quarta-feira, janeiro 16, 2013

Bar não, buteco!

Ontem sai do trampo, li umas hqs sem pagar na Cultura e encontrei o Kev pra ir num centro Hare Krishna aqui perto da Paulista. Mas como o centro tava fechado e acabou não rolando, partimos pro Nova Nova Guiné, butecão na esquina de casa, que sem as aulas do Mackenzie, tem apenas seu público habitual de homens de meia idade.

Tinha gringos foragidos, pais tentando se reconciliar com filhos os comprando com coxinhas, caras tomando uma vitamina depois do cooper, um cara de social que comeu um lanche natural, tomou um bom vinho (sério!) e experimentou a maionese que ninguem tinha tocado o dia todo.

E o melhor do melhor do mundo, um cara caído no chão, babando. Eis que levanta um velho gordo xingando "só faltava outro morrer aqui essa semana", porque aparentemente um velho japa tinha comido seila o que, levantado e morrido na calçada, na frente do bar esses tempos. Não é o tipo de coisa que você gosta de ouvir quando ta com um enrolado de salsicha de anteontem na mão, mas não deixa de ser uma situação inusitada.

Algum tempo depois, a SAMU chegou, deu uma injeção de glicose no cara e levou ele pro Hospital. E todo mundo continuou bebendo como se nada tivesse acontecido. E como se beber nesse ritmo não fizesse mal a ninguem. E como se isso nunca fosse acontecer com a gente, digo ficar velhos malditos que passam o dia no bar até quase morrer. E como se não houvesse amanhã, ou isso simplesmente não importasse.

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