quinta-feira, setembro 17, 2015

Jab! Jab! Direto!

Durante minhas férias e a eterna busca de encontrar novas coisas pra fazer e aprender, acabei chegando por dica do Kev a um lugar incrível e com a mensalidade do tamanho do meu bolso: um clube de boxe no Carrão. 

Uma academia muito bem montada por sinal, com uns cinco sacos (com diferentes pesos), duas bolinhas, todas as cordas, espelhos e pneus que um aspirante a lutador pode precisar e até um ringue! 

E o melhor de tudo, é que tem um professor muito gente boa e dedicado. No primeiro dia, ele pareceu meio marrento e assustador. Eu e o Kev chegamos lá com nossas carteirinhas e exames médicos do clube e ele olhou feio e falou "tem que trazer exame médico de fora, daqui não posso aceitar, porque já deu problema. Um cara morreu ano passado treinando aqui". Ficamos sem fala durante algum tempo, processando a intimidação, até que decidi perguntar "morreu como?" E eis que o professor responde "correndo, era um velho de 75 anos que queria treinar como se tivesse 25". ¬¬

Respiramos aliviados e fomos atrás de novos atestados. "Pode ser até falso mesmo" - disse o professor, enquanto saíamos.

E é assim que no último mês eu tenho ido pelo menos três vezes por dia treinar jabs e cruzados e suar (muito!) em busca de me tornar um lutador de boxe de verdade! O professor, que no começo parecia marrento, na verdade é muito gente fina e tem realmente vontade de ensinar. Ele tem paixão pelo esporte, não nega novos alunos e realmente demonstra acreditar que o boxe é pra todos. 

O cara um dos melhores professores que já tive, e tenho curtido de verdade as aulas. A academia fica só a meia horinha de metrô, e ainda me dá a chance de correr no clube (ou seja, não preciso esperar a noite cair e a vontade também pra ir pro minhocão).

Já comprei até um par de luvas, depois de descobrir que esse é o tipo de coisa que você não deve emprestar de ou para ninguém. Na primeira vez que usei luvas emprestadas saí com um "chulé de mão" tão forte, mas tão forte, que parecia que eu tinha masturbado um mendigo. Bom, resumindo: boxe é do caralho e eu quero é ROCKY!


quarta-feira, setembro 16, 2015

FDSemana Gastronômico

Meus pais vieram pra SP esse final de semana, ou seja, hora de comer bem em lugares que não costumamos frequentar. 

Sábado eu e a Manda fomos encontrar minha mãe (meu pai estava num evento da APM) no shopping Higienópolis (que só visitamos quando eles vem pra cá) e acabamos indo de McDonalds mesmo. Passei mal graças a um início de gripe, mas pelo menos deu pra dar um rolet geral e conhecer a coleção de bonecos do novo filme de Star Wars. Saindo de lá, me entupi de remédios e dormi muitas horas pra tentar me recuperar.

Ainda com a cabeça meio zonza, jantamos deliciosas pizzas salgadas no "Gato que ri" (vizinho do segundo apartamento que dividi com a Amanda) e depois pra sobremesa fomos comer pizza de chocolate com morango na Bella Antonia (pois é bro, meses depois e nossa sista ainda não superou a pizza de maçã com canela), pizzaria vizinha do primeiro apê no qual dividi meu pequeno fundo com a Manda.

Domingo de manhã, já acordei melhor. Meus pais nos visitaram e meu pai mais uma vez atuou como faz-tudo, colocando uma tela de proteção na lavanderia e suporte pra cortina no quarto de visitas. No almoço, fomos conhecer o Roperto (com p mesmo), uma cantina italiana macanuda do Bixiga (onde comemos uma ótima lasanha). E saindo de lá, fomos conhecer a Confeitaria Dama e suas mil folhas (contei menos) de creme, doce de leite e bombas de café (a Manda gostou tanto que comeu até o grão de enfeite =b).

quarta-feira, setembro 09, 2015

O feriado do binge-watching

O que fazer num feriado chuvoso com pouca grana no bolso? Parte do novo fenômeno mundial: o binge-watching! Nunca fui fã de maratonas, tenho défct de atenção e ficar mais de 20min em uma só série costumava ser um suplício. Mas graças ao Netflix (que retira todas as dificuldades do download ilegal como ter que procurar por episódios, downloads decentes e legendas) podemos desfrutar de temporadas inteiras facilmente. As maratonas (que nos canais a cabo se tornavam cansativas graças ao excesso de comerciais) vieram pra ficar, e com elas surgiu a expressão "to binge-watch" que significa “assistir de uma vez só" e se origina de binge, que no inglês indica uma ação de consumo em excesso, de fazer muita coisa num curto espaço de tempo. 

E foi assim que em um final de semana, eu e a Manda (que é mais adepta dessa moda do que eu) terminamos a primeira (e excelente) temporada de Narcos e já estamos quase matando a segunda temporada de Hannibal.

E aí está outra vez eu mordendo a língua. Eu costumava ser contra transformar filmes em séries. Afinal, pra que assistir uma série se eu já sei o final da história? Spartacus calou minha boca. O seriado era muito bom, e depois de quatro temporadas, acabou comigo querendo mais.

E mesmo já tendo assistido aos quatro filmes do Sr. Lecter e curtido demais todos, num primeiro momento eu fiquei contra a série. Mais uma vez eu estava enganado. Um personagem bom e uma boa trama conseguem durar diversas temporadas sem problema algum e os detalhes acrescentados pra fazer a história fluir são deliciosos: os pratos que ele cozinha com carne humana são lindos e dão água na boca, as cenas do crime que ele pinta são foda demais e os próprios joguinhos mentais psiquiátricos entre os personagens são muito bem elaborados. Sendo assim, que venham Fargo, Pânico e muitas outras!

No mais, foi uma boa semana. Engarrafamento e cervejinha com o Ed na segunda, uns litrões com o pessoal do Mackenzie na quarta, livrinho do Mutarelli pego na biblioteca (Nada me Faltará, kapsa), aulas de boxe quase todo dia, caminhada com a Manda, Very e o Vyc no domingo (primeira vez que a mandalena anda até o final do minhocão, só pela força da fofoca) e no dia do feriado ainda conhecemos a ótima sorveteria da Bologna na Augusta. Great Success!

Exemplo de uma cena de crime em Hannibal:

terça-feira, setembro 01, 2015

Mestre Cervejeiro

Quarta-feira retrasada fiz mais uma das coisinhas que tinha programado pras férias, mas que acabou sendo adiado por questões de agendamento: um curso de mestre cervejio! 
Nada mais justo do que conhecer o processo de fabricação de minha bebida favorita, e porque não, tentar até reproduzi-lo algum dia (depois que os materiais necessários e ingredientes forem adquiridos, é claro)?

Fui junto com o Ed Carona, conhecer os fundos de um bar perto de meu antigo ambiente de trabalho na ESPN. Chegamos as 19h e a aula, muito produtiva por sinal, terminou só depois de 23h30.

O professor é um show a parte, meio marinheiro Popeye misturado com Dr. House, o velho putão e boca suja, que dá aula enquanto vira vários copos de birita, solta pérolas como "Se eu tivesse que usar luva, parava de fazer" ou "Puta que pariu, claro que precisa dessa merda! Se quiser jogar rapadura ou queijo branco depois joga". 

E nada melhor do que isso pra te convencer de que "se ele consegue, eu também consigo". Sério, produzir essa bebida dos Deuses é muito mais fácil do que parece! Praticamente um cafézão!

Modo de preparo segundo minha memória:

1. Moer o malte (não muito grosso nem muito fino)
2. Botar pra ferver em um panelão de 10L entre 65 e 70 graus por 50min usando um "filtro esparadrapo"
3. Testar o iodo
4. Filtrar em baldes (tirando o filtro da panela e passando pros baldes) e ir renovando o líquido da panela
5. Jogar o fermento, cor e gosto e botar pra ferver a 100 graus por mais 50 min
6. Tirar do fogo e botar o panelão pra esfriar numa bacia grande com gelo (fica bom a hora que o bagulho do meio já tiver descido - ou desaparecido da superfície, não estiver mais saindo fumaça e a água não estiver quente)
7. Passar pra outro recipiente só o líquido.
8. Botar o bagulhinho na tampa do recipiente pra ver se está tudo ok com o nível alcoolico
9. Deixar o recipiente de boas por uns 10 dias.
10. Abrir o recipiente e jogar uns 100 ml do que sair primeiro fora.
11. Encher uma garrafa de 600ml.
12. Jogar um saquinho de 5g de açúcar.
13. Fechar com tampa a garrafa e garantir que a tampa não gire.
14. Aguardar mais 20 dias
15. Abrir e se divertir!

Nessa segunda voltei lá fazer os passos 10 e em diante. Fiquei realmente animado com a possibilidade de produzir minha própria cerveja. Só tem um único porém. O mesmo limitador de sempre: grana. 

Comprar todos os materiais (e principalmente os ingredientes) não fica barato, então talvez eu precise juntar um caixa antes de começar a brincar com isso. Do jeito que o preço da cerveja (principalmente cerveja boa) tem subido ultimamente, talvez seja a única opção. :)

O velho General, culinária jauense e a tropa do Escobar

Sexta eu e a Manda voltamos pra Jau, e sábado pela manhã já estavamos na estrada novamente, a caminho de Bauru pra ela renovar a CNH. Muito bom saber que tem coisas como o Poupa-Tempo que funcionam, e me senti bem a vontade dirigindo na estrada e dentro de Bauru, o que é sempre bom também.

Almocei com meus pais no Zezinho, tirei um cochilo, li um pouco, assisti qualquer coisa na Netflix. Tomei uma cerveja com meu pai, jantei um x-bacon dos Stannis com a Manda, e a noite, depois de umas caipirinhas do rei, fomos pro grande evento do final de semana: uma balada no General. Sim, não estamos mais em 2002, mas foi pra lá que nós fomos graças a uns convites na faixa que o Foggy descolou. Tinha até vodka a vonts

Chegamos "cedo" (meia noite e pouco) e foi meio triste ver só crianças juvenis ao redor enquanto banda nenhuma começava. Me senti velho demais pra esse tipo de coisa, o que é um sentimento que não curto muito. Mas pouco depois o Foggy chegou e já me senti um pouco melhor. Acho que nunca frequentei o General pelo que ele era, pelas bandas ou pela bebida, mas sim pelos amigos que sabia que encontraria por lá. O que deixa tudo mais triste ainda: o bar é o mesmo de uma década atrás, mas meus amigos (ou não) agora estão dispersos por aí e não sei mais onde encontrá-los. 

De qualquer forma, foi uma noite diferente, e parte de mim se sentiu mais jovem por chegar as três da manhã em casa e portar um novo cartão (que é igualzinho aos antigos) do General no bolso.

No domingo, almoçamos o delicioso peixe à indiana no ìtalo, cochilei, jantei com a Manda um copo (kapsa) de mini coxinhas e um pão de mel trufado da doceria Renata (clássico). E junto com meus pais, fechamos a noite curtindo a estreia da nova série "Narcos" (que é realmente do caralho, bem no esquema "Tropa de Elite", como já era esperado e uma puta aula de história sobre a Colômbia).