quinta-feira, fevereiro 12, 2015

Um dia desses, em que os tártaros se vão mas o sono não vem

Terça feira foi um dia bom. Um dia qualquer, mas diferente. Trabalhei, fiz algumas reuniões, almocei no Subway, passei no sebo e comprei um livrinho do Terry Pratchett e uns cookies da Milka no "duty free", trabalhei mais um pouco, fiquei feliz em saber que os direitos do aranha nos cinemas voltaram pra Marvel, e fui na minha dentista.
Um parênteses gigante pra ela, só porque ela merece:
Eu fui só fazer uma limpeza, afinal os tártaros, esse nome que parece pertencer a uma tribo de bárbaros, vivem tentando atacar minhas gengivas e se esconder nas trincheiras do meu contensor inferior. Foi uma batalha sangrenta, durante a qual a Manda usou instrumentos de batalha e eu chorei como uma garotinha, mas saí de lá mais leve, e com um sorriso melhor. Confesso que não devo ser um dos pacientes mais fáceis de lidar, mas imagino que as coisas também sejam diferentes na visão do dentista. Pro paciente, o dentista é o inimigo. Sempre! Não importa se o inimigo mora com você. E sentar na cadeira do inimigo, é basicamente o mesmo de ter uma pessoa que você gosta transformada em um zumbi  de uma hora pra outra. E mais! Os dentistas gostam do que fazem, que é tão complicado quanto escrever seu nome num grão de arroz, mas com o grão dentro da sua boca e com uma mesa viva embaixo! Ultimamente, então, a Manda vive recebendo diversos novos instrumentos pelo correio que a deixam muito feliz. E eu sempre a imagino como um feliz torturador da idade média, de capuz preto no rosto, recebendo novos instrumentos de causar dor. Bom, no meu caso era só uma limpeza, nem doeu de verdade, e a Manda é uma grande profissional, mas era uma ida ao dentista, não um passeio no parque ou numa loja de quadrinhos, então não tinha como não ser tenso!
Bom, saímos de lá e paramos na tradicional casa do mate, pra tomar um mate suíço de maracujá e comer uns salgados. Lá tinha várias opções vegans, e achei uma delas sensacional, uma tortinah de vegarella, que segundo o Google é uma pasta de tofu que substitui o queijo. Voltamos pra casa, assistimos Doctor Who e Hora de Aventura (porque coisas loucas é que são boas), li algumas hqs na Marvel Unlimited e chegou a hora de dormir. 
Pausa para devaneios:
O problema foi que eu estava pronto, minha cama estava pronta (na verdade ela vive pronta, porque nunca a arrumo) e a Manda já babava há algumas horas, mas o sono não veio! Comecei a "saltar de um lado para o outro, como um peixei na frigideira" (metáfora mandalênica), colocar/tirar a camiseta, abrir/fechar a janela, ligar/desligar o ventilador, tomarágua/mijar o tempo todo e NADA do sono vir. Cheguei a pensar até que tinha esquecido de como se fazia. Comecei a ficar maluco. Uma, duas horas da manhã e eu ali, acordadasso! Resolvi apelar, procurei por dramins na galeira, acordei a Manda implorando por dramins, mas nada. Rolei na cama por mais uma hora. Três da manhã, caralho! Minha primeira insônia! Ok, o copão de capuccino que tomei com os cookies as oito da noite talvez seja o culpado, talvez! Acontece que aí apelei de vez.Tinha uma mini garrafa de cachaça Gabriela, adquirida em Paraty, gelando. Troquei a água pela pinga. Dei uma boa golada. E 15 min depois eu estava dormindo. Ufa! Acho que o sono até tinha recebido meu convite, mas se fez de difícil e só veio quando soube que ia ter bebida =b

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