segunda-feira, dezembro 23, 2013

TOP 10 - 10 Seriados pra assistir antes de morrer

Sem ter o que fazer nas férias?

TOP 10 - Seriados pra assistir antes de morrer

1. Buffy - A caça Vampiros
Buffy tem personagens fortes, roteiro divertido (ora recheado de cenas de ação, ora comédia), as melhores maquiagens de monstros já vistas na TV aberta e foi criada por ninguém menos que Joss Whedon, o cara que dirigiu Vingadores. A variedade de personagens (lobisomen, vampiro, bruxa) e a maleabilidade deles (uma hora seu pior vilão pode se tonrar seu amigo, no melhor estilo Marvel) é sensacional e teve até um episodio musical. Meu seriado favorito até hoje.



2. Monty Python´s Flying Circus
Non sense é a coisa mais linda do mundo. Dizem que as coisas mais engraçadas são as que nos lembram como a vida é de verdade e a vida nada mais é do que uma grande profusão de fatos sem sentido. A união dessas 6 mentes genais faz desse seriado dos anos 70 a comedia mais genial da TV. Assista e terá algo completamente difente...



3. Lost
Muita gente xingou, chorou e criticou. Mas eu adorei esse seriado, mesmo em suas ultimas temporadas. Foi o primeiro seriado mainstream a utilizar dezenas de personagens e os flashbacks que davam background pra suas histórias também foi algo do caralho. Gostei até do final, não que eu busque muito sentido nas coisas.



4. Friends
Chandler, Monica, Joey, Phoebe, Rachel, Ross. Essas seis pessoas me influenciaram mais que muita gente da vida real. Chorei quando terminou e ainda sorrio sempre que os vejo.



5. Scrubs
Comédia sobre um grupo de estudantes de medicina (posteriormente medicos) que teve quase 10 temporadas, mas quase ninguem conhece. A trilha sonora é linda, as lições de vida sempre foram muito válidas nos momentos em que as recebi e as piadas não tinham limites. Infelizmente, nunca teve o reconhecimento merecido no Brasil.



6. Spartacus
I AM Spartacuuuus! Sangue, violência, mutilação, intrigas, gostosas seminuas e um pouco mais de sangue jorrando, em câmera lenta. Não é segredo que 300 é um dos meus filmes favoritos, e enquanto Spartacus passava na tv, em suas 4 temporadas, foi sensacional ter uma dose semanal de qualidade de ação.Dessa ainda vou comprar o box!



7. Sons of Anarchy
O filho do fundador de uma gangue de motoqueiros tem que lidar com as intrigas entre seus amigos e a possibilidade de que o novo líder do clube assassinou seu pai. Um seriado sobre amizade, trafico, e intrigas policiais, cheio de ação e bom rock n roll, no melhor estilo faroeste californiano. Quem mais se fode, obviamente, são os filhos dos protagonistas, que perdem parentes e a possiblidade de um futuro feliz, pouca gente entende que eles são na verdade, os filhos da anarquia.


8. The Office
Quanto mais próximo meu ambiente de trabalho é daquele apresentado pelo seriado na Dundler Miffin, mais feliz eu fico. Os personagens desse escritório se divertem demais e confesso que foi um dos poucos que me fez chorar, literalmente, de rir. Thats what she said.


9. Alias
Esse seriado de espionagem de um 007 mulher foi criado pelo mesmo criador de LOST, mas diferente de seu sucessor, neste ele soube amarrar perfeitamente o roteiro até o final. A trama de uma agente do bem infiltrada numa agencia do mal, que na verdade é uma agencia do bem (ou algo assim) que vive atrás de algumas invenções perdidas de um gênio tipo Da Vinci é muito inteligente.

 ]
10. That 70´s Show
Outra comédia sobre um grupo de amigos, mas talvez até mais próxima da minha realidade jovem na época colegial em que eu a assistia. Bebida, hqs, Star Wars, boa música e fumaça. Uma série sobre a adolescência. A deles, a sua, a nossa.


 Obviamente também merecem menções honrosas  House Breaking Bad, Star Trek (a série clássica) e Battlestar Gallactica. Mas o Top 10 Gustt é esse mesmo.

Boa televisão!

Final de semana degustativo

Esse final de semana fiquei em Sp por conta de trabalhar na segunda feira, véspera de natal e sendo assim, não compensava voltar pra Sp no domingo, pra ir embora na segunda feira a noite. Mas foi legal que minha família tava por aqui, já que na sexta, foi a colação de grau do meu bro, e saindo de lá (depois de muuuitas horas de colação, discursos kapsa e atraso de 1h pra começar e 6 turmas de comunicação pra receber diplomas). E assim, foram dias de comer, e principalmente beber, muito bem.

Saindo da colação, fomos comemorar no Karavellis, pubzinho burguês da nova marca de cervejas do Seu Jorge. Se ele já foi humilde um dia, seu bar não dá nenhuma indicação disso. A cerveja até que é boa (se você optar por uma Indian Pale Ale e não por uma mais fraca), mas as porções são um furto. Minúsculas (se você comer sozinho, ficará com fome) e caras, não são a melhor opção pra se jantar em família. Até a porção de amendoim custa R$8. Tivemos que sair de lá e passar no Piola, logo atravessando a rua, pra fechar a noite com algumas pizzas, já que todo mundo saiu de lá com fome.

Já no sábado, conheci um puuuta restaurante, o Rota do Acarajé, que tem a melhor carta de cervejas que já vi (provamos várias nacionais muito boas: Coruja, Mula, Dama, de diversos sabores) e ainda comi acarajés, peixe frito e a melhor moqueca de peixe que já comi na vida. De sobremesa, bananas com canela e um delicioso bolo de cocô e manteiga de garrafa. Saindo de la, só nos restava dormir como uma boa família de ursos. A noite, fomos assistir Ender´s Game, um filme que juro que não entendi a que veio e que tem um final completamente desnecessário. Desperdício de bons atores e de efeitos especiais.

Domingo, mais peixe. Minha tia nos levou num restaurante escondido próximo da Angelica, que apenas idosos frequentam, mas que serve uns camarões bem grandes.  Entre uma cerveja e outra, eu e meu irmão comemos um bobó de badejo que até que  era bom, mas nada espetacular comparado ao do dia anterior. E poucas horas depois, meus pais já estavam voltando pra Jau e eu voltava pro Universo Marvel 616. 

Esse final de semana também marca algo importante, foi meu ultimo fds em SP morando no apê da família, que a partir do ano que vem passa a ser o apê da minha irmã. Então foi bom ficar um pouco por lá, de boa na lagoa, me "despedindo" dele. Tomando uma cerveja com a vista que logo não será a mesma e lendo umas hqs nesta luz e ares que me acompanharam por tantos anos.

E pensando que em breve será a hora de ter meu próprio pedaço de céu. No interior, as pessoas compram seu pedaço de terra pra viver, em SP não tem mais terra pra ninguém, mas ainda tem uns pedaços de céu a venda ou pra alugar. E em breve será hora de ter o meu (diz a lenda que a bolha imobiliária da capital estoura ano que vem, e torço demais por isso).

Nicholas Was ...

Como ja virou tradição, mais uma vez posto meu conto favorito de Natal (do mestre gaiman), agora transformado em animação:

terça-feira, dezembro 10, 2013

A teoria do catchup

Tem um livro chamado "Porque os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor!" que eu li há muitos e muitos anos atrás, antes mesmo de saber o que era mulher. Meu pai adora esse livro e o recomenda sempre que um paciente pede a a indicação de algum livro. Na verdade é um livro que fala pouco de sexo, e muito de evolução.É uma leitura rápida e agradável, cuja idéia máxima é a de que não importa o quanto pensamos que somos evoluídos, por baixo de nossos ternos e de toda nossa tecnologia, não passamos de homens das cavernas. E tudo que podemos fazer é obedecer nossos instintos.

Daí vem minha teoria sobre o catchup. Acho que as pessoas (eu inclusive/principalmente) só colocam catchup (ou qualquer tipo de molho - de tomate, branco, rosé) em suas comidas porque isso lhes lembra sangue. E um alimento com sangue, parece mais fresco, mais delicioso, subconscientemente. Uma coxinha sem catchup simboliza uma coxa de frango. Uma coxinha lotada de catchup e maionese, simboliza uma coxa de frango muito mais suculenta, coberta de sangue e pus, como um bom homem das cavernas apreciaria.


segunda-feira, dezembro 09, 2013

The eye of the tiger - A saga

Prologo
Eu tenho aflição com olhos. Sabe aquele filminho que passava na cultura "cade o leo", onde um garoto entra em sua maquina de lavar roupas pra procurar seu leão de pelúcia? bom, eu sempre tive medo do monstro de olhos, um fantoche horrendo que tinha varios olhos caindo pelo corpo. Adorava o Shyriu em cavaleiros de zodiaco, mas desisti de "ser ele", porque ele ficava sem enxergar metade do tempo. Não uso lentes de contato porque nao consigo encostar nos meus proprios olhos (e coitado do medico que tentar). Tenho aflição com olhos, principalmente os meus.

A Burocracia - parte 1
Eis que então na semana acordei numa bela manhã de segunda feira com o olho terrivelmente vermelho. Meu olho nao parava de acumular ramela, estava preocupado. Fui pro hospital correndo. Estava sem minha carteirinha da Unimed, tinha o número anotado no celular, mas tinha esquecido a carteira em Jau. No pronto socorro, me deram o telefone pra eu ligar pra unimed porque como eu só tinha o numero, era preciso autorizar a consulta. 0800. Gravações. Espera insuportavel e quando parece que vou ser atendido, a gravação volta pro início. Desisto. Se for pra perder meu tempo esperando, espero na fila do SUS.

O atendimento publico - parte 1
No SUS, só pedem meu RG, e me colocam numa fila atras de umas 15 pessoas, todas precisando do oftalmologista. Aguardo por quase uma hora. Um médico, provavelmente ainda estudante, me chama. Assustado ao olhar pro meu rosto sem óculos escuros, ele me receita um colírio pra lágrimas e receita compressas de gelo e me da um atestado de quatro dias. Deve ser um virus comum de conjuntivite, se não melhorar em 04, voce volta, ele diz.

A espera
Volto pra casa, passo o dia sofrendo, com o olho ardendo de quente, e ficando cada vez mais vermelho. Ligo pro meu pai, ele diz que não dever ser viral, que deve ser uma bacteria e me receita um colírio com antibiótico. Mas a farmacia não vende tal colírio sem receita. Tenho que correr de volta pro hospital. A essa hora, estou dez vezes pior do que estava de manhã. Tento mais uma vez o atendimento particular. Meus pais insistem em pagar a consulta.

A burocracia - parte 2: 
Chego na triagem do pronto socorro da Santa casa, e digo que vou pagar a consulta porque realmente preciso urgente de um medico. A consulta custa a bagatela de R$ 370 reais. A enfermeira da triagem faz uma ficha ligando minha senha de atendimento (036) a uma pessoa errada. Fizeram o contrato me cobrando(que tem que ser feito antes de eu ser atendido) com o nome errado. Peço pra que acertem o detalhe depois, meu olho esta ardendo. A enfermeira não consegue vincular a senha correta a minha ficha, nem alterar os dados. Perco 50 minutos discutindo que tenho pressa. Quando ela finalmente consegue acertar a ficha certa, sou levado até o médico. Ele olha meu olho e diz "nossa, está bem feio isso aí, mas não sou oftalmologista, melhor você passar no SUS". Ok, eu perdi meu tempo aqui metade da noite, insistindo em pagar uma consulta pro médico dizer que não pode fazer nada.


O atendimento publico - parte 2
Volto pro SUS, tenho que fazer um novo cadastro. Mas consigo usar minha carteirinha do mackenzie pra isso. Santo SUS. Eles supostametne tem um oftalmologista de plantão. Corro pro 2o andar do Conde de Lara. Tem quatro pessoas esperando sentadas em frente uma porta fechada. Eles me indicam que devo colocar minha ficha na parede. Espero 40min. Não vejo ninguem ser chamado. Pergunto se algum deles viu alguem ser chamado. Não. Abro a porta, e onde deveria haver um medico, nao ha ninguem. Começo a abrir todas as portas fechadas que vejo na frente. Acho uma enfermeira. Pergunto onde esta o oftalmologista. "Ah, ele não fica aqui. Se tiver paciente, o segurança tem que passar um rádio chamando ele". Falei que tinha muita gente esperando. Desço revoltado falar com o segurança. Ele diz que não é trabalho dele chamar o medico. Eh da assistente social e liga pro chefe dele contando minha historia. 15min depois o medico chega. A essa altura não sei estou mais puto com a inercia do medico, com o segurança, as enfermeiras ou com os proprios pacientes bunda moles que simplesmente esperavam sem nem saber se teria alguem ali para atende-los. Um médico (outro estudante provavelmente) fala que eu tenho que esperar mais, falei que piorei muito, ele não se importa. Peço pra receitar o remedio que meu pai recomendou. Ele pergutna se ele eh medico. Sim. Oftalmo? Não. Da uma risadinha escrota. Pede pra eu esperar e voltar depois de 4 dias, as vezes, demora ateh 3 semanas pra sarar uma conjuntivite ele diz. Doença nos olhos dos outros, é refresco.
Meu pai pede pra eu voltar pra Jau, acho melhor nao, porque tenho que voltar logo a trabalhar.

O especialista
Saio de lah consternado, amaldiçoando o atendimento pros meus pais e pra Amanda que estão comigo no celular o tempo todo. Meus pais conseguiram nesse meio tempo uma clínica especializada, que pode me atender apenas com o número da Unimed. Ja é meia noite, e minha irmã me acompanha de taxi até o hospital de olhos. O plantonista, outro jovem (cade os oftalmos experientes, inferno??) me atende. Diz que em 90% dos casos é viral, que eu tenho mesmo que esperar e que conjuntivite é o tipo de coisa que se cura sozinha. Receita outro colírio, mais caro, mas com a mesma função: lubrificar o olho. Desisto, com tanta gente insistindo que não é nada, o negócio é esperar.

A espera - parte 2
Passo a 3a feira toda vegetando, dormindo porque ficar acordado é insuportavel. Fico no escuro, mal consigo abrir o olho esquerdo. Na quarta feira de manhã, acordo ainda pior. Meu olho está vermelho de sangue, e eu choro ramela. Nunca fiquei tao nervoso. 

Um medico de verdade
Ao meio dia, pego um onibus pra Jau. Calor insuportavel pra quem esta com um olho super quente e ardendo. 5h40 de viagem. Vou a todo momento lavar meu olho no banheiro do busao. Ao chegar, minha tia ja conseguiu marcar um oftalmologista que me atendesse. Não é aquele que sempre me atende, mas este pode me ver imediatamente, enquanto o outro só tinha horario pra tarde do dia seguinte. Quase desmaiando da viagem, sou levado pela minha mãe até o médico, que reabriu o consultorio pra minha consulta e está me aguardando. A secretaria pergunta se tenho unimed. Digo que sim. Ela fala pra eu ir ver o médico, que depois eu passo falar com ela. o médico examina meu olho. Diz que meu caso é sério. Me receita remédios por boca (nada de cerveja no fds =[), um colírio mais forte que tem antiinflamatório e antibiotico (como meu pai havia sugerido, dias atrás) e pomadas pra passar antes de dormir. Ele até da as pomadas e um colírio (que eu havia comprado por quase 40 reais), de graça. Falo que esqueci (como sempre) a carteirinha da unimed, ele marca um retorno pra dali 2 dias e diz que posso passar a carteirinha outro dia. Começo a me medicar nessa noite e na manhã seguinte, já acordo melhor.

De castigo sem hqs, tv ou cerveja
Passo quinta e sexta em Jau, mas trancado no meu quarto no escuro, ouvindo discos e mp3. A essa altura já consigo abrir o olho, mas ainda dói usá-lo. Vejo a Amanda, mas a distância, e não temos muito o que fazer nem para onde ir. No final de semana, bebemos muito suco, tomamos sorvete e comemos no Mac (sem cerveja, comida é nossa unica alegria). Mas a melhora é constante, a hemorragia vai passando, meu olho se recupera. No domingo, já é difícil saber qual dos olhos estava doente. A Amanda ja adquiriu uma conjuntivite psicológica. Deus, obrigado! Como é bom enxergar! Como é bom ter um pai que, a 300km de distancia, identifica sua doença melhor que qualquer um! E que fique o aviso pra Unimed (que podia muito bem ter um atendimento telefonico melhor), pra Santa Casa da misericórdia e pro Hospital de Olhos de São Paulo: estou de olho em vocês, com meus dois olhos bons!


A arte de comer (em Bariri!)

Se tem uma coisa que o Boi sabe fazer eh comer. Eh um mestre nas artes da comida e da engorda. E ele prova isso todo final de semana. Seja fazendo a carne mais gorda (e deliciosa) do mundo na casa dele ou encontrando lugares novos, como ele fez nesse final de semana aqui. Sabado a noite, eu a Manda fomos com ele e a Lais pra Bariri, no rodizio da Pizzaria do Rubinho. Eu nao sabia nem que em Bariri tinha pizzaria, muito menos um rodizio tao maravilhoso. Pense em qualquer pizza possivel e ela estara no cardapio. Serio. Fora todos os sabores tradicionais, comi pizza de Bacalhau, Hamburger, Hot dog, Esfiha aberta, e tantos outros sabores maravilhosos. Nada de poucos sabores ou pedaços minusculos, aqui fora a variedade, os pedacos eram bem servidos e os garcons insistiam pra voce pegar mais de um. Fora isso, faziam parte do rodizio massas como macarrao, nhoque e lasanha (que nem provei pra deixar espaco pra mais pizzas). E na hora da sobremesa, mais uma infinidade de sabores: brigadeiro, doce de leite, torta de maca, torta de morango, banana com sucrilhos, cocada! Caralho, como esse povo manja de comer!


segunda-feira, novembro 25, 2013

Jim Carrey and I Am The Walrus with George Martin - The Beatles

Sugestões da semana

Um filme: Joint Security Area (filminho coreano lindo de Deus!)

Um livro: Marvel Comics - A história secreta (bastidores da era de ouro)

Uma hq: Capitão América: Tempo esgotado (Steve Rogers = Jack Bauer)

Um jogo: Dead Nation (matando zumbis as centenas!)

Um seriado: nenhum (Walking dead e Agents of Shield estão um lixo)
Uma comédia: Bad Milo (e se um monstro saísse do seu intestino pelo seu rabo e quisesse matar sua mulher?) 

Um desenho animado: CDZ - A saga de Hades (não tinha visto até agora)

Um cd novo: Pearl Jam - Lightning bolt

Um site: http://what-would-i-say.com/ (transforma qualquer um em poeta)

sexta-feira, novembro 22, 2013

Roteiros de HQ

Vou postar a seguir alguns roteiros pra hqs criados recentemente para um teste do qual participei. Eu recebi só essas duas linhas em negrito como descrição do que fazer. De resto, estava tudo liberado. Esse foi o resultado:

TESTE 01
- 10 pgs de roteiro full script - "Homem na beirada de um prédio a beira do suicído"
 
Pagina 1
Full page
Noite. Vemos um homem jovem de cabeça para baixo, dependurado na beirada de um prédio. Ele esta preso por seus calcanhares, e tem uma garrafa de vodka em uma das mãos. Ele usa calça jeans, e uma camisa social dobrada nas mangas, com botões abertos ate a altura do peito. Tem cabelos desgrenhados e a barba mal feita. Acima dele podemos ver um letreiro luminoso com a palavra “HOTEL”, escrita na vertical.
Vemos apenas o prédio da metade para cima, não seus andares inferiores.
Background – diversos prédios iluminam a cidade no horizonte.
Sem texto.
Pagina 2
Três quadros em vertical.
Q1- Plano aberto. Agora podemos ver o prédio todo, com a portaria abaixo, ao nível da rua, e parte dos prédios vizinhos. Madrugada. Vemos poucas pessoas caminhando pela rua. Acima, vemos o suicida na beira do prédio, olhando pras estrelas com olhar pensativo.
Q2- Mesma cena, mas abaixo um dos transeuntes aponta para o homem no topo do prédio. Mais duas pessoas se juntam ao quadro, não próximas umas das outras, todas olhando para cima. O suicida da um gole em sua bebida.
Q3 – Agora uma pequena multidão já se formou na entrada do prédio. Todos olham para cima, algumas delas portando seus celulares. Uma fotografa a cena, a outra liga para a policia.
Sem texto.
Pagina 3
Q1 – Vemos o luminoso do hotel, vista através dos olhos do homem dependurado de ponta cabeça. Vemos seus joelhos dobrados, seus sapatos e o luminoso em perspectiva de baixo para cima. 
Q2 – Mesmo quadro anterior. Mas agora vemos um policial enfezado prostrado a frente do luminoso do hotel, com as mãos na cintura. O policial e jovem, não deve ter mais de 30 anos, mas tem uma barriga saliente, usa óculos escuros, ostenta um bigode e veste seu uniforme da policia civil.
POLICIAL: Vamos garoto, você não quer morrer e estragar a noite de todas essas pessoas quer?
O suicida não responde.
Q3 –  Vista lateral do policial conversando com o homem de ponta cabeça. Vemos os dois de perfil. O policial apoia uma das pernas na beirada do prédio.
Q4- Close no policial coçando o queixo.
POLICIAL: Garoto, já são cinco e meia da manha. Será que você não pode sentar direito pra conversar um pouco comigo e parar de assustar o pessoal?
Q5 – Suicida solta umas pernas do prédio, ficando preso apenas por sua perna esquerda, arrancando olhares de medo do publico abaixo.
SUICIDA: Eu poderia assustar muito mais se quisesse, acredite. – Ele diz sorrindo.

Pagina 4
Q1- O garoto sobe para a beirada do prédio.
SUICIDA: Mas acho que não teria problema em me sentar com você. Pelo menos assim essas pessoas vão embora. Não achei que estivesse chamando tanta atenção.
Q2 – O policial senta-se ao seu lado. Vemos os dois sentados lado a lado, encarando o horizonte em silencio.
Q3 – POLICIAL: Não vai me oferecer um gole? – ele diz apontando para a garrafa de bebida do garoto. A bebida já esta na metade. O garoto passa a garrafa para o policial.
SUICIDA: Fique a vontade.
Q4 – O Policial da um gole na bebida enquanto o garoto o observa.
POLICIAL: Acha mesmo que ter uma vida de merda te da ao direito de desistir dela? Tenho certeza que já ouvi milhares de historias piores que a sua.
SUICIDA: Eu não teria tanta certeza.
POLICIAL: Então você tem uma historia original? Muito bem, surpreenda-me. Sou todo ouvidos.

Pagina 5
Q1 – O suicida e o policial conversam. Aqui os dois poderiam estar sentados na beirada do quadro, com as pernas saindo pra fora do quadrinho, criando um efeito 3D na pagina.
SUICIDA: Eu não ia me suicidar.
POLICIAL: Não foi o que me pareceu quando te vi dependurado aqui no hotel como um maldito morcego. Vamos, não precisa ter medo de se abrir comigo.
Q2 – Suicida tira um maço de cigarros do bolso.
SUICIDA: Tudo bem, eu precisava mesmo de alguém pra conversar. Mas juro que não subi aqui para me suicidar. Vim aqui apenas para refletir. Tenho me sentido muito sozinho ultimamente. Nos últimos meses, me afastei de muita gente que eu amava. Minha família, minha namorada, meus amigos.
Q3 – O suicida aponta o maço para o policial, lhe oferecendo um cigarro.
POLICIAL : E por que motivo?
SUICIDA: Quando a noite cai, as vezes deixo de ser eu mesmo. Perco o controle. Tenho medo de acabar machucando alguém..  
Q4- POLICIAL: O que aconteceu pra te deixar assim? – o policial diz aceitando um cigarro.
SUICIDA: Sempre gostei muito da vida noturna, sabe? Da bebida, das baladas, de conhecer gente nova. Mas às vezes eu exagero e saio de mim, sabe? Fico agressivo. Machuco as pessoas.
Pagina 6
Policial encara preocupado o garoto.
Q1 - POLICIAL: Você tem que procurar ajuda. Existem muitas pessoas que podem te ajudar com esse problema que você tem com a bebida.
O suicida acende o cigarro do policial
Q2  – Suicida traga seu próprio cigarro.
SUICIDA: A bebida não é o problema.
Q3 – POLICIAL: Afastar-se das pessoas que se importam com você não é a resposta. Fugir não pé uma solução.
SUICIDA: Você não entende... mas não pertenço mais a este mundo.– Ele diz apagando seu cigarro na beirada do edifício.
Q4 – Policial tira os óculos escuros para encarar o garoto.
POLICIAL: Besteira. Mas olha, sua aparência esta péssima. Faz quanto tempo que você não toma um banho, hein?– Ele diz bebericando a vodka do garoto.
SUICIDA: Não sei, isso não importa mais.

Pagina 7
Q1 - POLICIAL: Você parece meio pálido.
SUICIDA: Não tenho saído muito durante o dia. – Ele diz desviando o olhar.
Q2 - POLICIAL: Está muito magro também. Tem se alimentado direito?
SUICIDA: Não muito. Passo mal com qualquer tempero muito forte, então quase nunca como fora. E ultimamente não tenho cozinhado nada. – Ele olha pra rua. Aqueles que assistiam anteriormente a cena, já foram perderam o interesse e foram embora.
Q3 – POLICIAL: Ah, eu também prefiro muito mais uma comidinha caseira. Graças a Deus me casei com uma mulher que cozinha muito bem, como você pode perceber. – Ele diz dando um tapa em sua enorme barriga.
SUICIDA: Bem, melhor mudarmos de assunto. De repente, comecei a ficar com fome... – O garoto diz encarando a barriga do policial.

Pagina 8
Q1- O suicida olha pensativo para as estrelas.
SUICIDA: Seria tão mais fácil se eu pudesse simplesmente abraçar a escuridão...
POLICIAL: Essa seria uma escolha covarde. Você não precisa fazer isso.- O policial diz olhando para ele.
Q2: Plano médio. Temos uma vista frontal dos dois conversando lado a lado. O céu começa a clarear. Já é quase de manha.
POLICIAL: Garoto, todo mundo se sente assim uma vez na vida. No fundo do poço, achando que as coisas nunca vão melhorar. Mas eu te asseguro que quando você menos esperar, o sol voltará a brilhar pra você e será o fim de todos os seus problemas.
SUICIDA: Eu não contaria com isso. Mas obrigado por se importar.
Q3 – O policial da um abraço no garoto.
POLICIAL: Confie em mim. Tenha paciência. Só dê tempo ao tempo e dará tudo certo.
SUICIDA: Falta de tempo não é problema.

Pagina 9
Q1- O policial se levanta.
POLICIAL: Bom, vou buscar um café pra gente e já volto, ok?
Q2 – SUICIDA: E o que te faz pensar que eu ficaria aqui te espe..
O suicida olha para baixo assustado e percebe que o policial algemou um de seus punhos a uma canaleta que contorna o edifício. Ele provavelmente fez isso quando lhe deu um abraço.
Q3- Vemos o suicida fazendo força, puxando seu braço algemado, tentando se soltar desesperadamente.
SUICIDA: Não! Você não entende! Você tem que me soltar agora! Não pode fazer isso comigo! Eu não quero morrer! Eu não quero morrer!
Q4- A cena se abre. Vemos o policial saindo pela porta de saída da cobertura do prédio.
POLICIAL: Sinto muito garoto, mas ainda não confio em você. Quem me garante que você não pularia se eu não te algemasse? Fique calmo, eu prometo que volto logo. – Ele diz ao fechar a porta.
Enquanto isso o suicida esta ainda mais desesperado, tentando soltar-se a todo custo. O sol já esta quase nascendo no horizonte.
Q5 – O suicida olha em direção ao sol, ainda tentando se soltar, lagrimas escorrem pelo seu rosto.
Pagina 10
Q1 – O sol nasce. Vemos o suicida (que era um vampiro)  arder em chamas, ainda tentando se desvencilhar das algemas.
SUICIDA: NAAAAAOOO.  EU NÃO QUERO MORRERRR....*
Q2 – O corpo do suicida e as roupas que ele vestia, agora não passam de uma pilha de cinzas.
Q3- O policial retorna ao local, trazendo dois copos plásticos de café em uma pequena bandeja.  Ele leva uma das mãos a cabeça em sinal de duvida.
As algemas estão no mesmo lugar onde ele as deixou, chamuscadas.
POLICIAL: ?
Vemos as cinzas do vampiro sendo levadas pelo vento da manhã.
FIM


Roteiro de teste

TESTE 02

- 10 pgs de argumento (roteiro "Marvel Way" - "No sertão nordestino, garoto em busca de água"

Pagina 1
Em uma humilde cabana, solitária na imensidão do sertão nordestino, um garoto mulato de aparência simples, conversa com sua mãe. Uma senhora magra deitada em uma rede. Ela aparenta estar fraca e doente.
Pagina 2
A mãe coloca uma mão no ombro do garoto, pedindo que ele vá buscar água para eles. O garoto não quer, ele nunca foi até o poço sozinho, tem medo de se perder no caminho. A mãe insiste, diz que ele já é um homem, que a água da casa acabou há mais de um dia e que ela não pode ir dessa vez.
Página 3
O garoto pega um balde e sai da cabana. Então começa a caminhar, mas a paisagem é sempre igual e ele acaba se perdendo. Ele olha para os lados perdido. Senta-se desolado com a mão na cabeça. Levanta-se e segue sua caminhada, mas já privado há dias de água, ele começa a ter alucinações.
Página 4
O menino começa a imaginar-se dentro de uma pequena nave espacial alienígena, que esta cruzando as estrelas em busca de combustível para sua nave mãe.
Pagina 5
A partir daqui as imagens das alucinações começam a alternar-se com as imagens da realidade. O garoto observa um passarinho no céu e decide segui-lo.  Na alucinação, a nave do garoto segue outra nave alienígena, ainda menor que a sua e que possui o formato de um estranho passarinho.
Pagina 6
A ave pousa em uma árvore próxima ao poço. A nave alienígena em formato de passarinho pousa em um planeta estranho, parece que tem troncos saindo dele. O garoto na pequena nave entra na boca de um monstro gigante.  O corpo desse monstro esta enterrado no chão. Vemos apenas sua boca se projetando para fora da areia, como se fosse um grande poço, com dentes nas bordas. 
Pagina 7
O garoto desce o balde até o fundo do poço, e encontra agua. Na alucinação, o garoto desce de sua pequena nave, dentro da barriga do monstro e começa a recolher o combustível que buscava, um liquido estranho que corre no estomago do monstro.
Página 8
O garoto vira o balde de agua em sua boca. O liquido escorre por seu rosto, enquanto ele sorri de alegria. Depois ele joga o balde no poço novamente e coleta agua para levar para sua casa.
Pagina 9
O garoto volta correndo com balde d’agua nas mãos em direção a sua casa. Em metade da pagina vemos a pequena nave espacial cruzando o universo em direção a sua nave mãe. Esse quadro esta se desfazendo, como se estivesse se desintegrando, pois agora que o garoto já bebeu a agua, suas alucinações estão desaparecendo.
Pagina 10
O garoto chega a sua cabana e mostra orgulhoso o balde cheio d’agua para sua mãe, que agradece sorrindo orgulhosa. Na janela vemos o pássaro que ajudou o garoto. O cenário começa a se abrir. Em uma ilustração externa da cabana, podemos notar que já anoiteceu, e acima do telhado, podemos ver as  estrelas pairando no céu.
FIM

quinta-feira, novembro 14, 2013

Hitchhiking (ou "Chega de onibus, e rodoviárias e gente que faz a feira no posto do Gugu")


Uma mudança drástica aconteceu nesses últimos meses com relação a forma que eu venho pra SP. Sempre usei muito ônibus pra vir, pra não ter que ficar dependendo de caronas e poder montar antecipadamente meu horário. Mas minhas passagens de estudantes acabaram, e ficou inviável voltar todo final de semana pagando o custo inteiro de uma passagem (70 reais o percurso! roubo! furto! pega ladrão!). A alternativa é voltar de carona toda semana, e graças a um santo grupo no facebook, que sempre publica quem está voltando e aceita desconhecidos como caroneiros, eu tenho conseguido me virar muito bem até agora. Mas como quase ninguém volta toda semana, eu acabo praticamente indo e voltando cada semana com um motorista diferente. O que é legal, porque cada pessoa tem histórias, jeitos, horários, passageiros até caminhos diferentes. E acabo sabendo de mais gente de Jau que mora na minha própria rua ou bairro que eu nem conhecia  - o que pode originar sempre novas caronas, pra que eu nunca precise ficar sem opções! Puro networking.

#vidadecaroneiro 


segunda-feira, novembro 11, 2013

Palestra com Luke Ross (em Jau ?!?)

Sabado a tarde fui numa palestra do Luke Ross, um ilustrador paulistano que já desenhou por anos a revista do Homem-Aranha, Capitão América e hoje esta em Secret Avengers. Um cara que trabalha no meio há anos, já teve sua fase Jim Lee mas hoje tem um puta traço lindo realista pra caralho. Ele deu varias dicas legais de carreira, falou de como usava recursos do Photoshop pra deixar o escudo sempre 3D, de como aprendeu a usar fotos pra referencia de backgrounds e que hoje utiliza um programa chamado Sketch Up pra montar os cenários e poder utiliza-los como referencia em quadros diferentes. Falou de seu tempo na Crossgen, morando em Miami com vários artistas sensacionais numa mesma casa financiada por um hacker milionário que amava quadrinhos, e de varias outras coisas legais, em uma palestra de quase três horas. E sabem onde foi a palestra? Em Jau! Na impacto quadrinhos! Muito bacana mesmo ver esse tipo de iniciativa rolando na cidade! Ainda sai de la com uma copia limitada da capa de Sonja autografada! Uma bela tarde de sábado com toda a certeza, espero que aconteçam mais eventos assim!

Vermelho e quente

Achei que já tinha acabado minha cota de shows esse ano, mas ganhei da minha irmã um presente de aniversario sensacional: um ingresso pros Red Hot Chili Peppers, que iam tocar na na Arena Anhembi. Mesmo quando estava em Jau já tinha vontade de vir pra esse show, mas como era no meio da semana e eu andava sem grana, achei que nem ia rolar. Mas eis que voltei pra SP, e ainda fui ao show de grátis! Então quinta feira passada, sai do trampo pro metro Tiete, encontrar o Kev pra gente ir pro show. Pegamos a van que leva do metro ao sambódromo, e levamos uma cota pro puto (que tinha comprado o ingresso pela internet, mas não tinha pago o envio) retirar o ingresso dele na bilheteria. Escutamos  o show do Yeah Yeah Yeahs, banda de abertura, de longe, mas tudo bem, não era nada que fizesse falta. Entramos, tomamos umas Buds, achamos um bom lugar (o Anhembi eh um ótimo lugar pra shows, mesmo se voce não fica muito perto, fica com uma visão ótima do palco), e pouco menos de uma hora depois o Red Hot subia ao palco. Showzasso, no qual eles tocaram os seus maiores sucessos de 2000 (quando conheci a banda em algum DiskMTV ou Multishow) até hoje, tempo no qual baixei todos os álbuns lancados desde então. Eles fazem bastante Jam entre as musicas, deixando-as perfeitas pra ouvir na praia fumando um banza, mas não eh exatamente o tipo de musica que faz um estádio pular, mas ainda assim foi um show do caralho de quase duas horas. Cant Stop, Californication, Under de Bridge, Dani California, By the Way, Higher Ground, Around the world, Snow, muita musica linda. E em “Give it away”, ultima musica do encore/biz ate deu pra matar a vontade de pular. Coisa legal tambem foi que o ceu tava vermelho, mesmo sendo dez da noite, igualzinho na capa do Californication (cd que eu tenho original!). Sai do show animado, com vontade de voltar a usar bonés, e num clima saudosista dos anos 2000. Esse foi o ano dos shows Disk Mtv (ou Top TVZ). Deve ter tido algum programa que tinha no mesmo dia Bon Jovi, Nickelback e Red Hot. Certeza absoluta. Fiquei soh chateado com o Anthony Kiedis, achei que ele era mais carismatico, mas quem tentou mesmo falar com a galera foi o Flea.Talvez seja a idade, falta de drogas, seila, sabiam que o Anthony ja tem 51 anos? Bom, saindo de la, compramos mais cervejas pra dar uma contribuída pros ambulantes, comemos um dog porco como de praxe, e encontramos minha irma e o namorado no estacionamento (tivemos que dar a volta no lugar, porque primeiro eu tive a grande ideia de esperar no estacionamento errado, no lado oposto). Ai nada como um pouco de transito, e dormir sonhando com a bela California dos Chili Peppers (que não existe, a verdadeira California eh um lixo, cheia de drogados e hippies rs). Deixo aqui meu clipe favorito:


FLAG: Uma quase-Agencia

Uma coisa que eu queria compartilhar com vocês há tempos, era minha quase-agencia. O lance foi o seguinte: em Jau eh impossível você prosperar trabalhando pros outros, você tem obrigatoriamente que ter seu próprio negocio se quiser ganhar dinheiro de verdade. Então o caminho logico a seguir se eu continuasse na cidade era ter minha própria agencia. Na minha primeira semana no trampo, já consegui um sócio. O Padjula. O cara mais gente fina que conheci nos últimos tempos. Amigo do primo da Manda, ele que me arrumou o trampo em Jau e que agiu como um anjo da guarda em todo meu tempo por la, se tornando temporariamente meu melhor amigo na cidade. Se eu fazia alguma cagada, ele consertava. Se eu não sabia de algo, ele me ajudava. E ele já tinha seus trabalhos por fora, seus contatos, fazia alguns trampos sozinho e procurava alguém pra sócio pra montar um negocio. Era a oportunidade perfeita. Um raio de luz na escuridão dos dias em que o futuro parecia ruim. Odiávamos ganhar pouco, mas sabíamos que dava pra tirar um extra por fora, e um dia o lucro seria todo nosso. Em semanas, eu já tinha um nome e um logo. FLAG Comunicação 360. E o Padjula já uma cliente. Fizemos os adesivos de uma vitrine de uma loja de perfumes. Algo pequeno, mas que dava um extra legal e era só o começo do que poderia vir a se tornar uma grande agencia de comunicação visual. O plano era no mês seguinte já imprimir cartões, fazer um site. Mas o destino me colocou de volta em SP, e os planos de ter um negócio na cidade foram postergados. Decidimos tentar manter a FLAG a distancia. Vamos ver no que vai dar. E quem sabe um dia, eu não enjoo de SP e volto com grana o suficiente pra investir em algo de verdade e voltamos a erguer essa bandeira?

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Show secreto

Em 11 de outubro fui no show do Black Sabbath em São Paulo. Não soh faltei no trampo, como ganhei carona do chefe na faixa pra ir pra cidade grande (obviamente ele não sabia minhas intenções, por isso soh pude postar isso agora). Almocei no Habib’s com 4 reais, tirei um cochilo e parti pro Campo de Marte. No trem, recebi uma ligacao marcando uma entrevista pro lugar que no qual eu trabalho hoje. Saindo do metro foi soh seguir as camisetas pretas pra chegar no lugar. Estava sozinho, como nos velhos tempos, então me esgueirei sorrateiramente como um bom espartano ate a grade da pista NIP (not importante person) e depois de algumas horas o Megadeth subiu ao palco pra abrir a noite. Eh a segunda vez que vejo a banda ao vivo (a primeira foi no SWU), e dessa vez já comecei a gostar mais do som. Talvez seja uma banda que você passa a gostar com o tempo, gosto adquirido, tipo Will Ferrell, seila. O que importa eh que pouco depois, eu já ouvi a boa e velha voz do príncipe das trevas cantarolando “Ole ole ole ole” e a galera em volta já surtou. O Sabbath abriu com War pigs, empolgou mesmo com NIB e Dirty Women, tocou algumas musiquinhas kapsa do 13 e fechou com a inquestionavelmente melhor de todas, Paranoid. Musiquinha que eu sempre tentava cantar profissionalmente quando meus amigos ainda sonhavam em ser roqueiros. O Ozzy eh menos carismático do que eu imaginava, soh mandava de vez em quando uns “Thank you very much” ou “God bless you”,com o animo e a aparência de um Jao Guerino sem óculos, que pelo lugar privilegiado consegui ver sem precisar do auxilio dos telões. Não posso deixar de dizer que obviamente foi um show clássico, no qual rolaram todas as musicas da banda que eu gostaria de ouvir ao vivo, então com certeza valeu a pena, e muito. Na saída, também fiz como um bom pato em migração pro sul e simplesmente segui o fluxo de roqueiros. Não fazia ideia de pra que lado era o metro, mas acabei chegando são e salvo seguindo a maioria. Soh queria saber como o primeiro dos patos, o que lidera a fila, sabe pra que lado eh o sul. Tipo, eu não sei pra que lado o sul fica sendo um humano, certeza que não saberia se fosse uma ave. Teria que seguir os demais também, torcendo pra que eles não estivessem indo pro alaska morrer congelados ou algo do tipo.Bom, obviamente eu nao podia falar desse show enquanto ainda trabalhava em Jau, mas agora ele ja pode deixar de ser secreto =]

domingo, novembro 03, 2013

Gravidade

Sábado passado fui com a Manda no cinema assistir um filme que me surpreendeu. Não sou o maior fã do mundo de filmes de astronauta, mas tava todo mundo comentando na internet que esse filme era fantástico e eu fiquei na fissura de conferir. E bom, devo admitir que "Gravidade" era ainda maior do que a expectativa criada ao seu redor.

Muito bem dirigido, o filme a respeito de uns astronautas perdidos no espaço, consegue prender a atenção do começo ao fim. Sendo em 3D, e com a maior parte das cenas rodadas no exterior das aeronaves, na vastidão da negritude e do silêncio do espaço, o espectador se sente realmente fazendo parte do filme, flutuando ali junto dos atores nas estrelas e tentando desviar junto dos destroços em 3D que ocasionalmente voam em sua direção. Fazia tempo que um filme não me absorvia tanto, num clima pesado e tenso, e a primeira coisa que eu e a Manda pensamos é que esse filme seria ainda mais incrível em 4D!  Recomendo muito mesmo!

E pra noooosssa alegria, o filme ainda foi exibido em Jaú legendado e em 3D! LOL

Park Chan-wook em São Paulo

Esses dias fui na FAAP, com o Tails, ver uma palestra do diretor Park Chan-wook, simplesmente um dos diretores mais fodas do universo, um Tarantino coreano. O debate fazia parte de Mostra Internacional de Cinema, que ocorre todo ano em SP, mas que eu nunca tinha conseguido participar. Ja comentei aqui no blog mais de uma vez sobre Oldboy, e seus outros filmes e ver o cara pessoalmente foi uma experiência incrível. O diretor (sempre através de um interprete coreano) contou coisas bem legais como a trilogia da vingança na verdade ter sido criada como trilogia só pra irritar os jornalistas coreanos, que no lançamento do segundo filme, achavam que ele devia explorar um tema mais ameno.  E também falou que foi recomendado pelo pessoal do estúdio a fazer storyboards de todas as cenas de seu filme, porque era assim que faziam nos EUA, então ele cria tipo um mangá com todas as cenas do filme antes de cada nova gravação. E que ficou puto quando foi gravar seu ultimo filme nos EUA e descobriu que na verdade, nos EUA não fazem isso pra todas as cenas (só quando tem efeitos especiais, por exemplo), porque é algo realmente muito complicado. Peguei varias indicações de filmes que ele fez e eu não conhecia (posts sobre eles em breve) e sobre filmes que o inspiraram, um deles de um diretor coreano que ele disse ser mais insano que ele (o que deve ser muito foda, vou tentar achar também). Uma hora passaram uma cena de Mr.Vengeance, onde são cortados os calcanhares de um cara dentro de um rio e ele mesmo comentou "Nossa, forte mesmo essa cena né?", como se nem lembrasse mais de te-la gravado, arrancado risadas de todos. E comentou tambem que seu filme próprio favorito é "Sede de sangue", simplesmente o que menos gosto rs. O cara adora humor negro e debateu com a galera por quase duas horas e meia, tendo como mediador/entrevistador Rubens Ewald Filho, o crítico de cinema mais figurinha carimbada do país, mas que eu nunca tinha visto ao vivo e me surpreendi, pois ele fezvarias perguntas muito pertinentes pro Park (e obviamente muito mais elaboradas que as da plateia, de onde conseguiam perguntar até se ele gostava de Breaking Bad...DERP).Saindo de lá fui com o Tails no The Fifty´s comer um hamburguer delicioso e comentar nossos sonhos cinéfilos e trocar indicações de filmes. Esse é o tipo de coisa incrível que só se consegue em SP, em plena quarta feira a noite. =]

sexta-feira, outubro 25, 2013

Gusttman: O Retorno

Esse final de semana foi ótimo. Teve o melhor do melhor que a cidade pode oferecer. E foi perfeito pra marcar minha volta pra São Paulo.

Eu sabia que Jau era temporário e fiz o possível pra aproveitar essas minhas “férias” de quatro meses ao máximo, mas como já era de esperar, ia chegar o grande momento de voltar pra cidade grande. E o momento eh agora.

O ciclo se fechou e eh hora de nascer uma nova rotina. Então me despedi muito bem da antiga.

Pra começar, na sexta feira, sai do trabalho direto pra Antonieta, tomar uns litrões de Conti e porções de torresmo numa despedida (paga pelo chefe lol), com o pessoal do trabalho. Saindo de la, encontrei a Manda pra um xbacon no Chapa Quente e romance.
No sábado de manha, meu sócio me avisou que meu primeiro freela jauense estava pronto (uma vitrine adesivada), almocei no Zezinho com meus pais, e enquanto a Dra.Salmeida trabalhava, joguei muito PS3, tirei um cochilo e li hqs. A noite, assistimos juntos a mais um episodio de SHIELD e fomos pra casa do Boi, encontrar o anfitrião, o Frodo e o Liban e suas mulheres, comer uns amendoins apimentados, venerar Brahma e comer umas pizzas da ops, todas com muito bacon e catupiry.

Domingo de manha, mais gibis e videogame, almoço na Cachacaria com a família, e soneca a tarde com a Manda, pra depois comermos umas frituras na Renata, assistirmos a um filminho no cine municipal (Faroeste Caboclo, que não recomendo) e tomarmos um sorvete na praça.

Agora, de malas prontas, aguardo o meu tradicional busao da madrugada.
Sabe, se o mundo fosse acabar, e eu soubesse que tinha um ultimo final de semana, o que eu gostaria de fazer, seria basicamente o que fiz nesses dias. Bebi e comi o que mais gosto, fiz minhas coisas favoritas e estava em ótima companhia.

Mas sei mais do que nunca, que durante a semana, este não eh o meu lugar. Durante a semana existem crises, gente grossa e stress. Quero soh o lado bom dessa cidade. E meu futuro esta em SP. Eu voltei. Agora pra ficar. Porque aqui eh meu lugar...Eu voltei...=]

terça-feira, outubro 15, 2013

Poxa, isso aqui ta meio abandonado há algum tempo neh? Bom, vou tentar resumir os últimos acontecimentos:

- O boi e sua esposa agora tem uma casa, então sempre rola comida por la (pizza, churrasco, cerveja)

- Fui pra Bauru com a Manda e me entupi de Donuts e Burger King. O Walmart eh o ultimo lugar no Brasil que vende donuts deliciosos a preço justo (R$2!).

- A Amanda assistiu a Ameaça Fantasma nesse fds e gostou! Ate queria levar pra casa os outros episódios de Star Wars pra assistir sozinha em casa. The force is Strong in this one. LOL

- O novo seriado do Joss Whedon, infelizmente não tem me impressionado tanto quanto eu esperava com o novo seriado da SHIELD. Me irrito com a ausência do Fury, da Maria Hill, da Sharon Carter. Não entendo porque os cientistas tem sotaque inglês ou porque a maioria dos agentes não usa uniforme. Mas como sou um verme, e não eh como se tivesse outras coisas melhores por ai, vou continuar assistindo pra ver no que dah.

- Acabou minha era de filar Netflix. Vida longa ao Crackle e ao Youtube.

- Como se eu ja não tivesse coleções o suficiente, comecei a colecionar garrafas de alumínio de cerveja, soh porque elas estao saindo bonitas demais pra eu jogar fora.

- Arrumei minha estante, pra deixar minhas hqs e bonecos mais fáceis de achar e acabei encontrando diversos gibis que não faço questão de ter, e que comecei a vender online. Então agora divido meu tempo entre trabalho, freelas e vendas pelo facebook.

- O dia cheio de trabalho acabou me fazendo gostar de café, mais precisamente de Capuccino. Coisa que eu sempre detestei. Eu escreveria uma historia sobre um grupo de Gustts de diversas épocas que se encontra pra comer alguma coisa e cada Gustt com uma idade (e gostos) fica com nojo das coisas que outro pede pra comer (tipo: temakis, algo cheio de catchup, berinjela, camarão, refrigerante, coisas que em diferentes períodos da vida, eu jamais comeria), mas ando sem tempo, então deixo somente a deixa pra vocês imaginarem a historia como bem entenderem. Começa assim: Ao chegar, o Gustt de 2014 estacionou sua bicicleta ao lado da lanchonete e...

- Sabiam que o Coringa eh baseado num cara de um filme de 1928, que por sua vez eh baseado em um livro do Victor Hugo mais velho ainda, chamado o Homem que Ri? Bom, caso tenha se interessado tem inteiro no Youtube. O filme originalmente eh mudo, mas um maluco colocou a trilha do Batman do Tim Burton nele, e admito que ficou bom.

- Gosto de em SP poder me comportar as vezes como um bom pato em migração pro sul e simplesmente seguir o fluxo. As vezes não tenho ideia de pra que lado eh o metro, mas acabo chegando são e salvo apenas seguindo a maioria. E imagino como o primeiro dos patos, o que lidera a fila, sabe pra que lado eh o sul. Tipo, eu não sei pra que lado o sul fica sendo um humano, certeza que não saberia se fosse uma ave. Teria que seguir os demais também, torcendo pra que eles não estivessem indo pro Alaska morrer congelados ou algo do tipo.

- Jau eh definitivamente a capital do lanche no pão francês. Já fiquei tempo o suficiente na cidade pra saber que ela não eh tao divertida ou interessante quando eu pintava quando estava longe. Mas esse com certeza eh um ponto forte. Não tem lanche no pão francês em outra cidade que seja servido num tamanho tao honesto ou com condimentos tão inventivos. E aqui vai meu Top3:

1. Edson Lanches (conhecido popularmente e com uma boa dose de preconceito, como “o lanche dos viadinho”, com erro proposital na concordância, como todo bom jauense gosta). Lanche gigantesco, que eh o mesmo preco tanto no PF quanto no pao de hambúrguer e com uma maionese de alho delicosa.

2. Chapa quente: lanche apimentado, maionese apimentada e ainda umas batatas fritas de acompanhamento E de entrada. Não tem como não gostar.

3. Top Model: eu acompanho a carreira desse chapeiro desde que ele trabalhava no Quinho. Tem o bacon mais salgado e mais delicioso da cidade, e não cobram extra pra adicionar batata palha ao lanche.

segunda-feira, setembro 23, 2013

Because We Can (nome da turnê, não to me gabando não)....


Domingo, eu e a Manda fomos pra SP com um bus de excursão pro show do Bon Jovi, “a banda da nossa trilha sonora”, porque um de nossos primeiros encontros foi no dia deum cover do bom jovem na Moca Bonita. Saímos dez e meia de Jau (tinha 2 ônibus cheios indo pro show! Geralmente tem metade disso, porque, bom, soh tem homem =b), curtimos um dvd no AC/DC durante a viagem, comemos no posto, cochilamos e as 16h da tarde estávamos sendo deixados na frente do Morumbi, oportunamente inclusive, exatamente na frente do nosso portão de entrada. O show estava marcado pras 18h30. Achei que era brinks, mas pontualmente nessa hora, o Nickelback subiu no palco, e deu um show, tipo, não soh literalmente, foi foda mesmo. Lembrava deles dos tempos de Disk MTV e do Multishow, mas como uma bandinha romântica passageira e muito 2003.Tinha ate feito minha lição de casa e já tinha me impressionado com o quanto o som da banda ficou pesado com o passar do tempo, mas não esperava que ao vivo eles fossem tao bons! Tocaram tudo que a galera esperava, mostraram que tavam realmente curtindo estar ali e tocar debaixo de chuva pra mais de 60.000 pessoas e acabaram fazendo um show tão bom, ou talvez ate melhor do Bon. Ao saírem do palco, já tínhamos a certeza que o ingresso tinha valido a pena.

Meia hora depois, pontualmente as 20h, o Jovial subiu no palco, pra alegria das tietes (boa parte delas de meia idade) que achavam que tavam num show do Fabio Jr. E o show foi bom. Superprodução do caralho. Que assisti praticamente inteiro abraçadinho com a Manda, esse eh um grande show pra ir ver junto com a namorada, cheio de baladinhas e romance. Mas não eh um show de rock pra se ir sozinho. Beleza que a banda estava com um desfalque grande sem o Sambora e sem o Tico, na guitarra e na bateria, então vou dar um desconto. Tocaram boa parte do cd novo, que eu gostei bastante e muitos dos clássicos (mas deixaram de fora Someday I’ll be Saturday night, pra minha tristeza, e Always, pra tristeza da Amanda e do resto do estádio). E rolaram ate um Start me Up e um Pretty Woman, pra agitar a galera. Um belo dia pra se viver, com toda certeza.

O foda foi a saída. Tinhamos que esperar o busao chegar ate a frente do estádio, por uma via que ficava fechada ate após o termino do show, e tava chovendo muito! Entao tomamos umas duas horas de chuva fria, da qual que nossas capas de cinco reais não conseguiam nos proteger e isso foi realmente um saco. Mas passado o sufoco, no busão era soh comer os lanches naturais e bolachas, deitar, e dormir congelando sem pensar que no dia seguinte eu teria poucas horas antes de levantar pro trabalho (chegamos em jau as 5h, acordei as 7h). Mas como disse o bom homem “It’s allright! It’s allright!...”O que importa eh que, como em todo show de rock sofrido, apenas os bons momentos ficarão.