Ah, féeeeerias! Tanta coisa diferente pra fazer que mal tive tempo de escrever o que estava se passando. Bom, vamos ver até onde minha memória alcança. Na segunda-feira passada, primeiro dia de liberdade, encontrei um clube municipal. Sim, em SP esse santo graal existe! Um lugar onde você pode nadar, jogar e aprender esportes totalmente de graça, escondido bem a vista, bem ao lado do metrô (que não vou revelar, pra não popularizar demais hehe). Fiz minha carteira, exame médico e treinei na academia a céu aberto. Visitei uma exposição do Kandisnky no CCBB, Jantei com a Manda, corri no minhocão. Depois de passar a terça lendo, passeando no centro e assistindo TV, quarta de manhã eu já estava na primeira aula de tênis em uns dez anos, e que saudade que eu tinha desse esporte!
Quinta feira, o negócio começava a ficar sério. Logo cedo, eu e a Manda pegamos um taxi (caríssimo, como tudo na maldita e maravilhosa São Paulo) pro aeroporto de Guarulhos. Demos um rolet por lá, tomamos um café no Starbucks, imprimimos nossos cartões de embarque com ajuda do pessoal da CVC e então era só esperar o embarque no horrível e apertado avião da Gol, que faz com que os ônibus pareçam artigo de luxo. Chegamos em Foz do Iguaçu logo depois no almoço, fomos levados a Premium Churrascaria, onde comemos um delicioso rodízio (bife de ancho e picanha com alho sensacionais), depois conhecemos nosso hotel (o Turrance, muito bom também) e demos uma descansada. As cinco horas da tarde, nosso transporte passava nos buscar para conhecer o Duty Free Shop Puerto Iguazu, na divisa com a Argentina.
O lugar é gigante, e tem muita coisa boa. Mas o preço não é tão bom assim. Culpa do dólar, ou da dilma, a maioria das coisas estava tão cara que mais compensava comprar no Brasil mesmo. Compramos pouquíssima coisas e saímos de lá um pouco decepcionados. Pelo menos, triste eu não saí, afinal tinha degustação de diversas bebidas sensacionais (vodka grey goose, jack daniels tenesse honey, etc) que eu nunca tinha provado e foi divertido ver a Manda brigando com os cálculos e conversões de dólar pra dinheirinhos (pesos argentinos) pra dólar e de dólar pra real e vice versa.
Pouco depois de 21h já estávamos no hotel, e deu tempo até de passar conhecer a Imperio (também conhecida como "madruguinha"), onde fomos tomar uns sucos (mandys) e cervejas. Um litro de skol, um litro de suco e um x-salada deram uma conta de R$ 21 reais, que com o desconto da garçonete, acabaram ficando por R$ 20! Vinte reais uma conta, caralho, fazia tempo que eu não via isso! Sucesso!
No segundo dia de viagem, madrugamos. Praticamente abrimos o café da manhã do hotel (maravihoso por sinal) e ainda assim não foi cedo o suficiente. Quando o guia passou nos buscar, nem tinha penteado o cabelo ainda. Nossa primeira parada era a
usina de Itaipu ("pedra que canta"), que é um passeio bem dispensável, pra dizer a verdade. Lá só tem um vídeo institucional de dez minutos (que puxa o saco da empresa, até o dia em que ela seja exposta como a Petrobras, quebrada em meio a uma piscina de corrupção) e umas paradas pra tirar fotos. Fotos na frente de uma barragem fechada de concreto. Talvez por dentro seja divertido, por fora é Kapsa total.
Pelo menos saindo de lá, fomos pro Paraguay! Ali sim, um lugar bom pra fazer compras! Tudo muito barato que no Brasil, mesmo com o preço do dólar batendo lá na lua! Dá realmente vontade de voltar um dia que a situação econômica (do país ou a minha) esteja mais favorável. Altas bebidas, perfumes e quinquilharias. Fellas vendendo meias pelas ruas como se você estivesse numa 25 de março ainda mais pobre e suja! Armas de choque, remédios ilícitos! Lá tem de tuto! Demos um rolet pelas barraquinhas, conhecemos o bom (e caro) Monalisa, e fizemos nossas compras no shopping Del Leste, ali do lado da fronteira mesmo, que tinha os preços mais atrativos e os vendedores aparentemente mais confiáveis. Almoçamos num árabe (shwarma! ficamos sabendo que Foz é a segunda maior colônia de árabes do país, perdendo só pra sampa mesmo), a Manda jogou numa máquina caça-níquéis do cassino, fizemos muitas compras, tomei cerveja importada gelada a preço de banana, agora as coisas legais estavam começando! O pessoal da excursão ainda ia dar um tempo por lá, então pegamos um taxi mesmo e seguimos até o Parque das Aves, tínhamos pouco tempo e muita coisa pra ver!
O parque é realmente um lugar diferente. Não é todo dia que você pode entrar na jaula junto com os animais e ter tucanos, araras e periquitos sobrevoando sua cabeça e pousados bem ao seu lado. Tantas aves, tantas cores. E a Manda conseguiu ser atacada por uma ave estranha do tamanho de um peru. =b
Voltamos de bus pro Hotel (que ficava praticamente na Av. das Cataratas, então tava bem próximo de tudo), economizando uma boa granda de táxi, jantamos mais um vez no "madruguinha" (24 reais!), tomei uma deliciosa paleta mexicana de pão de mel no hotel e depois provamos uns bons drinks do atencioso barman local. Ele tinha uma receita própria de marguerita com curassau, que realmente não dava pra não provar com os preços super baixos do boteco.
No terceiro dia, já estava tão acostumado a acordar cedo, que praticamente acordei sozinho por volta de 6h30 da matina. Tomamos um café da manhã reforçado no hotel (pão de queijo com presunto, bolinhos e hot dog) e logo uma van passava nos buscar pra nos levar até o lado argentino das cataratas, mais especificamente pra dentro do Parque Puerto Iguazu. Nosso guia seguiu pro lado brasileiro (mas optamos pelo argentino por ouvir histórias de que era mais rootz), então quem nos acompanhou foi um chatosão não tão gente fina quanto o primeiro Joseph Luigi, mas o passeio valeu realmente a pena. O parque tinha trilhas, kuatis, macacos e aves passando do nosso lado e até um trenzinho que levava a gente até pontes gigantescas que passavam acima do rio.
A
"garganta do diabo" é uma puta vista do caraaaalho! Que lugar lindo do cacete. Daqueles que te faz se sentir um minúsculo nada dentro do pálido ponto azul. Uma queda em forma de U, tem 82 metros de altura, 150 metros de largura e 700 metros de comprimento, é a mais impressionante de todas as cataratas e marca a fronteira entre a Argentina e o Brasil. Ficamos lá quase uma hora sendo banhados pela cachoeira, e observando essa puta queda gigantesca d´água num buraco maior ainda, que também é repleta de centenas de borboletas das mais variadas cores, que obviamente vão escolher pousar nas pessoas que mais tenham nojo delas. Da vontade de pular. Sério mesmo. Vai que tem um mundo encantado mágico e secreto escondido lá em baixo...Bom, voltamos de lá e pegamos um trem até o restaurante (que era caríssimo, então ficamos mesmo só no Freddo, tomando umas batidas de maracujá com morango e comendo uns alfajores de sorvete). Lá dentro do parque também tinha um cara que esculpia rostos de Jesus em pedaços de araucárias muito bonitos.
Voltamos com o chatosão, tomamos um banho e procuramos por um lugar pra jantar bem (já que tínhamos pulado o almoço) e acabamos encontrando uma das melhores hamburguerias que já visitamos chamada Rockers. Pão de hamburguer crocante, carne recheada com queijo, milkshake de jack daniel´s, coisa linda e com um preço bem mais em conta que São Paulo! Ainda deu pra ir pra lá andando e passar por perto de todas as grandes choperias da cidade, nosso hotel era realmente próximo de tudo!
Chegando no hotel, fomos nos despedir do bar. Tomamos caipirinhas de limão e kiwi (6 reais mano, muito barato!) e meio litro de pinã colada servida dentro do abacaxi (por pouco mais que dezlão!). Sucesso!
A princípio, pensamos que nem daria pra conhecer nada no quarto dia, já que nosso ônibus sairia na hora do almoço e não sabíamos que horas o traslado da CVC passaria nos buscar. Mas os caras foram tão gente fina que quando dissemos que queríamos conhecer o Museu de Cera, designaram só pra nós dois um novo guia que nos levou de carro até lá, esperou que dessemos um rolet lá dentro e ainda nos deixou depois no aeroporto! Não que o museu seja um lugar que eu recomende. A qualidade de muitas das esculturas é duvidosa, a luz é péssima pra fotografia e as melhores fotos (como por exemplo, um cenário montado de ponta cabeça, pra você sair na foto com o Homem-Aranha) são cobradas a parte do ingresso (que já é caro, R$ 40, ainda bem que pago meia!). De qualquer forma, foi bom aproveitar pra ver mais uma coisa diferente.
Chegamos 3h antes do horário do nosso vôo e fomos logo tentar despachar as malas, o que nos deu uma puta sorte. Nosso avião estava com overbooking, então ofereceram se a gente não queria sair num vôo mais cedo da Tam. Aceitamos e voltamos pra casa em um avião mais espaçoso, que serviu até lanchinho (bebidas e torradas) e chegamos em casa bem mais cedo, basicamente na hora que nosso vôo programado deveria sair de Foz! Do vôo ainda deu pra ver até uma vista aérea das cataratas e do mar, já que o piloto acabou fazendo um desvio por Santos. Almoçamos no Carl Jr´s do aeroporto (bem mais kapsa do que o do Kansas), pegamos um bus do aeroporto até a praça da república e arrastamos nossas malas até nosso apartamento. Ah, que delícia tomar um banho quente e capotar em nosso próprio sofá! Como é bom viajar!