Nessa segunda, chegamos do interior famintos, então deixamos as malas em casa e descemos comer alguma coisa no boteco da esquina. Ao sair, percebemos que alguém tinha deixado o portãozinho da rua destrancado, algo que sempre incomoda a gente (principalmente a oficial Salmeida, a bad cop dessa narrativa), já que nossa rua tem sua dose de malucos, e preferimos que eles se limitem à calçada e não frequentem o quintal do nosso prédio.
Chegamos no bar, e como uma boa dupla de policiais de tocaia, ficamos só observando quem seria a próxima pessoa a entrar no prédio, afinal, provavelmente seria o culpado. Alguém que deu só uma saidinha, e ficou com preguiça de trancar o portão.

A Amanda já tinha até brigado com esse vizinho algumas vezes, porque já pegamos o meliante deixando o portão aberto em outras ocasiões, bem na nossa frente. E dessa vez ele tinha até girado a chave, deixado a lingueta da fechadura pra fora, só pra que a porta não fechasse sozinha caso batesse com o vento. Que filho da mãe petulante!
Identificado o suspeito, agora era só pedir a gravação da câmera de segurança pro porteiro, e com a prova na mão, pedir pra administração do prédio enviar uma multa pro "folgado do nono andar". E foi exatamente isso que a oficial Salmeida fez.
Acontece que, ao verificar o vídeo, descobrimos que o verdadeiro culpado era outro. Alguém de quem ninguém jamais suspeitaria, muito menos a policial Salmeida: eu.
Quando subimos pro apartamento pela primeira vez, ao chegarmos de viagem, achei que tinha trancado tudo. Mas girei a chave antes do portão estar encaixado direito, e ele acabou ficando aberto.
Retiramos a queixa.
Retiramos a queixa.
True story.
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