Voltamos da praia convencidos de que seria legal a gente ter um cachorrinho. O Frodo e a Lessandra sugeriram uma raça pequena e boa pra apartamento, e assim, depois de babar pra milhares de fotos de dogs aleatórios no Facebook, acabamos adquirindo uma linda spitz alemã (raça também conhecida como Lulu da Pomerania) la em Bauru mesmo, fazendo assim com que nosso apartamento continuasse sendo habitado exclusivamente por gente do interior.
Pegamos ela com 47 dias de vida (ela faz aniversário pouco depois da Amanda, em 16 de janeiro) e coincidentemente, ela acabou chegando no mesmo dia do casamento civil da minha irmã. Ou seja, a família toda (até meu irmão e minha cunhada) puderam conhecer o bebê dog assim que ele nos foi entregue.
Batizamos ela de Luna, porque era uma bolinha branca que ia chegar pra iluminar nossas noites, depois de passarmos por vários outros nomes como Lana (por causa de Smallville, não da Lana Del Rey) ou Padoca.
E o legal foi que dias antes dela chegar, quando chegou um combo - que tinha uma casinha de transporte, cama (com estampa de vaca, sendo que já tínhamos comprado uma pelúcia de vaquinha antes de ver isso), tapete e bolinha) - a bolinha tinha o nome Luna escrito em um adesivo. Bom, parece que era pra ser esse mesmo.
Nosso pequeno bebê lobo, ursinho de pelúcia, que se comporta as vezes como gato, tem cara de raposa, se esconde embaixo das coisas como um rato, lembra um furão, mas que na verdade é um cachorro já veio até treinada. Nossa bo"a Luna" aprendeu desde que nasceu a só fazer xixi no tapetinho higiênico e faz bastante silencio durante a noite (duas coisas que me deixaram bastante aliviado). Compramos vários brinquedos pra ela (vaquinha de pelúcia, troço de morder e várias bolinhas), mas do que ela gosta mesmo é de orelhas de boi. Uns negócios nojentos que a Petz vende por dois reais, mas que faz a alegria dela.
Uma semana depois da chegada dela, o mundo virou de cabeça pro ar. Não só o meu mundo, o mundo de todo mundo. O Covid-19 chegou abalando a sociedade de formas que ninguém jamais imaginou ser possível e na sexta-feira, minha empresa (cuja matriz é americana) já recomendou que todo mundo fizesse home office.
Alguns dias depois, toda a cidade de São Paulo estava em quarentena.
Azar pra maioria, sorte pra Luna. Que agora tinha a mim e a Manda o dia todo em casa pra brincar com ela. Quase uma licença paternidade canina, sem prazo pra acabar.
E foi assim, que sem querer, nosso doguinho chegou na melhor hora possível. Em um momento de crise, em que estamos presos dentro de casa, mas consolados de que, pelo menos agora, temos uma cachorrinha maluquete pra nos animar.
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