quarta-feira, fevereiro 25, 2015

Carnatal e 1001 utilidades pra um descanso

Eu a Manda passamos o carnaval em Jaú. Nada de festa, nada de confete, nada de folia. Mas teve tantos presentes que foi quase natal! Cheguei de carona em casa na sexta, e meus pais, que haviam viajado, deixaram minha cama coberta com perfumes, cadernos de desenhos e hqs do Tio Patinhas! Fora as cervejas e lanches na geladeira pra matar a fome da chegada! Sucesso! carNatal é muito melhor que carnaval! De resto, usei todo o tempo pra relaxamento mesmo, li muitas hqs e livros, desenhei, tive noites de filmes com a Manda (como "Serra pelada" - o documentário, porque baixei errado achando que era o filme, mas que era interessante pra caralho ver o como os garimpeiros gastaram toda a grana que ganhavam com putas ou fretes de jatos; "A fortaleza escondida" do Kurosawa, foda demais!; e "Whiplash", trilha sonora abaixo). Uma ou outra cerveja com o Tio Ilha no lanche dos Baratheon, umas stellinhas e amendoins com o Ecoguturista na loja de breja do shopping ou em casa, ou aniversário churrasco do Bones na casa de um desconhecido. Fora isso, ainda corri todos os dias na Av. Wolverine pra deixar o cooper feito (#badumtss).

A mini-semana, que começou na quarta a tarde passou voando. E logo chegou a sexta. A Manda capotou umas 8h30 da noite, me deixando tempo pra terminar de zerar Prototype 2 e começar a assistir "Amadeus", historinha bacanuda sobre a vida de Mozart, na Netflix. No sábado, fomos no teatro do Museu da Casa Brasileira assistir "Florilégio, nas Ondas do Rádio", um musical bem bacana, onde cantaram várias músicas antigas (tipo "Sa-sa-sa-ricando), que foi o mais próximo que chegamos do carnaval e ainda vimos o eternamente famoso pelos comerciais de Bombril dançando Gangnam Style ou cantando ao lado da "mãe do Lucas Silva e Silva" do mundo da lua "Garota de Ipanema" em diversas línguas. Bom, bonito e de graça! Além disso, tinha no museu várias peças de design muito loucas expostas e uma réplica de um quarto de uma cela do Carandiru (que, a primeira vista, e obviamente, vazio, não parecia tão ruim). Passamos no shopping igutemi e a noite, tomei uma cerveja com pães de queijo. No domingo de manhã, corri no minhocão, li centenas de hqs, assisti Star Trek: Nemesis (porque nem só de filmes oscarizados vive um nerd) e comecei a jogar "Thief" no PS3. A manda passou a maior parte do tempo estudando, mas intercalou os estudos com a cozinha e fez strogonoff, carne de panela, porção de calabreza e um incrível bolo de milho. E aproveitei parte do silêncio dos estudos dela pra curtir meu novo vício: audiobooks (post sobre isso em breve!). Eis que então caiu a noite, começou a cerimônia do Oscar e acabou o final de semana. =)

sexta-feira, fevereiro 20, 2015

Asilo Arkham

Bom, pessoal, como a DC Comics ou a Marvel estavam demorando demais pra me contratar, acabei decindindo fazer essa HQ elseword sobre o asilo arkham por conta própria mesmo.

O iPad facilitou bastante pra desenhar, e até que foi mais fácil do que eu pensava colorir no Photoshop.

Nada como um carnaval em casa pra terminar esse tipo de projeto.

Minha versão de "Asilo Arkham", leva em consideração a lógica do seriado Gotham (onde todos os vilões serão bem mais velhos quando o Batman estiver na casa dos 40 anos de idade) e principalmente o sentido que a palavra asilo possui no Brasil, de casa de abrigo para idosos.

É bem curtinha, segue o link caso alguém queira dar uma lida: asiloarkham.tumblr.com

Espero que gostem!




quinta-feira, fevereiro 19, 2015

Por dentro do monstro

Acabei nem comentando por aqui, mas semana passada fui visitar a sede do metrô de São Paulo e acabei dando um rolê geral pelo centro de operações deles. Lugar moh CTU (centro de controle do seriado 24h), com diversas telas mostrando as câmeras de segurança, linhas elétricas e movimentos dos trens. Tudo muito bacana e o pessoal prestativo demais. Tirei várias dúvidas que eu tinha, como por exemplo:
1. Porque o metrô não é 24h como em outros países?
R: Porque eles precisam fechar em algum momento para dar manutenção nos trens e trilhos. Nos países 24h, existem mais trens e trilhos alternativos que vão pro mesmo destino. Então dá pra um trem rodar seu caminho, enquanto a outra via tem manutenção.
Ou 
2. Porque não colocam mais trens em circulação?
R: Porque atualmente a linha já opera com o limite. Deve existir uma distância mínima de 150 metros entre os trens e é assim que operam hoje. 
Fora isso, ainda ganhei uma mochila com o mapa das linhas, um toy paper, chaveirinho, pasta e caneta, ou seja, me tornei um verdadeiro metrolino (nome "oficial" dos fãs do metrô)!
Fazer o quê? 
As vezes as instituições, assim como as pessoas, são mais bonitas por dentro do que por fora.

sexta-feira, fevereiro 13, 2015

O bosque do medo

Existem milhares de histórias a respeito de camponeses que moram em cabanas próximas a bosques "mágicos e proibidos", o quais ninguém do povoado jamais se atreve a visitar por que o Medo não deixa. 
Nunca acreditei nisso. Gosto de pensar que no Sr. Medo mando eu. Sempre pensei que se existisse a merda de um bosque proibido perto da minha maldita casa, eu entraria ali sem problema algum, e digo mais, se fosse proibido entraria mais ainda, e mais de uma vez.
Mas eis que chegou o dia no qual me mudei para perto da Praça da República, ficando a apenas algumas centenas de metro do local que talvez seja o mais sujo e punk da cidade de São Paulo.
Nesse dia,  me tornei um indefeso camponês medroso. 
Lógico que já atravessei a praça, mas sempre pela parte iluminada, próxima da polícia e livre de árvores. O coreto, o mini lago e as pontes só vi de longe. Nunca visitei seu lado negro. 
O buraco onde se escondem as criaturas mais horríveis: homens que se vestem de mulheres para enganar outros homens. Bruxos que fornecem meios de separar mentes de corpos. Ladrões, salteadores, craqueiros, andarilhos e assassinos que dormem, se escondem e transam por ali. 
A praça toda fede a mijo e é um espelho do que a humanidade tem de pior a oferecer. O que existe de mais baixo e nojento. Quando possível, evito passar perto até de dia. De noite, não me atreveria a passar por ali nem com os bolsos vazios. E isso é algo que me irrita demais.
Primeiro, porque ver a liberdade de ir e vir de centenas de pessoas de bem limitada por uma dezena de aberrações é uma injustiça do caralho. Em segundo, porque a intenção original provavelmente foi propiciar um local onde as pessoas pudessem compartilhar  momentos de alegria. Ninguém constrói uma porra duma praça pensando "e aqui vão ficar os travecos batedores de smartphone", pelo menos eu acho. Mas não importa como, o lugar que deveria abrigar passeios, crianças e animais, virou antro de malfeitores.
Não é incomum ouvir gritos de "socorro" durante a madrugada. Mas por mais hqs que eu tenha lido na vida, não sou idiota de vestir uma máscara de esqui e tentar salvar a donzela em perigo (provavelmente alguma ex-modelo viciada em crack) de algum dragão (talvez um traveco traficante, ou "travecante"/cafetão).
Um quadrado imenso de verde, escondido no coração da maior selva de pedra do país. Fonte de oxigênio e veneno. Um lugar a ser evitado.Será que a polícia realmente não pode fazer nada?
Particularmente, acho que o que eles tem é medo. 

quinta-feira, fevereiro 12, 2015

Um dia desses, em que os tártaros se vão mas o sono não vem

Terça feira foi um dia bom. Um dia qualquer, mas diferente. Trabalhei, fiz algumas reuniões, almocei no Subway, passei no sebo e comprei um livrinho do Terry Pratchett e uns cookies da Milka no "duty free", trabalhei mais um pouco, fiquei feliz em saber que os direitos do aranha nos cinemas voltaram pra Marvel, e fui na minha dentista.
Um parênteses gigante pra ela, só porque ela merece:
Eu fui só fazer uma limpeza, afinal os tártaros, esse nome que parece pertencer a uma tribo de bárbaros, vivem tentando atacar minhas gengivas e se esconder nas trincheiras do meu contensor inferior. Foi uma batalha sangrenta, durante a qual a Manda usou instrumentos de batalha e eu chorei como uma garotinha, mas saí de lá mais leve, e com um sorriso melhor. Confesso que não devo ser um dos pacientes mais fáceis de lidar, mas imagino que as coisas também sejam diferentes na visão do dentista. Pro paciente, o dentista é o inimigo. Sempre! Não importa se o inimigo mora com você. E sentar na cadeira do inimigo, é basicamente o mesmo de ter uma pessoa que você gosta transformada em um zumbi  de uma hora pra outra. E mais! Os dentistas gostam do que fazem, que é tão complicado quanto escrever seu nome num grão de arroz, mas com o grão dentro da sua boca e com uma mesa viva embaixo! Ultimamente, então, a Manda vive recebendo diversos novos instrumentos pelo correio que a deixam muito feliz. E eu sempre a imagino como um feliz torturador da idade média, de capuz preto no rosto, recebendo novos instrumentos de causar dor. Bom, no meu caso era só uma limpeza, nem doeu de verdade, e a Manda é uma grande profissional, mas era uma ida ao dentista, não um passeio no parque ou numa loja de quadrinhos, então não tinha como não ser tenso!
Bom, saímos de lá e paramos na tradicional casa do mate, pra tomar um mate suíço de maracujá e comer uns salgados. Lá tinha várias opções vegans, e achei uma delas sensacional, uma tortinah de vegarella, que segundo o Google é uma pasta de tofu que substitui o queijo. Voltamos pra casa, assistimos Doctor Who e Hora de Aventura (porque coisas loucas é que são boas), li algumas hqs na Marvel Unlimited e chegou a hora de dormir. 
Pausa para devaneios:
O problema foi que eu estava pronto, minha cama estava pronta (na verdade ela vive pronta, porque nunca a arrumo) e a Manda já babava há algumas horas, mas o sono não veio! Comecei a "saltar de um lado para o outro, como um peixei na frigideira" (metáfora mandalênica), colocar/tirar a camiseta, abrir/fechar a janela, ligar/desligar o ventilador, tomarágua/mijar o tempo todo e NADA do sono vir. Cheguei a pensar até que tinha esquecido de como se fazia. Comecei a ficar maluco. Uma, duas horas da manhã e eu ali, acordadasso! Resolvi apelar, procurei por dramins na galeira, acordei a Manda implorando por dramins, mas nada. Rolei na cama por mais uma hora. Três da manhã, caralho! Minha primeira insônia! Ok, o copão de capuccino que tomei com os cookies as oito da noite talvez seja o culpado, talvez! Acontece que aí apelei de vez.Tinha uma mini garrafa de cachaça Gabriela, adquirida em Paraty, gelando. Troquei a água pela pinga. Dei uma boa golada. E 15 min depois eu estava dormindo. Ufa! Acho que o sono até tinha recebido meu convite, mas se fez de difícil e só veio quando soube que ia ter bebida =b

terça-feira, fevereiro 10, 2015

Patos, cerveja e a máquina do tempo

Final de semana retrasado foi puro sossego. Conversas na carona na sexta, e nada melhor do que ter meus pais me esperando com um lanchinho e uma cerveja gelada ao chegar. O correio sempre traz boas lembranças (hqs que esqueci de ter comprado, lucros com ações que nem me lembrava que tinha) e minha cama, apesar de hoje parecer pequena, ainda é muito confortável. Passei minhas tardes lendo, minhas noites comendo e bebendo (Bom Chef, Lanches Stannis da Patrulha do Arco-íris e no domingo minha mãe até cozinhou!), peguei minha guitarra usada (que parece que passou por um episódio de mestres da restauração de tão nova que ficou), assisti alguns filmes, entre os quais o único que talvez mereça destaque é o "Safety not guaranteed", no qual uma jornalista responde a um anúncio de jornal de um homem que procura alguém para viajar no tempo com ele, e principalmente descansei. Jaú é tipo meu carregador de celular. É onde minhas baterias se renovam por completo. O celular carrega se eu ligá-lo no computador ou na tv, mas não é a mesma coisa. Nada como uma bom, velho e seguro carregador.
Já nesse final de semana passado, fiquei com a Manda por sampa mesmo. Comecei a treinar no Rocksmith, joguei um pouco de Ducktales - U! U! (segue acima a música, por pura nostalgia, vocês se lembravam do Robopato? claro que não! nem eu!), li dezenas de hqs, coloquei Doctor Who em dia (e o bom da Manda viciar também nessa série de pura loucura é que ela tem uma dedicação que eu não tenho à cronologia), visitamos a lanchonete Estadão, pra comer um lanche de pernil maravihoso, fizemos compras no Walmart (a Manda gosta de lá pelos preços dos produtos de limpeza, eu vou pelos Donuts! D´oh!) e saí correr no minhocão. Desde que me mudei, meio que me afastei de lá, e voltar foi bom demais. Lá tem sempre algo acontecendo. Tinha uns malucos oferecendo tinta pra você pintar placas de madeira, bloquinho de carnaval com roupa de banho e tucano na cabeça cantando "tomara que chova, três dias sem parar" e isso é do caralho! O minhocão transborda de vida, transporta de são paulo! A noite a manda fritou uns pastéis (inclusive doce, de doce de leite!), fiz umas caipirinhas de Clight e num piscar de olhos, já era segunda-feira.Trailer do filminho que comentei: