segunda-feira, maio 23, 2016

X-Virada


Esse final de semana fui praticamente um turista em SP, exatamente do jeito que eu gosto. Acordei cedo, graças a boa e velha sindrome do vovô, que faz com que depois de certa idade você passe a acordar com as galinhas e segui direto pra Velen, upar meu bruxo de cabelos brancos e enfrentar monstros e bruxas em uma das maiores imersões em videogame que já tive (em outras palavras, joguei horas de Wild Hunt). Depois, tomei com a Manda um café (que eu mesmo fiz) e chocolícias (porque essa semana teve Festival do Biscoito nas lojas Americanas). E logo depois, já estávamos pegando um bus pra X-Men Expo, uma pequena exposição no MIS de peças da Fox utilizadas nos filmes dos X-Men. São menos itens do que eu esperava, mas obviamente algo que eu simplesmente tinha que fazer. E valeu a pena não só por ver esses itens de perto, mas também porque acabamos conseguindo ingressos de última hora pra concorrida exposição "O Mundo de Tim Burton" (santo São Pedro afastou as pessoas e nos deu essa chance), que eu queria visitar ha bastante tempo.
Essa já era bem mais completa, com vários desenhos e ideias desse puta diretor foda que tem tanto filme que a gente acaba nem mesmo lembrando da metada. Tinha esculturas de Frankenwinie, Marte Ataca e até de um Brainiac nunca utilizado no cancelado Superman Lives. Além disso tinha várias montagens gigantes, telas interativas secretas (um videoclipe que você só conseguia assistir se segurasse um vidro especial na frente) e um escorregador! Ou seja, eu e a Manda escorregamos como crianças em um escorregador preto bizarro, como se estivéssemos realmente dentro da mente conturbarda do cara! E ainda pagamos mais barato do que se tivéssemos comprado o ingresso online. Sucesso! 
Mas o dia estava só começando, voltamos pra av. Paulista e almoçamos um x-bacon muito bom na H3, com cookies aquecidos na hora! E logo em seguida assistimos ao excelente X-Men: Apocalyse
Ok, esse filme tinha a fada da expectativa baixa do lado dele, e isso sempre ajuda, mas porra, tem muita coisa boa no filme! Verdade mesmo, nem parece que é do Synger! Muitas dessas coisas são spoiler, mas só posso dizer que pela primeira vez os X-Men da tela eram realmente parecidos com os das hqs, foi utilizada a santa fórmula Marvel (comédia + roteiro coerente + muita ação + respeito aos personagens + cena pós-créditos) e como sempre, ela funcionou.Na saída, fomos obrigados a pegar mais cookies, e experimentei a sensação do novo sabor chocolate com pimenta que é realmente diferente, doce no começo e apimentada no final. 
Voltamos pra casa, a Manda preparou umas batidas de vodka (Durlof, mano, Durlof) com côco e vimos um pouco de TV. Por mais dias como esse!
No domingo, acordei cedo novamente e voltei pra jogatina de Witcher 3 (se você não me aguenta mais falar desse jogo, imagina a Amanda! =b), tomamos café com bolinho e andamos até o Anhangabaú pra Virada Cultural.
O lado bom do espetáculo que escolhemos dessa vez, foi que haviam cadeiras. Ou seja, nada dos encoxamentos do Uriah Heep, o ruim é que tinha sol, então a Manda passou o show todo de burca. Mas o que importa mesmo é o que o musical, Raia 30, no qual a Claudia Raia celebra seus 30 anos de carreira é realmente muito bom e de graça, do lado de casa, não tinha como ser melhor. Antes do espetáculo, teve até um show com umas minas dependuradas nuns panos e girando, que ficou sensacional com as nuvens de fundo (e mais assustador, porque né, uma roda suspensa montada as pressas na ponte não é a coisa mais segura do mundo). Saindo de lá, caminhamos a Rio Branco (com direito a um Shwarma no caminho!) em direção a praça Princesa Isabel, pra conhecer a famosa coxinha do Frangó, que há tempos nos era recomendada, mas pela distância nunca acabava rolando. As coxinhas eram boas mesmo (mas o Veloso ainda ganha, e se eu não citar a Renata a Manda ficaria ofendida rs), e ainda tinha um combo que vinha com uma Young´s Double Chocolate Stout a um preço justíssimo ($15 por uma breja dessas + 5 coxinhas, basicamente o preço só da cerveja). 
Voltamos pra casa passando por quase todos os demais palcos, e ainda achamos uma lojinha na rua de casa que vende pote de Ben & Jerry´s. Tomamos sorvete, dormimos, acordamos e tomamos batida enquanto assistimos "A Colina Escarlate". Li umas hqs e assim que Manda capotou retornei para Velen. Só diversão. E a semana que começava ainda tinha feriado! :)
Preciso ainda fazer um parênteses aqui sobre o Vale do Anhangabaú. Eu amo o centro, e essa região foi pensada pra ser um puta ponto turístico incrível. Tem esculturas lindas, escadas dignas da realeza, um belo jardim e vista pro maior teatro da cidade. Custa cuidar melhor desse lugar? Será que a prefeitura não podia mesmo tentar livrar esse espaço dos moradores de rua e do cheiro de mijo? Tenho compaixão por essas pessoas quato qualquer outro ser humano, mas não tem gente se lavando na Fontana de Trevi, certo? É um lugar lindo,que merecia muito ser preseravado. Imagino o arquiteto que armou essa porra, viajando pro futuro e caindo no choro por terem feito isso com o conceito que ele desenhou. Mas talvez a própria escolha do lugar já estivesse errada desde o princípio, afinal, originário do tupi-guarani, Anhangabaú vem de anhanga-ba-y, que significa rio dos malefícios do diabo. Os índios acreditavam que as águas do riacho Anhangabaú provocavam doenças físicas e espirituais. Ou seja, talvez o lugar não vá pra frente mesmo porque está tomado por energia negativa. E tem índio que sabia disso dando risada desde que os portugueses trouxeram a primeira pedra pra construir o rolet.

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