terça-feira, maio 29, 2018

Buraco de minhoca das coleções inacabadas


Pra onde vão os livros que ninguém compra? Os bonecos de resina que ninguém quis? Os quadrinhos que sobraram como encalhe? As coleções caríssimas que ninguém conseguiu terminar? As bonecas? Os carrinhos? Todas aquelas fantásticas miniaturas?

Essas são perguntas que sempre me fiz quando minha maior fonte de colecionismo era a banca do centro de Jahu.
Quase uma década depois, já morando em SP, finalmente descobri a resposta enquanto caminhava pela boa e velha Praça da República.
Lá existe uma banca mágica, que sempre oferece todo tipo de item de coleção mensal (bonecos de star wars, peças de xadrez, livros do Neil Gaiman, encadernados da Salvat e da Eaglemoss, quadrinhos do Robert Crumb e agora até miniaturas da Marvel e da DC) muuuito mais barato. Itens que custavam entre 70 e 100 reais, você encontra fácil pela bagatela de 10 ou 20 pila. 
São os mesmos itens pelos quais muita gente pagou (e ainda pagaria) muito mais, só que com a diferença de alguns anos. É uma parada obrigatória na saída do metrô e desde que peguei meu primeiro mega desconto, minha banca favorita na cidade. S2

segunda-feira, maio 28, 2018

A semana em que o Brasil virou a Venezuela

Essa semana foi bastante conturbada. Na segunda feira, madruguei pra sair de casa porque tinha um voo a trabalho pro Rio, mas o transito tava infernal e dentro do aeroporto, tinha uma fila de mais de 40min pra passar pelo raio-X. Ou seja, acabei perdendo meu voo e tendo que pagar do bolso pra remarcar. #Savida...De qualquer forma, cheguei no RJ a tempo de pegar todas as reuniões com o cliente, e acabou dando tudo certo. 
E na sexta, quando já estava tudo planejado pra voltar com a Manda pra passar o final de semana em Jau, estourou de vez a greve dos caminhoneiros e a cidade começou a sofrer com falta de gasolina nos postos. No sábado de manhã, até acordamos cedo e tentamos visitar uns postos que o Waze avisava que tinham combustível, mas não rolou. Só posto fechado, com cone na frente das bombas. Pra piorar, um cliente foi obrigado a cancelar um festival que ia fazer, e fui obrigado a trabalhar não só no sábado (de manhã e a noite), mas também fazer uma última entrega domingo de manhã.
Claro que eu li muita coisa, joguei videogame (principalmente Overwatch, que tava liberado no fds) e assisti várias coisas (recomendação do dia: Toys that made us, ou "Brinquedos que marcaram época", uma série de documentários sobre o nascimento de grandes franquias como He-Man e Transformers), mas acabamos ficando e comendo mais em casa (aManda fez bolo de carne recheado de gorgonzola no sábado, fiz churrasco no domingo).  
De bom mesmo, foram só as aulas que eu fiz na megacademia que aManda frequenta, uma estrutura gigantesca com piscina olímpica, vários professores e cara de ginásio americano. Fizemos juntos uma aula de Power e uma de Jump, as duas lembram muito aulas aeróbicas de seriado americano, com um professor pulando e gritando na frente, enquanto a galera fica se mexendo no ritmo da música. A diferença é que em uma usamos pesinhos pra hipertrofia e na outra uma cama elástica. Gostei bastante da experiência, com certeza queima mais calorias do que tentar acordar cedo pra correr ou puxar peso pela manhã. E saindo de lá ainda passamos noooo BURACO DE MINHOCA DAS COLEÇÕES INACABADAS! Um lugar tão mágico que acabei de perceber que merece um post só pra ele...


quinta-feira, maio 24, 2018

Sempre existe algo novo em SP

Esse final de semana começou cedo, quando na sexta as 17h a agência parou pra ver as peças que seriam enviadas pra Cannes, com direito a sanduíches de metro e cerveja a vontade. Depois, saí da agência direto pro Center 3 encontrar aManda pra ver um Deadpool 2 no cinema. O filme não é tão engraçado quanto o primeiro, mas com certeza tem muitas surpresas (nem todas boas infelizmente). Valeu por agregar vários personagens novos e por ter cenas de ação em grupo bem mais elaboradas, mas estreiando no mesmo mês de Guerra Infinita, o filme está longe de ficar entre meus favoritos. Descemos a Augusta a pé, e aproveitei até pra provar o novo Sherlock Dog que abriu no caminho, que tem uns lanches bem honestos e com maionese a vontade.

No chuvoso sábado de manhã, pegamos o carro pra finalmente conhecer a Zona Cerealista. Um lugar onde qualquer grão, e outras coisas como palmito, presunto de parma ou picles podem ser adquiridos por um preço ridiculamente mais barato do que no resto da cidade. São Paulo tem tanta coisa a ser descoberta, que as vezes acabamos demorando pra achar preciosidades que ficam regularmente bem debaixo dos nossos narizes.
Compras feitas, voltamos pra casa, cada um foi pra sua academia de preferência e nos reencontramos pro almoço (ela com as chias, aveias e quinoas, eu com a alichela que achei por lá). 
A noite, encontramos o Gustinho e a Maryna, que estavam em SP e saímos dar uma volta com eles pelo centro em busca de um restaurante. Tava rolando Virada Cultural, e montaram um palco de funk bem na frente do Riconcito, que era onde pretendíamos levá-los, mas acabamos comendo um shwarma no prato no Vovô Ali, e acabou sendo sucesso do mesmo jeito.
No domingo de manhã, fechei o jogo Transformers Devastation, um jogo mais ou menos hack and slash sem muita trama ou tempero, mas que acaba valendo a pena só por conta dos gráficos que lembram demais os robôs do desenho clássico. Parece muito que você tá controlando um desenho animado.

Depois, por volta da hora do almoço, dei uma carona pro Gustinho até o lugar onde ele ia prestar um concurso, porque queria conhecer um lugar ali perto chamado Casarão do Vinil, uma casa antiga repleta de salas forradas de discos de vinil que não são fáceis de achar em qualquer lugar. Fiquei sabendo do lugar através de uma promoção no Instagram, e acabei não só pegando um disco do Uriah Heep (melhor lembrança que aManda tem de uma Virada #sqn) e ganhando de brinde um Tommy do The Who. 
Depois, passei a tarde em casa lendo hqs, enquanto aManda e aMaryna saíram dar uma volta no shopping.
Elas voltaram muitas horas depois, trazendo docinhos de outro lugar que tava na minha to-do list paulistana: Carlo´s Bakery, a loja do Buddy, astro dos bolos mais lindos da TV a cabo.
Pena que sinceramente, os doces eram meio decepcionantes (mais ainda depois de saber o quanto elas pagaram por eles). Os canollis estavam estranhos, e o brownie, os profiteroles e cupcakes não tinham nada de especial. Conhecemos muitas padarias melhores e com preços muito mais atrativos.
Pouco depois o Gustinho chegou, tomamos um café acompanhado de doces e decepção, e fechei a noite assistindo ao excelente "A espinha do Diabo", um dos primeiros trabalhos do Guilhermo Del Toro (em alta agora pelo sucesso de "A forma da água). Estorinha bem escrita e amarrada, do tipo que não se vê mais com tanta frequência por aí.

terça-feira, maio 15, 2018

The Picagovas


Sábado, depois de ir na academia e ler alguns gibis, encontrei meus pais e meu irmão, que estava de passagem pela cidade, pra almoçarmos junto com minha irmã e minha tia Fátima. Seguimos uma dica do Vyc e acabamos em um restaurante bem legal do Center 3, que tinha todo tipo de comida disponível (de temakis a empanadas) e sobremesas maravilhosas. Depois, enquanto as mulheres saíram atrás de vestidos pro grande dia, voltei pra casa tirar um cochilo, jogar um pouco de Wii (os zumbis que falam espanhol de Resident Evil 4 são geniais) e ver um pouco de TV ("Deuses do Egito", filminho pipoca divertido, que só não fez mais sucesso porque sofreu muito com acusações de whitewashing - que é basicamente substituir, especialmente na indústria cinematográfica, personagens fictícios ou históricos, de etnia estrangeira, por atores norte-americanos de cor branca,).

A noite, eu e aManda encontramos novamente meus pais e meu brotha, e dessa vez fomos comer uma pizza na cantina Piolin, uma portinha da Augusta que esconde um restaurante gigantesco, que é gostoso porém overpriced (provavelmente pela quantidade de atores que supostamente frequentam o lugar).

No domingo, depois de acordar cedo e perder a manhã com uma lição de malandragem brasileira, encontramos o pessoal no apê da minha irmã (praticamente uma casa da Barbie, pela quantidade de rosa das paredes aos pratos) pra comemorar com a família toda reunida o Dia das Mães e o aniversário do meu irmão, inesperadamente fora de Jaú, mas com comida caseira (nhoque recheado e torta clássica de chocolate). Depois descemos com meu irmão até o shopping frei caneca, e rumamos pra casa tirar uma soneca.
Quando acordei, logo me arrumei pra pegar um bus pro Allianz Parque, onde as 21h30 começaria o show do príncipe das trevas: Mr. Ozzy Osbourne! Eu já tinha visto ele ao vivo dois anos antes, mas era junto com o Sabbath, e sempre curti as músicas da fase dele na carreira solo. Pra falar a verdade, dessa vez, até o próprio comedor de morcegos parecia mais empolgado. O estádio tava abarrotado de gente, e quase me arrependi de ter pego a pista normal mais uma vez. Ainda assim, mesmo tendo que brigar por um espacinho entre os milhares de headbangers ao meu redor, deu pra pegar um bom lugar relativamente próximo à grade e curtir bastante o show. 
O Ozzy tava animado, já abriu o show com Bark at the Moon e o Zack Wylde tocou guitarra até com a língua e com o instrumento nas costas. Fora que num dia tão família, foi bem legal ouvir ao vivo pela primeira vez "Mama, I´m coming home" e "I dont´wanna change the world" (que tem uma parte que na qual parece muito que ele tá cantando "I spoke to Gladstone" (a letra diz na verdade "I spoke to God this morning", mas te desafio a não ouvir o mesmo que eu). 
Por mais que eu esteja ficando velho pra esse tipo de coisa, ainda não tem comparação. Ver o show da pista é muito melhor que das arquibancadas. A vibe é muito diferente. E nada como voltar pra casa depois de um bis que termina com "Paranoid'. :)

quarta-feira, maio 09, 2018

Promoções, churrascos e trapalhões


No sábado, depois de passar na academia e ler algumas hqs, saí em direção a sede da Editora Mythos, que estava fazendo uma venda de garagem sensacional, na qual comprei mais quadrinhos do que em dia de CCXP. Tinham descontos de até 80%, na qual consegui hqs que eu achei que jamais compraria (mas de R$100, estavam saindo por R$20, pra se ter uma ideia). Sério, deu pra pegar muita coisa foda, em capa dura, a preço de banana. Great Success!
Cheguei felizão em casa com a mochila cheia de novas histórias, almocei com a Manda uma saladinha marota do Hortifruti e depois tiramos um cochilo, pois as 17h receberíamos a Syl, uma amiga dela da faculdade e o namorido pra um churrasquinho elétrico. Fizemos maminha, linguiça e pão de alho, e enquanto elas conversaram bastante sobre dentes eu e o Dan jogamos xbox. E a Manda caprichou na sobremesa, testando a receita de um pão de mel que ficou simplesmente maravilhoso!
No domingo, acordei cedo e já terminei o excelente modo singleplayer de Injustice 2, caramba, como eu queria que a DC fizesse algo assim no cinema! Depois fui correr na academia, eu e a Manda queimamos mais umas linguiças pro almoço, li mais um pouco de Hellboy e as 17h caminhamos em direção ao CCBB pra assistir a peça "Palhaços", que contava com a presença do melhor trapalhão, Dedé Santana. Tenho algumas ideias pessoas sobre a trama, que poderia ser melhor se acabasse como o conto do "troll da ponte" do que daquele jeito, mas foi divertido ver o ator em cena, já com 83 anos, mas ainda se mostrando emocionado ao subir ao palco. E ele foi simpático até pra tirar foto com todo mundo que quisesse ao final do espetáculo. Passamos no mercado, jantamos uma vitamina de açaí, joguei um pouco de Sea of Thieves com o Frodo, e rapidamente, já havia se passado mais um final de semana.  

sexta-feira, maio 04, 2018

Jogos de tabuleiro infinitos

Depois de uma semana que passou relativamente rápido já que terça passei a manhã em um treinamento sobre anúncios na sede do Twitter, quinta feira fui com a Manda (e inesperadamente também com o Pirata) conferir a estreia do filme do ano, Vingadores: Guerra Infinita e sexta fiz um típico almoço longo de sexta-feira no Expedito, voltamos pra capital do calçado feminino pra mais um feriado prolongado.
No sábado, saí com a Manda pra ela dirigir um pouco, almocei a já tradicional macarronada a quatro queijos dos meus pais, tirei um bom cochilo a tarde, e a noite fomos pra casa do Gustinho comemorar o aniversário da esposa dele com muito burger caseiro e docinhos da sogra dele (que nasceu pra ser confeiteira). Domingo, jantamos pizza com meus pais e depois fomos cantar um parabéns pro Tio Ilha ("William, segundo as sobrinhas menores"), que tava fazendo aniversário.
Segunda a tarde, fui pra Bauru com a Manda revisitar a igreja onde fui batizado pra retirar uma cópia da minha certidão e aproveitamos pra passar no Walmart pegar uns donuts (sempre o melhor motivo pra ir no mercado). Chegando em casa, assisti Coco (traduzido aqui como Viva: A vida é uma festa), uma bela animação, que mostra o porque a Disney merece ser essa corporação milionária que tanto amamos. Em seguida, saí com a Manda pra jantar um obrigatório lanche do Edson (que merecia o troféu de melhor chapeiro do planeta) e depois encontramos o Gustinho e a Maryna pra umas cervejas no Armazém (outro lugar que quase nunca vamos).
Além disso, durante todos os dias é claro que li muitos gibis (principalmente Hellboy, Tio Patinhas e Pato Donald), joguei Zelda: A Link to the Past e baixei pro iPad vários jogos de tabuleiro e cardgames que fazia muito tempo que eu queria conhecer mas não tinha nem amigos com tempo (e disposição) pra jogar e muito menos grana pra comprar. Assim, aproveitei o tempo livre pra aprender bastante sobre Coup, Pandemic e Pathfinder. O primeiro tem partidas rápida e é o mais fácil de aprender, ideal pra jogar com quem tem pouco tempo. O segundo é o mais completo, deu até vontade de comprar a versão física. O terceiro, na falta de um grupo real de RPG, é a melhor opção pra quem quer sair por aí vivendo umas aventuras rolando dados.
Na terça, passei com a Manda buscar possíveis docinhos pro grande dia, curti mais um almoço em casa, tomei um café com meus pais no Shopping, joguei mais um pouco de card games online e logo já era hora de pegarmos a estrada novamente de volta pra São Paulo (felizmente dessa vez, sem trânsito e sem chuva).