Minhas férias começaram oficialmente hoje. Achei q ia ter que voltar pra Sp 4a, pra fazer uma prova substitutiva, mas fechei mesmo com a primeira nota então ja vou ficar por aki até a hora de ir pro aeroporto em Janeiro. Ter tempo de sobra durante a semana em Jau é mto bom pq diferente de SP, onde a unica coisa q eu tenho a disposição é meu notebook, aki eu tenho centenas de livros e canais a minha disposição e o Jahu Clube. Hoje eu terminei de ler O Auto da Compadecida, do Suassuna, uma puta peça divertida, eu diria que talvez até mais do que o filme, li um fumetti do Tex, assisti Taxi Driver, um clássico do Scorcese e comecei a ler Primeiras Estórias do Graciliano Ramos (bem pior que o livro anterior). Fora isso, ainda dei um tempo na piscina do clube com meu irmão, fazia moh cara q eu não nadava lá, puta saudade. E pra terminar tive uma janta suprema, x-bacon do Perninha com o patê de alho da Maria acompanhado de polpa de maracujá batida com leite. Assisti o ultimo episódio lançado de Sons of Anarchy e agora como não tinha nada pra fazer, comecei a escrever...
Uma ode ao bar do bigode
Esse foi sem dúvida nenhuma o ano que eu mais bebi na faculdade. De segunda a sexta, entre as aulas, depois das aulas, durante as aulas. E um dos fatores fundamentais pra q isso acontecesse (fora, é claro, esse ser o ano que eu mais tive companhia, os criativos aparentemente estão sempre prontos pra cerveja) foi o Bar do Bigode. Antes de conhecer esse que viria a ser meu buteco favorito, os mackenzistas publicitários e marqueteiros frequentavam o Camaleão. Um bar exatamente do lado do nossso prédio, sempre cheio de gente mas com um defeito seríssimo: a cerveja lá era cara. Ele não vendia litrões, só garrafas de 600ml (long necks) e a preço de Jão Guerino (uns 5 conto a garrafa). Era um bom lugar, mas não dava pra se embriagar a vontade pagando esses preços e era chique demais, o ambiente era muito bem arrumado, com mesas de madeira e quadros nas paredes. Eis que então a vigilância sanitária fechou o Camaleão e o pessoal, que sem ficar de beber é que não ia, começou a sair da Piauí, rua da faculdade, e começou a subir em direção a Consolação. Em direção aos legítimos butecos paulistanos.O mais próximo deles era o Bigode, do Doni, o Donizete, típico dono de buteco, que vem te dar a mão quando voce chega, te faz uma breja no seu aniversário e te deixa comprar cerveja fiado, gente finíssima. O bigode eh mal frequentado, tem uma jukebox (que até tem ACDC, mas só toca mesmo sertanejo, roberto carlos, racionais), tem sempre alguem jogando truco (mackenzistas principalmente) e eu simplesmente adorava tudo aquilo. O litro de qualquer marca la custa míseros 4 reais e ao invés de copos de plástico como no camaleão, ela é servida em copos americanos. Os copos usados por profissionais. Ele tinha ainda porções acessíveis aos nossos bolsos (torcidas e amendoins) enquanto o antigo bar servia Temakis. O antigo bar reabriu, mas meus amigos e eu não abandonamos o Doni e o antigo bar foi apelidado de bar de burguês sempre que alguem sugeria que voltassemos ao antigo bar, ainda que só por uma noite. O bar do bigode passou a ser um lugar onde nos sentíamos em casa, podiamos jogar nossas coisas em qualquer canto com segurança, deixar nossa cerveja em qualquer chão que ela seria respeitada, chegar sozinhos sem medo de jamais encontrar algum conhecido. Três vivas ao bar do bigode, um lugar onde eu passei tanto tempo no ultimo semestre quanto dentro da faculdade, senão mais! Isso que é bar de verdade!
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