar pro dia seguinte.

Na terça, tomamos café da manhã no hotel (que tinha vista direta pro prédio do cliente), trabalhamos um pouco, almoçamos umas carnes com abaxi num lugar bem bom chamado Cervantes, fizemos mais algumas reuniões e pouco depois das 17h partimos rumo ao aeroporto na tentativa de adiantar nossos voos que a princípio sairiam só as 22h da noite, me deixando quebrado pra mais um dia. Conseguimos sair as 20h30, mas com algumas horas a disposição pra enrolar, sentamos numa pizzaria pra jantar e tomar mais um chopp. Ah, como é bom viajar com tudo pago! Beleza que não conheci uma atração turística sequer do Rio, mas pelo menos tive uma experiência de trabalho diferente e meu copo se manteve sempre cheio. Que venham novos desafios!

terça-feira, setembro 19, 2017

Um final de semana doce


Sexta, saí almoçar com o pessoal no Aoyama, naquele que provavelmente foi o melhor rodízio de comida japonesa que já visitei. Me entupi de sushis, temakis, tartar de salmão e chopps, e bem quando pensei que estava satisfeito chegaram porções de picanha e pasteizinhos de abóbora com camarão que me mantiveram comendo por mais algum tempo. No final da tarde, depois de muita correria pra conseguir sair do trampo na hora certa (pois é), consegui chegar com poucos minutos de atraso no Le pra pegar com a Manda nossa carona pra Jau. Chegando em casa, meus pais me receberam com pizza, cerveja, trufas de castanha, e muitas estórias e presentes de viagens. 
Sábado tomamos café da manhã, ajudei minha mãe com suas fotos, corri, almoçamos no Ìtalo (um clássico Badejo a Indiana), depois encontrei a Manda e juntos pegamos a estrada novamente em direção a Bauru, dessa vez pra provar docinhos de casamento em uma mulher que realmente tinha dezenas de opções (tipo trufa de macadâmia, doce de abacaxi ou côco queimado), demos uma volta pelo shopping e voltamos ao Alameda pra ver mais um filme de palhaço (quem diria que seria possível fazer isso duas vezes seguidas?).
Desa vez era um terror, IT, do prolífico Stephen King, que apesar de cenas exageradas de matança, me ganhou pela ótima caracterização do Clube dos Perdedores e pela incrível mensagem de que os verdadeiros monstros são as pessoas reais. O Frodo e sua Sra. nos encontraram pra sessão e saindo de lá fomos matar a vontade da Manda de comer um lanche do Flipper. Acho que Jau continua tendo lanches melhores, apesar do meu hambúrguer de costela estar realmente bom e minha boa sorte mais uma vez me conceder sucos em dobro. Nem bebi, mas acabou sendo uma noite muito divertida e já era mais de meia noite quando voltamos pra Jau. Domingo de manhã, li um pouco, tomei café, corri e busquei a Manda pro almoço. Meus pais fizeram churrasco de lombo com queijo e pra compensar meu sábado a noite sem álcool, pude provar várias cervejas diferentes que eles haviam trazido de seus últimos passeios. E na sobremesa, tínhamos dezenas de docinhos bauruenses de casamento pra provar. Deixei a Manda na vó dela, passei no banco, assisti uma biografia do Thomas Wolfe com meus pais na Netflix. Depois, eles nos deixaram no BK pra carona mais desconfortável que já peguei, Parece que quanto maiores os carros são por fora, mais desconfortáveis são no banco de trás...

terça-feira, setembro 12, 2017

Teoria da conspiração

Me pergunto qual é o segredo do Shpping Cidade Jardim. Pensa num shopping elitista, Brasília style. É completamente fora de mão, nada é acessível e nem mesmo pensado para pedestres. Na verdade é pensado exatamente pra deixar os pedestres de fora.
As lojas vivem vazias. Literalmente. Parece um shopping center fantasma. 
O que não é nenhuma surpresa quando se observa as vitrines. As lojas são absurdamente caras (exemplos verídicos: 125.000 por um relógio, 5.000 por um sapato ou 250 reais por um protetor de almofada). Quem caralhos tem dinheiro pra gastar assim? E na boa, se você é alguém que tem mais de 100k sobrando, faça a sua própria alma um favor e vá ajudar uma instituição que precise né!
O shopping também tem a pior praça de alimentação que eu já visitei em toda a minha vida. Não tem nada que tenha um preço minimamente justo. Tudo custa no mínimo 35/40 reais. Um almoço decente não sai por menos de 60 conto. Um absurdo abusivo sem igual. 
Não tem McDonalds, Burger King, Taco Bell ou qualquer coisa assim. Porque? Bom, primeiro porque Deus existe e não quer que eu infarte (se essas opções existissem por aqui, eu só comeria nelas), segundo porque quem come esse tipo de comida não é bem vindo.Pra ser sincero, tem um Divino Fogão, mas ele fica escondido no segundo subsolo do estacionamento, e você tem que comer no meio dos gases poluentes emitidos pelas BMWs e Mercedez que vem pro shopping. 
Pior: o restaurante só existe porque foi pensada pros trabalhadores do shopping, e a própria localização dele diz muito sobre quem projetou o lugar.
Tudo isso pra fechar minha tese com minha nova teoria da conspiração: o shopping Cidade Jardim serve de fachada para lavagem de dinheiro!
É a única explicação plausível. De que outra forma um lugar gigantesco desses, frequentado por ninguém, poderia se manter? 
Um dia um amigo até perguntou pra um vendedor como estavam as vendas e ele respondeu "ah, com essa Lava Jato está tudo fraco". Suspeito, não?
A investigação continua...

segunda-feira, setembro 11, 2017

Cover de palhaço americano

Na quarta, fui com o pessoal do trabalho almoçar na SP Diversões (um lugar onde eu já tinha ido com a Manda e o Fergie correr de kart), onde por R$ 40 você pode comer e jogar boliche a vontade! Joguei bem, comi muito pastel de queijo (que pegamos pra fazer de porção no buffet), almocei feijoada e ainda tomei chopp. Eu teria que trabalhar até tarde pra compensar as horas que passamos lá e fazer home office na emenda do feriado, mas com uma diversão dessas, quem é que se importa?
Quinta-feira de manhã, eu e a Manda fomos até o metrô Butantã de onde sairia nossa carona e pouco antes do almoço já estávamos em casa brincando de scape no jogo das chaves. Almocei uma torta da helpie que tinha trazido de SP pra não deixar estragar na geladeira, e assim que o pai da Manda veio buscá-la, dormi durante a maior parte da tarde. A noite, saímos comemorar o aniversário da irmã dela no Bar do Veio, fazendo com que eu me sentasse mais uma vez no Rospinho com o Sustinho pela primeira vez depois de mais de uma década. A pizza lá é realmente boa, a cerveja é gelada e servem porção de amendoim. O lugar estava cheio e colaboramos sendo quase os últimos a ir embora.
Na sexta, acordei e li algumas hqs que tinham chegado pelo correio, corri, gravei alguns vídeos, depois busquei a Manda pra gente pegar uns quitutes na Casa no Norte, ver as novidades da Arena Games, almoçar algo no shopping (ja que o Zezinho fechou sem que eu pudesse comer lá mais uma vez), degustar umas bombas da Renata de sobremesa e fechar com um frapuccino na Kopenhagen. A tarde, mais soneca, um pouco de netflix, passei no Sustinho pra resolver no telefone uma pendencia dele com a Bestbuy e no começo da noite, seguimos de carro os motoqueiros Gutones e Moisa (o novo Tata, ou "o filho perdido do Jão Guerino) em direção a Barra Rock Fest, anunciado como o segundo maior festival de bandas cover do Brasil pra curtir um Led, Creedence e sempre a melhor: AC/DC (os caras tavam até caracterizados com terninho de colegial e boina). O festival tava muito bem organizado, tinha onde estacionar e várias opções de comida e bebida (infelizmente, tava dirigindo então não deu pra aproveitar as cervejas artesanais devidamente). Tinha vários motoqueiros por ali, senti até falta de ter um colete. Acho que vou mandar fazer um falso mesmo: Marmota Clube/"Gustt Rider".
No sábado, continuei minhas leituras, assisti um pouco de Rick e Morty no Youtube (porque esperar a estreia da nova temporada na netflix não ta rolando), corri, fiz o cabelo e a barba em uma nova barbearia, almocei com a Manda no Território (um self-service a vonts bem honesto, do qual eu sempre ouvia ela falar), depois cochilamos e esperamos nossa carona chegar. Dessa vez, nosso motorista era o Sustinho e ele nos levaria até o Alameda em Bauru pra gente assistir a Bingo, a biografia (que não recebeu autorização pra usar o nome original) do Bozo. Chegando em Bauru, tomamos um café (com mais bomba!), encontramos a irmã da Marina e seu namorado e assistimos ao filme do Rei das Manhãs pagando um valor simbólico. Incrível o quanto o ingresso é barato lá. Em SP, pagamos em média R$30 de meia entrada. No Alameda, a meia custa R$ 6. Se eu conseguisse esperar (o que obviamente, eu não consigo), ia passar a só assistir filmes no cinema de Bauru.
O filme foi realmente tão bom quanto eu esperava e saindo de lá fomos pro Brew Brothers, um lugar bem legal que tem várias torneiras de chopp artesanal (com amendoim grátis!) e que tem parceria com um food truck de hamburguers bem simples, porém saboroso. A saideira, pelo bem de nosso motorista amante de cafeína, foi na Hoss Cafeteria, supostamente um lugar especializado em vários tipos e preparos de café, mas que nos serviu bebidas aguadas e sem graça (ok, talvez meia noite não seja o melhor horário pra comprar um café por ali, ainda assim, decepcionante). Pelo menos a sobremesa estava ok. 
Domingo, sabendo que a carona ia sair cedo (logo depois do almoço), corri pra deixar tudo em ordem o mais rápido possível. Arrumei mala, corri, joguei um pouco de Atari (finalmente conseguindo salvar minha família no jogo Jungle Hunt), li um pouco, saquei dinheiro no banco, comprei umas empadas no shopping e deixei baixando uns episódios de One Punch Man e Star Trek: DS9 no celular pra viagem. Busquei a Manda, tomamos um sorvete no centro, tranquei um milhão de portas e passamos 5h na estrada no retorno pra São Paulo.

segunda-feira, setembro 04, 2017

Exposto à névoas terrígenas da era medieval

A diversão do final de semana começou cedo na sexta-feira, saí almoçar com o pessoal do trabalho no Tantra, um restaurante mongól, que serve tubarão e javali, no qual você pode montar sua própria receita (o que nem sempre é uma boa ideia) e comer a vontade (o que me salvou, já que depois de estragar duas tigelas, finalmente segui uma das receitas sugeridas e fiquei satisfeito com o resultado). Voltando pra agência, trabalhei por algumas horas e logo já estava saindo novamente (por ordens do chefe, inclusive) com o pessoal em direção a um barzinho próximo ao shopping Morumbi (que ironicamente, eu nunca frequentei enquanto trabalhava ali do lado), onde tomei diversas heinekens e whisky que ficaram ainda melhores quando a conta chegou e não tive que gastar um centavo. E pensar que meu chefe anterior nem falar com a equipe falava, que diferença!
Sábado acordei cedo porque as 10h da manhã eu tinha me inscrito pra participar de um workshop de arte-final com os brasileiros mais bem sucedidos dentro da DC Comics, Ivan Reis e Joe Prado. Durante mais de 2h eles palestraram sobre técnicas de arte-final (como escovas velhas pra borrifar estrelas num fundo preto) e curiosidades (sabia que o cabelo do Cascão é feito com borrões de impressões digitais?) e ao final, não só autografaram minha edição de LJA: Thorne of Atlantis, como cada um também esboçou uma Mulher-Maravilha no meu caderno de desenhos. A aula aconteceu na Biblioteca do Memorial da América Latina, onde tava rolando uma exposição com várias páginas originais de Lanterna Verde e Aquaman, e também bonecos inspirados na arte do Ivan. 
Por volta das 13h, saí de lá e fui até o Shopping Light, onde encontrei a Manda pra gente almoçar um hamburgão da Red Nose e sair rodar atrás de novos aparelhos de celular (os nossos duraram 3 anos, mas já estavam começando a falhar).
Voltando pra casa, tirei uma soneca, joguei um pouco do recém-baixando (e maravilindo na tv nova) Battlefield 1, que realmente te coloca dentro da primeira guerra. E ao final do dia, pegamos um busão pro Shopping Bourbon, onde tomamos um capuccino com petit gateau e assistimos em IMAX a estreia da nova série dos Inumanos (um lixo, diga-se de passagem). Saindo de lá, passamos no Zaffari, e compramos todo tipo de coisa que não chega nos mercados que normalmente frequentamos: tortas, alfajores, açaí de pitaia, donuts e cervejas especiais. Depois fomos pra casa assistir algo bom de verdade: a terceira temporada de Narcos.
No domingo, acordei cedo e joguei um pouco de Sonic no Wii, tomei um café com donuts com a Manda, li algumas hqs e saí visitar a exposição File Solo, do artista belga Lawrence Malstaf, que tem várias obras imersivas que basicamente te colocam dentro de uma linha de produção ou de um filme de terror.
A primeira sal que visitei foi incrível. Você entra sozinho num quarto escuro que só tem uma poltrona e um espelho gigante. Sua imagem começa a aparecer distorcida no espelho, enquanto uma fraca luz no teto treme e aparecem uns barulhos bizarros do nada. Seu reflexo fica tremendo, se separando em dois, se fundindo borrado, enquanto a música fica cada vez mais tensa, e ao final, as luzes ficam pisacando, até que só apareça a poltrona no seu reflexo, como se você tivesse desparecido. Nunca saí decepcionado de uma exposição no CCBB, e essa definitivamente não foi a primeira vez.
Depois passei por salas em que tinham apenas cadeiras motorizadas andando sozinhas, como se um grupo de fantasmas invisíveis estivesse fazendo uma festa; por um cômodo onde pessoas eram embaladas a vácuo, deitei em uma esteira e passei por uma prensa que parava a poucos sentímetros de me esmagar e ao final entrei numa redoma onde você sentava numa poltrona e ligava um túnel de vento ao seu redor (muito parecido com a câmara de névoas terrígenas, a qual os inumanos são expostos pra ganhar seus poderes, ou seja, melhor final de semana impossível).
Voltei pra casa, almocei uns pães de alho recheados com queijo e pimenta com a Manda, cochilei um pouco, li mais hqs e por volta das 19h, o piloto, a Ro e a Duda passaram nos buscar pra gente provar uma hamburgueria temática incrível: a Taverna Medieval, onde todos os atendentes estão caracterizados como estalajadeiros e bobos da corte e só te chamam de milorde ou milady, totalmente decorado com itens como escudos, espadas e brasões. Tem até capacetes pra galera vestir, os drinks podem ser tirados num dado de RPG (joguei e ganhei uma caipirinha de maracujá, então posso considerar que a sorte sorriu pra mim) e a comida é incrível! Comemos cebolas empanadas recheadas com pernil de entrada e hamburguers maravilhosos (a Manda um com foundue, eu um em que o queijo vinha por dentro da carne, que por sua vez, era embalada em bacon). Uma experiência realmente boa!