segunda-feira, outubro 17, 2011

Varekai
Quinta feira, um dia após o dia das crianças, meus pais vieram pra SP, eu sai mais cedo do trampo e fomos pro Parque Villa Lobos assistir o Cirque du Soleil - Varekai. "Varekai" significa "onde quer que seja" na linguagem romena dos ciganos - os nômades universais. O espetáculo foi baseado na lenda de Ícaro, herói da mitologia grega que caiu no mar ao tentar chegar perto demais do Sol. Ícaro cai em uma floresta mágica às margens de um vulcão. O local é habitado por seres místicos - humanos, animais e criaturas que são um misto dos dois. As fantasias são realmente muito fodas, a música é boa (e a galera fica batendo palma o tempo todo, o que faz com que você se sinta parte do negócio), os artistas são do caralho e a unica coisa que me irrita mesmo são eles falarem uma porra de lingua que ninguem entende (dizem que não é lingua nenhuma, mas ach oque é romeno cigano mesmo, tipo, não tem com ficar inventando aquela merda na hora) e as vezes você se perde um pouco na história. Mas como o que importa é o show e não a história, vale como espetáculo abstrato, o que deixa o bagulho mais especial ainda. Sentamos num lugar ótimo, bem perto do palco (no final, quando tem uns homens-chama pulando em gangorras quase pareceu que os acrobatas iam cair em cima da gente) e as duas horas de circo passaram voando. Pelos videos que eu tinha visto nunca achei que o Cirque du Soleil seria nada demais, fui mesmo porque meus pais gostam muito do negócio, mas acabei gostando bastante. Saindo de lá, meu pai (que é tão macho das antigas que não gosta de pedir informação nem pro GPS!) parou num posto pra pedir informação. O frentista tava meio chocado, falou que tavam sendo assaltados e de repente saiu um maluco de dentro do posto escondendo um bolo de grana no moletom. Puta susto, ainda bem que o cara nem mexeu com a gente (provavelmente por ser uma familia, sei lá, acho que se fosse só eu e gente da minha idade o fdp ia querer levar mais uns trocados). Ainda bem. Bom, logo em seguida, paramos no The Joy, comemos umas pizzas deliciosas de presunto cru, pesto de azeitona e linguiça artesanal, regadas a Budweisers de 600ml (nada como passar um dia com os pais pra comer e beber bem!). A quinta feira acabou sendo o melhor dia da minha semana (apesar de um feriado e de um fds logo eem seguida).


Sexta feira, trampo, aula que acabou mais cedo, Temakis e Urumakis na galeria perto de casa, Heinekens no Kenzie com a sala nova e como acabei perdendo a hora no bar (11h20 decidi ir embora, o busão pra Jau saia 11h30 da rodoviária), fui pra uma balada no StudioSP na Augusta com o Tails (o Gustt alternativo cuja história de vida eu já comentei). Tava rolando uma bandinha legal que só tocava beatles, tomei várias bohemias e fiz umas novas amizades alternativas.


Sabado acordei cedo, voltei pra Jau, passei por uma sessão de tortura metrossexual (que eu intitulei Sunday Bloody Sunday), li umas hqs, assisti um puuuta filme do Woody Allen (O Escorpião de Jade), o que foi muito bom, já que fazia tempo que não assistia nada na tv e bem quando fui ficar de boa, achei um filme bom pra assistir e fui pra cama. Como tava cansado ainda de sexta-feira, com sono, ressaca e querendo guardar uma grana, acabei ficando de boa em casa. Desisti de ligar pra maioria do pessoal de Jau, cansado das mesmas desculpinhas esfarrapadas todo final de semana. Mas pra falar a verdade, fiquei em casa porque quis, ignorei sem querer umas msgs no msn, e quando me ligaram mais tarde eu já tava dormindo.



Domingo só li várias hqs, vi um documentário sobre o Motley Crue, fui na academia e continuei dando pro Bobby um dos finais de semana mais felizes da vida dele. Como tava sozinho em casa, depois de dar um role com ele pelo bairro (pra que ele cagasse e mijasse tudo que tinha direito), deixei o cão maravilha caminhar livremente pela casa o tempo todo (coisa que minha mãe abomina). Ele me acompanhou enquanto eu lia 100 balas e tomava sol na garagem, enquanto assistia clipes na sala, enquanto comia na cozinha e enquanto navegava na net na sala dos fundos. Ele aparentemente adora tapetes, me seguiu o tempo todo e me senti um senhor de Wintertell ao ter sempre um lobinho canino ao meu lado. As seis e pouco, o amigo dos meus pais passou me pegar e voltei pra SP a tempo de ler mais uns scans e ver o finalzinho do Panico.

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