quinta-feira, setembro 17, 2020

Subindo na vida

Em agosto desse ano, subimos do primeiro pro sétimo andar. Ainda moro no mesmo prédio e na mesma rua, mas agora eu e a Amanda podemos abrir as janelas gigantescas do quarto e da sala sem medo que algum maluco pule pra dentro da nossa casa. 
O apartamento é exatamente igual, mesmo tamanho, mesma disposição, Só que está bem melhor cuidado. Ele tem a cozinha reformada, o piso decente (o antigo a gente cobria de tapetes pra disfarçar o taco todo ferrado) e o banheiro da lavanderia bem mais cuidado. Temos mais sol (ou seja, agora dá pra ler gibi até umas 17h da tarde) e secar as roupas no varal, sem depender tanto da secadora. Dá pra dormir com as janelas de dentro abertas, o que faz até parecer com que a gente tenha instalado um ar condicionado no quarto. 
Não temos mais uma vizinha maluca no andar de cima e, na verdade, os novos vizinhos são tão silenciosos, que as vezes eu até duvido de que eles realmente morem aqui. A mudança foi super tranquila, já que mesmo os móveis mais difíceis só precisavam subir alguns lances de escadas e tudo já tinha um lugar pré-definido. 
Quem mais deve ter sentido a mudança foi a Luna, que deve estar se sentindo em outra dimensão. Está tudo igual, mas os cheiros são diferentes. O barulho é diferente (como estamos mais alto, o som da rua chega mais alto). E as vezes eu ainda pego ela tentando loucamente escavar tacos, que ficam no exato lugar de pisos que no antigo apartamento estavam soltos, mas que aqui ela não consegue tirar do lugar. 
E foi bom que a mudança rolou bem nas minhas férias, então deu pra pelo menos eu sentir que estava fazendo alguma coisa boa, mesmo sem poder viajar.
Como diria o Superman...
PARA O ALTO E AVANTE!

quarta-feira, setembro 02, 2020

U-topic

Será que ainda precisamos de representantes políticos? Pensa bem, antigamente era mais difícil ouvir a opinião de centenas, milhares e milhões de pessoas. Aí realmente fazia sentido "a gente" eleger alguém que supostamente representasse a vontade da maioria da população e decidisse as coisas por ela.
O problema é que é com a tecnologia que existe hoje, isso sinceramente não é realmente mais necessário né?
Será que com internet e celular, cada indivíduo não conseguiria votar pessoalmente em cada decisão importante que precisasse ser tomada no país?
Minha sugestão seria começar pequeno. 
A nível da prefeitura. E aí, enquanto a segurança e o próprio sistema de voto individual fossem evoluindo, com o passar do tempo TODO MUNDO conseguiria dar sua opnião individual pra cada caso que fosse realmente relevante pro país.
Relevante do tipo "cara, tem uma pandemia mortal correndo solta pelo planeta".
O isolamento deve continuar? Bora fazer um referendo.
O auxílio emergencial deve existir? Votem.
Um veterinário é competente pra decidir sobre vacinação de humanos? Bora votar isso aí.
O sistema político arcaico do jeito que existe hoje tem que acabar.
Já passou da hora dele evoluir.
E essa é minha sugestão: referendos online. 
Voto por aplicativo. 
Onde cada cidadão tem o direito de votar. E vota quem quiser.
Tenho até um nome pra ele: U-topic. Onde você (you) pode ajudar a decidir diariamente o futuro acerca de diferentes tópicos (topic).
O referendo, é uma consulta popular, prevista no artigo 14 da Constituição, regulamentada pela lei 9.709/98. Que basicamente nunca é usado, porque quem está no comando, está cagando e andando pra você.
Na minha gustopia, isso seria muito diferente.
Já comentei por aqui minha ideia de que deveríamos obrigar políticos a prestarem concurso público (no mínimo como requisito pré-eleição), pra mostrar que tem conhecimento sobre gestão e tudo mais, né?
Acho que ajudaria muito e seria bem mais justo. 
Pela lógica, se até pra ser carteiro a pessoa tem que prestar concurso, por que não criar uma prova pra quem quer comandar qualquer coisa?
O Bolsonaro jamais teria chance. 
Acho que nem o Lula.
O país seria muito, muito diferente se a gente tivesse pessoas realmente capacitadas no comando. 
E ainda mais, se a gente conseguisse efetivamente participar de cada decisão antes que ela fosse tomada.

segunda-feira, agosto 31, 2020

Sabe que horas são?

Enquanto o Brasil ultrapassa as 120 mil mortes por COVID, esse número deixa de chocar ou causar qualquer impacto e passa a ser simplesmente uma unidade de medida. 

Uma medida de tempo. 

Ontem 10 mil, hoje 120 mil, mes que vem quem sabe? 150?

Assim como sabemos que o tempo não para, o número de infectados também não vai parar. 

E pra quem fica, só nos resta matar o tempo.

Ok, home office é legal e talvez essa e outras mudanças incríveis aconteçam no futuro.

Mas e todo o tempo perdido? 

Quem vai devolver o ano de 2020 pra gente?

E tudo que deixamos de fazer? 

Os shows, eventos e teatros aos quais deixamos de comparecer? 

As viagens não fizemos? 

As visitas que não aconteceram?

As pessoas que não encontramos? 

O progresso na carreira profissional que não atingimos?

De um jeito ou de outro, todo mundo saiu perdendo. 

Em todo o mundo.

Afinal, se existe algo que não tem preço é o tempo.

Já estamos chegando em 6 meses de pandemia. 

De isolamento. 

Seis meses desde o dia em que a Terra parou. 

Ainda que não pra todo mundo, e não do mesmo jeito.

Acredito que essa passagem bizarra de tempo gere o desespero que faz as pessoas quererem aproveitar seu tempo do melhor jeito possível. 

Seja aprendendo um idioma, um prato novo na cozinha, fazendo regime ou estudando. 

Ninguém quer acreditar de verdade no quanto está perdendo.

Acontece que por mais habilidades que se acumulem, nada vai nos devolver esse tempo.

E eu já estou ficando cansado.

De tanto perder tanto tempo...



quinta-feira, julho 23, 2020

O culto

— Sabe o que eu tava pensando?
— Fala.
— E se os deuses nórdicos, gregos e romanos fossem só ficção?
— Ué, e não são?
— São, quer dizer, hoje existe um consenso de que são. Mas historicamente, a gente acredita que durante algum período no tempo, realmente existiram pessoas que acreditavam que Zeus era de verdade, certo? 
— Sim, que antigamente as pessoas achavam que esses seres superiores e mágicos realmente existiam e os tratavam como uma religião.
— Exatamente. A gente costuma pensar que os povos antigos rezavam, faziam oferendas e esperavam ajuda de deuses como Odin, Thor, Hermes, Poseidon e toda essa galera, certo?
— Certo.
— Mas quem garante, né? 
— Como assim?
— Bom, e se...se esses povos na verdade só consumissem as histórias e feitos desses deuses como forma de entretenimento, como se fossem uma obra de ficção?
— Quer dizer, tendo consciencia de que não passava de ficção?
— Isso.
— Sei não...
— Talvez a gente só tenha interpretado errado, saca? Acho que existe a possibilidade de que os vikings, por exemplo, realmente tivessem total consciência de que Odin era um ser fictício. E só consumissem as histórias deles porque eram divertidas. Da mesma forma que a gente consome Harry Potter hoje em dia. Eu acho que, sei lá, da forma que a informação foi passada de uma geração pra outra, acabou rolando um telefone sem fio. Algo se perdeu na tradução. 
— E você acha que literalmente todos os historiadores que já existiram simplesmente acabaram se apegando a um erro de interpretação e confundiram crença com ficção?
— Por que não?
—  É, até que faz sentido.
— Pensa comigo. Eu coleciono quadrinhos, certo?
— Certo.
— O que estou tentando dizer é: eu tenho total consciência de que o Batman, o Superman e Homem-Aranha não são reais. Sei que são personagens de ficção. Mas...vai que seilá, o mundo civilizado como o conhecemos acaba de uma hora pra outra. 
— Acaba como?
— Não importa! Bomba atômica, vírus mortal, meteoro, tanto faz. A hipótese aqui é que tudo se perde! Linguagem, história, tudo que a gente conhece! Os poucos humanos sobreviventes passam a viver como selvagens e só centenas, ou milhares de anos depois, alguém descobre minha coleção de quadrinhos.
— Suas hqs autografadas provavelmente já não teriam virado combustível pra fogueira a esse ponto?
— Tomara que não. Eu conservo muito bem meus quadrinhos. Bom, e se essa pessoa, que talvez seja até um historiador e todos os caras que vierem depois dele acharem que eu acreditava que os X-Men, a Liga da Justiça e os Vingadores existiam de verdade?
— Ele não precisaria de mais provas pra isso, além de algumas revistas?
— Bom, ele teria centenas de provas! Esse cara poderia analisar essa descoberta em conjunto com milhares de fotografias de pessoas vestidas como o Lanterna Verde ou o Homem de Ferro. Bonecos despedaçados que ele poderia achar que eram usados como amuletos. Existem dezenas de réplicas da Batcaverna, da Sala da Justiça e da Mansão Xavier mundo afora, que poderiam ser considerados por eles como altares de adoração. Dá pra encontrar muito fácil as semelhanças entre um grupo de fanboys e um culto.
— Cacete... já pensou se as piramides na verdade fossem só parte de algum tipo de Disneylandia do Egito?
— Exato! Hórus, Anubis, Seth, talvez fossem só personagens cujas histórias os jovens e as crianças gostassem de ouvir. Faz mais sentido do que acreditar que toda uma civilização acreditava que esses deuses egípicios realmente existissem, não?
— É, até que faz. Cara, mal posso esperar pelos livros de história do futuro cometendo a gafe de afirmar que as pessoas do século 21 cultuavam os deuses da Marvel.
— Pois é, tomara que sejam livros ilustrados...

quarta-feira, julho 22, 2020

Minha primeira arma química

Eu vivi um 2o colegial digno de filme de sessão da tarde do SBT. Sempre tinha alguma bizarrice acontecendo, e durante um bom período, lembro que ocorreram as "guerras de giz". Que era basicamente o que se tinha quando só acertar um giz ou um aviãozinho de papel na cabeça dos coleguinhas já não tinha mais graça. Os engenheiros de guerra perceberam que fazer um aviãozinho de papel e carregá-lo com pó de giz era muito mais eficiente. Sujava não só quem sentava no lado do fundão inimigo, mas também deixava o uniforme de um número bem maior de civis colorido. 
Durante semanas, a guerra seguiu dessa forma. 
Comigo e uma galera voltando pra casa com o uniforme cheio de pó de giz.
Até certo dia, em que no meio de uma feroz batalha pela supremacia colegial, meu lado (que salvo engano era o esquerdo) ficou sem giz. 
Nuvens de fumaça colorida acertavam as paredes e as pessoas ao nosso redor e estávamos sem munição.
Até que alguém teve a brilhante ideia de esfarelar vitaminas (aquelas tipo redoxon, que vem num tubinho) e usar dentro de nossos aviõezinhos. 
Quando o inimigo foi atingido pela primeira vez por nossa arma química, lembro do quanto ficaram surpreendidos. 
"Mas que pooooorra é essa?"
Esse é basicamente o mesmo sentimento que o mundo todo vivenciou com a chegada do coronavírus.
Ninguém esperava uma merda desse tamanho.
Estamos acostumados com guerras sendo travadas com armas, bombas e mísseis teleguiados.
Um inimigo invísivel, de origem desconhecida, pegou todo mundo de surpresa.
E mais, sem armas pra combatê-lo, só nos resta ficar em casa. O que basicamente significa que agora somos todos prisioneiros de guerra, dentro de nossos próprios países, em nossas próprias cidades, dentro de nossas próprias casas.
No conforto do lar (pra quem tem o privilégio de morar em um lar confortável).
Incrível como a ficção nunca conseguiu chegar perto disso.O que nos faz perceber também o quanto ela pouco inova e simplesmente se autoreplica.
A guerra evoluiu. E a verdade, como de costume, nós só vamos conhecer daqui a algumas dezenas de anos. Provavelmente por meio de alguma obra de ficção.

quarta-feira, julho 15, 2020

Abre los ojos

Segundo estudo da University Colllege of London são necessários em média 66 dias para transformar um hábito em rotina. Há mais de 100 dias em quarentena, os brasileiros já afirmam gostar dos novos hábitos adquiridos e que pretendem mantê-los. Entre esses hábitos estão aumentar a higiene, comer de forma mais saudável, focar no desenvolvimento pessoal e trabalhar de casa.
Foco hoje no "trabalhar de casa". Se durante 4 meses milhares de empresas (como aquela pra qual eu trabalho, por exemplo), já conseguiram se adaptar ao sistema de home office, pra que voltar pro escritório?
Ok, tem a parte legal da interação com a galera e com os clientes, o aprendizado e tudo mais. Mas não precisamos de 5 dias presenciais na semana pra isso, certo?
Guerras, pandemais e revoluções são sempre pontos de virada, momentos de transformação.
É o empurrãozinho que coisas que estavam a beira de acontecer, precisavam pra acontecer logo de uma vez.
Idosos estão aprendendo que não precisam ir ao banco todo dia e usando internet banking, as pessoas fazem mais compras online e gastam menos com comida. Afinal, com tempo pra cozinhar em casa, quem vai querer gastar R$100 pra comer um hamburger ou R$150 conto pra comer uma costelinha do outback? Com tempo e treino, é perfeitamente possível fazer essas coisas em casa.
As pessoas estão percebendo que as 2h que perdiam diariamente no trem ou no ônibus no trajeto pro trabalho não eram produtivas. Que ficar "batendo ponto" é na verdade contraprodutivo, porque o que acontece é que os trabalhadores batem o ponto e vão tomar café, enrolar batendo papo no corredor ou cagar na empresa só pra otimizar seu tempo (o chamado "cocô remunerado", sério, tínhamos até nome pra isso!).
De casa, você consegue ver quem realmente trabalha de verdade e quem só faz hora. É melhor pro empregado e pro patrão.
Tem sido incrível conseguir aproveitar as "horas do trem" lendo meus quadrinhos, as "horas do almoço" comendo melhor em casa e ainda sobrando tempo tempo pra jogar um videogame e tudo isso na ótima companhia da Amanda e da Luna. 
De vez em quando, dá até pra voltar pra Jaú e prolongar a estadia por mais um tempinho. 
Tem amigo meu que foi trabalhar da praia, tem gente que foi trabalhar do sítio.
O novo mundo é incrível, é perfeito. 
Eu não quero que isso acabe. E tem muita gente que pensa como eu.
Google, Facebook e Twitter já liberaram seus funcionários pra ficar de home office por tempo indeterminado.
Algumas outras empresas, como a XP, disseram que estão construindo centros de convivência mais afastados de São Paulo.
Os ventos da mudança estão soprando.
Pagar aluguel caro nessa cidade infernal não faz sentido.
Qual a necessidade de gastar centenas de reais em almoços superfaturados?
Perder semanalmente pelo menos 10h no trânsito ou no transporte público pra chegar ao trabalho e fazer algo que você poderia tranquilamente fazer de casa NUNCA fez sentido. 
Basicamente, todo mundo só concordava em seguir dessa forma porque as pessoas estavam "habituadas" a esse sistema de trabalho operário arcaico e ultrapassado.
Até pras empresas era pior, por terem que se preocupar com a locomoção da galera (gastando horrores com taxis ou até mesmo aviões), gastarem com aluguel caro em algum prédio empresarial badalado e ainda terem que fornecer energia, internet e equipamento pra todo mundo.
Acontece que a pandemia forçou o mercado a abrir os olhos para o quanto o trabalho presencial é obsoleto pra MUITAS profissões. Advogados, publicitários, bancários e por que não até professores de certas matérias, todo esse pessoal pode trabalhar de onde bem entender e aliviar um pouco o excesso de gente que mora em São Paulo.
Eu acredito no futuro. Acredito em uma cidade com menos gente, com alugueis mais baixos, restaurantes com preços mais justos e na implementação de um sistema de home office na maioria das empresas que possa funcionar integralmente de forma digital. 
E aguardo, ansiosamente, o caminhão da mudança.

terça-feira, julho 14, 2020

O novo normal é o meu normal

Eu já costumava ter o costume, durante toda a vida, de lavar as mãos mil vezes antes e depois de fazer qualquer coisa. 
Sempre fui contra as pessoas que vem da rua entrarem com seus sapatos sujos dentro da minha casa limpinha e sair pisando por aí, principalmente em cima de tapetes peludos e fofinhos.
Quando eu tomava banho, lavava o cabelo e trocava de roupa toda vez que chegava em casa, era taxado de louco.
"Pra que tanto banho?"
"Lavar a cabeça todo dia faz mal!"
"Mais uma roupa suja?"
"Tirar o sapato? Que maluquice!"
Bom...parece que o jogo virou, não é mesmo?
Bem-vindos ao mundo gustt.
Um oferecimento Coronavírus.

quinta-feira, abril 30, 2020

Baile de máscaras surpresa

Olá quarentenados, como vão? Espero que bem, e dentro de casa se possível. 
Pois é, esse ano aqui não está sendo um dos melhores, né?
Eu já tinha até desistido de postar semanalmente antes mesmo que essa pandemia surpresa tomasse conta de todo o planeta. Depois então, acabou o meu animo de vez. 
Todos os dias agora são iguais.
Entretanto, já que estamos falando de um período que vai entrar pros livros de história, vou tentar fazer pelo menos um post, pra falar um pouco sobre a minha rotina e minha visão do que está acontecendo. 
Treze de março, uma sexta-feira 13, foi meu primeiro dia de home office. No dia anterior, minha gestão na agência já tinha sugerido que eu levasse o notebook pra casa, porque poderíamos entrar em quarentena a qualquer minuto.E foi exatamente o que aconteceu. No dia seguinte já trabalhei de casa, e tenho feito o mesmo há mais de 40 dias. 
Desde então, essa é minha nova vida:
A Amanda trocou o Food Network pela CNN Brasil.
Comecei a fazer exercícios físicos em casa usando o Youtube e o Xbox Fitness.
O prefeito e o governador começaram a fazer pronunciamentos todo dia na hora do almoço.  
Só saio de casa pra ir no mercado, uma vez a cada 15 dias.
A Amanda me ensinou a cozinhar arroz e graças a ela fiz meu primeiro pudim.
A Luna tomou todas as vacinas e seus primeiros banhos sem sair do prédio onde moramos.
Estou a todo esse tempo sem voltar pra Jaú.
Praticamente parei do ouvir podcasts, já que não uso mais transporte público.
Tenho comido tanto em casa que já estou achando caro demais pedir uma pizza ou um hambúrguer pelo iFood (coisa que faço no final de semana, só pra sentir que é um dia diferente).
Meus maiores achados na Netflix foram Tiger King e Midnight Gospel.
Só encontro meus amigos quando estou no Xbox. Matamos zumbis virtuais e tomamos cerveja juntos (cada um na sua casa).
A Luna tem se mostrado uma grande companheira, vai ser estranho quando eu tiver que ir trabalhar sem ela passando pelo meio do meu calcanhar.
No final de semana passada, era pra eu ter ido no show do Metallica. O show foi adiado pra dezembro.
O dólar chegou a quase R$6, ou seja, vou ficar sem fazer compras de quadrinhos nos EUA por um bom tempo.
Meu salário e minha jornada de trabalho foram reduzidos.
Não teve almoço feliz de páscoa. Comemos restos de torta de palmito que a Amanda tinha feito no dia anterior. O ponto alto do dia foi o café da manhã, com café cremoso (que descobri no Twitter e agora não conseguimos mais viver sem) e cookies que a Amanda assou.
Todos os cinemas estão fechados. Todos os lançamentos do período foram postergados pra sabe-se-lá-quando.
A Netflix e a Globo não estão gravando nada novo. Pra preencher a programação, a Globo tem passado jogos antigos (como a final da copa de 94) no domingo a tarde e reprises de novelas. 
Enquanto o volume de mortos e infectados só aumenta, tem cada vez menos gente respeitando o isolamento.
Além disso, o bosta do nosso presidente demitiu o ministro da saúde e perdeu o ministro da Justiça. O que talvez seja ótimo, já que tem cada vez mais gente descobrindo o verme que elegeu.
Eu não dirijo há muito tempo.
A Amanda tem trabalhado um ou dois dias por semana, tão protegida com máscaras e capacetes que parece que está indo pra Lua ou pra Chernobyl.
Lancei um novo canal no youtube, chama HQrosene. Se você me segue nas redes sociais, provavelmente já me ouviu falar dele. Tem vídeo novo toda semana e está sendo um jeito bem legal de usar meu tempo extra.
Tenho escrito muito pouco. Apesar de sobrar tempo, falta motivação.
Estrou trabalhando mais do que nunca, já que as marcas estão completamente perdidas ante o novo cenário mundial. Não da pra falar pra alguém sair fazer um test drive ou sugerir que qualquer pessoa faça uma festa e chame os amigos pra tomar cerveja, por exemplo, o que limita bastante o que pode ser anunciado.
Todo mundo hoje em dia só quer saber de assistir lives (principalmente de sertanejo). Assisti só duas. Uma da Sandy Jr, só pra acompanhar a Amanda e uma internacional chamada One World: Together at Home, que me deprimiu bastante. Não tem graça nenhuma ver os Rolling Stones tocando sozinhos, cada um da sua casa, enquanto o baterista faz air drums. A graça de um show desse porte é exatamente a força de ver milhares de pessoas cantando e pulando juntas.
Home office não é tão legal quanto parece.



quinta-feira, abril 02, 2020

Luneta Banana Spitz

Voltamos da praia convencidos de que seria legal a gente ter um cachorrinho. O Frodo e a Lessandra sugeriram uma raça pequena e boa pra apartamento, e assim, depois de babar pra milhares de fotos de dogs aleatórios no Facebook, acabamos adquirindo uma linda spitz alemã (raça também conhecida como Lulu da Pomerania) la em Bauru mesmo, fazendo assim com que nosso apartamento continuasse sendo habitado exclusivamente por gente do interior.
Pegamos ela com 47 dias de vida (ela faz aniversário pouco depois da Amanda, em 16 de janeiro) e coincidentemente, ela acabou chegando no mesmo dia do casamento civil da minha irmã. Ou seja, a família toda (até meu irmão e minha cunhada) puderam conhecer o bebê dog assim que ele nos foi entregue.
Batizamos ela de Luna, porque era uma bolinha branca que ia chegar pra iluminar nossas noites, depois de passarmos por vários outros nomes como Lana (por causa de Smallville, não da Lana Del Rey) ou Padoca. 
E o legal foi que dias antes dela chegar, quando chegou um combo  - que tinha uma casinha de transporte, cama (com estampa de vaca, sendo que já tínhamos comprado uma pelúcia de vaquinha antes de ver isso), tapete e bolinha) - a bolinha tinha o nome Luna escrito em um adesivo. Bom, parece que era pra ser esse mesmo.
Nosso pequeno bebê lobo, ursinho de pelúcia, que se comporta as vezes como gato, tem cara de raposa, se esconde embaixo das coisas como um rato, lembra um furão, mas que na verdade é um cachorro já veio até treinada. Nossa bo"a Luna" aprendeu desde que nasceu a só fazer xixi no tapetinho higiênico e faz bastante silencio durante a noite (duas coisas que me deixaram bastante aliviado). Compramos vários brinquedos pra ela (vaquinha de pelúcia, troço de morder e várias bolinhas), mas do que ela gosta mesmo é de orelhas de boi. Uns negócios nojentos que a Petz vende por dois reais, mas que faz a alegria dela.
Uma semana depois da chegada dela, o mundo virou de cabeça pro ar. Não só o meu mundo, o mundo de todo mundo. O Covid-19 chegou abalando a sociedade de formas que ninguém jamais imaginou ser possível e na sexta-feira, minha empresa (cuja matriz é americana) já recomendou que todo mundo fizesse home office. 
Alguns dias depois, toda a cidade de São Paulo estava em quarentena. 
Azar pra maioria, sorte pra Luna. Que agora tinha a mim e a Manda o dia todo em casa pra brincar com ela. Quase uma licença paternidade canina, sem prazo pra acabar. 
E foi assim, que sem querer, nosso doguinho chegou na melhor hora possível. Em um momento de crise, em que estamos presos dentro de casa, mas consolados de que, pelo menos agora, temos uma cachorrinha maluquete pra nos animar.

terça-feira, março 03, 2020

Carnaval 2020 na Barra do Sahy

Sábado passado, eu e a Amanda acordamos as 3h da manhã pra pegar nossas mochilas e descer pra entrada do prédio, onde o Frodo e a Alessadra estavam nos esperando pra nos levar pra praia ripper desse ano: Barra do Sahy! Fomos de carona pra evitar o stress do ano passado e saímos nesse horário pra evitar congestionamentos (o que foi uma ótima ideia, se na ida levamos menos de 2h pra chegar no nosso destino, na volta demoramos mais de 5h). Ainda em SP o Frodo foi parado pela polícia e teve que fazer bafômetro e ainda ganhou 2 kits de bafômetro descartáveis de brinde. Fomos ouvindo psycho dance trance bem alto pro motorista não dormir (ele ja tava batendo umas 24h acordado nessa altura) e chegamos na praia perto das 6h da manhã. Encontramos o cunhado do Gustinho e a irmã da Marina na porta da casa que alugamos (e ainda estava fechada), então fomos pra uma padoca tomar café da manhã.

Pouco depois, "Neiva" (a caseira) finalmente viu nossas mensagens e abriu a casa pra gente. O lugar era realmente bem bacana, tinha jacuzzi, churrasqueira e cinco quartos com ar condicionado. Num sorteio, acabamos ficando com o único quarto que era no segundo andar (não que isso seja ruim por si só, mas os arquitetos economizaram nos degraus, tipo, só tinha meia madeira em cada piso, o que te obriga a subir a escada com um único pé de cada vez - o que é normal, mas com o pé que a escada quer - o que é um porre).
Fomos tirar uma soneca enquanto o Gustinho e o Peixe chegavam, saímos comprar pão debaixo de chuva e como a chuva não deu um segundo de trégua, acabamos só ficando em casa mesmo. Fizemos churrasco, tomamos muitas Colorados, dei um rolet até a praia com a Amanda (que era bem fechada e ficava a poucos metros de distância) e ficamos só batendo papo de buenas até uma e pouco da manhã.

No domingo, a chuva parou e depois de um café da manhã reforçado (e melhor que de muito hotel, com mistos e bolinhos), finalmente a galera toda conseguiu ir junta pra praia (ainda que o sol não tenha dado as caras, e tenhamos no máximo tomado algumas horas de mormaço). O mar estava com uma ressaca maior que a nossa, e extremamente forte. Sério mesmo, acho que nunca vi um mar tão forte. Não dava pra ficar um segundo de boa na água que já vinha uma onda gigante te cobrir, te derrubar ou te puxar. A Amanda até perdeu um chinelo e eu quase perdi um também. Saindo da praia, fomos pro "centrinho" da cidade almoçar (um peixe mega superfaturado) e aproveitamos pra ela já comprar um novo par de havaianas. 
Chegando na casa, a governanta ajudou a gente a ligar a jacuzzi e abrimos um whisky que estava gelando desde o dia anterior pra gente se sentir mais magnata ainda. Eu até que tentei, mas nem consegui ficar muito bêbado, mas o Frodo e o Peixe acabaram representando o rolet, dançando como galinhas malucas, subindo no telhado, acordando o Raul e usando os testes de bafômetro descartáveis. O Gustinho fez macarronada e jantamos ela junto com as carnes que haviam sobrado do churrasco do dia anterior.

Na segunda-feira, pegamos os carros e fomos pra praia de Juquehy, que ficava a meros dez minutos de distância, mas estava bem mais cheia. Nesse dia rolou sol de verdade (deu até pra avermelhar um pouco) e o mar ainda estava selvagem, mas bem mais tranquilo que no dia anterior. Passamos no mercado maior que tinha nessa outra cidade pra comprar coisas pra fazer mais um churrasco (tinha até pão de alho de chocolate!) e a noite fizemos novamente o que essa turma sempre soube fazer de melhor. O Frodo e o Peixe ainda estavam sofrendo com a bebedeira do dia anterior, mas o Ricardo estava animado e determinado a terminar a garrafa de whisky. Peguei umas cartas do jogo Master da Estrela que estava na sala e passei boa parte do tempo brincando de apresentador de game show. Num jogo que gerou pérolas como "Eu estudei em Hardware", "Fox" e "NFL".

Terça-feira o dia acordou chuvoso mais uma vez, então nem tivemos pressa pra levantar da cama. Tomamos um demorado café da manhã, a chuva continuou firme e forte, voltamos a dormir e só acordamos na hora do almoço (que mais uma vez era macarronada com sobra de churrasco). Lá pelo meio da tarde,  voltamos pra praia fechada do condomínio, com o céu ainda nublado, pra encontrar um mar bem diferente, mais calmo até mesmo que o do dia anterior.

A Amanda passou a maior parte do tempo ninando o bebê Raul, enquanto a gente matava as últimas latas de cerveja e comia amendoins. A noite, fomos pra Juquehy jantar no Beach Burger (um dos lugares melhor avaliados no trip advisor, mas pouco avaliado no meu ranking pessoal), comemos uns churros e voltamos pra casa pra uma noite que terminou cedo, principalmente porque estávamos sem álcool (já que toda a cerveja tinha acabado durante a tarde).

E assim, 4 dias passaram voando. Sem que eu lesse um único gibi, jogasse um único jogo de videogame ou assistisse a um único segundo de televisão. Sem que nada disso fizesse falta. Na quarta, saímos logo depois do café da manhã (ou do brunch), lá pelo meio-dia. E ainda bem que eu não estava dirigindo, senão teria xingado muito. Ficamos literalmente parados na estrada por muitas horas, levando 3x o tempo que precisamos pra chegar lá na ida...

terça-feira, janeiro 28, 2020

Meu sonho era ter um blog de reviews culinários

Nesse final de semana, eu e aManda pegamos mais uma vez a estrada de volta pro interior, com a diferença de que dessa vez a gente sabia o quanto o Jeronimo Burger era foda. Sendo assim, tivemos que dar uma paradinha no Serra Azul (onde não pisávamos há anos) pra comer um burguerzinho topzera.

Sábado tomei café da manhã com meus pais, saí pra cortar a barba e depois montei o Mega Drive pra testar os últimos lançamentos (sim, tem gente lançando jogo pra esse videogame até hoje!) de 2019. Viciei em Xenocrisis, shooter incrível no qual você combate aliens, zumbis e até um clone do Cthulhu! Almoçamos em casa e, a tarde, desenhei um pouco no iPad, saí com minha mãe buscar um pote do melhor sorvete da cidade (afinal, a concorrência voltou pra Dois Córregos). A noite, eu e aManda passamos no shopping e depois fomos pra casa do Gustinho, pra tomar umas cervejas tentando sempre fazer silêncio pra não acordar o Raul.

Domingo, tinha até fudge no café da manhã, o que comprova a teoria de que qualquer comida que você quiser, consegue encontrar em Jaú. Assisti o primeiro episódio de Star Trek: Voyager (e gostei mais do que esperava, apesar de DS9 ainda ser meu favorito), busquei a Amanda pra almoçarmos joelhinho de porco com meus pais, tirei uma soneca e alguns quadrinhos depois, já era hora de voltar pra capital.

segunda-feira, janeiro 20, 2020

Gus n´ Roses

Nessa sexta, saí do trabalho e fui encontrar a Amanda na estação Ana Rosa, pra  gente comer alguma coisa num barzinho ali perto e depois curtir um stand-up do Diogo Portugal (pioneiro da profissão no país, mais careca do que nunca) no Teatro Novo. 
O ingresso custa o mesmo que uma ida ao cinema e, com poucos filmes bons em cartaz e ainda sentindo a decepção do episódio IX de Star Wars, acabamos optando por fazer algo diferente. 
O show foi divertido, deu pra dar boas risadas e o uber pra casa ficou mais barato que comprar dois passagens de metrô separadas. 
No sábado a tarde fomos até o Shopping Anália Franco, pra ver a Guns n´ Roses Experience, uma mostra com vários itens legais da banda, como discos de platina, vestuário dos músicos (cartola do slash, jaquetas do AXL, guitarra autografada), itens colecionáveis e coisas do tipo.  
Além disso, aproveitei pra comprar uns presentes de aniversário atrasados pra Manda e pra conhecer melhor esse shopping gigantesco, que infelizmente fica longe demais de casa pra que a gente o visite mais vezes. 
Jantamos um burger muito topper no Jeronimo (uma rede que sempre vimos pela estrada, mas nunca tínhamos provado) e pegamos mousses de sobremesa em uma mega store da Cacau Show que deixa a maioria das kopenhagens que conheço no chinelo.
Domingo de manhã a Amanda me mostrou uma tecnologia que provavelmente é a mesma utilizada pelo Papai Noel. 
Ela colocou várias almofadas e travesseiros dentro de um saco gigante e tirando todo o ar de dentro dele, fez com que essas coisas ocupassem menos de 1/5 de seu tamanho normal. Pura M-A-G-I-A!
Na hora do almoço, o iFood fez uma promoção oferecendo vários itens a 5 reais, que fez com que a gente acumulasse entregadores de bike e motoboys na frente de casa, com várias coisas incríveis chegando de muitos restaurantes diferentes. 
Destaque pro croasonho recheado de chocolate e morango, que tava realmente sensacional. 
A noite, depois de correr no minhocão e jogar muito Batman: The Telltale Series, nós fomos encontrar o Doryni na Padaria Bella Paulista
Um lugar incrível que serve de tudo, que tem uma bella carta de cervejas e serve uma pizza tão grande e tão bem recheada que nós três não conseguimos dar conta (e olha que é difícil eu deixar qualquer coisa no prato hein, ainda mais uma pizza!).

Anos de aperfeiçoamento culinário

Nesse último sábado, com meus pais e meu irmão em SP depois de voltarem de uma viagem recheada de golfinhos, eu e aManda os encontramos pra um almoço no Carlino, lugar que encontramos graças a proximidade com a Sorveteria do Centro.Fomos pesquisar e descobrimos que ele na verdade é o restaurante mais antigo de São Paulo, foi fundado em 1881 e já recebeu até "um selo de valor cultural da cidade" do Conselho de Preservação de Patrimônio Histórico.
A comida é sensacional. Acabei provando dois pratos, um que dividi com a Manda e outro com meu pai. Primeiro um polpettone recheado de mussarela com nhoque, que estava muito bom. Depois um filet mignon ao molho de ervas acompanhado do melhor risoto que já comi na vida. Sério, eu nem gosto muito de risoto, mas esse de quatro queijos que eles servem estava até melhor que a carne (que também estava excelente)! 
O lugar é pequeno e aconchegante, todo decorado com quadros velhos da Itália, bem escondido no centro no meio de uma rua que até a chegada do Sr. Porco não tinha nada. Serve poucas mesas e só abre na hora do almoço, mas vale demais a pena conhecer!  
A noite, aManda estava com saudades do  Bullger, mas quando chegamos na unidade inaugurada recentemente ali na frente do Copan eles estavam de portas fechadas, por causa de uma falha elétrica. Isso fez com que a gente caminhasse até perto da Praça da República, pra finalmente provar um outro lugarzinho escondido, perto da saída do metrô, que já fazia um tempo que eu queria visitar. Chegando lá, o California estava todo adesivado em comemoração ao seu aniversário de 70 anos. Sabe o que isso significa? Sem querer, fomos parar no mesmo dia na hamburgueria mais antiga da cidade!
Os lanches que pedimos estavam sensacionais (rivalizando com o Holy Burger, meu burger paulistano favorito, mas que perde muitos pontos porque a carne tem um tamanho inversamente proporcional ao da fila de espera, ou seja, fila enorme, lanche pequeno) e a sobremesa nos surpreendeu. Pedimos crepe de nutella e e a bola do sorvete que veio de acompanhamento foi servida em cima de uma rodela de laranja, que deixou a mistura toda com um sabor muito diferente! Esta aí uma forma de servir sorvete que eu nunca tinha visto antes!
No domingo, só saí de casa pra correr no minhocão. Passei o dia todo lendo mangás (esse é ano certo pra ler Akira e peguei pra ler do começo DragonBall), jogando videogame (Dragonball Xenoverse 2 no PS4) e assisti um filminho bem legal com a Amanda chamado "A morte te dá parabéns" que tem um assassino com máscara de bebê e mistura "Pânico" com "Feitiço do Tempo", que depois fui descobrir que foi escrito pelo Scott Lobdell (que escrevia hqs dos X-men nos anos 90 e é um dos caras mais gente boa com quem já conversei em uma Comic Con)!
Na terça, voltamos ao Bullger (que dessa vez estava aberto) pra comemorar o aniversário dela (feliz aniversário Mandalenaaa! Muita saúde pra suas pernas, sucesso em seus mil empregos e alegria e novas viagens pra gente esse ano!), onde ela finalmente conseguiu matar a vontade de comer um Camenburger! Depois fomos pra casa, coloquei a Xuxa cantando parabéns no Youtube e cortamos um bolinho chocolatoso que achei no iFood. Que comecem as comemorações!

segunda-feira, janeiro 13, 2020

Kvalvass

O Kvass é uma bebida milenar russa que lembra a cerveja (mais exatamente a cerveja produzida nos primórdios), apesar de ter menos álcool, e que meu irmão descobriu lendo "Guerra e Paz". Durante o recesso, tentamos fazer um pouco em casa. E, apesar do resultado não ter sido maravilhoso (provavelmente falou algo pra melhorar o gosto), segue abaixo o passo-a-passo que seguimos na tentativa de criar uma bebida tipicamente Picagova:

Ingredientes:

3 litros d'água
6 fatias de pão de centeio
1 saquinho de fermento biológico
3 ou 4 colheres (sopa) de açúcar
2 colheres (sopa) de uvas passas
Algumas folhas de hortelã
2 colheres de mel

Preparo:

1.Coloque as fatias de pão numa assadeira e deixe no forno até queimar. Ok, talvez a gente não tivesse que torrar tanto, mas essa é receita pro Kvalvass, ok? Nas receitas de verdade, o pão não pode queimar, senão dizem que a bebida vai sair amarga (o que provavelmente é verdade).

2.Ferva suas torradas queimadas numa panela grande. Depois deixe descansar durante a noite.

3. No dia seguinte, acorde antes da Maria chegar pra limpar a casa (e quiçá jogar sua mistura fora) e filtre esse líquido com um pedaço de pano velho. Adicione na mistura resultante o açúcar, a hortelã, as passas e o fermento. A cor já vai estar ficando bonita a essa altura.

4. Deixe decantando (tipo, não é pra esperar nada decantar, é só deixar "de canto mesmo") por mais um ou dois dias.

5. Agora filtre novamente essa mistura e coloque num recipiente de sua escolha (a gente usou uma garrafa de água de plástico mesmo e criei até um logo pro bagulho ficar mais profissa).

6. Bom, agora se você fez tudo certo ou simplesmente ignorou qualquer aviso e fez tudo no olho (que é o método certo na maioria das vezes), é só esperar gelar. 

Com sorte, sua bebida ficou doce o suficiente pra que você consiga tomar quando não tiver mais nada dando bobeira na geladeira. Todavia, mesmo se não rolar de beber o que você produziu, pelo menos vai ter passado momentos divertidos na cozinha.

Za Zdorovye! (Saúde!)

PS: se estiver procurando pela receita verdadeira é só clicar nesse link ou assistir a um dos vários tutoriais disponíveis no Youtube.


SP: A Selva de Pedra

No nosso primeiro final de semana do ano de 2020 em SP, eu e aManda passamos a noite de sábado assistindo o excelente filme coreano "Parasita", depois de - como de costume - eu passar o dia lendo quadrinhos e jogando Horizon Zero Dawn, exclusivo incrível do PS4 que ganhei no amigo secreto da agência. 
No domingo, pegamos o carro e fomos ate o Zoo Safari, antigo Simba Safari, que não te deixa mais trafegar entre macacos e leões, mas onde ainda é possível entrar com seu próprio carro (ou com uma van deles) pra dirigir pelo meio de vários animais exóticos (como camelos e pavões), que você pode alimentar com uma ração que eles produzem lá mesmo e vendem na porta. Você pode até levar pra casa a caneca bacaninha onde vem a ração, como lembrança do passeio. 
Foi legal assistir a Amanda tomar bicadas de uma ema (cada um com os seus probl...), alimentar uma lhama na mão e ver uma girafa (o mais perto que temos de um dinossauro hoje) a poucos centímetros de distância. 
Por mais bobinho que seja um passeio desses quando já se é adulto, acabou sendo divertido e melhor que só ficar em casa vendo TV como havíamos feito no dia anterior. Voltando pra casa, eu ainda quase atropelo o animal mais raro de todos: o Leão-lobo, comentarista de fofocas, que estava atravessando a rua de casa, provavelmente em direção ao Planeta´s.  

Rexcesso

Esse foi um recesso peculiar. Mesmo tendo feito bastante coisa legal, passei a maior parte do tempo com ódio, por conta de favorecimentos e injustiças que jamais perdoarei. Então, foi com grande desânimo que passei a maior parte desses dias e vou listar aqui somente pra não passar em branco o que houve de destaque entre o natal e o ano novo:
  • Churrasco de batizado do Raul
  • Pistache natalino
  • The Witcher
  • Pôr do sol jauense
  • Busca pelo melhor lanche de vaca da cidade (Casa Grande > Caramano > Baratheon)
  • Umberto Eco
  • Bolo de leite ninho com nutella da Fundação
  • Bote de batata com Manda, Guto & Wella
  • Monopoly Avengers com as priminhas dela
  • Fabrição caseira de Kvas com meu irmão  
  • Genesis do Robert Crumb
  • El puerto
  • Celebração de 10 anos do mochilão c/ Bro e Guto no Armazém
  • Autógrafo do Eric Idle
  • New Super Mario Bros Wii
  • Churrasco no Gustinho
  • Mega Drive
  • Sorvete de panetone
  • Battletoads & Double Dragon com meu bro
  • Bolinhos de carne da Manda
  • Faith no More rolando na vitrola

É isso! =(=