terça-feira, dezembro 18, 2018

Oceaneon digital


No último fds do ano em São Paulo, eu e aManda aproveitamos o sábado de manhã pra fazer umas últimas compras na Av. Paulista, fizemos nossos treinos na ACM, fomos almoçar no self service firmeza do Copan e depois de um merecido cochilo, subimos até o Shopping Frei Caneca pra conferir Aquaman. É incrível o quanto o filme é bom, ótimos efeitos, um puta elenco, trilha sonora fodona, que intercala anos 80 com Greta Van Fleet e uma trama realmente interessante (apesar de clichê). O Superman nunca teve um filme tão foda. Porra, o próprio Aquaman não tem uma história tão foda nem nos quadrinhos. DC parece que realmente ta tomando o rumo certo. Agora vai!
Saindo do cinema, paramos num barzinho que tem na esquina da "Cai o Prado", pra comer uma porçãozinha de picanha, uma caipirinha e uma skol hops e descobrimos nosso novo pico favorito. Bom, perto e barato.
Pra compensar o sábado corrido, domingo praticamente só saímos de casa pra fazer a feira pela manhã e abastecer o carro a tarde. De resto, só quadrinhos, videogame (Uncharted 4), muito Rick & Morty (cuja terceira temporada acabou de chegar no Netflix), strogonoff light daManda no almoço (com arroz de couve-flor e sorvete de banana caseiro de sobremesa) e pizza da Ramos na janta.


terça-feira, dezembro 11, 2018

Comic Con 2018

Na quinta a noite, aproveitando que minha mãe estava passando uns dias aqui em SP, a Veri fez um jantar mexicano pra gente e eu e aManda fomos lá comer uns tacos e burritos, assim que eu cheguei do trabalho. E na sexta, aproveitando o marasmo de job pelo qual estou passando na agência, aproveitei a ocasião pra curtir o dia na CCXP!
É o quinto ano do evento, cada vez mais cheio, mas que parece estar aprendendo que nem sempre uma fila é a melhor opção (agora vários estandes distribuem senhas ou pulseiras com horário agendado pra visitação). Entrei e já fui direto pra Artist´s Alley, onde ficam os quadrinistas internacionais. Garanti meus autógrafos do Lee Weeks e logo em seguida fui pra mesa do Tom Grummet, que desenhou o Superman durante uma fase nos anos 90 em que o personagem casou, morreu e foi clonado. É dele inclusive, meu design favorito do Superboy de todos os tempos, e fiquei muito feliz de poder levar vários formatinhos da Abril pra ele autografar. Inclusive, ele saiu com um sorrisão espontâneo na hora da nossa foto, porque eu tinha acabado de comentar "love your design man, so much better than the guy in the black shirt". Dali, segui pra mesa do David Michelinie, que casou o Homem-Aranha e criou o Venom e o Carnificina e peguei mais um punhado de autógrafos em edições antigas e também num encadernado do casamento do Aranha. E em seguida, fui pra mesa do simpaticíssimo Scott Lobdell, que escrevia X-Men nos anos 90, e é responsável só por uma das sagas mais memoráveis dos mutantes: A Era de Apocalipse. O cara era muito gente boa, tava a fim mesmo de conversar, contei o quanto estava decepcionado com as lambanças temporais que a Marvel fez recentemente no título e o quanto tinham transformado o Ciclope num cuzão. Ele perguntou se havia algum mutante que ainda não tinha morrido e ressuscitado e chegamos a conclusão de que o único cara dos X-Men que tinha sobrevivido aos anos 90 era ele! E com um "Let´s keep it that way" e um aperto de mão, fui embora e finalmente deixei a fila, que se formava atrás de mim, avançar, enquanto guardava na mochila vários títulos X autografados, inclusive uma edição dourada animal de X-Men: Age of Apocalypse.
Logo depois, colei na mesa do Joe Rubstein, que trabalhou na primeira mini do Wolverine, ao lado do Frank Miller, e já garanti mais um autógrafozinho pra coleção. Caso ainda não tenha percebido o padrão, esse era o ano da Marvel ali no Artists Alley. Aí ja eram quase 4 da tarde e eu ainda não tinha almoçado, então mandei msg pra um ex-colega de trabalho que estava no evento e combinamos de sentar juntos pra comer um hambúrguer. Depois colamos no estande da Johnnie Walker pra tomar uma versão especial de Game of Thrones, e pegamos nossa dose de White Walker, que estava sendo servida dentro de uma cópia da muralha, com garçons da Patrulha da Noite. Aí ganhamos uns baralhos de Magic e sentamos pra jogar uma partida. Depois, visitei o estande da HBO com uma pulseirinha que ele tinha conseguido mas não ia usar e passei tirar umas fotos no Aranha-verso. Tudo isso enquanto caminhava por diversos quadrinhos e brinquedos caros demais pra levar pra casa e muita gente fantasiada de super-herói. Impossível não amar esse lugar!
No sábado, fui com aManda numa confraternização de final de ano de um dos consultórios onde ela trabalha. Me empanturrei de salgadinhos e lanche de metro, mas nem bebi porque estava dirigindo. Passamos a tarde lá, querendo roubar o bolinha, dog sensacional da dona da casa, que realmente parecia uma bola de pelos, voltamos pra casa, tiramos um cochilo e a noite fomos pra Augusta encontrar o Dorini, um antigo amigo meu da faculdade de Direito (o único com quem o contato sobreviveu ao tempo) pra comer um lanche e tomar um chopp no Calçadão Urbanoide (lá tem torre de IPA e Weiss, a preço justo!).
Domingo de manhã, meus pais que estavam em SP, mas que nem consegui ver direito por conta da correria, passaram em casa dar um oi, e antes das 10h eu já estava novamente encontrando meu amigo no metrô pra mais um dia de evento!
Entramos e fomos direto pra AA. Corri pra fila dos quadrinistas que eu não tinha conseguido ver na sexta, e logo garanti meus autógrafos do John Romita JR. Fora encadernados do Homem sem Medo e Vingadores vs X-Men, levei X-Men número 1 da Editora Abril. Se já era um dos itens mais queridos da minha coleção, agora só falta enquadrar! Depois pedi pra um cara aleatório pegar uma assinatura do David Lloyd na minha máscara de V de Vingança, já que quando eu cheguei na mesa dele a fila já estava fechada. E passei um bom tempo na fila do John Cassaday, um dos meus desenhistas favoritos, que trabalhou em uma das minhas fases favoritas de X-Men ao lado do Joss Whedon. Quase 16h da tarde, eu nem tinha almoçado ainda, mas já tive que correr pro auditório, onde eu tinha conseguido ingressos vip pra cortar fila e curtir a estreia de Bird Box, novo filme de terror da Netflix, em um painel que contou com a presença do produtor do filme, de um dos atores, e da Sandra Bullock! Saímos de lá por volta das 18h30, mortos de fome e sentamos pra comer um lanche na caríssima praça de alimentação do evento. Depois, começamos a dar um rolet com mais calma, ganhando brindes como posters de Deadpool, Hersheys e CupNoodles. Alias, o macarrão de copo tinha um dos estandes mais divertidos desse ano, que tinha várias salas escuras, nas quais você entrava sozinho. Na minha, ficaram passando imagens assustadoras de peixes-demônios, tubarões e piranhas, com trilha sonora tensa, até que uma porta se abriu e um anão vestido de tubarão saiu gritando "Ha!", me deu um high five e um cupnoodles de frutos do mar! Demos uma volta pelos bonecos expostos, lojas de quadrinhos e de funkos e por volta das 20h começamos a árdua caminhada de volta pro metrô, com a velha sensação de sempre, de missão cumprida (conseguimos todos os autógrafos que queríamos), mas também de que ainda faltou tempo pra ver tudo que a CCXP tinha a oferecer. 

segunda-feira, dezembro 03, 2018

Livros, pizzas e Picagovas

Nessa sexta, assim que cheguei no trabalho, fui convidado pelo meu chefe a tirar as horas extra que eu tinha acumuladas, pra zerar o ponto. Sendo assim, aproveitei que já estava no meio do caminho e peguei um ônibus pra USP, onde várias editoras participavam da anual Feira do Livro da universidade, trazendo diversos títulos, com (no mínimo) 50% de desconto. Peguei um ônibus que inclusive entrava na cidade universitária, que é gigantesca, e que me deixou na porta do enorme barracão onde estava rolando o evento.
Achei que por ser dia de semana, de manhã, o lugar ia estar vazio. Mas aparentemente, todo mundo que ainda consome livros tinha decidido ir a feira. Visitei o stand de várias editoras e saí de lá com dez livros! Coisas bem legais que eu queria faz tempo, mas que considerava caras demais no preço cheio. Moby Dick do Chabouté, Dracula do Mignola, Spirou, Verões Felizes, Cumbe, Angola Djanga, Poe por Richard Corben, Chuck Palahniuk. Muita coisa boa mesmo! Enquanto a black friday teve descontos decepcionantes, a feira do livro salvou as leituras do ano que vem. Recomendo demais!
Depois voltei pra casa, e acompanhei aManda até a Paulista, que tinha uma consulta marcada perto da "lojinha"/dutyfree e ja aproveitei pra comprar uns chocolatinhos importados e matar a saudade da avenida, de suas bancas e seus starbucks. Depois descemos caminhando pela Augusta, e paramos pra comer no Calçadão Urbanoide, onde comemos shwarma e esfiha gigante no Mr. Bean Laden e tomamos uma piña colada sensacional.
No sábado de manhã, eu e aManda fomos pra academia, depois encontramos minha família toda (Pai, Mãe, Gui, Veri, Iza, Tia Fatima) pra almoçarmos juntos num self service show do Center 3. Voltamos pra casa, tiramos uma soneca, comecei a ler a dezena de livros que eu tinha comprado no dia anterior e a noite nos encontramos novamente com o pessoal pra comer uma pizza na frente da nova residência V , pra onde fomos em seguida, pedir sobremesa da melhor pizzaria do centro: massa secreta folheada da Ramos, coberta com chocolate & morango. 
No domingo, meus pais passaram cedo em casa pra gente finalmente colocar na parede da sala um quadro que ganhamos de casamento do meu tio (e de quebra, me ajudaram no combate as pombas da sacada dos fundos). Depois fomos com eles encontrar meus irmãos pro almoço no Gato que Ri ☑, restaurante que não pode faltar no checklist de turismo Picagova. Nos despedimos do meu irmão e da Iza e voltamos pra Augusta, dessa vez pra tomar Bacio di Latte ☑.
Em seguida, eu e aManda voltamos pra casa, pra tirar um cochilo, jantar um hamburger topzera do iFood e finalmente pude me dedicar a um pouco de Uncharted 4. 


quarta-feira, novembro 28, 2018

Bolo caseiro

Esse foi um dos finais de semana mais pacatos do ano. No sábado de manhã, até me movimentei um pouco, já que estava tendo uma daquelas aulas abertas na ACM, então fui com aManda fazer uma de "fighting" e uma de "essence", basicamente aulas de mimetizar movimentos ninjas e alongamento, com professoras fantasiadas de super-heróis (cada evento tem um tema, e esse meio que era imperdível, né?). Depois levei meu óculos pro conserto e voltei correr mais um pouco na esteira. Almoçamos num self-service do Copan, que tem uma carne sensacional. Passei a maior parte da tarde lendo quadrinhos ou jogando alguma coisa e a noite pedimos uma pizza da Ramos (sério, se você mora no centro de SP e não pede essa maravilha, ta pedindo pizza errado!) e terminamos de assistir Sabrina, aprendiz de Baphomet, que é tipo Harry Potter, se Hogwarts ficasse no inferno.
No domingo, finalmente terminei Mass Effect: Andromeda (bem pior que o ME3, nem perca seu tempo), e depois fui com aManda fazer feira, passar no açougue e comprar coisas no mercado. Almoçamos uma carne mais seca que "bom dia" do pai daManda, tiramos uma soneca, li mais um pouco enquanto a aManda fez um novo bolo megalight de banana e quinoa na cozinha, e a noite começamos a nova temporada de Narcos: México (sim, continua foda e uma das minhas séries originais favoritas na Netflix!). Basicamente, não saímos de perto da nossa própria rua, mas descansamos bastante. O que, de vez em quando, é importante.

quarta-feira, novembro 21, 2018

Festival de Raridades

Eventualmente, tudo que é comum torna-se raro. Por exemplo, uma hq que décadas atrás vendeu meio milhão de cópias, pode virar item raro, de colecionador. Uma vida em Jaú, que décadas atrás era cotidiana, pode virar programação especial...Enfim, chega de devaneios, o que importa é que chegou o feriado. E que feriado! Com um dia caindo na quinta e outro na terça, acabou rolando de emendar quase uma semana toda (ainda que na sexta eu estivesse de home office), e assim caminhamos já pra reta final de 2018. Na verdade, no almoço da quarta, o feriado já tinha praticamente começado. Fui com o pessoal do trabalho pro já tradicional expedito comer uns espetos de churrasco e tomar uma cerveja e só voltamos pro batente no final da tarde. 
Na quinta-feira, feriado de 15 de novembro, de manhã fui com aManda na academia, passei a tarde lendo quadrinhos e jogando videogame (Just Cause 3 no xbox, Mario Galaxy 2 no Wii) e a noite aproveitamos a black week do iFood pra comemorar nossas Bodas de Sorvete (2 meses de casados!) comer várias coisas maravilhosas em promoção, como o "bauru original" do Ponto Chic (que tava só R$10, 1/3 do preço padrão) e um croissaint recheado de chocolate do croasonho (que tava só R$5, menos de 1/4 do preço de sempre). Depois, assistimos "A travessia", um filme bem interessante, baseado na historia real de um francês que atravessou as 2 torres gêmes se equilibrando numa corda.
Na sexta, acordei cedo e já peguei um bus pro MIS, que tinha recebido no dia anterior a maior exposição sobre quadrinhos já realizada no país. E ca-ra-lho, nunca senti tanta inveja na vida! Tem tudo ali! Autógrafos de lendas como Bob Kane, Jack Kirby e Stan Lee. Páginas com artes originais (do Príncipe Valente, do Fantasma, do Tintim!), os primeiros quadrinhos de muitos personagens, inclusive da Disney, publicados no Brasil. Bonecos, selos de ouro, cartas, prensas de impressão, e claro, muitas hqs. Sério, é a coleção dos sonhos de qualquer nerd! E a cenegrofia está foda, com ladrões presos com teia de um lado e uma réplica da Batcaverna do outro! Os organizadores ainda tiveram uma ideia genial: colocar a área dedicada aos quadrinhos eróticos, que só pode ser visitada por maiores de 18 anos, dentro de um dos banheiros do museu! Passei cerca de 1h30 rodando (ou melhor, babando) pelo local, e na hora do almoço desci a Augusta pra encontrar a Amanda pro almoço na "velha japa do centro".
A tarde, tirei um cochilo enquanto ficava de prontidão pra ver se não aparecia nenhum relatório pra entregar e a Amanda saiu atender pacientes. E depois, ao final do dia, pegamos a estrada pra voltar pra Jaú, com um transito infernal pra sair de São Paulo.
Sábado, depois de tomar café e ler uns quadrinhos (tinha acabado de receber pelo correio minha edição de 5 por infinito), fui com meus pais e um primo da minha mãe, meu primeiro chefe, e sua namorada comer uma comida em Pouso Alegre. O polaco estava fechado, e felizmente acabamos indo parar no Mirante, que incluiu nas tradicionais porções de frango e leitoa frita, uma novidade excelente: linguiça artesanal! Ficamos lá até o meio da tarde, depois passei horas suando enquanto procurava na minha coleção as hqs que vou levar na Comic Con desse ano. Em seguida, saí buscar aManda pra gente ir até mais um tradicional aniversário shaolin. Tava quase todo mundo lá (Wella, Guto, Ney, Lucão) e ficamos até quase 3h da manhã jogando conversa fora, virando cerveja, tomando shots de whisky de baixa qualidade, vendo o Shao comer coisas que caíram no chão e ouvindo Greta Van Fleet. Uma típica festa ripper. 
No domingo, joguei muito Sonic 3 pela manhã no MegaDrive e no almoço, a Amanda veio almoçar com a gente em casa, uma ótima macarronada que meus pais tinham preparado. No final da tarde, deixei aManda na vó dela, e comecei a assistir com meus pais o novo filme dos irmãos Cohen, que estreou direto na Netflix, um faroeste bem bacana chamado "A balada de Buster Scruggs". Durante, a sessão, meu pai trouxe até cerveja pra gente tomar junto, com uma porçãozinha de queijo de acompanhamento!
 Quando o filme acabou e a tempestade que estava caindo pelas últimas horas passou, saí encontrar aManda, e paramos pra comer um lanche no Banana Split, que pra falar a verdade estava bem decepcionante. 
Na segunda-feira, depois de repetir a mesma rotina matinal de sempre (hqs+videogame), almocei com meus pais uma refeição padrão Picagova, preparada pela Maria e passei buscar aManda pra gente ir até Bauru, onde eu tinha agendando a renovação da minha CNH no Poupatempo. Chegamos lá cedo e todo o procedimento correu bem rápido, nos dando tempo de sobra pra chegar no Alameda Quality Center a tempo da primeira sessão de "Bohemian Rhapsody", a excelente biografia do Queen que foi lançada no começo do mês. Cinema em SP: R$75 reais a inteira, em Bauru R$6, e todo mundo paga meia na segunda-feira. Dá pra comprar um balde gigantesco de pipoca,  tomar um cappuccino show na cafeteria, e comer docinhos  (bomba pra mim, bolinho de mousse pra ela). E ainda sobra dinheiro.
Em seguida, passamos no Walmart procurar uma boa smartv em promoção (missão que o pai dAmanda tinha passado pra ela), que acabamos encontrando nas lojas Americanas de Jaú mesmo, depois de parar no nosso próprio shopping em busca do churros perfeito (e sério, ele fica bem ali, na praça de alimentação). Chegando em casa, aproveitei o final da noite pra finalizar Sonic 3, um joguinho de plataforma simplesmente perfeito.
Na terça, tomei tirei a manhã pra gravar um vídeo sobre aquela hq do Alan Moore que comentei aqui há pouco tempo (chamada "Um pequeno Assassinato"), depois saí almoçar com meus pais um filezinho com molho de gorngonzola na Dona Branca e voltamos tomar um café com donuts bauruenses de sobremesa. A tarde, terminei alguns filmes começados (inclusive o excelente "Santa Sangre" no Youtube) e testei vários jogos novos que eu tinha baixado pro Everdrive. Saí pra abastecer o carro com minha mãe, e chegando em casa meu pai nos esperava com salada e croquetes, como é bom estar em casa! Depois passei buscar aManda e voltamos pra SP, numa viagem bem tranquila, ao som de Queen: Live at Montreal. :)

segunda-feira, novembro 12, 2018

Um grupo de galinhas estava jogando rugby, quando caiu do céu um balde gigante de óleo fervendo...


Sexta-feira, depois de um longo almoço com a equipe de trabalho, no qual rolou até sinuca na laje da favela, encontrei aManda no apartamentos dos V´s pra comemoramos o aniversário da minha irmãzinha (que logo mais fica oficialmente mais velha que eu, parabéns Very!). Comemos pizza e bolo, descobri que o sogro dela gosta mais de Homem-Aranha que o próprio filho, cantamos parabéns, e depois descemos a Augusta desviando da galera pra quem a sexta-feira estava apenas começando.

No sábado, acordamos tarde, tomamos café, li bastante coisa (Lobo solitário, Hulk, Conan), joguei xbox (fechei For Honor, bem kapsa), e depois que aManda voltou de atender um paciente, almoçamos uns bagels (que são tipo donuts, só que salgados) recheados de um lugar que abriu perto da Augusta. Uma curta soneca depois, e pegamos um bus em direção ao estádio do Morumbi onde a seleção brasileira de rugby ia enfrentar o All Blacks Maori, famosa equipe da Nova Zelândia. Fomos mais por falta do que fazer (o plano inicial era voltar pra Jau, mas deixamos pro feriado) e porque os ingressos estavam muito baratos. No final o Brasil perdeu por 35 x 3, mas valeu a pena pra conhecer um pouco mais do esporte e só pra sair um pouco de casa. Resumindo o que aprendi, o rugby é basicamente um campeonato de montinho, que gente gorda pode jogar, no qual na hora do passe é permitido levantar o amiguinho nas costas pra ele chegar primeiro na bola. Voltando pra casa, paramos na japa da rua pra comer um pastel, mas mudei de ideia quando vi o cardápio e acabei descobrindo que eles fazem um incrível karaague (frango frito com alho, gengibre, saquê e shoyu, que é show-yo!).
No domingo, só interrompi a leitura e a jogatina pra ir junto com aManda na academia. Almoçamos batata assada recheada (que ela mesma preparou), enquanto eu provava a nova e honesta Skol Hops e provamos o novo Magnum sabor brownie (que é sim tão bom quanto parece na teoria). A tarde, tiramos um cochilo e começamos a assistir a nova série da Netflix da bruxa Sabrina (meio meh, bafo-meh) e o especial Crise na Terra X (que interliga várias séries de heróis da DC, e me empolgou mais que o filme da Liga da Justiça). Depois, fechamos o final de semana com uma ótima promoção do iFood, lanches do One Two Burger por R$10 (que geralmente custam o triplo do preço) e mais uma porção deles de frango frito (agora ao modo americano, galináceo frito nunca é demais). Que venha agora o feriado!

Litoral norte de SP: NÃO VÁ DE CARRO! Ou melhor, nem vá!

Segundo uma notícia que li, o DER instalou 44 radares em São Sebastião. QUARENTA E QUATRO.
Já estão instalados 44 novos radares ao longo do trecho da rodovia Rio-Santos que corta São Sebastião. A costa sul da cidade recebeu a maioria dos equipamentos. Somente entre os bairros de Maresias e Cambury, num percurso de 13 quilômetros, foram fixados 24 radares.
VINTE E QUATRO RADARES. PUTA QUE O PARIU. Eu duvido, que exista outro lugar do mundo, com tanto radar seguido.
E o limite varia entre 40km/h e 60km/h. Num caralho de uma RODOVIA.
Buscando notícias sobre essa palhaçada na internet, vi que até um prefeito de São Sebastião já brigou que queria aumentar esses limites. Que são nitidamente ridículos. 
Como comentou um cara no Facebook, "o problema está na velocidade máxima regulamentada, ridícula, desafio quem vai conseguir andar com o carro mantentendo-o a 40km/h, impossível, uma viagem do centro de São Sebastião a Boraceia, levaria cerca de duas horas, pra mais, e a Tamoios então, piada os limites de velocidade. Na maior parte do trecho, o limite é 60kmph, muito difícil manter, mesmo com um carrinho mil, tá certo que a estrada ficou muito mal feita, cheia de ondulações e curvas, mesmo assim, é um verdadeiro martírio manter-se naquelas velocidades."

Na boa, devia ser ilegal um limite tão baixo. 

quinta-feira, novembro 08, 2018

Família, churrasco & videogame


Novo feriado, nova volta antecipada pra Jau. Dessa vez, eu e aManda, acompanhados por minha irmã e minha tia de carona, saímos perto das 20h do estacionamento, e aproveitando que a estrada estava tranquila, só paramos chegando na capital do calçado feminino, onde meus pais nos esperavam com um tradicional lanche do Rospinho e limonada. 
Na sexta, passei a maior parte do dia lendo as hqs que minha irmã me deu de aniversário, uma edição de luxo fodástica de Dylan Dog e uma das melhores hqs que li recentemente "Um pequeno assassinato" do mago Alan Moore (post exclusivo sobre essa leitura em breve, o bagulho foi lançado logo depois de Watchmen, quando o barbudo tava no auge, mas só chegou no Brasil agora e se você curte hqs e mistério, tem que ler!).
Almoçamos em casa, estrogonofe (comida favorita da Very) com brigadeiros de sobremesa, joguei um pouco de Alien Storm no MD, tirei um cochilo e a noite sai encontrar aManda numa lanchonete nova chamada "Fritas & Burger" que é realmente muito boa, tem preço justo e aceita VR, onde ainda pude provar uma nova cerveja de Bocaina chamada "Capitão" e ver a "carreta furacão jauense" passando. Depois fomos encontrar o Gustinho, a Marina e a irmã dela com o noivo pra umas cervejas no Adelaide.
Sábado li mais um pouco (Surfista Prateado: Parábola, de Stan Lee e Moebius), fechei Golden Axe, e almoçamos com minhas tias um ótimo filet parmegiana pra comemorar o aniversário da minha mãe, que hoje provavelmente é a leitora mais fiel do blog (parabéns mãe! te amo muito!). A tarde, mais cochilo, passada no mercado e perto das 19h o Gustinho passou em casa buscar a gente (eu e aManda) pra um churrasco que o Frodo tinha marcado em Bauru. Lá comemos muita carne (e até alguns vegetais como batata doce e beringela) e já que a Sra.Gustinho era a motorista da rodada, aproveitamos pra conhecer boa parte da coleção de cachaças do Frodo.Chegamos em Jau as 5 da matina (4h + 1h bônus do horário do verão), e passei a maior parte do dia com uma ressaca terrível.
Almocei com minha família um escondidinho na Cachaçaria, depois aManda encontrou a gente em casa pra comermos o bolo de leite ninho da minhã mãe (recheado com geléia de morangos cultivados pelo meu irmão), passamos deixar o carro pronto pra viajar, deixei ela na vó pra tirar uma soneca, li mais um pouco e depois tomamos um café com minha família pra novamente seguir viagem rumo à MetropoliSP.

segunda-feira, novembro 05, 2018

Agente Mãe, Mãe da Gente

Durante o casamento, eu e aManda precisamos de ajuda com várias tarefas que tinham que ser realizadas em Jau, durante a semana. E é bem difícil fazer isso morando a 300km de distância. Retirar papéis em algum lugar, fazer autenticações de documentos no cartório, colocar coisas no correio, fazer a retirada de algo do conserto, agendamentos, coisas de todo tipo. 

Atribuições que, a princípio, parecem (e deveriam ser) muito simples, mas que a vida, a burocracia ou a sociedade complicam tanto, que no final acabam dando muito mais trabalho do que poderia parecer inicialmente.
Por esse tipo de complicação que sempre pode aparecer no meio do caminho, não é o tipo de missão que você deve passar pra qualquer pessoa. Pra esse tipo de missão, você precisa usar o melhor agente a sua disposição.
Nessas horas, felizmente, nós sempre pudemos contar com a Agente Mãe.
Em vários momentos, a aManda ficou mega nervosa com algum problema que apareceu ou com algum prazo que estava correndo e eu a confortava simplesmente dizendo "Relaxa, pedi isso pra minha mãe. Com ela, missão dada é missão cumprida".
E a agente mãe realmente nunca me decepcionou, cumprindo todas as tarefas com excelência. Muitas vezes (na maioria, talvez) indo muito além do que eu tinha pedido.
Isso porque ela está sempre disposta a ajudar. E nunca desiste quando encontra um problema pelo caminho.
Ela nasceu pra ser mãe. É mãe minha, mãe dos meus irmãos, mãe do meu pai, mãe das irmãs, foi mãe dos pais dela e está disposta a ser mãe de todo mundo que aceitá-la como tal. Simplesmente porque ela gosta, e é boa demais na função.
Então, que fique registrada aqui minha gratidão.
Obrigado por tudo que já fez, que faz e que sei que ainda vai fazer por mim (mesmo quando eu nem mesmo pedir ajuda)!
As vezes, parece que seu maior medo é não ser reconhecida pelo que faz.
Você não poderia estar mais enganada.
Feliz aniversário! 
Do seu filho, eternamente grato :)

terça-feira, outubro 30, 2018

Sobe o nível da neve capilar

Nessa sexta, aproveitando o day off que ganhei da agência de aniversário, voltei pra Jaú pela manhã com aManda e meu irmão. Aproveitamos pra dar uma passada no outlet, já que ela procurava um tênis novo, e almoçar uns salgados no Rancho da Pamonha, posto em que ela sempre quis parar, mas que nunca está aberto quando voltamos de noite. Aproveitei até pra comprar lá um cd do AC/DC, apesar de estarmos em 2018, porque é insuportável ficar preso às rádios do interior, que fazem questão de só tocar sertanejo.

A tarde, dei uma descansada, joguei um pouco de Mega Drive com meu bro (NHL 94, principalmente, jogo que me fez conhecer o Selanne em 16bits antes de me hospedar na casa dele na vida real) e passei na Arena Games pra ver as novidades. Depois, fomos com meu irmão e a priminha dela jantar um lanche gigantesco lá perto do Museu. Em seguida, encontramos o Gustinho e a mulher no Armazém, simplesmente porque uma passadinha lá é basicamente obrigatória. Estacionei o carro debaixo de uma árvore, e quando fui embora ele estava coberto de bosta de pomba. Se uma cagada em você significa sorte, tenho um ótimo ano pela frente, deviam ter quase 100 tiros espalhados entre o vidro frontal e o capô.
Sábado li um pouco pela manhã, tomei café com aManda acompanhado de pão de milho e geleia que meu irmão trouxe de Minas. Depois passamos comprar umas coisas no Simão Doces e deixamos o carro num lava-rápido ali perto.

Chegando em casa, a Amanda passou a manhã toda trabalhando no meu bolo de aniversário, o batbolo mais bonito que eu já tive na vida, todo detalhado por fora e com massa de nozes e recheio de camafeu, mais perfeito impossível.
Fui buscar o carro, depois fomos com meu irmão almoçar no Pouso Alegre Porções, um pouco de arroz e feijão, acompanhados de muita fritura de qualidade. 

E já que tinha bolo e bebida que tinha sobrado do casamento em casa, chamei o pessoal pra ir em casa a noite comer uma pizza e meus pais chegaram a tempo da gente poder fatiar juntos "gotham city" em pedaços. 

Domingo minha mãe me encheu de presentes (entre eles uma foto da lua de mel impressa em azulejo, e vários bonecos da nova coleção do Mario do McDonalds), saí votar, joguei um pouco de Megadrive (aliás, descobri que eu e ele fazemos aniversário no mesmo dia, e ele também fez 30 anos em 2018! =b), e fui almoçar com aManda e minha família um clássico escondidinho na Cachaçaria e de sobremesa, tínhamos vários vários docinhos baianos pra provar. Depois, hora da soneca, o tradicional café pré-estrada e uma volta tranquila de volta pra São Paulo. Está aberta a temporada de feriados de final de ano.

terça-feira, outubro 23, 2018

Maresias, sente a maresias...maresias, uh-uhu


Nessa quinta, dia 18, reencontrei meu professor de escrita no lançamento de seu novo livro em uma loja da Benedito Calixto. Ele não só autografou meu livro, como também rascunhou um auto-retrato em um dos cadernos de uma coleção que ele mesmo tinha me dado na época do Sesc Santana. Depois, na sexta, fiz com aManda algo que planejamos desde sempre e que só acabou rolando agora, pegamos o carro e fomos pra uma praia perto de São Paulo. Perto, no caso, é meio relativo. Escolhemos uma pousada em Maresias, que ficava apenas a 150km de casa. Em 1h30 chegaríamos lá, pedaço de bolo, né? Só que não. Não contávamos com as dezenas de radares de velocidade, cujo limite fica entre os 40 e 60km no caminho. Demoramos umas 3h30 pra chegar na praia, porra, se eu soubesse que ia demorar tanto, dava pra gente ter ido pro Rio! Acho muita sacanagem um radar em uma estrada ter o limite de 40km/h, mas sabe como é né? Brazil, nada acontece, samba, feijoada.
De qualquer forma, deixamos o carro na pousada, saímos comer em um lugar bem bacana chamado Taverna, e depois de dar uma volta pelo calçadão e tomar um sorvete no Rochinha, já que não tinha mais sol mesmo, ficamos só curtindo a pousada, que estava praticamente vazia, tomando cerveja e jogando sinuca e tênis de mesa na beira da piscina.No sábado, acordamos cedo, tomamos o café da manhã da pousada (que era simples, mas muito gostoso) e depois caminhamos até a praia de Maresias, que também estava praticamente vazia.
Tomamos sol e caipirinhas, tomamos uns tombos no mar (que é realmente muito bravo, daqueles que as ondas fortes e constantes), e pouco depois da hora do almoço voltamos pra pousada, onde comemos uma porção de porquinho (queria muito saber porque esse peixe tem esse nome) e curtimos o final da tarde na piscina do hotel mesmo (que era mais perto, não tinha ondas nem surfistas, nem ninguém). Depois, entramos no quarto brancos pra tirar uma soneca e saímos vermelhos de queimados. Mal tinha sol, e até usamos um pouco de protetor, mas nos queimamos como se alguém tivesse assado nossos corpos dentro de um forno, na cozinha do inferno. Amanda acordou até passando frio, de tão mal que tava. Então, nosso primeiro destino a noite foi a farmácia. 

Hidratados e medicados, passamos numa pizzaria chamada "A firma" pra jantar e depois paramos na "Esfiharia do Jé" pra comer a sobremesa. Em seguida, voltamos rápido pra pousada, já que tudo que a gente queria era ficar no ar condicionado, imóveis e besuntados de creme, assistindo Brooklyn99 no celular. Fato interessante: na cidade de Maresias, ainda existem lan houses e videolocadoras! Deu até vontade de alugar um filme, pena que não tinha dvd player no quarto.
Domingo, acordamos cedo sem motivo, tomamos café da manhã e já que mal conseguíamos nos mexer por conta das queimaduras, acabamos desistindo de voltar pra praia. Então, sabendo que a estrada seria sofrível (e agora, além dos radares, haviam as coceiras das picadas e a dor das queimaduras), decidimos sair logo pra São Paulo. Fizemos só uma parada na praia de Santiago, um lugar bem próximo (e ainda menos habitado), depois pegamos um pão de milho e um cural num "rei da pamonha" local e almoçamos pão de queijo recheado de pernil e lanches de linguiça na Casa do queijo. Quatro horas e meia depois, chegamos em São Paulo, e aproveitamos o resto do domingo relaxando as dores do sol em casa.

Soltando teia digital em NY, fazendo churrasco em Jau e tomando café em Limeira

Dia 11, véspera do feriado, eu e aManda voltamos mais uma vez pra Jau, curtir o final de semana prolongado e fazer a troca dos carros. Na sexta, almocei com minha família e minha tia Cristina no China Brothers, joguei mais uns mil jogos no Megadrive (Sonic Spinball, como eu nunca tinha visto isso antes?) e a noite fui com aManda, o Gustinho e o Peixe tomar uma cerveja e reclamar de política no bar Adelaide.
No sábado, mais uma vez fiz gusttbúrguer em casa, dessa vez acompanhado de queijo coalho em um pão que combinou bem melhor (ps: mesmo usando a carne que sobrou pra da outra vez, ainda sobrou metade do que eu tinha comprado), testei mais uns jogos (Rocky e Flash tem jogos muito bons pro Master System, sabia?), tirei uma soneca, passei na vó daManda tomar um café com um bolo de côco incrível que aManda tinha feito e a noite saímos encontrar o Gustinho no Armazém (só pra não perder o costume de bater o ponto por lá).
Domingo,  li muito Speed Racer, zerei Streets of Rage 3 (um jogo que tem 4 finais diferentes, muito a frente de seu tempo) e, aproveitando que já tinha tirado o pó da churrasqueira elétrica, foi a vez de fazermos linguiças cuiabanas e pães de alho recheados com catupiry de almoço (muito bom poder fazer churrasco em casa, sem as dificuldades de ter que acender o carvão e fazendo pouca sujeira). Depois, enchemos o porta-malas com mais presentes de casamento e pegamos a estrada pra Limeira, onde encontraríamos minha tia Mary pra pegar com ela o microondas que ela tinha dado de presente, que ainda não tínhamos tido tempo de buscar. Tomamos um café com ela, mostramos as fotos do casamento e da lua de mel, e jantamos com ela em um rodízio de pizzas sensacional,no qual ela queria nos levar desde quando entregamos os convites do casamento (lá tinha todo tipo mesmo de pizza, desde linguiça de javali, de carneiro e até uma pizza de bacon com figo!), pra depois então seguirmos viagem de volta pra São Paulo.
PS: na quinta, eu também acabei me dando um presente de aniversário adiantado, e passei na Santa Ifigênia pra pegar o excelente novo jogo do Homem-Aranha pra Play4. Os gráficos são lindos (parece demais que você ta controlando um filme), a trama é boa, a jogabilidade é perfeita e é definitivamente o melhor jogo que parei pra jogar nos últimos tempos. Recomendo demais!



Everdrive, gusttburger e gorgonzola

Na sexta do dia 05/10, eu e aManda voltamos pra Jau levando a Veri de carona. Foi uma estrada horrível, muito por conta do carro estar com um problema no alinhamento que fazia um barulho insuportável de turbina de avião. No sábado de manhã, passamos trocar um presente na JR e ao levar o carro no mecânico, acabei descobrindo que a única oficina aberta não tinha a peça que eu precisava e o carro teria que ficar em Jau. Ainda assim, dava pra usar o carro no final de semana, então continuamos correndo atrás de presentes (como por exemplo, ir em lojas com minha tia Cristina para achar uma mesa de cozinha). Almocei com minha família no shopping, tirei uma soneca e brinquei muito com uma das últimas melhores invenções da humanidade: o everdrive. Que é basicamente uma fita de megadrive, na qual você pode colocar vários roms dentro de um cartão de memória SD, e assim te da a chance de jogar no seu videogame qualquer jogo já lançado pra Genesis ou Master System! Eu ganhei o mega quando era realmente bem criança (tinha só 4 anos, minha mãe teve que insistir com meu pai que eu tinha capacidade pro brinquedo), e as fitas sempre foram inacessíveis (muitas eu só tinha um final de semana pra jogar, quando pegava na locadora, enquanto outras nem chegaram a sair no Brasil (ou em Jau). Então a possibilidade de ter acesso a todas elas (como aos jogos dos X-Men, que eu sempre quis mas nunca encontrei, por exemplo) é realmente incrível e, quem diria, que um presente de quase três décadas continuaria sendo usado até hoje?.
A noite fomos com o Sustinho tomar um chopp no Armazém, que fechou cedo, então cheguei em casa e passei a madrugada zerando Yu-Yu Hakusho em 16bits.
No domingo, fiz um hambúrguer caseiro com molho de gorgonzola em casa (exagerei um pouquinho só na hora do açougue, sobrou carne pra fazer lanches pra mais umas 20 pessoas), usando a churrasqueira elétrica dessa vez, o que facilitou demais o processo. E assim, depois de votar (em um candidatos que nem chegaram no segundo turno) e de mais uma merecida soneca, voltamos pra sp comigo dirigindo o carro dos meus pais emprestado, com o porta malas abarrotado de presentes de casamento.

segunda-feira, outubro 15, 2018

Bingo,videogame e churrasco

No sabado do dia 29/09, a "sindrôme do vovô" fez com que eu e aManda acordássemos cedo mais uma vez sem necessidade. Sete e pouco da matina e já estávamos tomando café, indo na academia e no meu caso, jogando videogame (o kapsa "For Honor" no XOne). 
Almoçamos em um novo restaurante peruano da galeria que fica na Praça Dom José Gaspar (comida boa, bonita e barata, mas longe de ser como o Riconcito), tomamos um milkshake do Bob´s (banana+nutela, com canudos ecológicos de biscoito) e logo voltamos pra casa porque as 14h ia começar nossa "Tarde Beneficente" na ACM. A Amanda tinha comprado cartelas pra gente participar do B-I-N-G-O que a academia estava organizando, cujo premio principal era uma motoca amarela igualzinha a que a aManda costumava ter antes do tombo. Apesar de sermos os únicos com menos de 123 anos de idade, o evento era muito bem organizado, tinha amendoim grátis (e cerveja gelada a preço justo) e fora a moto, tinha vários outros prêmios interessantes como TVs, microondas e ventiladores. No final, saímos de lá só com uma caixinha de trufas e umas sessões de depilação a laser, mas nos divertimos bastante com a tensão do sorteio das bolinhas (faltaram só 3 bolas pra gente completar a cartela e ganhar a moto =/). A noite, passamos no Frei Caneca comprar presentes pros aniversariantes do domingo, e aproveitamos pra comprar uns queijos e coalhadas no mercado. Depois, começamos a assistir "Fugitivos", nova série da Marvel que chegou na Netflix, e que é bem meia boca, diga-se de passagem.
Passei a manhã do domingo lendo, e na hora do almoço pegamos o carro e fomos até a longínqua Zona Norte, onde moram o piloto e a dentista que fez pós com aManda, dois de nossos padrinhos de casamento, que estavam celebrando seus aniversários com um churrasquinho na área comum do prédio onde moram.
Comi muita picanha,queijo, pão de alho, bolo e docinhos, e depois voltamos pra casa, onde joguei um pouco de Wii e a partir das 20h fui obrigado a monitorar um evento de música do cliente até a meia-noite, mas que pelo menos estava tranquilo o suficiente pra que eu pudesse simultaneamente assistir mais um pouco de TV com aManda.

quinta-feira, outubro 04, 2018

Lua de Gelo e Vinho Dia 07 - Hasta luego y gracias por los peces

No domingo, nosso voo saía na hora do almoço. Então, só aproveitamos pra tomar um último café da manhã caprichado no hotel, tirar umas últimas fotos e logo chamamos um uber pra nos levar até o aeroporto. O motorista era muito gente fina (e comentou que ele mesmo nunca tinha conhecido o Embalse), e ficou metade do preço daquele cobrado quando desembarcamos no país. A lição é essa, não importa onde você estiver, sempre opte por uber, taxi jamais.
Almoçamos no avião mesmo (o rango da Avianca não estava nada mal), assisti um pouco do conteúdo disponível ("Um lugar silencioso", filminho nada demais e um pedaço do novo "Tomb Raider", mais sem graça ainda) e em 3h30 estávamos em São Paulo. A grande surpresa ficou com os assentos em que viemos no avião. Quando aManda fez o check-in, aparecia que não tinha janelas disponíveis, o que nos deixou muito chateados, já que parte da graça de ir pro Chile é poder sobrevoar as Cordilheiras dos Andes. Mas quando embarcamos, ao verificarmos os números das nossas cadeiras, percebemos que o desenho do check-in estava invertido. E assim, quem fez check-in antes da gente sentou no corredor, e nós conseguimos uma janela! Deus realmente tava do nosso lado nessa viagem, tenho que admitir. A vista é realmente espetacular, a extensão do bagulho é imensa (3.371.000 metros quadrados, segundo o Google), e no final ficamos muito felizes que acabou tudo dando certo. Em resumo, o Chile é incrível. E já voltamos com vontade de voltar. Dizem que a região dos lagos também é sensacional, ficamos devendo pra nós mesmos uns tombos de esqui, e saímos querendo demais conhecer a Ilha de Páscoa! Quem sabe na próxima ;)


Lua de Gelo e Vinho Dia 06 - Mercado Central, Palacio de la Moneda e Hard Rock Cafe

Havíamos deixado o sábado livre, então acordamos novamente com calma pra tomar um café da manhã reforçado e demorado antes de sair em direção ao metrô, de onde partiríamos rumo a estação mais próxima do centro, pra conhecer o Mercado Central. Estava tudo meio fechado e pra comer as famosas centollas ("king crabs") ia ficar mais caro que no dia anterior, fora o fato de que, como aManda não come nada marinho, um carangueijo gigante talvez fosse demais pra mim sozinho. Enquanto caminhávamos pelo centro, passamos pela Universidade do Chile, que estava realizando uma feira de livros. E ali, achei uma ótima lembrança de viagem: uma hq novinha nunca lançada no Brasil do meu autor chileno favorito: "Os filhos de Topo", do Jodorowsky. Depois, fomos até o Chino Mall, que é basicamente uma galeria japa como as centenas que existem em SP, que um guia havia nos recomendado como o melhor lugar para comprar camisas do Colo-Colo (time chileno que tinha enfrentado o Palmeiras no dia anterior e infestado a cidade com palmeireneses). A ideia de ir ao jogo até passou pela minha cabeça, mas os ingressos já estavam esgotados assim que desembarcamos em Santiago.

O lugar não tinha nada muito interessante, e as camisas eram caram demais, então saímos de lá e caminhamos novamente na direção da Plaza de Armas. Um guia brasileiro que encontramos por lá tentando vender passeios nos avisou que a troca da guarda do Palácio de la Moneda estava prestes a acontecer, as 11h, então tocamos pra lá pra conferir qualé que era. A cerimônia acontece a cada 2 dias, é toda pomposa, tem banda, desfile e cavalos, e acabou sendo uma sorte poder conferir esse evento típico que nem fazia parte da nossa programação. 
Conferimos uma exposição de baleias chilenas que estava acontecendo no museu ali perto, depois pegamos um taxi ate uma loja de joias que minha mãe havia recomendado. Quando chegamos no local, a loja estava fechada e tinha uma placa de "se arrienda" pendurada na fachada. Então, pra aproveitar o taxímetro que estava rodando, decidimos conhecer o shopping Parque Arauco.

O Arauco costumava ser o grande shopping da cidade, antes da inauguração do Sky Costanera, e ainda vale a pena visitá-lo. É enorme, tem várias lojas e uma bela praça de alimentação. Lá provei a Pedro, Juan & Diego, que faz uns hot dogs incríveis com guacamole, aManda foi de Wendy´s e pegamos uns Dunkin´Donuts de sobremesa (que pela ocasião das festas patrias, estavam até cobertos com bandeirinhas chilenas).
Pegamos um uber de volta pra casa (na verdade pro hotel, que já estávamos chamando de casa) e finalmente sobrou um tempinho pra conhecer a piscina do hotel, que ficava na cobertura e também tinha uma ótima vista. Nada como flutuar no silêncio de uma piscina, podendo observar ao longe as cordilleras.

A noite, fomos mais uma vez pro shopping Costanera, fazer as últimas comprinhas da viagem (fazendo uma pausa pra mais um donut no caminho) e depois sentamos pra jantar no Hard Rock Cafe. Que é sempre uma boa pedida, já que tem as melhores músicas, é praticamente um museu pra fãs de rock (com várias guitarras, figurinos e posters autografados de bandas daora) e tem uma comida excelente. Amanda tomou uns drinks, eu uns chopps e comemos uma porção de buffalo wings com molho de gorgonzola, como se estivéssemos nos EUA. Na verdade, as asinhas foram meu segundo pedido. No primeiro, o cardápio me confundiu e eu pedi uma porção de couve-flor empanada no formato de asinha de frango, extremamente apimentada. Falha nostra, mas em minha defesa, tinha tanta pimenta, que o gosto do frango eu nem ia conseguir sentir mesmo, então acabou servindo como um bom aperitivo de qualquer forma, e acabamos aprendendo que couve-flor pode dar uma boa porção.

Curiosidade 06 sobre o Chile: foi lá que nasceu um gênio chamado Alejandro Jodorowsky, mestre do cinema surrealista mundial. Cineasta, actor, cartomante, escritor e fundador da Psicomagia, Em 1970 criou El Topo, um western sobre uma figura imortal e a sua travessia por um deserto repleto de desafios. Este sucesso fez-se ecoar pelo mundo fora e atraiu a atenção de diversas figuras ilustres, entre as quais John Lennon, que decidiu financiar o próximo filme de Alejandro, mais uma das suas obras primas, The Holy Mountain (1973). A sua adaptação de Dune, filme baseado na obra eterna de Frank Herbert, nunca chegou a avançar, talvez por ser demasiado megalómana e complexa de executar, com uma previsão de cerca de 15h de filme, banda sonora de Pink Floyd, com actores como Salvador Dali e Orson Welles, cenários de H.R. Giger e muitas dificuldades de produção (para mais detalhadas explicações impõe-se o visionamento do documentário Jodorowsky’s Dune). Em 1990 realizou The Rainbow Thief, um filme que foi um fracasso de bilheteira e fechou definitivamente as portas do grande cinema a Alejandro, que se dedicou mais fortemente à psicomagia e escrita de quadrinhos excepcionais (como o Incal, os Bórgia e outras várias parcerias com o Moebius). 

Lua de Gelo e Vinho Dia 05 - Embalse El Yeso


Mais uma vez, acordamos cinco e pouco da manhã pra tomar café da manhã correndo as 6h30 e sair com uma excursão as 6h40. Aliás, por pouco não entramos na van errada. Uns malucos de dreadlocks no cabelo apareceram no hotel perguntando quem ia pras montanhas. Respondi que éramos nós (já que nosso guia tinha acabado de nos avisar por Whatsapp que estava próximo do hotel), e já estávamos quase subindo com eles quando outra van encostou no hotel e perguntou se eu era o Gustabo Pires ("sim, tipo o Alexandre Pires", que agora é bem famoso por lá). Já sentados e com o carro em movimento, o guia Juanito se apresentou e logo disse "com sorte hoje teremos um dia de sol em Valparaíso" e quase nos matou do coração. Ele estava só zoando, dessa vez a gente estava na van certa, mas não podia ter escolhido hora melhor pra nos fazer surtar. Como da outra vez, primeiro passamos em uma loja onde tentaram nos empurrar o aluguel de mais roupas de neve (pegamos só as botas, e mesmo delas talvez a gente não precisasse), um lugar que tinha até um mini zoo, com cervos ("renas de papai noel" brancos de amarronzados), onde aManda teve uma breve conversa com uma ovelha. E de lá seguimos pra uma uma cidade chamada Cajon del Maipo, enquanto o rádio tocava músicas de flauta dos Andes, que nós paulistamos conhecemos como "as músicas dos flautistas de praça", e que quem assiste south park sabe que servem pra afastar os ataques de hamsters gigantes.

Quando a van nos deixou na entrada da represa (a Embalse El Yeso), caminhamos por 1,5km até o lago, com um vento gelado batendo no rosto, até chegar em um dos lugares mais bonitos que eu já vi na vida. Um lago imenso que reflete de forma magnífica várias montanhas que estavam lindamente cobertas pela neve que havia caído na madrugada da segunda feira. Andamos pelo lugar, tirando milhares de fotos enquanto o sol subia e o dia começava a esquentar. Felizmente, não precisávamos mesmo ter alugado nenhuma roupa especial pro passeio. Na descida, nosso motorista nos esperava com uma mesa montada com vinho, queijo, salame, maçãs com vinho, cream cheese coberto com shoyo e quinoa (o que descobrimos ser um aperitivo excelente pra comer com torradas) e marmelo com cebola. Juntamos então as melhores coisas do Chile em um só passeio: tomar vinho na neve! Descemos as montanhas com mais um belo vislumbre das Cordilheiras e cochilamos boa parte do trajeto por conta do vinho. 


Chegando em Santiago, aproveitamos que ainda havia sol pra comer no famoso Restaurante Giratorio, um lugar que ficava a 200m do hotel, que fica no topo de um prédio e que fica sobre uma plataforma que gira em 360 graus, pra que você possa curtir a vista de todos os pontos possíveis. Lá comemos minha a melhor refeição que tivemos na cidade (uma carne perfeitamente no ponto, a minha com bolinhos de arroz empanado com queijo e camarão, a daManda um sanduíche sem pão formado por duas carnes com queijo no meio, acompanhado de batatas fritas, ambas acompanhadas de taças de vinho). Depois, provamos literalmente todas as sobremesas do cardápio. A hora de pagar foi triste, foi a conta mais cara de Santiago (e provavelmente da minha vida), mas relevamos, afinal não é sempre que estamos de lua de mel.

Curiosidade 05 sobre o Chile: Cajon del Maipo pode ser traduzido meio que como "caixotes de terra fértil", e o local tem essa fertilidade toda por conta da alta concentração de vulcões na área (por todo o Chile, são mais de 2mil deles).  

Lua de Gelo e Vinho Dia 04 - Concha y Toro


Na quinta-feira, depois de tomar um café da manhã com calma no hotel, aproveitamos que as lojas estavam abertas para dar um rolet pelos arredores. Visitamos a Paris, que é tipo uma Macy´s, que vende de tudo (roupas, perfumes, eletrodomésticos) e fomos pela primeira vez em um supermercado. Assim, já aproveitamos pra comprar uns vinhos, cervejas locais e é claro, maní "que é good nóis num have it", mais conhecido por aqui como amendoim).
Por volta das 13h, um novo motorista passou nos buscar pra visita guiada a vinícula Concha y Toro, uma das mais tradicionais do país e uma das 20 maiores do mundo. Vimos as plantações, a casa onde o sr. Concha morava, seu lago e devo admitir que fui realmente surpreendido pelo modo como contaram a estoria do Casillero Del Diablo, que chega até a lembrar um pouco as atrações da Universal. Meu palpite é que o Sr. Concha (esse não é o nome dele de verdade, obviamente, só não quero perder a piada idiota) botava fogo em quem tentava roubar os barris de vinho dele, mas admito que o conto que bolaram ao redor da lenda ficou bem bacana. Além disso, passamos por três degustações de vinho e fizemos ótimas compras na lojinha local (cujos preços são realmente bem atraentes).

Em Santiago, e aproveitamos que estava chegando o pôr do sol pra correr (literalmente) até o Sky Costanera  um shopping próximo do nosso hotel que tem a maior torre da América Latina (300m de altura) e a vista mais linda em 360 graus que a cidade pode oferecer. Eles cobram entrada pra isso (e não é barato), mas as fotos que você pode tirar lá em cima realmente ficam demais. Depois, já que estávamos por ali, jantamos no shopping mesmo (num fast food chamado Pollo Qualquer Coisa) e demos uma volta por outra imensa loja de varias andares da Paris. Também descobrimos que tinha um Hard Rock no shopping, mas esse teve que ficar pra outro dia!
Voltamos pro hotel e no nosso quarto mesmo já consumimos as comprinhas do dia, comendo amendoim com a cerveja que eu tinha deixado gelando no frigobar.

Curiosidade 04 sobre o Chile:  costumava haver uma lei que obrigava todo morador do país a colocar uma bandeira do Chile na janela durante as festas pátrias. Essa lei já foi revogada há vários anos, mas por costume (ou falta de conhecimento), muitas pessoas continuam fazendo isso até hoje!


quarta-feira, outubro 03, 2018

Lua de Gelo e Vinho Dia 03 - Valparaiso y Viña del Mar

No terceiro dia, pegamos uma van conhecer as praias de Santiago. A cidade não só é incrível, como tem várias atrações bem diferentes a pouco mais de 1h de distância. Então, logo depois de um dia divertido no gelo, fomos pro mar! Um novo guia passou nos pegar no hotel (e esse gostava bem mais do Youtube, antes de chegarmos em nosso primeiro destino colocou pra tocar uma música de Valparaíso e a leitura de uma poesia do Neruda) e depois de vermos as minas pela estrada (mais de 50% da economia do Chile vem da extração de cobre), nossa primeira parada foi em uma loja de vinhos caça-turista, onde o que mais valeu a pena foi a aula sobre vinhedos: se a uva está em cima, é pra comer, se está embaixo, é pra fazer vinho. 
Valparaíso é uma cidade portuária, cheia de belas vistas e bondinhos. Por conta do feriado, a casa/museu do Neruda estava fechada, então não ficamos muito por ali e depois de tirar algumas fotos em ruas artísticas e mirantes, pegar um bondinho e parar pra comer um saduíche de sorvete, logo tocamos pra Viña Del Mar, que fica praticamente grudada na primeira parada, mas que tem praias melhores. Por ali, vimos castelos antigos sobrevoados por gaivotas, leões marinhos nas pedras bem próximas da praia, um relógio de flores habitado por um cosplayer do Groot e um Moai (uma das cabeças gigantes da Ilha de Páscoa, que segundo o guia, os moradores da ilha  usavam pra fingir pra marinheiros que aquela era uma terra habitada por gigantes). Almoçamos em um restaurante bacana chamado Mediterrâneo (comi ceviche e salmão com cerveja, aManda picanha com vinho). 
Depois, tiramos os sapatos pra pisar pela primeira vez no Oceano Pacífico. Eramos praticamente as únicas pessoas descalças (serio, todo mundo na praia tava vestido e calçado), o que fez até com que umas duas ou tres crianças parassem pra encarar a Amanda (eu recoloquei os tenis bem rápido), como se ela fosse uma criatura com pés de areia de outro planeta. Voltamos pra casa cedo, demos um tempo por lá e mais a noite chamamos um uber. No dia anterior, eu tinha visto na CNN umas imagens das festas patrias em uma praça da cidade e deu vontade de conhecer. Então, aproveitamos a facilidade de poder chamar um uber e fomos até a Praça O´Higgins, que deve ter mais ou menos o tamanho o Ibirapuera, pra nos misturar com os locais e celebrar a independência do Chile em suas festas pátrias. Lá tinhas várias barraquinhas (que eles chamam de fondas) de comida, que vendiam principalmente empanadas, churrasquinhos e terremotos! 
Os preços eram ótimos (já que não era uma festa pega-tursta), comemos a vontade (muitas empanadas), provamos o drink e fizemos comprinhas. Além da comida (compramos 6 churros "espanhóis" - sem recheio, por 2 lucas), tinham várias tendas com música, com uma galera dançando cueca (tipo a dança do acasalamento chilena) em uma e um mar de gente fazendo tipo uma rave em outra. Lá ouvimos uma versão de Capital inicial tocando em espanhol e tive até oportunidade pra usar a uma gíria que minha irmã tinha me ensinado (1 luca = 10k pesos chilenos). Na volta, pra não cair na mão de taxista malandro já que eu tava sem wi-fi pra chamar um uber, pegamos o metrô (que tem uma estrutura bem parecida com a de São Paulo, então tiramos de letra) e voltamos pra casa nos sentindo mais chilenos do que nunca.
Curiosidade 03 sobre o Chile: Terremoto é um drink que recebeu este nome quando dois repórteres alemães que cobriam os acontecimentos do terremoto que abalou o Chile em 1985 (olha só), experimentaram a bebida na tentativa de amenizar o calor que sentiam. Um deles, após tomar o drink adocicado, levantou-se e sentiu os efeitos da bebida, exclamando “”¡Este sí que es un terremoto!”. A bebida é uma mistura de pipeño (um vinho branco de baixa qualidade), Fernet, vem com uma bola de sorvete de abacaxi, é bem doce e gostamos bastante!

Lua de Gelo e Vinho Dia 02 - Valle Nevado

No segundo dia de viagem, acordamos bem cedo pro nosso primeiro grande passeio. Tomamos café logo que o hotel abriu o salão (lá pelas 6h30) e logo uma vanzinha com um guia gente boa passou buscar a gente pra nos levar até uma loja de aluguel de roupas de inverno pegar casacos pesados e calças de neve. Também pegamos equipamento de ski, mas essa aventura teve que ficar pra próxima. 
Devo admitir que fui esperando bem pouca neve, afinal, a temporada de esqui acabava na sexta-feira, e muita gente postava fotos do lugar onde só havia verde. Mas o santo da Amanda é forte, e durante a madrugada tinha caído aquela que nosso guia chamou de maior nevasca da temporada. Tivemos até que parar o trajeto de subida pro Valle, que tem mais de 60 curvas, pro motorista colocar correntes nas rodas. E varias pessoas que foram com a mesma agencia, só que com outro motorista, nem conseguiram terminar de subir a montanha. 
Estava nevando tanto, que fomos aconselhados pelo nosso guia a não esquiar, já que o "vento blanco" nos deixaria as cegas, sem enxergar um palmo a nossa frente, o que não é bom pra quando se pretende praticar um esporte que você nunca fez antes. Mas a verdade é que mesmo tendo que desistir dos skis, o dia foi incrível. A neve estava alta (dava pra se jogar no chão de boa, o que fizemos várias vezes), não parava de cair, fizemos guerra de neve (uma hora joguei uma bola tão grande na cabeça dela que até me arrependi do susto que ela tomou), vimos raposas passando pela van, e bonecos de neve com olhos feitos com fatias de salame. Tomamos um café na estação pra esquentar, visitamos o hotel do ricaços que se hospedam por ali e depois comemos na uns lanches (mega caros, 2 combos saíram uns R$140, e a melhor parte eram os nuggets de acompanhamento) na lanchonete da estação (pois é, eu sei, vamos melhorar essa dieta nos próximos dias). Como não usamos as botas de esqui, tivemos que ficar com nossos próprios calçados e mesmo usando um spray impermeabilizante emprestado de um casal de cariocas, eu tava usando uma só meia e meu pé quase congelou. E como sempre faço, na hora de descer do hotel pro meio da montanha, eu quase perdi o bus porque tava no banheiro. Quando voltei, só ouvi aManda gritando por mim no meio da neve, o que foi uma cena bem pitoresca. 
Voltamos dormindo na van e jantamos num restaurante que ficava literalmente do lado do hotel chamado "La Picola Italia", que tinha um preço fantástico (principalmente depois do Valle Nevado), onde comemos as melhores empanadas de queijo que provamos por lá, um combo gigantesco de massas (que nos permitia provar tudo que eles tinham de uma só vez) e profteroles de sobremesa (já falei da minha ideia pra uma série de investigação chamada "Prof. Terole e Carolina Eclair, uma dupla bombástica"?).     
Curiosidade 02 sobre o Chile: no Chile é comum ver as pessoas fumando maconha pelas ruas. Isso porque a droga não é legalizada, mas também não é combatida como aqui. É proibido comprar, mas as pessoas podem cultivar pra cultivo próprio. E aí, não tem venda, mas tem "pacote de assinatura mensal", já que surgem "grupos agrícolas", de pessoas que "financiam" uma plantação entre "amigos". Ou seja, lei chilena, jeitinho brasileiro.