segunda-feira, setembro 04, 2017

Exposto à névoas terrígenas da era medieval

A diversão do final de semana começou cedo na sexta-feira, saí almoçar com o pessoal do trabalho no Tantra, um restaurante mongól, que serve tubarão e javali, no qual você pode montar sua própria receita (o que nem sempre é uma boa ideia) e comer a vontade (o que me salvou, já que depois de estragar duas tigelas, finalmente segui uma das receitas sugeridas e fiquei satisfeito com o resultado). Voltando pra agência, trabalhei por algumas horas e logo já estava saindo novamente (por ordens do chefe, inclusive) com o pessoal em direção a um barzinho próximo ao shopping Morumbi (que ironicamente, eu nunca frequentei enquanto trabalhava ali do lado), onde tomei diversas heinekens e whisky que ficaram ainda melhores quando a conta chegou e não tive que gastar um centavo. E pensar que meu chefe anterior nem falar com a equipe falava, que diferença!
Sábado acordei cedo porque as 10h da manhã eu tinha me inscrito pra participar de um workshop de arte-final com os brasileiros mais bem sucedidos dentro da DC Comics, Ivan Reis e Joe Prado. Durante mais de 2h eles palestraram sobre técnicas de arte-final (como escovas velhas pra borrifar estrelas num fundo preto) e curiosidades (sabia que o cabelo do Cascão é feito com borrões de impressões digitais?) e ao final, não só autografaram minha edição de LJA: Thorne of Atlantis, como cada um também esboçou uma Mulher-Maravilha no meu caderno de desenhos. A aula aconteceu na Biblioteca do Memorial da América Latina, onde tava rolando uma exposição com várias páginas originais de Lanterna Verde e Aquaman, e também bonecos inspirados na arte do Ivan. 
Por volta das 13h, saí de lá e fui até o Shopping Light, onde encontrei a Manda pra gente almoçar um hamburgão da Red Nose e sair rodar atrás de novos aparelhos de celular (os nossos duraram 3 anos, mas já estavam começando a falhar).
Voltando pra casa, tirei uma soneca, joguei um pouco do recém-baixando (e maravilindo na tv nova) Battlefield 1, que realmente te coloca dentro da primeira guerra. E ao final do dia, pegamos um busão pro Shopping Bourbon, onde tomamos um capuccino com petit gateau e assistimos em IMAX a estreia da nova série dos Inumanos (um lixo, diga-se de passagem). Saindo de lá, passamos no Zaffari, e compramos todo tipo de coisa que não chega nos mercados que normalmente frequentamos: tortas, alfajores, açaí de pitaia, donuts e cervejas especiais. Depois fomos pra casa assistir algo bom de verdade: a terceira temporada de Narcos.
No domingo, acordei cedo e joguei um pouco de Sonic no Wii, tomei um café com donuts com a Manda, li algumas hqs e saí visitar a exposição File Solo, do artista belga Lawrence Malstaf, que tem várias obras imersivas que basicamente te colocam dentro de uma linha de produção ou de um filme de terror.
A primeira sal que visitei foi incrível. Você entra sozinho num quarto escuro que só tem uma poltrona e um espelho gigante. Sua imagem começa a aparecer distorcida no espelho, enquanto uma fraca luz no teto treme e aparecem uns barulhos bizarros do nada. Seu reflexo fica tremendo, se separando em dois, se fundindo borrado, enquanto a música fica cada vez mais tensa, e ao final, as luzes ficam pisacando, até que só apareça a poltrona no seu reflexo, como se você tivesse desparecido. Nunca saí decepcionado de uma exposição no CCBB, e essa definitivamente não foi a primeira vez.
Depois passei por salas em que tinham apenas cadeiras motorizadas andando sozinhas, como se um grupo de fantasmas invisíveis estivesse fazendo uma festa; por um cômodo onde pessoas eram embaladas a vácuo, deitei em uma esteira e passei por uma prensa que parava a poucos sentímetros de me esmagar e ao final entrei numa redoma onde você sentava numa poltrona e ligava um túnel de vento ao seu redor (muito parecido com a câmara de névoas terrígenas, a qual os inumanos são expostos pra ganhar seus poderes, ou seja, melhor final de semana impossível).
Voltei pra casa, almocei uns pães de alho recheados com queijo e pimenta com a Manda, cochilei um pouco, li mais hqs e por volta das 19h, o piloto, a Ro e a Duda passaram nos buscar pra gente provar uma hamburgueria temática incrível: a Taverna Medieval, onde todos os atendentes estão caracterizados como estalajadeiros e bobos da corte e só te chamam de milorde ou milady, totalmente decorado com itens como escudos, espadas e brasões. Tem até capacetes pra galera vestir, os drinks podem ser tirados num dado de RPG (joguei e ganhei uma caipirinha de maracujá, então posso considerar que a sorte sorriu pra mim) e a comida é incrível! Comemos cebolas empanadas recheadas com pernil de entrada e hamburguers maravilhosos (a Manda um com foundue, eu um em que o queijo vinha por dentro da carne, que por sua vez, era embalada em bacon). Uma experiência realmente boa! 

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