terça-feira, março 29, 2011

Chegamos em Vegas por volta das 5 da tarde e levamos uma vida pra fazer o check in no hotel, Imperial Palace, que fica de frente pro Ceasar´s Palace. Vegas é o golpe de marketing perfeito. Uma cidade com tudo que voce precisa em diversão (nadar com tubaroes, atirar com metralhadores, bungee jump, montanha russa, shows, strippers, jogatina e tudo mais) construida no meio do deserto e atraindo gente pra caralho nao importa a epoca do ano. E onde os check-ins dos hoteis ficam no meio dos cassinos, no térreo e as filas de check in (que em qualquer outro lugar do mundo levam segundos), duram horas. Pra voce dar uma jogadinha enquanto espera. Abrimos nossa primeira cerveja, quente, ali na fila mesmo, e depois de devidamente hospedados, saimos dar uma volta pelas ruas. Vegas é minha cidade favorita no mundo. Sério. Nao tem como nao ser. Tem miniaturas de Paris, Italia e Nova Iorque, entao voce anda pela rua divisando replicas da torre eifel, da estatua da liberdade, de veneza, luzes gigantescas, elevadores em formato de garrafa de coca-cola, guitarras gigantes do hard rock café, harleys gigantes, é linda. Melhor só se a festa nao tivesse hora pra acabar, as pessoas pudessem beber abertamente pelas ruas e tivesse gente bonita por todos os lados. Bom, tem tudo isso. Então, não da pra ser melhor.

Os dealers do cassino hotel onde eu fiquei hospedado ainda estavam sempre fantasiados de alguma celebridade (tipo Pink, Alice Cooper, Elvis), o que deixama o clima de jogatina ainda mais divertido. Jantamos umas asinhas deliciosas potchadas no blue cheese (creminho firmeza de gorgonzola), compramos umas bebidas (vodka, cerveja e jack daniels) pra começar a beber no hotel antes de sair. Todo mundo arrumado, hora da festa, descemos pra rua, mas os finlandeses acabam presos na jogatina e os deixamos pra tras. Nas ruas de Vegas tem uma porrada de caras oferencendo baladas e stripclubes pros turistas, tipo, voce pega com eles convites vip pra baladas que custam $35 e só da em troco uma gorjeta, de tipo $2). Eu, o gaucho e o espanhol pegamos entao nossos convites com um velhinho da rua e partimos pra uma balada que ia rolar com um dj famoso chamado Afrojack. Era segunda feira e foi simplesmente uma das melhores baladas da minha vida. Felizmente, eu ja cheguei bebado porque cada drink la dentro custava uma facada no peito (e lógico que no fim eu ia acabar tomando alguma coisa só pra manter o grau). Tinha centenas de pessoas de todo canto do mundo dançando que nem locas como se nao houvesse amanha. E tinha varios postes onde as gostosas ficavam se esfregando durante toda a festa (uma hora eu e um finlandes subimos num desses palanques pra xavecar umas americanas, mas fomos obrigados a descer pelos seguranças, só garotas eram permitidas ali em cima). Devo ter conversado com metade das minas da festa (um terço peguei, um terço me deu fora, um terço era garota de programa, o que conta só como meio fora, já que elas me davam o cartão delas pra ligar no dia seguinte. Uma das mais gente finas foi até moh querida coitada, tipo, quando ela me deu o cartão, eu levantei pra ir embora e ela ´não, não, aqui em Vegas todo mundo tem cartão´, tah, e eu sou o bozo). O gaucho xavecou a outra metade. Um dos finlandeses foi a putinha da noite, passou a noite com uma velha horrível, solteirona de OC, e ainda teve orgulho do que fez porque ela bancou os drinks dele a noite toda. O outro finlandes deu um tapa no gaucho quando ele foi tentar falar com o finlandes loverboy, dizendo ´ele ta falando com uma velha rica, não atrapalha´, mas depois acabou ele mesmo fazendo um sanduiche com a velha depois. Tipo, um finlandes, a velha no colo, e o outro finlandes pegando ela. Eis que chega o filho da velha, que tava comemorando seu aniversario de 21 anos (idade em que se pode entrar nas baladas aqui nos USA) e pede pros seguranças da balada tirarem os finlandeses da mesa. A velha explica que eles estao com ela e nao da nada, mas o finlandes que tinha assumido de vez o manto de segurança do amigo chupa limão. Ele espera entao o filho da velha ir pro banheiro, e bem quando o filho tira o pau pra fora pra mijar, ele pula no pescoço do moleque, estrangulando ele e falando que vai matá-lo. Estrangulando o cara de calça aberta, no meio da galera. Foi expulso da balada pelos seguranaças logo em seguida. O outro finlandes o seguiu e vazou pro hotel. Achei o espanhol pegando uma velha inglesa (aparentemente europeus adoram velhas) e depois de dar mais uns roles, la pelas cinco da manha eu e o gaucho terminamos a noite comendo uns hamburguers no Denny´s. A primeira noite em Vegas tinha sido um sucesso. Vegas, Baby, oh, yeah!

Segundo dia em Vegas, acordamos por volta das 11 da manha, todos de ressaca e cheios de histórias do dia anterior pra compartilhar. Descemos pra jantar no Burguer King, e damos um rolê pela rua principal da cidade, onde ficam todos os grandes hotéis cassinos. Como é lindo lembrar como é bom poder beber na rua. A todo momento. Pra curar a ressaca nada melhor do que continuar bebendo, entao dividimos uma margarita que vinha num copo gigante (que vinha com uma corda pra voce pendurar no pescoço de tao grande que era), dividindo a bebida em 3. Visitamos o Bellagio (onde foi gravado 11 homens e um segredo), jogamos dados lá, depois jogamos uns caça níqueis no Ceasar´s Palace, rodamos por uns shoppings, compramos mais cervejas e andamos na montanha russa que tem em cima do hotel temático que imita Nova York (eu quase fui sem fechar a trava de segurança), de onde da pra ver a cidade toda do alto dos trilhos. Outra coisa que pipoca nas ruas de Vegas são mexicanos dando uns cartoezinhos com fotos e telefones de putas pagas. E tipo eles dao uns 15 de uma vez. Falei até que agente devia colecionar e bater bafo com os cards de putas. E o espanhol, quando ja tinha uns 50 no bolso decidiu fingir que era um dos malucos que ficava entregando os cartõezinhos. E caralho, ele nao tinha pudor nenhum. Tipo, os mexicanos só dao cartao pra solteiros ou moleques. O espanhol dava pra turistas que passavam de mao dada com a esposa. E quando eles falavam que nao queriam, que eram casados, o espanhol ainda respondia ´Eu nao me importo (I dont care)´,que ficava ainda melhor com o sotaque arrastado forte dele. Ai passava um grupo de velhinhas, ele tentava dar os cartoes, as velhinhas falavam que nao e ele mandava um ´We have boys as well´ (Nós também temos garotos pra voces!). Fenomenal, hehe. Depois voltamos pro hotel, no elevador encontramos Jorge Lopez, lutador brasileiro de UFC e combinamos de encontrar ele na balada mais tarde, e mais tarde uma gorda canandense bebada apareceu do nada no quarto, mas como era muito gorda e nao tinhamos bebido tanto ainda, acabamos dispensando a loca, nos arrumamos, o ruivo brisou na salvia e ligamos pra limosine vir nos buscar. Era aniversario do Tintin e nada melhor do que comemorar num stripclub em Vegas. Os clubes de striptease bancam limosine e bebidas de graça porque sabem que chegando la e bebendo os caras vao acabar dando lucro pra casa uma hora ou outra. Algumas lapdances e drinks depois, pegamos outra limosine pra Pure, balada do Ceasar´s Palace. Só que nos fudemos, pegamos uma limosine que nao era da casa e no fim tivemos que pagar a corrida até o cassino (uns dez dolares cada um, mas fiquei muuuuito puto com o motorista maldito que nao falou nada pra gente). A balada era firmeza, tava lotada, mas nao era nada comparada com a do dia anterior, e saimos do stripclub só depois das duas da manhã. Fiquei lá até umas tres e meia e decidi voltar pro hotel. No caminho dos elevadores, vi que umas mesas de blackjack ainda tavam funcionando e decidi dar uma chance pra sorte. O dealer era muito gente fina e me inteirava das regras que eu nao conhecia sempre que eu quase dava um passo errado e no fim acabei ganhando mais de $50 dolares nessa noite, compensando boa parte do que eu tinha gasto no decorrer do dia. Voltei pro quarto e o gaucho ja tinha voltado tambem. Uns dez minutos depois o espanhol chegou no quarto trazendo duas brasileiras bebadas que tinha achado no corredor. Batemos um papo com elas mas o gaucho acabou expulsando elas uma hora porque tinhamos que viajar no dia seguinte pro Grand Canyon. Na hora eu nao curti muito a ideia de expulsa-las, mas ele tava mesmo certo, ja era quase 5 da manha, eu ia ter que dirigir no dia seguinte e elas nao eram tao dahora assim.


Quarta feira acordamos a contra gosto e ainda sentindo o sabor da ressaca e fizemos o check out pra sairmos pro Grand Canyon, que fica a quatro horas de distancia de Vegas. Mas demoraram tanto pra achar a porra do GC no GPS que eu fiquei rodando umas duas horas pela cidade sem rumo nenhum. E tinhamos que ir e voltar no mesmo dia pra Vegas porque nao tinhamos hotel pra essa noite em lugar nenhum e os finlandeses iam pra San Diego depois disso e eu, o gaucho e o espanhol iamos pra San Francisco. Iam ser 8 horas de viagem, e as 11 ainda tavamos rodando perdidos, entao acabamos desistindo do Grand Canyon, deixamos os finlandeses na rodoviaria pra eles partirem pra Diego e começamos nossa jornada de 12 horas de estrada pra San Francisco.

Dirigi intercalando o volante com o espanhol durante o dia todo (um fato interessante eh que enquanto ele dirigia, eu dormi umas 5 horas, dormi de shorts e camiseta no deserto de Nevada e acordei congelando de frio na neve, acho incrivel essas mudanças de tempo de um lugar pro outro) e a noitinha chegamos no hostel que tinhamos reservado pela internet. Comemos uns lanches no Carl Junior´s e decidimos ficar de boa, ja que tavamos cansados pra cacete.

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