segunda-feira, maio 26, 2014

Fink Bros (aka Madness) - Mutants In Mega City One

X-Men: Dias de um futuro esquecido

Esse é sem sombra de dúvidas o melhor filme dos X-Men até agora. Gostei muito. Principalmente do começo. A batalha dos X-Men no futuro ficou perfeita, como meus heróis favoritos sempre deveriam ser. Homem de Gelo surfando no gelo, Blink aloprando, Bishop, Colossus e até o Apache ficou fodão. A cena do Mercúrio então, foi a melhor cena de velocista já feita na história, e admito que mordi a língua ao falar mal do visual do cara no começo. A inclusão do personagem no filme foi um ponto super positivo. Até a maquiagem do Fera melhorou bastante com relação do primeiro First Class (que já era bom) pra esse. Mas faltou Marvelidade nele. É um filme ótimo, com um elenco gigantesco e do caralho, e tem até uma cena pós-creditos de deixar com água na boca, mas não é Marvel. Ou tão Maravelhoso como poderia ser nas mãos certas. Bryan Singer, apesar de ter acertado mais do que errado dessa vez, ainda não me deixou satisfeito.
Sinto falta dos X-Men coloridos. De uniformes maneiros. E de personagens legais. Muitas das cenas ali (principalmente da batalha contra os sentinelas no passado) ficariam melhores com a presença do Ciclope, do Gambit e do Noturno. Principalmente do Ciclope. Ele é o principal X-Man nos quadrinhos, e faz muita falta (muitas vezes, inclusive até parece que o Fera humano está fazendo o papel de Scott na cena). A própria interação entre os mutantes não é tão divertida quanto nas hqs, nada de piadas ou daquele sentimento de que juntos eles são uma família, formada por melhores amigos. Bom, quem sabe um dia.
Por ora, de qualquer forma, ainda vale a pena ver nossos heróis no cinema, ainda que sob o olhar míope da da Fox. O roteiro, pelo menos é muito superior ao do filme do aranha.

Eu mudei

E foi nessa sexta feira, dia 23 de maio que minha vida mudou. Ou eu mudei. Bom, foi o dia em que eu e a Amanda começamos a morar juntos oficialmente em nosso novo lar no Arouche, a poucos metros da praça da República ou do Largo do Arouche (vizinhança, sai de baixo!). É o fim de uma era na Maria Antônia e o começo de uma nova vida no centro velho de São Paulo, com a melhor companheira do mundo. Durante o último mes, e principalmente nas ultimas semanas tem sido uma correria monstruosa com contratos, comprar, levar e montar móveis por lá, limpar o lugar, e tudo o mais, mas finalmente conseguimos nos mudar (ainda sem internet, porque a Vivo Fibra é lenta pra cacete pra agendar uma visita) e já comemoramos nossa primeira noite com uma pizza, cervejas e guaraná, mais paulistano impossível.
Sábado de manhã, mais uns retoques (tipo achar uma mangueira pro gás encanado do fogão) e compras de móveis (depois de semanas visitando lojas desse tipo, eu e a Manda percebemos que somos mestres em comprar produtos bons pelo menor preço possível lol) e mais umas viagens retirando o que havia no ape antigo pro novo (me sinto até mais forte depois de carregar tanto peso de um lado pro outro). Mas tudo compensou, porque no almoço a Manda já tinha os eletrodomésticos necessários pra fazer sua clássica macarronada com calabresa S2, antes da nossa soneca da tarde, e a noite estávamos a dez minutos do cinema Playarte Marabá, onde fomos assistir ao novo filme dos X-Men. Na volta jantamos e ainda celebramos a Páscoa dos Pobres.
Pas.co.a.dos.Po.bres: antes do domingo de páscoa, os ovos de 300g podem custar entre R$30 e R$50, algumas semanas depois, metade disso. E no final de maio, meio quebrados, míseros R$3 cada um. Compramos 7 ovos de páscoa nesse preço, Sonhos de valsa, Laka, Diamante Negro, Confetti, tudo que há de bom, ao preço de bombons. E o estoque de nossa páscoa particular ainda durará alguns meses.Ou seja, essa páscoa é mil vezes superior à Pascoa convencional.
Domingo, já pude curtir umas hqs sob meu novo sol, continuar comendo comida caseira, como não fazíamos ha muito tempo, mais soneca, hot dog de janta, e sob chuva e sem a companhia gripada da Manda ir ver o show do The Jesus and Mary Chain no Festival da Cultura Inglesa que estava rolando no memorial da América Latina, do lado da Barra Funda, a meros 20 minutos de casa (já mencionei que agora também estou muuuito perto do metrô?). Deu pra ver todos os clássicos, mas não sei se era droga, falta de vontade ou raiva com os equipamentos do festival, que realmente estavam zuados, não foi o melhor show do mundo (ainda que eu tenha ficado tão perto quanto no show do Nando Reis). De qualquer forma, era grátis e ver "happy when it rains" debaixo de chuva literalmente tem seu mérito. E ainda acabou cedo, 21h eu já estava de volta pra gente ver um pouco de TV e fechar nosso primeiro final de semana na casa nova.
O melhor de tudo foi o quanto essa mudança foi natural. Eu não sou exatamente um cara que gosta de mudanças, principalmente das que dizem respeito a envelhecer. Mas a chegada da Amanda na cidade aconteceu gradualmente, e deu tempo de ir me despedindo de minha antiga vida (e privacidade) na medida certa, sem que eu me assustasse com algo gigantesco e formal como uma cerimônia (ainda que isso provavelmente aconteça no futuro), e com os gastos não pesando tanto quanto eu temia.
No final deu tudo certo, da forma como deveria acontecer, e sou realmente grato por isso. It´s time to man up...

segunda-feira, maio 19, 2014

Minha primeira vez (na Virada Cultural)

Parece mentira, mas depois de tantos anos morando em SP, nunca tinha dado certo de eu ficar na cidade pra uma Virada Cultural. Até que nesse último final de semana, com a Manda por aqui, finalmente chegou a primeira vez. 
Não que tenha dado pra aproveitar tanta coisa, com muitas coisas da mudança rolando, não deu tempo de ir em metade das coisas que eu queria (tipo, Zé do Caixão fazendo show no cemitério? perdi...). Mas ainda assim aproveitei o que considerava imperdível.
Sábado a noite, no Palco São João, a 15min de casa, e depois de comer um Tempurá e um bombocado gigantescos nas barraquinhas montadas na praça da República, teve show do Uriah Heep, bandinha linda no estilo Led Zeppelin, que eu vinha escutando bastante ultimamente. 
E o show foi do caralho, MAS obvio que ser gratuito acaba atrapalhando. Tem gente mal educada por todo lado, encoxando e passando na sua frente, gente subindo em arvore ou banheiro publico pra ver o show e o caralho. Fora que a Manda não ta acostumada com esse tipo de coisa, então estar em uma pela primeira vez, num evento gratuito com todo tipo de roqueiro estranho ao redor não foi das mais fáceis. Ainda assim, depois do desconforto inicial, achamos um canto mais de boa, onde deu pra ver bem (apesar de longe) o palco e curtir o show até o final. No dia seguinte, ainda curtimos uma feirinha gastronomica da Virada no Minhocão, com várias cervejas nice (provei uma com avelã e uma com cambuci) a preço justo, hot dog francês, kafta e rojão e o melhor milk shake que já tomei na vida: sorvete Chicabon + Brownie + Red Label. 
Foi uma boa virada, mas como toda primeira vez, desconfortável, deixando o sentimento de que poderia ser melhor e terminando rápido demais para que eu a aproveitasse por completo.


segunda-feira, maio 12, 2014

Rock no Vale do Anhangabaú (Priceless!)

Geralmente quando sei que vou passar um fds em SP, programo tudo o que quero fazer com muita antecedência. Mas nessa semana estava até cheateado porque já era sexta feira e ainda não tinha encontrado nada diferente pra fazer. Mas essa cidade nunca me decepciona! Descobri no final da tarde que ia ter um festival de rock nacional patrocinado pelo CCBB (ou seja, de grátis pra nozes!) com vários shows bons e gratuitos no anhangabaú (a 15min de caminhada de casa). Feshow! 
Sábado, depois de correr atrás de várias coisas pra mudança, e do nosso típico cochilo da tarde, eu e a Manda descemos pro vale do Anhangabaú, que geralmente é um antro maldito de mendigos, mas como nesse dia estava lotado de gente pro show, estava lindo e amigável, dando chance da gente reparar na incrível área cheia de esculturas gigantes que existe escondida bem ali no centro da cidade. O Ultraje a Rigor já estava tocando quando chegamos, mas deu pra pegar quase uma hora de show, e os principais sucessos da banda. Até o pessoal da Plebe Rude subiu no palco com o Roger pra tocar "Até quando esperar?", fazendo uma participação especial bem bacana. Voltamos pra casa, e curtimos uma pizza da Ramos, que tem a melhor massa de pizza da galáxia. No domingo, já que vimos no dia anterior que os shows eram pontuais (e eu realmente não esperava que fossem), chegamos mais cedo pra ver Nando Reis e os Infernais. Como no dia anterior, achamos um lugar perfeito na lateral da grade direita, de onde dava pra ver tudo muito bem e ficar bem perto do som. Sério, se a gente tivesse pago (show do nando reis em jaú = R$ 80), provavelmente não ficaríamos num lugar tão bom. O Nando reis tava inspirado (provavelmente pelo fato de estar com os filhos e mulher ali o assistindo, como ele gostou de ressaltar, ele até chamou os filhos pra cantar "Família" junto com ele no palco) e tocou por mais de 2h30, dezenas de suas músicas mais românticas (ou seja, show perfeito pra estar com a Manda <3, e num momento crucial de mudança) e inspiradoras ("o mundo é bãaaao, sebastiãaaao ah-ha..."). Nada como um inesperado, gratuito e delicioso festival de música pra animar o final de semana! =]

terça-feira, maio 06, 2014

Ja-hur

Na virada do sábado pro domingo desse último final de semana eu deveria correr minha primeira corrida, a Star Wars Run, lance sensacional (e nerd!) de 6k para o qual eu vinha me preparando correndo todo dia no minhocão 5.5k todos os dias de segunda a segunda. Mas infelizmente não rolou. Diz a lenda que temos sempre dois motivos pra fazer alguma coisa. Um motivo nobre, aquele que vamos dizer pros outros se nos perguntarem o porquê daquilo e o verdadeiro. O motivo nobre de eu ter desistido é que no próximo final de semana é dia das mães, meus pais vão passar um mês viajando agora e eu queria vê-los antes da viagem. O motivo verdadeiro é que meu corpo não aguentou. Meu pé direito começou a doer loucamente nos ultimos treinos e eu tinha que voltar pra casa mancando. Bom, fica pra próxima, pelo menos a grana da inscrição pagou o kit bacanudo que tem uma camiseta com malha boa pra correr com desenhos de armadura de Storm Trooper e uma mochila no formato do R2D2. 
Ao invés dia corrida, curti um típico final de semana em casa, torta de frango nos almoços, filminhos com a família (Her e About Time, dois que recomendo muito), zerei Tomb Raider no PS3 (melhor jogo da série, com muito mais ação e o primeiro que tive saco de jogar até o final), li hqs (Saga, Justiceiro Max), ouvi meu novo LP (do Firehouse), jantei com a família no Rospinho (um clássico varal no prato, cheio de bacon, cebola e ovo), saí com a Manda e os amigos (Frodo, Gustinho, Tio Ilha) no El Puerto, pra virar umas cachaças e tomar umas cervejas e como ainda tinha um álbum da copa zerado sobrando em casa, arrumei material pra mais uma criancisse. LOL

Gran finale

O protagonista da peça seria interpretado por um ator que ficou famoso ao dar vida à um vampiro em uma série de filmes antigos de que eu gostava quando era criança, remontando à época em que as pessoas ainda assistiam televisão. Então, quandi fiquei sabendo que ela estava em cartaz num teatro bem perto de casa, e a história seria a respeito de como o ator, agora com 93 anos, relembraria de pontos chave de sua vida através de dezenas de personas, soube que tinha de conferir.
A estreia estava marcada parauma sexta-feira a noite, e como a bilheteria ficava no meu caminho na volta do trabalho, passei verificar se ainda haviam ingressos.
Esgotados.
Desencanei.
Minha namorada chegou. Decidimos sair jantar em uma pizzaria. A bilheteria do teatro ficava no nosso caminho. Então pensamos em já garantir ingressos para o final de semana seguinte. Um casal apareceu, querendo vender dois ingressos para a estreia, que se iniciaria dentro de poucos minutos. Eles tinham lugares melhores do que os que ainda estavam disponíveis na próxima sexta. Ficamos com eles. E pouco antes do terceiro toque, encontramos nossos assentos.
O palco se enche de fumaça. Uma nave de papel machê se arrasta saída de trás das cortinas. Um  astronauta estica um braço para fora da nave. Podemos ver seu capacete. Nascimento, chegada a um mundo novo, stanley kubrick bla bla bla. O capacete do astronauta se abre. Tem um bebe chorando ali dentro.Uma mulher nua se aproxima, recolhe a criança e sai de cena.
Um garoto vestindo farrapos passa pulando. Um homem oferece dinheiro a criança. E em seguida o garoto coloca as mãos por dentro da calça do velho. Não esperava que o espetáculo fosse tão explícito.
Os dois saem de mãos dadas.
Um adolescente entra em cena. Ele recita versos de grandes pensadores enquanto um homem mais velho lhe come por trás. Ele está de óculos, virando calmamente as páginas de seu livro, sob o som dos gemidos de seu amante.
O mais novo entra atrás de um biombo, e ao sair é interpretado por uma nova atriz. Ela é magra, tem a maquiagem borrada, usa um vestido vulgar e entra ao som de Cocaine. Mais explícito impossível. 
Em seguidas, vemos alguns dos personagens interpretados pelo famoso ator no cinema e na televisão. Um rei, um soldado, um explorador, um galã, e o já mencionado vampiro. Sempre alternando seus papéis com a puta drogada ou com o velho ator interpretando a si mesmo. Algumas vezes vezes tem três ou quatro personagens interpretando diferentes partes da psiquê do autor na mesma cena. E com ajuda de maquiagem pesada, os personagens foram envelhecendo com o passar do tempo. Algumas pessoas deixam seus lugares. O roteiro, muitas vezes confuso e bastante acusador, não agradou a muitos dos espectadores.Exemplo: um ator português entrou em cena e criticou o modo de vida dos brasileiros, nossa falta de originalidade e como a única coisa sobre a qual as pessoas sabem conversar hoje em dia é a novela das oito. Bem corajoso da parte dele.
Depois de quase duas horas, e mais uns 20 assentos vazios, todos saem de cena. O velho ator sobe ao palco, trazendo uma cadeira. A equipe de produção desce uma corda com um laço. O homem sobe na cadeira e coloca o laço ao redor de seu pescoço. As luzes se apagam. Silêncio. Aplausos.Silêncio.
Suspeito que quando as luzes voltaram a se acenderam, momentos depois, o que deveria ter acontecido foi programado de forma bem diferente. Mas o fato foi que quando as luzes se acendera, o velho estava dando seus últimos espasmos, ainda com a corda ao redor do pescoço. 
O público ficou agitado. Gente apareceu de todos os lados para descer o ator e verificar se ele estava bem. Tarde demais.
Que ato final incrível. Clichê talvez, mas ainda assim excelente e único. Fiquei feliz de ter conseguido os ingressos para a estreia. Acho que essa peça não vão ficar muito tempo em cartaz.

sexta-feira, maio 02, 2014

Feriado Nerd em SP

Ah, nada como transformar um feriado no meio da semana num grande dia nerd! 1o de maio, quinta feira: Depois de acordar, li umas hqs do Juiz Dredd, assisti Walking Dead, comi um miojo com requeijão e calabresa da Manda, saí pra Fest Comix (que está mais mal organizada e com filas maiores do que nunca), comprei muitas hqs raras (Slaine, Tartarugas Ninja clássico, Dr. & Quinch) e baratas (Tomorrow Stories, Star Wars, Wolverine), consegui um autógrafo no meu encadernado e em um poster da hq de Injustice e desci encontrar a Manda no metrô pra retirar meu kit da Star Wars Run no Shopping Iguatemi. 
Mochila cheia de hqs pra ler por meses e brindes retirados, a Manda já tava quase virando o Hulk da fome, então sentamos no America pra provar o Patriota Burger, que vem até com um mini escudo do Capitão América de enfeite. Ao sentarmos no restaurante, começo a receber ligações da sista Very. Quando atendo, percebo que ela e o namorado estão sentados no mesmo restaurante, algumas mesas de distância.  Nos sentamos com eles e America, Fuck Yeah! Gordisse suprema, muito bacon (com um leve toque adocicado), carne alta e bastante queijo e maionese! De sobremesa, a Manda e minha irmã ainda tomaram um ótimo Farofino (comigo e o Vyctor roubando um pouco obviamente). Os porta copo da minha cerveja ainda era o logo da Viúva Negra. Viva a nerdissse mainstream. 
Aproveitando que voltaríamos pra casa de carona, compramos logo ingressos pra estreia de Homem Aranha 2: A ameaça de Electro em 3D pra assistir lá mesmo, com eles (e o Oscar, do basquete) que já tinham até ingresso. O filme melhorou bastante com relação ao anterior, tiraram aqueles olhos amarelos e luzinhas piscantes do uniforme que me incomodavam bastante, deixaram o Peter mais piadista e aprimoraram o design dos vilões (Electro ficou show, as cenas no Times Square ficaram lindas), o Duende não me incomodou e o Rhino ficou tão foda que eu queria muito mais daquilo. A ação do personagem balançando pelos prédios também ficou muito boa e a trilha sonora é bem bacana. Quanto ao roteiro, meh, podia ser melhor, mas fazer o que, a Sony não é a Marvel e ainda peca bastante. Coincidências rolam toda hora, os vilões são caricatos demais pro meu gosto e isso de querer mostrar a história do pai do Peter, como se o filho fosse algum tipo de escolhido, é a pior bosta do mundo. Ninguém se importa. Acho que até eles perceberam isso, já amarrando todas as pontas soltas do primeiro nesse, pra não ter mais que voltar nesse assunto sem graça. Ainda assim, no geral é um filme muito bom, porque o que eu quero mesmo é ver o Aranha descendo o cacete no máximo de vilões possível!