Um real, uma fortuna
Sabado fui com meu irmao numa feirinha gastronomica que estava rolando na Praca Ramos. Tinha varias barraquinhas montadas com varios Chefs famosos fazendo comidas legais, que geralmente custariam os olhos da cara e viriam numa porcao minuscula, por um preco mais acessivel (mas numa porcao ainda assim pequena). Acabamos comecando por uma polenta com ragu de pato, do chef Carlos Bertolazzi (que nem sabiamos quem era, mas descobri que ele tem um programa no Fox Life, por isso tinha tanta gente querendo tirar foto com ele). Gostoso (pra mim pato tinha gosto de pernil, pro meu irmao tinha gosto de peru do dia seguinte), mas nao matava nossa fome. Pegamos entao uma cerveja num boteco proximo, e quando iamos pagar, um mendigo aproximou-se e pediu por algumas moedas. Eu ja estava com uma moeda de um real na mao pra ajudar na cerveja, e acabei dando a moeda pro mendigo. O cara ficou muito feliz, de verdade, agradecido como se aquilo fosse muito dinheiro no meio das moedas de dez centavos que ele segurava. Beijou minha mao agradecendo e me disse que eu teria muita sorte. Voltamos pra feira, comemos um lanche bem digno do Vinil Burger pra matar de vez a fome e depois fomos para um stand da Brooklyn, uma das minhas cervejas favoritas nos EUA, fechar com umas cervejas diferentes. Estavam tirando fotos de quem comprava a cerveja, pra algum material de divulgacao da marca ou seila o que, soh sei que fiquei segurando o dinheiro pra pagar a cerveja por muito tempo e ninguem pegou,tive ate a impressao de que mandaram deixar quieto. Era a bencao do mendigo, ja comecando a fazer efeito. Cerveja, da boa, gratis! Em seguida, fomos pro Shopping Light, comer uns cookies (no meio dessa semana, a Amanda tinha me apresentado essa nova loja maravilhosa de cookies e senti que era meu dever espalhar a boa palavra). Depois, passamos no ape (agora da) Veri pegar umas poucas coisas que tinham sobrado por la, e dei sorte mais uma vez. O namorado dela se ofereceu pra me ajudar a trazer um movel pro ape novo, de carro, facilitando muito mesmo minha vida.
Ainda no sabado, dormi a tarde, li muitas hqs e um pedaco do maravilhoso livro da historia secreta da Marvel e fui correr no minhocao. Meu irmao sempre disse que corria la a noite, mas como ele soh fecha pros corredores as 21h30, sempre estava cansado demais pra ir la. Mas de fim de semana la fica aberto o dia todo, e fui correr enquanto ainda tinha sol. Meu Deus, como eu nao fiz isso antes? A sensacao de correr ali eh incrivel. Voce fica uns tres, quatro andares acima do nivel dos predios, entao meio que se sente um superheroi, passando pelas janelas dos predios das casas das pessoas bem acima da rua. Corri muito, por quase uma hora, e ainda nao cheguei no final. Foi incrivel. Na volta, tinha uns bombeiros apagando o fogo de um fusca! Que soh depois eu fiquei sabendo que foi por conta das manifestacoes. O fusca achou que dava pra passar por uns colchoes queimando numa barricada, mas um colchao ficou preso no carro, que basicamente ja era carvao quando eu voltei do meu jogging (http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/01/familia-comemora-ter-escapado-de-fogo-em-fusca-durante-ato-em-sp.html).
No domingo, a Manda chegou na hora do almoco. Fomos comer um frango empanado na esquina, tiramos nosso classico cochilo de domingo e as 18h fomos pro Teatro Procopio Ferreria, assistir ao musical Tim Maia: Vale Tudo. No comeco, atraso, gritaria aos fundos, deixando o publico incomodado, mas tudo encenado, soh pra galera se sentir exatamente como o publico do Tim Maia devia se sentir antes dos shows, ja que ele costumava enrolar pra subir ao palco, ou mesmo nem aparecer. E devo admitir que a peca me surpreendeu. Muito bacana a forma que eles arrumaram de contar todos os principais fatos do livro do Nelson Motta, contados atraves das proprias musicas do cantor (o ator mesmo cantava muito igual o Tim, ou melhor, ao Tiao Marmiteiro). Tem tudo: a loucura do universo racional, as dorgas (chocolate...e um quilo do bom...), os amigos famosos (Roberto Carlos, Jorge Ben, Erasmo). E no final o publico acaba ate dancando junto, como se estivesse num show. 3h de show, muito legal mesmo! Vale...vale tudo...inclusive o ingresso! Uma otima noite, fechando muito bem meu final de semana de turista paulistano. Na volta, ainda tomei um sorvete de caipirinha e a manda tomou um de algo que parecia panetone, com frutas cristalizadas, muito bom.
Ja falei o quanto eu amo essa cidade? E com a companhia da Amanda por aqui, vou aproveitar com certeza ainda mais!
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