No segundo dia de viagem, acordamos bem cedo pro nosso primeiro grande passeio. Tomamos café logo que o hotel abriu o salão (lá pelas 6h30) e logo uma vanzinha com um guia gente boa passou buscar a gente pra nos levar até uma loja de aluguel de roupas de inverno pegar casacos pesados e calças de neve. Também pegamos equipamento de ski, mas essa aventura teve que ficar pra próxima.
Devo admitir que fui esperando bem pouca neve, afinal, a temporada de esqui acabava na sexta-feira, e muita gente postava fotos do lugar onde só havia verde. Mas o santo da Amanda é forte, e durante a madrugada tinha caído aquela que nosso guia chamou de maior nevasca da temporada. Tivemos até que parar o trajeto de subida pro Valle, que tem mais de 60 curvas, pro motorista colocar correntes nas rodas. E varias pessoas que foram com a mesma agencia, só que com outro motorista, nem conseguiram terminar de subir a montanha.
Estava nevando tanto, que fomos aconselhados pelo nosso guia a não esquiar, já que o "vento blanco" nos deixaria as cegas, sem enxergar um palmo a nossa frente, o que não é bom pra quando se pretende praticar um esporte que você nunca fez antes. Mas a verdade é que mesmo tendo que desistir dos skis, o dia foi incrível. A neve estava alta (dava pra se jogar no chão de boa, o que fizemos várias vezes), não parava de cair, fizemos guerra de neve (uma hora joguei uma bola tão grande na cabeça dela que até me arrependi do susto que ela tomou), vimos raposas passando pela van, e bonecos de neve com olhos feitos com fatias de salame. Tomamos um café na estação pra esquentar, visitamos o hotel do ricaços que se hospedam por ali e depois comemos na uns lanches (mega caros, 2 combos saíram uns R$140, e a melhor parte eram os nuggets de acompanhamento) na lanchonete da estação (pois é, eu sei, vamos melhorar essa dieta nos próximos dias). Como não usamos as botas de esqui, tivemos que ficar com nossos próprios calçados e mesmo usando um spray impermeabilizante emprestado de um casal de cariocas, eu tava usando uma só meia e meu pé quase congelou. E como sempre faço, na hora de descer do hotel pro meio da montanha, eu quase perdi o bus porque tava no banheiro. Quando voltei, só ouvi aManda gritando por mim no meio da neve, o que foi uma cena bem pitoresca.
Voltamos dormindo na van e jantamos num restaurante que ficava literalmente do lado do hotel chamado "La Picola Italia", que tinha um preço fantástico (principalmente depois do Valle Nevado), onde comemos as melhores empanadas de queijo que provamos por lá, um combo gigantesco de massas (que nos permitia provar tudo que eles tinham de uma só vez) e profteroles de sobremesa (já falei da minha ideia pra uma série de investigação chamada "Prof. Terole e Carolina Eclair, uma dupla bombástica"?).
Curiosidade 02 sobre o Chile: no Chile é comum ver as pessoas fumando maconha pelas ruas. Isso porque a droga não é legalizada, mas também não é combatida como aqui. É proibido comprar, mas as pessoas podem cultivar pra cultivo próprio. E aí, não tem venda, mas tem "pacote de assinatura mensal", já que surgem "grupos agrícolas", de pessoas que "financiam" uma plantação entre "amigos". Ou seja, lei chilena, jeitinho brasileiro.
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