sexta-feira, março 03, 2017

De volta à terra do Senhor Pássaro

Pelos meus cálculos, eu não vou pro Guarujá desde 2006, quando viajei pra lá com minha família. Mas ainda posso me lembrar nitidamente de todas as vezes que fomos pra lá muito antes disso, quando éramos ainda mais jovens. De não conseguir mijar no mar e andar até o Shopping, de comer cação na barraca da Estelita, de fazer compras na Sideplay, de visitar o Aquário e de ir até São Vicente comprar bombas de chocolate. Teve até uma vez em que o Frodo estava em Santos e passou lá me visitar e se você visitar meu quarto verá um dragão que foi comprado numa feirinha dali.A cidade sempre foi ponto de parada obrigatória em nossas férias de família. Minha tia Fatima tinha um namorado que tinha um apartamento na marina (todo decorado com navios, cabeças de piratas e nós), então nunca faltava lugar pra ficar.
Nesse carnaval, mais de uma década depois da última visita, voltei pro Guarujá (que na minha cabeça era do tamanho de São Paulo, mas descobri na verdade sem bem menor).Fomos, eu, ela, a irmã, a tia e o marido, a priminha, o primo juvenil do Funk e o primo mais velho com a namorada e uma amiga dela.
Pegamos um bus na madrugada da sexta-feira, chegamos de madrugada e ficamos em um apartamento grande a poucos metros da pria de Pitangueiras, a uns três quarteirões de distância do shopping de minhas memórias. 
Comida não era uma preocupação. A Manda passou alguns dias antes na Vovó e nos abasteceu com quilos e mais quilos de queijos, frios, doguinhos e azeitonas pra gente levar como porção e a família dela ja tinha providenciado as cervejas.
Assim que acordamos no dia seguinte, a priminha dela zoou meu cabelo quando cheguei pro café da manhã "nossa, que acabado"..."uma escova resolve isso aí") e em seguida pegamos nosso guarda-sol e fomos pra praia, que era tão superpopulosa quanto eu me lembrava. Muitas cervejas e porções depois, voltamos pro apartamento, tiramos uma soneca de praia e depois saímos dar uma volta no calçadão. Jantamos macarrodana e depois tomamos suco no Bagaço do shopping (onde a priminha dela, de apenas 7 anos, usou um golpe pra ficar com o suco bifásico mais bonito, que originalmente era da Manda, insistindo que o dela mesmo tinha vindo errado).
No dia seguinte, fui até o mercado comprar mais algumas latas de cerveja e optando por uma Proibida. Péssima escolha, a cerveja mais forte do que as Sub-zeros que estávamos consumindo no dia anterior me derrubaram, fizeram com que eu brigasse com a areia, dançasse muito "Oh o Gaizzz" no mar, quase perdesse meu chinelo e criasse o novo meme "cai fora". A noite, depois da soneca de recuperação, jantamos um strogonof maravilhoso da tia dela e saímos só pra comer um churros de nutella e voltamos pro ape.
Na segunda feira, passamos mais um bom dia de sol na praia, tomando cervejas, comendo espetinhos de camarão e pulando ondas. A tarde, o tio dela fez um peixe recheado de batatas sensacional (e praticamente só pra mim, já que a maioria das pessoas da família dela não comem nada marinho). A noite, saímos com os primos dela em busca de algum bloquinho (que não encontramos), e acabamos só bebendo umas cervejas no calçadão mesmo.
Terça-feira eu já estava cansado de cervejas, então investi em caipirinhas de maracujá e de cerveja e amendoins. Ficamos até tarde porque era o último dia, então foi quando mais queimamos. Só voltamos pro apto no final da tarde, depois um pouco de soneca e mais uma voltinha pelo centro, dessa vez pra tomar um sorvete Jundiá.
Quarta de manhã, o primo dela nos deu uma carona até a rodoviária e pegamos o ônibus de volta pra SP (é incrível com que frequencia esquecemos o quanto moramos perto da praia) e na hora do almoço já estávamos chegando em casa, prontos pra passar o restinho do feriado relaxando em casa, curtindo uma Foxplay, um videogame e um açaí.
PS: Segundo nossos estudiosos e cientistas (Wikipédia rs) a palavra Guarujá significa “senhor pássaro” ou "senhor dos pássaros", através da junção dos termos tupis gûyrá (“pássaro”) e îara (“senhor”).

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