No terceiro dia, pegamos uma van conhecer as praias de Santiago. A cidade não só é incrível, como tem várias atrações bem diferentes a pouco mais de 1h de distância. Então, logo depois de um dia divertido no gelo, fomos pro mar! Um novo guia passou nos pegar no hotel (e esse gostava bem mais do Youtube, antes de chegarmos em nosso primeiro destino colocou pra tocar uma música de Valparaíso e a leitura de uma poesia do Neruda) e depois de vermos as minas pela estrada (mais de 50% da economia do Chile vem da extração de cobre), nossa primeira parada foi em uma loja de vinhos caça-turista, onde o que mais valeu a pena foi a aula sobre vinhedos: se a uva está em cima, é pra comer, se está embaixo, é pra fazer vinho.
Valparaíso é uma cidade portuária, cheia de belas vistas e bondinhos. Por conta do feriado, a casa/museu do Neruda estava fechada, então não ficamos muito por ali e depois de tirar algumas fotos em ruas artísticas e mirantes, pegar um bondinho e parar pra comer um saduíche de sorvete, logo tocamos pra Viña Del Mar, que fica praticamente grudada na primeira parada, mas que tem praias melhores. Por ali, vimos castelos antigos sobrevoados por gaivotas, leões marinhos nas pedras bem próximas da praia, um relógio de flores habitado por um cosplayer do Groot e um Moai (uma das cabeças gigantes da Ilha de Páscoa, que segundo o guia, os moradores da ilha usavam pra fingir pra marinheiros que aquela era uma terra habitada por gigantes). Almoçamos em um restaurante bacana chamado Mediterrâneo (comi ceviche e salmão com cerveja, aManda picanha com vinho).
Depois, tiramos os sapatos pra pisar pela primeira vez no Oceano Pacífico. Eramos praticamente as únicas pessoas descalças (serio, todo mundo na praia tava vestido e calçado), o que fez até com que umas duas ou tres crianças parassem pra encarar a Amanda (eu recoloquei os tenis bem rápido), como se ela fosse uma criatura com pés de areia de outro planeta. Voltamos pra casa cedo, demos um tempo por lá e mais a noite chamamos um uber. No dia anterior, eu tinha visto na CNN umas imagens das festas patrias em uma praça da cidade e deu vontade de conhecer. Então, aproveitamos a facilidade de poder chamar um uber e fomos até a Praça O´Higgins, que deve ter mais ou menos o tamanho o Ibirapuera, pra nos misturar com os locais e celebrar a independência do Chile em suas festas pátrias. Lá tinhas várias barraquinhas (que eles chamam de fondas) de comida, que vendiam principalmente empanadas, churrasquinhos e terremotos!
Os preços eram ótimos (já que não era uma festa pega-tursta), comemos a vontade (muitas empanadas), provamos o drink e fizemos comprinhas. Além da comida (compramos 6 churros "espanhóis" - sem recheio, por 2 lucas), tinham várias tendas com música, com uma galera dançando cueca (tipo a dança do acasalamento chilena) em uma e um mar de gente fazendo tipo uma rave em outra. Lá ouvimos uma versão de Capital inicial tocando em espanhol e tive até oportunidade pra usar a uma gíria que minha irmã tinha me ensinado (1 luca = 10k pesos chilenos). Na volta, pra não cair na mão de taxista malandro já que eu tava sem wi-fi pra chamar um uber, pegamos o metrô (que tem uma estrutura bem parecida com a de São Paulo, então tiramos de letra) e voltamos pra casa nos sentindo mais chilenos do que nunca.
Curiosidade 03 sobre o Chile: Terremoto é um drink que recebeu este nome quando dois repórteres alemães que cobriam os acontecimentos do terremoto que abalou o Chile em 1985 (olha só), experimentaram a bebida na tentativa de amenizar o calor que sentiam. Um deles, após tomar o drink adocicado, levantou-se e sentiu os efeitos da bebida, exclamando “”¡Este sí que es un terremoto!”. A bebida é uma mistura de pipeño (um vinho branco de baixa qualidade), Fernet, vem com uma bola de sorvete de abacaxi, é bem doce e gostamos bastante!
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