Às catacumbas
Do deus Serpente
Silenciosa e ritmada
de passos lentos
Uma multidão
Com mais de mil detentos
Como sonâmbulos deslizamos
Cada vez mais fundo
Para o centro do mundo
Pagamos o dízimo
Desviamos de seus seus dentes
Nos amontoamos como insetos
No colo de seu ventre
A criatura brinca
Com nossa auto estima
E quando termina
Nos cospe para cima
O que sobra é o pó
É a casca
É osso
É nada
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