terça-feira, setembro 10, 2019

Todos somos conservados em banha

Jau esse final de semana parecia ficar a uns 3.000 km de distância. Acho que fizemos as piores viagens mais complicadas desde que comecei a dirigir nesse trajeto. Na sexta, dia de uma greve surpresa dos ônibus na cidade e rodízio de placas liberado, achei que saindo de casa as 17h30 ia conseguir chegar em casa mais cedo. Ledo engano, demoramos mais de uma hora só pra sair da cidade. Pegamos estrada parada por conta de acidente e tudo mais e fomos chegar mais de 23h.
Sábado de manhã, tomei café da manhã com meus pais (que tinham uma geladeira cheia de produtos mineiros da visita ao meu irmão no final de semana anterior), ouvi uns discos e li um pouco. No almoço, eles fizeram até uma salada com batata yukon e carne de porco conservada na gordura, que foi cozinhada na própria banha e deixou a casa com o maravilhoso cheiro do Polaco. E olha, eu que não sou o maior fã de leitoa do mundo, acho que foi a melhor carne desse tipo que já comi na vida. Depois, rolou rodízio de sobremesas (manjar de côco, goiabada, doce de leite e banana assada) e mais tarde, aManda foi pra casa da vó dela e eu fui pro shopping encontrar o Guto. Voltei pra casa antes das 18h, tirei um cochilo e assisti a ultima bizarrice do Lars Von Trier, o filme "A casa que Jack construiu", pesadíssimo porém original, como de costume. Mais tarde, comi uma maravilhosa pizza de aliche com meus pais e minha tia Fátima, que também estava em casa e perto das 21h levei a Amanda tomar uma caipirinha no Rei.
Domingo, depois de mais uns quadrinhos e cafés, fomos pra um churrasco na casa do Frodo, que na verdade era uma entrega coletiva supresa dos convites dos padrinhos. Ganhamos uma caixinha que tinha uma mensagem personalizada e deu pra perceber o suor escorrendo dos olhos de muita gente. São quase 20 anos de amizade e vai ser do caralho estar ao lado deles no altar. Infelizmente, tive que brindar com schweppes e cerveja sem álcool, mas espero até novembro, no grande dia deles, eu possa estar em forma de novo. Nem estava com muita fome, já que tinha até petiscado em casa, mas fizeram um carneiro coberto com queijo (cheese sheep) que não dava pra recusar. Perto das 17h voltamos pra casa, pra tomar um café e buscar minha tia, que voltou conosco pra SP.  O que eu não esperava é que mais uma vez a estrada estivesse ridiculamente cheia e parada, fazendo com que a gente chegasse em casa perto das 23h, somando no total mais de 10h de sofrência no final de semana. As vezes vejo pessoas postando que maratonaram uma série da netflix de 10 episódios no fds e me pergunto: "Como é possível?" Bom, parece que a resposta é simples: basta você não perder todo esse tempo na estrada. De qualquer forma, não tem distância que não valha a pena quando se tem família, novidades culinárias e amigos como as que nós temos nos esperando do outro lado. Como de costume, valeu muito a pena. Entretanto, continuamos no aguardo da invenção das máquinas de teleporte. Ou dos drones pessoais de vôo. Ou dos carros inteligentes que dirigem sozinhos.

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