sexta-feira, novembro 22, 2019

Casamento ripper

Quinta-feira, véspera de feriado, a ideia era sair do trabalho e ir direto pra Jau. Mas bem quando eu saia do metrô, uma chuvinha surpresa assolou a cidade de São Paulo (na hora eu estava na banca do buraco negro das coleções, e só vi carrinhos de coleção e posters voando). A ventania derrubou uma passarela na marginal, que fechou todas as vias e acabou fazendo com que eu e aManda postergássemos o retorno só pro dia seguinte. 
 Sábado de manhã, acordamos e já partimos em direção a capital do calçado feminino, onde só chegamos na hora do almoço, a tempo de pegar uma tortinha de frango caseira quentinha na mesa. Depois tirei uma soneca, li alguns quadrinhos, saí pra dar um tapa na barba e assisti um documentário sobre a criação das Tartarugas Ninja na Netflix. Devido ao estado da Amanda, e pra nos guardarmos pras emoções do dia seguinte, acabamos nem saindo a noite, então aproveitei pra ficar de boa em casa vendo um filminho com meus pais (que no caso era o excelente "A pele de Vênus", do Polanski).
Sábado de manhã, logo depois do café, eu e a Manca já tivemos que ir pra Bauru, onde ela tinha cabelo agendado ao meio-dia. Fizemos check-in no hotel, deixei a Amanca com as madrinhas e fui com o Frodo almoçar no Mac, passar no salão ver o que o DJ Max tava aprontando e depois fomos pro Zorzin começar as comemorações e fotografias do "Dia do noivo" dele (arrumaram até um pinto de borracha pra ficar batendo nele enquanto ele fazia a barba). Já de cabelo penteado, corri de volta pro hotel (que ficava a poucos metros da barbearia), me vesti e já corri pra van que a Manda tinha contratado pra levar a galera pra festa (o que foi ótimo, já que o lugar era bem afastado, e depois de uma estradinha de terra que seria feroz em um dia de chuva).
Aí chegamos na chácara onde foi realizada a cerimônia ripper do ano: casamento do Frodo, que começou perto das 20h, celebramos o casamento com varinhas de Harry Potter e trio de padrinhos ripper com plaquinhas de "Procura-se madrinha", vimos o noivo entrar literalmente dançando sozinho ao som de "Dancing with myself" e brindamos a oficialização dessa união  que já dura mais de doze anos. Aí era só comer muito (os docinhos estavam fenomenais!), beber (acabei ficando só na cerveja, apesar de ter várias batidinhas show como Pina colada e mojitos),  celebrar o maior quorum de ripppers numa roda de padrinhos já visto em um casamento, passar a gravata com o noivo de cadeira de rodas (tradição que parece ter nascido no meu casamento), tomando virinhas de whisky até a mãe dele acabar com essa ideia dando uma bronca na galera. Aí teve a banda do Ney tocando, filho do Foggy encontrando o filho do Gustinho, Shao jogando um cigarro aceso na cara do Caio sem querer, reencontro com várias pessoas que não via há muito tempo e a melhor parte: rodinha punk de terno! Beleza que foi só uma música porque ta todo mundo idoso e não aguenta mais pular tanto, mas foi algo realmente inesperado que me deixou muito feliz por mostrar que pelo menos nosso espírito jovem passa muito bem obrigado. Considerando que o Gustinho estava "com o freio de mão puxado" (palavras dele) por conta do Raul e que a Amanda tava "dando mancada" (piada que o pai do Gustinho segurou a festa inteira pra soltar e só mandou antes de ir embora), até que deu pra aproveitar bastante e nossa van só nos deixou no hotel perto das 3h da manhã.
Ah, um fato interessante foi que passamos todo o tempo da festa sem internet, já que la não tinha wifi e nenhuma operadora tinha sinal. Fora isso, chega até a ser irônico como alguém que carrega há décadas o apelido de um hobbit ter celebrado um casamento todo rústico, no meio do mato, como manda a tradição da Terra Média.  
No dia seguinte, o plano era voltar pra Jau, mas como aManca tava morrendo de dor, então acabamos só tomando um café da manhã com a galera que tinha ficado hospedada no hotel e voltamos direto pra São Paulo mesmo (com a voz do Scooby Doo ditando o trajeto no Waze). Tava tudo parado nos últimos 70km antes de chegar na cidade, levamos quase 2h só pra fazer esse trajeto, mas perto das 16h estávamos em casa e pudemos recuperar todo o sono que ficamos devendo tirar no decorrer do feriado. 

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