terça-feira, janeiro 13, 2009
PLANETA DOS BOVINOS
Parte1
Foi muita sorte nossa nave ter encontrado um planeta onde pousar. Nós já tínhamos ultrapassado os limites considerados seguros do espaço navegável há um certo tempo. Mas como o capitão tinha ouvido boatos em um bar em nossa ultima parada de que estavam encontrando ouro em alguns novos planetas desta zona inexplorada, quis seguir em frente até perceber que não teríamos combustível suficiente para a volta. Houve uma grande proliferação de naves que buscam planetas que contenham metais preciosos nos últimos anos, desde que acharam diamante em Júpiter. Quanto mais metais preciosos eram encontrados, mais foi investido em tecnologia espacial e mais longe a humanidade chegou no Cosmos. Isso também levou homens mais despreparados começarem a assumir espaçonaves e as estrelas encheram-se de piratas siderais.
Eu era o mais novo tripulante da ´Lucy in the Sky´, pequena nave que eu dividia com uma geóloga, sete mineradores, três mecânicos espaciais, dois engenheiros e um capitão.
Nossa nave caiu em uma praia de areia vermelha, que não era cercada por nenhum tipo de vegetação. Parecia que estávamos cercados pelo deserto. Os mecânicos garantiram que a poderiam fazer com que a espaçonave voasse novamente se encontrássemos no planeta substãncias que eles pudessem utilizar para sintetizar um combustível suficiente que nos levasse até pelo menos o próximo posto de reabastecimento. Sendo assim, todos descemos da nave com nossas roupas especiais e saímos explorar o deserto.
Andamos pouco mais de um quilômetro quando ouvimos algo parecido com um mugido ao longe. O capitão mandou que sacássemos nossas armas e formássemos um círculo. Logo apareceram dezenas de criaturas negras e chifrudas correndo em nossa direção. Parecia que tinham aberto as portas do inferno. Quando a manada se aproximou percebemos que ela era formada por búfalos, touros e bisões que mugiam em fúria e o mais estranho: corriam sobre duas patas. Disparamos nossas armas contra eles e derrubamos alguns, mas isso só deixou os restantes mais furiosos e como eles estavam em maior número, em pouco tempo nos cercaram. Chocaram seus pesados cascos contra nossas cabeças e um a um toda a equipe foi derruba inconsciente na areia.
Acordei nu em um grande galpão cercado por outros humanos, todos absurdamente acima do peso. Não havia ninguém da tripulação no local, talvez alguns tivessem morrido e os que sobraram deviam ter sido levados a outro lugar. Uma fina corrente de ferro prendia meu tornozelo. Minhas costas ardiam e sangravam logo abaixo de meu pescoço. Passei a mão para averiguar, parecia que tinham me marcado com brasa, algum tipo de símbolo alienígena que não pude identificar. Tentei me identificar com os outros humanos mas eles não falavam nenhum idioma que eu reconhecesse. Em resposta a minhas perguntas de onde eu estava ou que pesadelo era aquele recebi apenas chiados e estalos feitos com a língua.Meu destino era incerto.
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