segunda-feira, outubro 20, 2014

Paranapiacaba - Neblina, trilhas e trilhos

Sábado de sol, fui fazer um programinha legal: uma viagem pra Paranapiacaba, uma cidade turística vizinha de São Paulo. Acordei cedo, dei um alô pra Manda que já estava de saída pra sua pós graduação, e 8h30, na hora da missa, encontrei um pessoal do Mackenzie (Kevin e Sra., Hitoshi, Carol e Sr.), um estranho da Augusta (que por algum motivo, está sempre com a gente) e uns primos do Kev na estação Brás do metrô, pra pegar um trem (lento, tão lentoooo) pra Rio Grande da Serra. Uma hora depois, chegamos nesse fim de mundo, e de lá, depois de tomar uma pinga de Cambuci, pegamos um busão pra Paranapiacaba, a cidade fantasma, terra das bruxas e festivais de inverno, que já foi lar da São Paulo Railway, e hoje é um marco (tombado) da presença Britânica no Brasil, e a única vila ferroviária conservada desde sua fundação (e que tem até wi-fi gratuito lol).
Quando chegamos na cidade, as 11 da manhã, estava um puta climão sinistro. Neblina cobria toda a cidade e vimos (pelo menos) uns nove cachorros adormecidos pelo caminho (seria obra das bruxas?). Encontramos nosso guia, contratado via email (preços e contatos no link: http://www.ama-paranapiacaba.org.br/trilhas_e_roteiros.pdf) e começamos a trilha do "Poço Formoso". 
São quase seis 6KM (contando a ida e volta), através de barrancos nada seguros (como na foto ao lado), pedregulhos, urticárias, e "escadas naturais de raízes", pra chegar até uma pequena lagoa de água gelada, girinos desinibidos e pedras-sofá, onde é possível dar um demorado e refrescante mergulho. 
Na volta, almoçamos num lugar bem rústico e barato (15 pila a vonts!), compramos umas cervejas (6 dilmas o litrão), visitamos o "cemitério de trens" - onde carcaças de tétano repousam e são escaladas por turistas - e demos uma deitada na grama pra relaxar na natureza (o sono veio logo depois do almoço, seria obra das bruxas que transformavam os turistas em cachorros adormecidos?). 
A volta foi meio tensa. Não tinha neblina, mas também não tinha gente alguma na cidade, então ficar esperando quase uma hora e meia pelo bus de Rio Grande da Serra (que é mais raro que o cometa Haley), no escuro, não foi lá muito divertido (por sorte, estávamos em 11 pessoas, o que é muito bom pra assustar possíveis assaltantes ou jogar futebol). Anyway, belo programinha pra se fazer no final de semana. Gastei míseros R$35 e fiz exercícios, conheci uma cidade diferente, comi como um porco, revi meus amigos e bebi muita cerveja. Very niiiice! Ótimo custo benefício!
OBS: Aos domingos, parece que existe também um expresso turístico que sai da Estação Luz, e deixa o pessoal direto no centro da cidade, mas é mais caro (R$ 51 ida e volta) e super concorrido (não tinha mais vaga nem pra dezembro). De qualquer forma, é um programinha mais seguro, com volta garantida, e que pretendo fazer com a Manda num futuro próximo!

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