domingo, janeiro 16, 2011

O ônibus que levou a gente pro passeio era aquele clássico onibuzinho amerciano, amarelo de levar crianças pra escola, sempre quis andar num desses. Primeiro levaram a gente em outra igreja, cheia de pinturas de crianças, bem tosca. Depois fomos no centro dedicado a George Washington Carver, um escravo que virou professor e se deu bem na vida. Bem besta na verdade, mas a trilha até a casa dele tinha uns lugares bem bonitos. Uma das invenções do maluco foi leite de amendoim (foi demais que o instrutor uma hora falou e uma das coisas pelas quais George sempre eh lembrado é pelo seu peanuts milk, alguns intercambistas entederam pênis milk, hehe) e nos ensinaram meio que a fazer (o que eh bem idiota por sinal já que é soh bater amendoim até virar pó e jogar na água, tipo, não é a maior e mais revolucionária invenção do universo, convenhamos né). Mas depois veio a janta e o pessoal dessa igreja realmente sabia cozinhar. Comi uma salada sensacional com molho e bacon, macarrão e croissants de maçã. Depois voltamos pro campus e eu e o gaúcho compramos um whisky (Cherry Jim Beam, mto bão apesar de doce) pra levar mais tarde no apê dos finlandeses. Dei um tempo no meu quarto e depois fomos pra lá. Tínhamos umas 40 latas de cerveja, Salmari e whisky e logo as pessoas foram pouco a pouco começando a perder o controle, a sanidade e eventualmente a consciência. A russa foi a primeira a entregar os pontos, depois uma das finlandesas desmaiou e depois de lavar as escadas de tres andares com vomito a outra finlandesa entregou os pontos e dormiu também. O mais legal é que o pessoal começou a surtar enquanto o cara todo certinho da Arábia Saudita ainda tava na sala, provavelmente assutadaço com o comportamento alucinado da galera. Eu e os caras ainda tavamos bem então partimos pra outra festa na casa de uns paraguayos. Aqui é crime andar com bebida aberta (ou seja, tomando) na rua e mijar na rua. Mas nós 4 acabamos tendo que fazer isso no caminho pra outra festa. La tava bem mais cheio de gente dessa vez, tinha mais um brasileiro e duas meninas de Minas. Um morador da casa rolou as escadas e ficou andando com um corte gigantesco de sangue na testa a festa toda. O (vou dividir os finlandeses em Tintin e ruivo agora, pra vocês saberem de quem eu to falando, mas ainda assim não usar os nomes reais de ninguém) Tintin de vez em quando passava rolando pelo chão da cozinha quando eu tava conversando com alguém. Ai o pessoal decidiu passar no Hardee´s comer uns hamburguers antes de ir pra casa com uma carona que eles arranjaram. Mas invés de entrar no carro, eu que já não tava totalmente são a essa hora e tinha começado minhas macaquices tava escalando a escada de um trailer estacionado na garagem do vizinho e tive que voltar pro meu dormitório mesmo. A primeira coisa que me disseram hoje foi ´ficamos preocupados porque a ultima visão que tivemos de você foi você subindo uma escada que não dava em lugar nenhum´. O ruivo falou que chegou em casa ontem (o Tintin não foi comer, foi pra casa vomitar) e viu a cena linda do Tintin dormindo no chão e das finlandesas se arrastando do sofá pra ir embora) com o árabe do lado do Tintin perguntando onde ele tinha dormido. Diria que foi um bom sábado de abertura, deu pra ver que todo mundo tem o ritmo necessário pra festa. Acordamos na hora do almoço e fomos nos entupir de gordura no Hardee´s (mais uma lunch Box) e depois jogar uma sinuca no basement do Tanner.

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