terça-feira, outubro 31, 2017

Gourmetização da vida

Sem perceber, gourmetizei o blog. Fui acusado por mais de três pessoas de que ultimamente só falava de comida. Logo eu, que ha até pouco tempo atrás insistia que "comida não era felicidade". Guilty as charged ¯\_(ツ)_/¯ 
Não que eu ache que falar de comida é algo totalmente ruim. Gosto muito de escritores que fazem isso. Sinto que estou vivendo no passado quando o Gaiman cita alguém cozinhando um coelho com batatas numa fogueira e me vejo dentro do apartamento do Lourenço quando ele descreve seus personagens fritando um ovo pra comer com pão. 
Entretanto, admito que talvez o lado gastronômico de minhas experiências talvez estivesse ganhando mais destaque do que o resto, as próprias pessoas com quem eu estava, o momento, o lugar ou com as ideais que foram geradas durante essas refeições, que é basicamente o que importa.
Então ao invés de apenas citar que fui com a galera do trabalho almoçar e tomar chopp no Braz (eleita a 15a melhor pizzaria no mundo, mas que ainda perde pra muitas de Jahu) na hora do almoço na sexta passada, preciso lembrar o quanto prefiro muito mais o pessoal dessa agência do que o pessoal do trampo anterior. Lá, eu provavelmente teria passado meu almoço sozinho, comendo no BK e lendo algo em alguma livraria, não me divertindo numa guerra de memes criados com os filtros do Facebook Stories regada a IPA.
A noite, meu irmão passou em casa com a Iza pra gente pedir umas pizzas. Claro que tinha cerveja, amendoim com alho e pizza de aliche, mas o importante seria dizer que foi muito bom ter em casa alguém que realmente compartilha do mesmo amor por essas coisas que eu tenho (principalmente pelo "bacon dos mares", terror daqueles que não o suportam). Também foi interessante aprender mais sobre a banca do último concurso de merda que prestei em Minas, e sobre seu método ridículo de elaboração de questões, além de colocar na minha lista de coisas a fazer em SP (você não achou que era tudo espontâneo, né?) um novo Sesc pra visitar.
Passei a maior parte do sábado lendo a excelente hq italiana J. Kendall (que no Brasil não chama "Julia" por conta de direitos autorais, Tex e Novo Lobo Solitário. Comecei a nova temporada de Stranger Things com a Manda e a noite, fomos até uma hamburgueria firmesa na Vila Madalena, onde conheci uns amigos e amigas dela do consultório onde a carreira dela começou em São Paulo (de quem ouvia falar há tanto tempo que até já sentia que já conhecia). Um pessoal tão exótico e honesto quanto um bolovo gourmet. O papo foi 10, Stranger Things era 11, e a hamburgueria 12 (ba dum tss).
Domingo, corri no minhocão, tomei com a Manda café com bolo klingon curtido de aniversário da nossa querida padoca Marajá (caso você não esteja assistindo Star Trek Discovery, provavelmente precisa saber que o novo visual dos klingons os deixou muito parecidos com esse bombom. Ou seja, sem querer, a Manda me deu o bolo nerd do momento), e pouco depois do horário do almoço encontramos meu irmão e sua namorada pra irmos até o Shopping Frei Caneca ver o novo filme do Thor. Esperava mais, mas com duração muito menor, a luta dele contra o Hulk conseguiu ainda ser bem melhor que qualquer coisa que tenha rolado entre Batman, Martha e Superman. 
Ao cair da noite, assim como Thor e Loki reencontraram sua irmã, recebemos a Very e o Vyc pra mais uma rodada de comemoração familiar no Marajá. O ambiente começou mais pesado com papos sobre assédio sexual em ambientes corporativos, sacrifícios por dinheiro e investimentos, mas eventualmente os Odinson conseguiram terminar a saga com a leveza de uma comédia de sessão da tarde.
Na segunda, dia 30, a festa continuou. Meus pais e minha tia estavam de passagem por SP retornando de uma viagem, então pude encontrá-los junto com meu bro pra mais uma refeição feliz. Pude compartilhar com eles meu prato de camarão favorito, ouvi os relatos de várias coisas legais que tinham visto no passeio e matei a saudade de sua companhia. Faz tempo que os "shoppings da ponte" deixaram de ser meu segundo lar, mas me senti em casa dando um rolet neles agora acompanhado por minha família
Envelhecer é um saco, mas com sete dias não consecutivos comemorando meu aniversário, acho que nem dá pra reclamar! =b

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