quarta-feira, fevereiro 23, 2022

A origem do coronavírus

Muita gente acredita que a epidemia de coronavírus começou na cidade de Wuhan, na China, em dezembro de 2019, e de lá rapidamente se espalhou para o mundo. As principais teorias levantadas incluem o contato entre um ser humano e um animal infectado e um acidente em um laboratório na China. 

A OMS divulgou um relatório de 120 páginas, desenvolvido por cientistas da China e de outras partes do mundo, que reforçou a origem natural da epidemia. A tese mais aceita diz que o vírus passou do morcego para um mamífero intermediário, e dele para o ser humano. 

Mas tudo isso é fake news.

O que nem todo mundo sabe é que na verdade quem criou o corona foi a Amanda, minha esposa. 

Cansada de me ver chegando tarde em casa depois de sair pra happy hours com meus amigos pós-trabalho e de toda semana eu querer ir pra alguma pré-estreia no cinema no meio da semana, a Dra. Almeida usou os conhecimentos que aprendeu na faculdade que cursou no Japão para desenvolver a arma definitiva contra a boemia: o coronavírus.

Corona significa coroa. Ou seja, o próprio nome já entrega que o objetivo final desse agente patológico é acabar com toda forma de juventude, transformando todas as pessoas do mundo em idosos tristes sem vida social!

Falando sério agora, a Amanda odeia que eu divulgue isso (o que por si só já é meio suspeito), mas como eu tenho poucas oportunidades de contar essa história no bar, tinha que pelo menos postar por aqui mesmo, só pra que fique registrado pra posteridade.

quinta-feira, fevereiro 17, 2022

Rain

 Alguns dias eu me pergunto...será que o fim do mundo chegou? Como se não bastassem milhões de pessoas estarem morrendo por conta de uma nova gripe, agora tem gente morrendo por causa de chuva!

Já são mais de 110 mortos em Petrópolis, uma cidade incrível que onde eu tive o prazer de passar um reveillon junto com minha família há alguns anos atrás. 

Não é muito absurdo isso? Não dá mais nem pra ficar de boa com o que antes costumava ser só...chuva. 

Também não consigo me conformar com as pessoas que simplesmente preferem não acreditar no que está acontecendo. Tem gente (parente meu até!) que não acredita na letalidade do vírus até hoje. 

Quando deu o dilúviu em Jaú, uma galera logo procurou culpados além das forças da natureza. Culparam usinas de terem abrido suas comportas, como se esse não fosse um problema que estivesse atingindo diversas outras cidades pelo país. É como se a cabeça de umas pessoas simplesmente não conseguissem aceitar os tempos que estamos vivendo. O argumento dessas é pessoas é que não poderia ser só chuva, afinal isso nunca aconteceu antes. Como se a falta de histórico justificasse alguma coisa. Parece que é  mais fácil simplesmente viver em negação.

Pra mim a a palavra que mais define essa década em que estamos é apatia (o que é irônico, já que é a primeira palavra da abertura do desenho Batman do Futuro, lançado em 1999). 

Eu até aceito que tudo pode acontecer, mas sinto uma enorme apatia com relação ao futuro, essa total falta de motivação perante a situação, acompanhada de  desgaste físico, inércia e letargia. 

E sinto que está todo mundo assim. Todo mundo ta indo em psicólogo. Ninguém mais faz planos a longo prazo, ninguém parece estar completamente feliz. 

Dá pra ver como isso reflete no próprio entretenimento, em filmes cada vez mais escuros e dramáticos. Já repararam por exemplo que ninguém nem se atreve  mais a lançar uma nova comédia? Qual foi a última sitcom que você acompanhou? Duvido que tenha sido algo lançado recentemente. 

É como se ninguém mais nem tivesse coragem de tentar fazer os outros rirem. 

Enfim, já que é pra chover, que a tempestade traga alguma esperança de renovação, como já dizia minha música favorita do Creed...

I feel it's gonna rain like this for days
So let it rain down and wash everything away
I hope that tomorrow the sun will shine
With every tomorrow comes another life...




sexta-feira, fevereiro 04, 2022

Waterworld

 Em janeiro, por conta de termos pego covid e pelo preço da viagem de São Paulo a Jau estar se aproximando cada vez mais do custo de uma viagem a Dubai, eu e a Amanda (com a Luna babando no banco de trás, como sempre) voltamos uma única vez pra Jaú.

E claro que bem nesse final de semana ia acontecer o grande dilúvio. Chegamos sexta, junto com a chuva, e praticamente não parou de cair água do céu até domingo a tarde. Sério, não me lembro de ter visto uma frequência tão alta de chuva na cidade. A cidade deve ter sentido o mesmo.

Conseguimos aproveitar bem nossa estadia: comemos pizza de parma com meus pais, provamos praticamente todos os tipos de pão doce que uma nova padaria de congelados recém-aberta na cidade tem a oferecer, assistimos uns filminhos legais, visitamos o Gustinho, onde provamos o delivery do Rosbife marombeiro (que tem um franguinho frito show e uma costelinha boa demais!) e comemoramos atrasado o aniversário da Amanda (teve até bolo!). E assim que percebemos que a chuva não ia dar trégua, decidimos sair logo depois do almoço de domingo pra São Paulo, chegando aqui junto com as notícias de que Jaú tinha quase virado Atlântida. 

A cidade foi tomada pela água, com o rio transbordando de um jeito como nunca havia acontecido e alagando de barro várias casas, comércios e restaurantes. 

Poucas horas depois a água já tinha baixado, mas o estrago foi grande. Muita gente perdeu seus bens no meio da desgraça, parede desabaram e teve até um idoso que perdeu a vida. Tudo isso fora a terra que invadiu as casas, que mesmo pra quem não foi tão afetado, deve ser tão fácil de limpar quanto de se esquecer uma tragédia desse tamanho.







quinta-feira, fevereiro 03, 2022

Meia vida

Caramba, quanto pó por aqui hein? Nem lembrava mais a senha pra entrar nesse site que já foi um dia parada obrigatória pra mim toda semana. Acho que nunca fiquei tanto tempo sem postar desde o começo do blog. Em parte, me sinto até um pouco arrependido por não ter mantido um histórico da minha incrível rotina de quarentena. Acho que eu realmente não esperava que essa situação fosse durar tanto. Em março vai fazer 2 anos que eu sai da agência levando o computador pra casa pra ficar quinze dias de home office.

Pouca coisa aconteceu nesse meio tempo. 2021 foi um ano realmente estranho. Eu passei mais tempo em Hyrule do que em Jaú. Estive caçando pokemons por todo Kanto virtual existente, mas mal sai de casa. Minha sala e meu quarto se tornaram praticamente extensão do meu corpo aqui em São Paulo e a Luna minha sombra branca.

Pela primeira vez na vida eu tive tempo pra sentir que o tempo tava passando. Ou seja, nunca me senti tão velho e tão cansado. A pandemia tirou da minha rotina os bares, os amigos, os colegas de trabalho, os restaurantes, as bancas, a Comic Con, os cinemas, os teatros, os shows e as exposições (basicamente tudo que eu tinha pra contar de novidade aqui no blog). Levou tudo que fazia com que o tempo passasse tão rápido (e de forma tão divertida), que eu mal lembrava que ele estava aí. Ao invés disso, o ano passado deixou de legado 3 novos videogames, e uns 10 kilos a mais na balança.

Teve coisa boa sim, uma viagem pra Socorro (na qual levamos até a Luna!), lançamento de conto novo em coletânea de terror, pós-graduação online, o casamento da minha irmã, viagem pra Natal com a Amanda  (o ponto alto do ano, com passeio de buggy nas dunas, rolet de dromedário, mergulhos com peixes, quadriciclo na beira da praia e muita lagosta) e é claro: a chegada da tão esperada vacina!

Não foi uma perda total, mas também faltou muita coisa pra que eu sentisse que o ano foi completo. O medo da doença ainda pairou por nossas cabeças o tempo todo (e inclusive poucas semanas atrás eu mesmo e a Amanda pegamos Covid,  felizmente com poucos sintomas, o pior deles sendo eu ter passado alguns dias com o sentimento androide de ter perdido o olfato e o paladar). 

E como se um vírus mortal não fosse o bastante, ainda teve a queda absurda no nosso potencial de compra. Dólar lá nas alturas fazendo com que eu diminuísse a quase zero minhas comprinhas internacionais, editoras lançando quadrinho que custa quase R$500, gasolina com preço absurdo (voltar pra Jaú deve ter ficado pelo menos 40% mais caro), e o sentimento de que se eu sair pra comer um hambúrguer aqui na cidade vou gastar pelo menos uns R$200. Até delivery ficou caro demais ultimamente. Sério, tudo subiu de preço de uma forma muito absurda e eu acho incrível de verdade que isso não tenha gerado ainda revolta generalizada nas ruas. 

Bom, acho que vou parar por aqui antes que o texto comece a ficar (ainda mais) depressivo. Até a próxima!