Nessa sexta, voltei com a Manda pra Jau dirigindo, logo depois do carro ter saído do mecânico, onde estava se tratando de um vazamento de óleo. A viagem correu bem, apesar da chuva, e chegamos em casa logo no início da madrugada.
No sábado, almocei com meus pais no rodízio do trevo, que está sempre fazendo rodízio de nome mas continua oferecendo uma gama de opções bastante honesta e diversificada de carnes (principalmente se levarmos em consideração o preço da "favela da Cidade Jardim"). Com três a reais a mais do valor da "comunidade" (27 reais), da pra se entupir de carne, acompanhamentos e doces caseiros na capital do calçado feminino.
A dor de cabeça começou a tarde, quando ao sair pra tomar um sorvete com a Manda, parei numa faixa de pedestres pra uma mulher e uma velhinha atravessarem, e mesmo estando logo depois de uma lombada, o gordinho de moto que vinha atrás de mim se atrapalhou todo, voou por cima do bagageiro e quebrou uma das minhas lanternas traseiras.
Tivemos que passar na delegacia fazer BO (que levou uma eternidade), depois deixei a Manda na casa dela e fui pra casa. Assisti com minha mãe o primeiro episódio de Merlí (outra série espanhola de respeito, agora sobre um professor temperamental de filosofia) e sozinho um pouco de Star Trek. Li Dylan Dog, Bolland Strips e um quadrinho interessante sobre Manaus que o Mutarelli produziu e comprei antes que virasse item de colecionador (os primeiros quadrinhos dele já se tornaram bastante raros e valem mais de 200 reais cada na Estante Virtual, inclusive alguns que paguei menos de dez reais nos sebos por aí alguns anos atrás).
A noite, comi um pedaço de pizza com meus pais e saí encontrar o Gustinho e a Marina no Armazém. Tomamos umas cervejas e provamos a maravilhosa burrata (um queijo mozarela recheado com massa fresca de mozarela e creme de leite fermentado) que começaram a servir por lá. Por um mundo com mais burratas e menos burradas! #badumtss
No dia seguinte, acordei com uma notícia ruim: tinha vazado óleo do carro durante toda a noite. Acompanhei meus pais até a garagem como se estivesse chegando em uma cena de crime: nosso autobot tinha sangrado a noite toda e haviam coberto as manchas do chão com jornais...
Pausa para algumas considerações muito importantes sobre o mundo automotivo:
1. É um absurdo que não exista uma oficina 24h em uma cidade do tamanho de Jaú. Alô mecânicos da cidade, quem quer ter um diferencial?
2. O mundo precisa urgentemente da UNIMEC, que é tipo uma unimed, só que pra carros. Se é um gasto que todo mundo tem, todo ano (ou toda hora?), porque não criar um serviço de assinatura que unifique o atendimento das oficinas mecânicas, criando serviços conveniados e barateando os custos de manutenção pros motoristas?
3. Acho ridículo que as pessoas em pleno século 21 ainda precisem de um guincho pra levar um automóvel de um lado pro outro. Todos os carros deveriam ter alguma peça/encaixe ou coisa do tipo, item obrigatório de fábrica, que pudessem ser facilmente conectado a outros automóveis para que fossem transportados de um ponto a outro livremente.
Bom, passado o susto , os devaneios e a irritação, almocei estrogonofe (com batata palha de verdade agora) com meus pais e assistimos ao filme "Com amor, Van Gogh", uma animação maravilinda, baseada nas telas e nos últimos dias de vida do Vincent, e criada com a ajuda de mais de 100 artistas que literalmente transformaram cada frame do filme em telas do artista.
Ao cair da noite, voltei pra SP com a Manda, de carona, com saudades de ouvir minhas próprias músicas e do conforto que só se encontra em um carro quando se está sentado no banco do motorista.
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