segunda-feira, outubro 13, 2014

Mercado de trabalho Vs. Mercado Imobiliário

Ontem, voltando da tradicional feira de domingo com a Manda na Santa Cecília, parei pra conversar com um corretor de imóveis a respeito de um prédio que tão construindo na rua de casa, pelo simples fato de que queria matar o tempo enquanto ela entrava no mercado pra comprar detergente. 
Acabamos indo com ele visitar a maquete e um quarto pra ter uma ideia de medidas e valores, e fiquei meio chocado com o quanto o tamanho dos apartamentos estão diminuindo. 
O padrão desse novo prédio é de imóveis de 23 ou 30 metros quadrados. Vinte e três míseros metros quadrados! Caralho, deve ser um inferno viver num cubículo desses! Moramos atualmente em um que é quase o dobro e já é um saco!
Vinte ou trinta metros significa uma cozinha grudada num quarto, sem sala!
E o preço, bom, digamos que com o dinheiro voce pode comprar uma casa com pelo menos três quartos em Jau. É um absurdo, de verdade. 
Sempre recordo de umas matérias que a Globo adorava passar de uma galera no Japão que morava nuns apartamentos que eram tipo "caixotes empilhados", onde só dava pra entrar pra dormir mesmo. Não seria exagero supor que estamos caminhando pra isso no futuro.
Isso exibe muito bem uma falha bem grande da sociedade atual: as pessoas continuam superlotando a cidade, ao invés de permanecer de onde vieram, por pura falta de coragem dos donos das grandes empresas em acreditar em uma nova estrutura de trabalho. 
Tenho certeza absoluta que 60% dos trabalhadores de hoje poderiam muito bem cumprir suas funções a partir de qualquer lugar do mundo. Fazemos tudo online, respondemos email, criamos coisas, fazemos reuniões. 
Ou seja, metade desse povo todo não precisaria estar na mesma cidade, supervalorizando  mercado imobiliário. Já passou da hora desse modelo arcaico do trabalhador ter de sair de casa pra sentar no computador da empresa, sendo que poderia fazer qualquer coisa muito bem do seu, ser atualizado.

Nenhum comentário: