quarta-feira, maio 05, 2010

Comecei a ler semana passada (agora estou na metade) o livro `O Apanhador no campo de centeio`. To gostando muito do livro, apesar de não acontecer nada fenomenal, o livro é escrito de uma maneira sincera, parece que vc esta lendo mesmo os pensamentos do autor. Tá, um autor mais revoltado com a vida do q deveria, mas ainda assim, honesto. É o tipo de livro que me inspira a escrever também (comecei a escrever a história dos rippers, começando pelo segundo colegial, ja devo ter umas dez páginas). É basicamente sobre um cara que é expulso da escola e sai curtindo a cidade (nova york) e a vida por uns dias antes de voltar pra casa e contar a sua família de sua expulsão. É legal ver tudo que pode acontecer de diferente em apenas uns dias, em uma cidade grande. As vezes, me sinto assim em Sp, uma segunda ou uma quarta feira pode acabar sendo um puta dia diferente, com o dia terminando de maneiras que vc nunca imaginou quando o dia começou. Tipo, outro dia, eu tava entediado e sozinho, sem ter nada pra ler ou assistir (tah, isso é relativo, eu tinha milhares de coisas pra ler ou assistir, soh não tava com saco mesmo) e sai pra dar um rolê sozinho por Sp. Peguei um metrô até a Sé, almocei num buteco onde eu custumava almoçar quando tinha algum trampo pra fazer no Fórum Central, que fica de frente pro metrô (xsalada, fritas e um suco natural por sete e cinquenta), visitei uns sebos ali perto (o Sebo do Messias tem uma porrada de hqs importadas baratas) e comecei a andar em direção a Galeria do Rock. Logo depois da praça dos messias malucos (aqueles caras que ficam pregando a bíblia no meio da praça da Sé), um cara de terno começou a trocar uma idéia comigo enquanto esperávamos o sinal de pedestres abrir. Ele perguntou se eu sabia pra que lado era a 25 de março, ele tava procurando a galeria pajé. Apontei na direção mais ou menos e ele perguntou se eu não queria ir com ele até a Pajé. Como eu não tinha nada pra fazer, nunca tinha ido na galeria pajé e sou idiota o bastante pra dar trela pra estranhos, acabei aceitando. No caminho fomos conversando e ele falou que morava num sítio perto de uma reserva Guarani, me convidou então e falou até pra eu levar amigos se quisesse pra visitar as cachoeiras do sitio dele e passar um tempo com os índios. Conhecer uma tribo é uma coisa q pretendo fazer um dia, mas a prudência voltou a bater no meu ombro (acho que ela tinha saído pra ir no banheiro) e me disse que podia ser algum maluco homossexual querendo me estuporar. Então, chegando na galeria, enquanto ele escolhia celulares, dei um migué e sai meio fugindo, me misturando na multidão.

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