Dia 25, a Veri chegou pela manhã, e com a família toda reunidas comemos peru e tomamos diversas cervejas diferentes que minha mãe trouxe da Bélgica. Trocamos presentes a tarde, tiramos fotos, cochilamos (todos sem exceção, tinha realmente muita cerveja) e a noite eu e a Manda encontramos o Gustinho pra jantar e botar a conversa em dia, tomar mais cervejas e comer o bolo red velvet da sogra dele.
Na segunda-feira, li alguns contos de natal da família pato escritos por Carl Barks, corri pelo bairro, comi o tradicional almço da Maria, levei minha tv novamente pro conserto, saí tomar um suco bagaço com a Manda no shopping, cochilei e a noite fui com meus pais e meu irmão ver "
Tubinho e o Lobisomen", um show engraçadinho de teatro com um humor escrachado longe do políticamente correto. Saindo de lá, fui levar a Manda jantar no Banana split e provei um novo lanche gourmet realmente muito bem feito e que vem até acompanhado de molhinhos e anéis de cebola.
Terça-feira, dia 27, repeti a mesma rotina matinal do dia anterior, assisti um pouco de Netflix, jantei no shopping (empanadas kapsa) e passei na casa de uma tia da Manda comer um delicioso bolo de leite ninho trufado pra comemorar o aniversário do "priminho" da Manda que já tem 3 metros de altura, mas continua com um apelido no diminutivo.
Na quarta de manhã, eu, meus pais, meu irmão e a Manda pegamos a estrada pro destino de final de ano da família Picagova de 2016: Petrópolis!
Meu pai dirigiu cerca de cansativas 8h e chegamos no hotel por volta de 16h30 da tarde. Cochilamos (saudades eternas do ar condicionado), a namorada do meu irmão chegou e logo saímos em busca de um lugar pra jantar. O bar da Bohemia estava lotado e com fila de espera de mais de 2h, mas achamos um aconchegante restaurante na beira do rio chamado Rink Marowil, onde logo provamos as primeiras cervejas locais, comi um salsichão alemão e petiscamos porções de linguiça e batata frita e caminhamos de volta pro hotel (com direito a um milk shake de nutella do Chiquinho no meio do caminho) pra recuperar as forças pro dia seguinte.
Na quinta, conhecemos o maravilhoso café da manhã servido pelo hotel (que tinha de tapiocas a brownies), depois fomos caminhar (até cansar) pelo centro histórico de Petrópolis. Foram horas andando de um lado para o outro, e visitando o Palácio de Cristal, a catedral, a humilde casa de
Santos Dummond, a ostentação e o glamour do
Museu Imperial (temos que colocar chinelinhos sobre os sapatos pra entrar, local onde armazenam não só a privada de madeira e os berços de ouro, mas também as coroas e o cetro de dragão dos pedros, aparentemente muito pouco seguras - nota mental: escrever uma história do roubo da coroa que se passe aqui), passamos pela frente de todas as outras residências históricas da região (todas as vendas de imóveis ainda tem que destinar 2% do valor pros descendentes do DP), aprendemos fatos interessantes com os guias que vimos pelo caminho (sabia que existia uma linguagem de sinais feita com leques que eram utilizadas pelas mulheres para sinalizar quando estavam solteiras e para marcar horários de encontro?) e por fim, fizemos
o tour de visitação na Cervejaria Bohemia, que incui umas exposições que tem vários fatos bacanas sobre a origem da cerveja (por exemplo, a palavra kash, vem de um meio de pagamento usado antigamente em que a moeda era cerveja), maltes pra provar, lúpulos pra cheiras e 3 tipos de cerveja pra provar: 14-weiss, Bela Rosa e Caa-Yari. Saindo de lá, paramos no restaurante da fábrica, onde comi um diferente hamburger de porco com couve, queijo e abacaxi e tomamos mais uma régua de chopps com pão cervejeiro. Voltamos ao entardecer pro hotel e foi um dia tão cheio e cansativo, que nem saímos a noite.
No dia 30, meu irmão e sua namorada saíram visitar umas cachoeiras com um amigo dele enquanto eu, a Manda e meus pais saímos de carro visitar as atrações que ficavam mais longe. Começamos por um rolet involuntário por uma mini favela no morro que escondia um ponto de observação (e salto de asa-deltas) que dava uma vista bonita pra mata. Depois visitamos a Casa do Colono, um daqueles museus que no dia seguinte seria descrito por meu cunhado com exatidão como "uma daquelas casas velhas, cheias de coisas antigas onde tem um velho daquele tempo querendo que você assine o livro de visitas". Em seguida, visitamos o Palácio Quitandinha, um lugar imenso construído em apenas 3 anos (de 1941 a 1943) pra ser o maior hotel cassino da América Latina. No lago da frente do palácio, no formato do mapa do Brasil, o maluco tinha até mandando trazer areia de Copacabana pra cercar! Um ano depois de pronto, a jogatina foi proibida no Brasil, miando completamente o rolet do cara que o imaginou e hoje ele é parte condomínio, parte Sesc, sendo que os gigantescos salões de jogos, cozinhas, piscina com 5m de profundidade, bares e teatros (basicamente a melhor parte), hoje infelizmente vive vazia e inutilizada. Tem até uma sala que tem um eco que dura até 20x, onde meu pai deu uns gritos como se estivesse jogando truco sozinho - truco! seis! bandido! e a Manda logo imaginou que fosse pra se escutar melhor as fofocas). Um ótimo cenário pra um conto que se passe nos anos 40, por sinal.
Saindo de lá, fomos pra Itaipava, onde almoçamos num mineiro e tomamos sorvete. Em seguida, dirigimos até o Castelo de Itaipava (que pra minha tristeza, não tinha nada a ver com a cervejaria, só levava o nome da cidade vizinha mesmo), um verdadeiro castelo medieval (por dentro e por fora) construído em 1920 que serve de hotel e local de eventos. Tomamos um chopp por lá e comemos ótimos bolinhos da bacalhau (sem fome mesmo, só pra poder entrar no lugar, uma visita que realmente valeu a pena). Depois voltamos pra tirar um cochilo no hotel, reencontramos meu irmão e saímos jantar no Luigi, uma pizzaria local muito boa, onde provamos dessa vez os chopps da cervejaria Cidade Imperial, também de Petrópolis e tomamos um ótimo sorvete de chocolate e marshmallow no melhor estilo Ben & Jerry's.
Minha irmã e o Vyc tinham chegado durante a madrugada, então acompanhamos eles até o Museu Imperial e enquanto eles visitavam lá dentro, fomos dar uma volta (dessa vez de trenzinho) pelo centro velho (a Manda já tinha até decorado os lugares e tava pronta pra virar guia turístico), e saindo dali, como tinha muita coisa fechada, partimos direto pro tour da Bohemia, que todo mundo fez questão de repetir. O bom foi que os 3 choppes de degustação dessa vez eram diferentes (Magna, Aura e 838), a Manda sempre dividia comigo e já estávamos malacos o suficiente pra pegar mais de um copo por vez. Almoçamos novamente no restaurante (dessa vez peguei uma porção de salsichão que vinha com 3 mostardas de cerveja da própria Bohemia) e passamos na lojinha pegar mais algumas cervejas (uma até com meu nome impresso =b), mostardas e brownies recheados com pasta de amendoim. Voltamos pro quarto, cochilamos e aí começou a confusão. O hotel tinha prometido que faria uma ceia, mas (provavelmente por falta de gente) desmarcou de última hora deixando várias pessoas sem ter pra onde ir. Saímos de carro em busca de qualquer lugar aberto, mas acabou sendo em vão. Acabamos passando a virada no quarto dos meus pais mesmo, o que não foi exatamente uma notícia bem recebida por todo mundo. Não tenho muito do que reclamar, tinha cerveja, champanhe, castanhas e lanches e já tínhamos comido bem todo o tempo mesmo. De qualquer forma, ficou o aprendizado de que talvez alugar uma casa tivesse sido uma ideia melhor (que deu muito certo quando fomos pra Paraty, por exemplo).
No domingo, tomamos o café da manhã parrudo com meus pais e meu irmão e sra., depois voltamos pra São Paulo com os V´s. Chegamos cedo, por volta das 14h da tarde, o que nos deixou com bastante tempo pra dormir, ler, ver tv (terminei a primeira temporada de Westworld e admito que os últimos episódios realmente valeram a pena) e é claro comemorar meu 5o ano junto com a Manda, pedindo um calzone do Green Pizzas e tomando sorvete de brownie do B&Jerry´s.
Que o 2017 de todos nós seja ainda mais incrível! Feliz ano novo pessoal!