quarta-feira, agosto 28, 2019

Donuts, Struts & Batman


Bom, depois de sair da concessionária eu, Amanda e meus pais fomos comemorar a conquista com uns filets no All Ponto (que mais uma vez estavam muito bons) e com bolos daquela lojinha show do Paineiras especializada em doces de casamento. Passei a tarde o livro de entrevistas do Universo HQ (imprescindível pra quem curte quadrinhos!), e a noite comi uma pizza do Rospinho em casa, depois fui com a Manda no Habibs pra ela jantar (e eu pegar uma esfihinha de alpino e mais um copo do Rock in Rio pra coleção). Depois da correria da manhã, acabamos nem saindo de casa a noite, então aproveitei pra assistir a nova animação do Batman: Hush (bem competente, por sinal). Domingo gravei uns vídeos pro canal, comecei a montar um novo álbum de fotos no computador, tomei café com meus pais (tinha até donuts!) e depois almoçamos em casa. Alguns quadrinhos depois, eu e aManda pegamos a estrada de volta pra São Paulo, ouvindo Struts via bluetooth e com a suavidade de uma pluma flutuando ao vento no anoitecer.



O arco-íris (ou "Hain-Bow" como diriam os japoneses)

Essa foi uma semana bastante tensa. Tente comprar um carro morando em outra cidade e você vai ter uma ideia do que eu passei. Uma burocracia gigantesca, vendedores que não passam informação direito, telefone sem fio, laudos do Detran, documentos pra assinar em cartório, concessionária tentando te passar a perna e levar seu carro usado de graça. Se não fosse pela gigantesca ajuda dos meus pais, que foram zilhares de vezes na concessionária tentar resolver cada bucha que aparecia, eu ainda estaria andando por aí com o carro antigo. Sem brincadeira, de segunda até sexta, todo dia teve uma nova treta. Mas...com muito esforço, suor e lágrimas, acabou dando tudo certo. Eu e Amanda voltamos na sexta a noite, no busão promocional e as 9h da manhã já estávamos prontos pra retirar nosso novo autobot!
Na verdade, eu nem acreditava que podia ter um carro tão bom. Quando fui ver o preço do UP, pensei, bom, os carros japoneses então devem ser muito mais caros. Meus pais mostraram que eu estava errado quanto a isso (eles que foram até a loja e fizeram a vendedora me passar os valores que eu já tinha até desistido de saber) e percebemos que com um e$forcinho a mais, dava pra pegar um HB20! Um carro que eu sempre considerei especial e inatingível, porque participei do lançamento do aplicativo pra iPad do modelo, quando ele foi lançado no Brasil (e na época, era beeem mais caro). Nunca imaginei que pudesse ter um, muito menos agora. Eu já estava praticamente conformado ou em voltar a pegar carona ou a comprar um novo carro usado. Felizmente, a Amanda e meus pais me mostraram que eu estava enganado e sábado de manhã tive o prazer de sair da concessionária dirigindo um novo companheiro prateado, que já veio com pacote de sal grosso instalado no porta-luvas, pra garantir que não vamos mais ter dor de cabeça na estrada. 
Nosso primeiro carro zero, e veio praticamente na data da nossa comemoração de um ano do casamento! Entre as grandes vantagens estão que agora da pra ouvir músicas direto do celular, cinco anos de garantia, tem câmera de ré instalada no retrovisor, a embreagem está tão suave que as vezes até duvido se ela está engatada e o carro até me avisa quantos km ainda posso andar até acabar a gasolina. Great Success!

quinta-feira, agosto 22, 2019

Cabinets de Curiosités

Nessa sexta, aproveitei mais uma promoção de passagens e voltei novamente pra Jau. Apesar da casa estar vazia, eu e Amanda tínhamos coisas pra fazer e carros pra ver e testar. Sábado de manhã, acordamos e já fomos logo correr atrás disso, depois paramos no Habib´s pra almoçar umas esfihas novas de picanha, carneiro e alpino. Sabia que esse é hoje o melhor lugar da cidade pra se tomar um bom suco?Serião, tem suco de framboesa, blueberry, açaí e amora. Com muuuita fruta,a um preço bastante justo. A tarde cochilei e li umas hqs (os anos 90 estão de volta com Doomsday Clock, Absolute Carnage e Venom), depois a noitinha fui buscar Amanda pra gente conhecer um novo lugar de carnes bem legal chamado All Ponto e irmos visitar o Raul, filhote recém-nascido do Gustinho. Demos só uma passada rápida por lá, e assistimos o excelente filme "Animais Noturnos" na Netflix.
Domingo passei a manhã vendo um especial do Mundo de Rock e terminando o anime Evangelion, depois fui com a Amanda buscar umas marmitas e balas de côco no Nardo pra gente almoçar na casa da vó dela. Alguns quadrinhos depois, meus pais chegam e pelo menos consigo ver eles um pouco, antes de pegar a carona de volta pra São Paulo. Ah, fato interessante: estava ouvindo esses dias um podcast que tentava explicar a psicologia do colecionismo (que tem muito a ver com construção de identidade, etc), que contava que a origem de muitos museus e coleções modernas eram os gabinetes de curiosidades ou os "quartos das maravilhas" de antigos aristocratas. Esses eram nomes utilizados pra designar os lugares onde, durante a época das grandes explorações e descobrimentos dos séculos XVI e XVII, se colecionava uma multiplicidade de objetos raros ou estranhos dos três ramos da biologia considerados na época: animal, vegetal e mineral. Os gabinetes de curiosidades ou quartos de maravilhas eram conhecidos como "Cabinets de Curiosités" na França, "Wunderkammern" na Alemanha e Áustria, "Wonder Chambers" na Grã-Bretanha e "Kunstkammer" na Dinamarca. O próprio Louvre, um dia começou assim. 

Obviamente, a partir de agora minha cômoda se chama gabinete de curisoidades. Lá dentro você pode encontrar todo tipo de memorabília da cultura pop. Coisas como coleções de figurinhas de chiclete dos Cavaleiros do Zodíaco, cards dos X-Men, brindes do McDonalds, fitas de gameboy, dezenas de ingressos de shows, exposições e filmes que vi em diferentes cinemas, moedas fictícias (como uma pataca do Tio Patinhas ou dinheiro que só podia ser usado pra comprar bebida na Mambo), anéis de super-herois e muito mais. Na verdade, admito que meio que sem querer querendo, as coleções estão se expandindo pra todos os outros móveis. Será que um dia minha coleção cresce o suficiente pra eu poder cobrar ingresso pra que visitem meu quarto das maravilhas?
Na verdade, no começo da internet vários blogueiros descreviam seus próprios sites como um wunderkammern, porque eram praticamente só um punhado de links para coisas ou histórias que eles achavam interessantes. Ou seja...você nesse exato momento já está no meu gabinete virtual de curiosidades!!! Espero que aprecie sua visita ;)

terça-feira, agosto 13, 2019

Família, Wii & test drives

Voltar pra Jaú de ônibus está mais caro que ir pra Buenos Aires. Uma passagem só de ida custa quase R$100. Um absurdo sem tamanho, pra um trajeto de 300 km. Assim, fiquei bastante desanimado quando não encontrei nenhuma carona pra voltar na sexta. Só que pra minha sorte, uma nova empresa fez uma promoção maluca oferecendo passagens por R$32, praticamente metade do preço de uma carona (que hoje custa R$60). Baixei 5 séries pra ver na Netflix, mas dormi depois de 10min e só acordei as 2h da manhã em Jaú, hora de ligar pra Amanda ir me buscar na rodoviária. Great Success! 
Sábado, eu e ela fomos em uma concessionária fazer um test drive em um Up TSI, o carro mais barato disponível que, com as taxas, emplacamento e tudo mais, não sai por menos de R$ 60 mil. Devia ter alguém distribuindo nariz de palhaço na porta da loja. Que mundo é esse, que um carro mega básico, pequeno e tudo mais custa tudo isso? Sério, comprar carro no Brasil é uma puta duma piada de mal gosto. Bom, de qualquer forma, testamos o carro e saímos de lá decididos a comprar um usado.
Meus pais fizeram torta de frango roxo e estrogonofe pro almoço e tinha pra sobremesa uns alfajores que minha irmã tinha trazido da viagem dela com minha tia pro Uruguai. A tarde li umas hqs e joguei um pouco de New Super Mario Wii, depois a noite jantamos com meus pais umas pizzas do Rospinho (aliche é o melhor substituto pro bacon na minha nova dieta, mesmo salgadinho maravilhoso, sem os males da fritura). Depois, fomos encontrar o Gustinho e o cunhado no Armazém, onde apesar de eu só ter tomado um suco de maracujá, a medalha de ouro foi garantida.
Domingo de manhã, mais um test drive em busca de um UPgrade na nossa cond(i/u)ção. Uma amiga da minha mãe emprestou o carro dela que está a venda, e pra fazer o teste, fomos todos até Two Rivers comprar sorvete. Depois, nós quatro almoçamos em casa com minha irmã comemorando o Dia dos Pais e a tarde continuamos correndo atrás de coisas veiculares, até a hora de voltar pra SP, de carona.

sexta-feira, agosto 09, 2019

A tempestade

Saímos de Jaú por volta das 22h, e apesar do sono e da chuva, estava sendo só mais um dia como qualquer outro. Até que, perto de Corumbataí, começo a sentir o carro se desestabilizar e vejo minha roda traseira direita me ultrapassando. Viro pra Amanda e falo "Essa era nossa roda! Perdemos uma roda!" e jogo o carro pro acostamento. Exatamente a mesma maldita roda cujo rolamento eu tinha trocado no dia anterior!
Checamos os nossos celulares e nenhuma das 3 operadoras que usamos tem sinal. O pânico começa a tomar conta. Ligamos o pisca-alerta. Tentamos nos acalmar e pensar no que fazer.
Como estamos parados perto de uma placa que diz "ÚLTIMO RETORNO ANTES DO PEDÁGIO 500M", imaginamos que o melhor a fazer é ir até o pedágio.
Eu vou sozinho, enquanto a Amanda fica no carro mantendo as luzes do farol e do pisca-alerta acessas pra que nenhum caminhão bata no nosso carro.
Então saio na chuva, no frio e no escuro correndo a procura de ajuda. Tento gritar e fazer sinal pra que algum motorista pare, mas como o medo de que eu seja um assaltante é maior do que a vontade de ajudar, ninguém para. Ninguém nem ao menos desacelera.
Quinhentos metros depois tinha realmente um retorno, mas nada do pedágio. Continuo correndo, cerca de 900 m até achar um daqueles telefones da Centrovias. Ele não tem um painel onde eu possa digitar números, só um botão vermelho gigante, que eu aperto sem parar. Uma voz me pergunta o que aconteceu, e peço ajuda.
Na volta, decido voltar pela terra, já que a luz do meu celular é muito fraca e cada caminhão que passa beirando o acostamento literalmente me dá um banho de água fria. 
Chego em um barranco e tenho que pular da terra de volta pra estrada. Calculo mal o pulo e acabo ralando as mãos e os joelhos no asfalto. Agora estou molhado, com as mãos sangrando e correndo de volta em direção ao carro com medo que alguém possa tentar fazer algum mal à Amanda.
Minutos de tensão depois, vejo que tem luzes de uma viatura brilhando atrás do nosso carro. Ela está segura. Vai ficar tudo bem.
A polícia pede meus dados, faz algumas perguntas e pede pra ver o porta-malas, suspeitando de que o carro estivesse pesado demais. O guincho da Centrovias reboca resgata a roda voadora (que tinha ido parar uns 200 m pra frente, no acostamento, mas que eu não consegui carregar de volta com as mãos machucadas), lava meus cortes com álcool e nos leva até o posto mais próximo da Polícia Rodoviária. De lá, já secos e com internet, esperamos o guincho do nosso seguro vir nos buscar. Até chegar em Jaú, de volta à casa dos meus pais, são mais de 3h da manhã. Contamos o que aconteceu e percebemos o quanto temos que ser agradecidos por não ter acontecido nada mais grave com a gente. Tudo que eu quero é um banho quente e algumas horas de sono. No dia seguinte, o táxi do seguro nos leva de volta pra São Paulo...

quarta-feira, agosto 07, 2019

A calmaria que precede a tempestade

Nessa sexta, voltei com a Amanda pra Jau sentindo que dirigia um avião. O carro fazia tanto barulho que parecia que ia decolar. Nem paramos no posto, e chegamos na capital do calçado feminino perto da meia noite.
Assim, no sábado acordei e já fui direto pra oficina ver o que estava acontecendo. Encontrei o Lucão e o Adriel por lá, e enquanto a gente tomava café um ajudante novo dele mexeu no rolamento, fazendo tudo parecer absurdamente simples. Saí de lá dirigindo um carro mais silencioso que um ninja.
Almocei uma saladinha e um lombinho de leve com meus pais, depois fui com o carro pra casa do Frodo, onde ele, o Guto e o Lucão estavam me esperando pra gente ir pro Torrinha Motorcycles 2019, um festival de música e food trucks pra motociclistas. E mesmo levando um macaco, uma pomba e um elefante como passageiros, a viagem foi superbem! Vimos a banda do Shao, do Ney e do Bones tocar por lá (arriscaram até um Greta Van Fleet!), tomei uma água enquanto eles tomavam chopp e hamburguer de pastel (uma iguaria que seria um desafio pro meu fígado formada por duas camadas de pão recheadas de frango frito empanado, vinagrete e queijo), comprei uma toca de frio,  alimentamos um fã cativo da banda, ouvimos mais um pouco de roque e conversamos até o vento gelado nos fazer ir embora de volta pra Jaú. A noite, minha mãe (que sabe o quanto abdicar de lanches é difícil pra mim), fez uns hamburguers saudáveis pra gente jantar (e olha que ela mesmo nem faz questão desse tipo de comida!) e fui recompensado por ter deixado de provar o "hamburguer de pastel". Depois, passei buscar aManda e fomos encontrar o Gustinho e a Marina no Armazém (que descobri que serve uns sucos muito bons, coisa que nunca me imaginei tomando por lá).
Domingo tomei um bom café da manhã com meus pais (com direito a bolo de banana integral e geleia de irmão) e depois passei no "Território" comprar um tênis. Dei sorte, a fábrica da Timberland estava fechando as portas no Brasil e consegui pagar bem barato em um par bem legal. Almocei com meus pais, fechei Mario Galaxy 2 (mais um acerto lindo do Wii), assisti um pouco de Silicon Valley e as 19h30 a Amanda passou me buscar pra gente comemorar mais um aniversário da Manu, que dessa vez fez uma festinha lá no Habib´s. Enchemos o bucho, cantamos parabéns e perto das 22h pegamos o rumo de volta pra SP porque a Amanda tinha paciente no dia seguinte as 8h, o que nos impossibilitava de voltar pela manhã. E assim, contrariamos os conselhos dos meus pais, da vó e das tias delas e do velho Bom Senso que tinham falado pra gente voltar no dia seguinte...