terça-feira, dezembro 12, 2017

CCXPraia 2017

Se tem uma coisa que a agência na qual eu estou agora sabe fazer é uma festa de final de ano. Normalmente, as agências de publicidade fecham uma balada em SP e fazem um open bar pra galera. Esse ano, o lugar onde trabalho levou todo mundo pra praia. Quarta-feira, perto da hora do almoço, pegamos um ônibus fornecido pela empresa em direção ao Guarujá. Claro que a música (funks que eu jamais tinha ouvido antes) e a cerveja (free!) já começou a rolar no próprio busão. 
Pouco tempo depois, chegamos no Casa Grande, um daqueles hoteis gigantescos e antigos, de diárias milionárias, pra fazer check-in. Deixamos as coias no quarto (que dividi com meu coordenador e meu estagiário), e fomos pra piscina, onde a maior parte da agência já estava, tomando cerveja. Depois fui pra uma mesa no deck que o hotel tinha na praia, pra mais cervejas e porções ilimitadas de peixe e camarão. Na hora do jantar, que tinha mais comida que muito casamento, eu já tinha bebido demais e mandar duas pratadas e provar todas as sobremesas que eu tinha direito, já nem precisava mais da festa. Voltei pro quarto, dei uma descansada, e as 21h, o bar do deck foi fechado só pra galera da agência, um dj começou a tocar e começaram a servir mais cervejas (que eu nem queria mais ver na frente) e caipirinhas de maracujá e abacaxi. A festa durou até a uma da manhã, e ainda serviram coxinhas, misto quentes e brigadeiros na saída. 
Na manhã seguinte, mais comida no café da manhã e um pouco de praia antes da volta pra São Paulo, onde chegamos por volta das 15h, almoçamos e trabalhamos, como se fosse um dia normal. Apesar do cansaço e da correria, foi realmente bem legal ver as pessoas num ambiente completamente diferente, tipo um episódio especial de Chaves, onde todo o elenco do dia a dia vai pra Acapulco. E nada melhor do que viajar com tudo pago! 
No dia seguinte, não tive nem tempo de descansar, já que era dia de Comic Con! Ganhei um day off pra curtir o evento, então na sexta já comecei minha peregrinação em busca de autógrafos de grandes autores internacionais que sempre admirei. Assisti até a duas masterclasses, uma do David Mack e outra do Glenn Fabry, dois caras que não desenham, pintam, pintam pra caralho, e que em outros tempos, provavelmente veriam suas obras em museus e não impressas nas capas de revistas de histórias em quadrinhos. Nem almocei, passei o dia todo andando de um lado pro outro no Beco dos Artistas, entre filas quilométricas e autógrafos. A feira tinha um Shen-Long giante (o dragão de Dragon Ball), a moto do Kaneda (de Akira), uma réplica da cadeira do capitão da Discovery (de Star Trek) e muitos cosplayers.
No sábado, depois de tomar um cafézinho com donuts junto com a Manda, voltei pra lá, com a mochila um pouco mais leve, contendo apenas as hqs que eu não tinha conseguido autografar na sexta. Perdi um tempão, mas consegui sair com meu encadernado de Elektra: Assassina autografado pelo Bill Sienkiewicz, tomei umas itubaínas de graça, assisti um painel com o criador do desenho Big Mouth, da Netflix, tirei umas fotos com um casal de irmãos cosplayers americanos que fazem os melhores Coringa e Arlequina, e rodei mais um pouco. O evento tava abarrotado de gente, com filas que demoravam mais de 2h pra entrar num estande da HBO ou sentar no trono do Pantera Negra, então acabei desencanando, e fui embora pra casa pouco antes do horário do jantar. Passei no açougue, comprei umas carnes, e fechei a noite fazendo um churrasquinho caseiro com a Manda.
No domingo, nós fomos numa cafeteria muito elogiada pertinho de casa que chama "Por um Punhado de Dólares". O café estava ótimo e o bolo de cenoura também, com certeza é um lugar ao qual voltaremos no futuro. Por volta das 14h, saí mais uma vez em direção ao metrô Jabaquara, de onde saía um ônibus que levava ao evento. Vi o ator que fazia o Ultraman, dei uma olhada mais calma nas lojas (e acabei completando minha coleção do mangá Old Boy), peguei mais uns autógrafos no Beco (incrível a quantidade de brasileiros que trabalham em hqs de franquias legais que não são publicadas no Brasil, consegui hqs de Doctor Who, Sons of Anarchy, KISS e Planeta dos Macacos!), cobicei alguns colecionáveis e quando estava prestes a ir embora, passei por um palco onde estava rolando um show do Supla! Algo que eu jamais pagaria pra ver, mas que acabou me surpreendendo. O cara realmente curte, respira e esbanja o melhor estilo de vida rock n´ roll (tinha até um boneco gigante dele pintado como Frankenstein), que só quantias absurdas de dinheiro político podem comprar.
No geral, a CCXP estava bem pior que no ano passado. Menos convidados internacionais de peso, muita gente e filas ridiculamente longas pra qualquer coisa. Ainda assim, continua valendo demais a pena!
Depois do show, peguei o transporte, eu e a Manda acabamos com a carne em mais um churrasquinho e fechamos a noite terminando a quarta (e excelente) tempora de Vikings. Fui dormir cedo, sabendo que no dia seguinte muitos relatórios me esperavam e sempre ciente de que o show não pode parar...

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