sexta-feira, janeiro 27, 2017

Recomendações da semana

Livro: "A Cidade e a Cidade" de China Miéville é sobre duas cidades completamente diferentes que dividem o mesmo espaço físico. As pessoas de uma cidade simplesmente aprendem a "desver" os habitantes da outra cidade, a ignorar seus veículos e estabelecimentos. Tipo os sem-teto que você finge que não vê nesse tal de mundo real.

Jogo: "Outlast" é sobre um jornalista preso num manicômio escuro cheio de malucos assassinos, completamente desarmado e contando com o pouco que tem de bateria pra manter a luz de sua câmera ligada só pra conseguir se locomover pelo lugar. Tem me dado uma porrada de sustos, mesmo quando jogo durante o dia.

Desenho: "Rick & Morty" chegou há pouco tempo na Netflix e já tem um lugar de respeito no meu coração. É um desenho animado sci-fi adulto e genial. Praticamente uma mistura de Doctor Who com South Park. Terminei a primeira temporada esses dias e não consigo deixar de pensar em como o roteiro cresce a cada episódio.

Filme: La La Land. O filme é não só faz um brinde a todos os sonhadores que nunca desistem de ver seus sonhos realizados como ao mesmo tempo faz uma homenagem a muitos dos grandes musicais do passado. Ao menos 3 das principais músicas já estão entre as músicas mais escutadas por mim no Spotify nas últimas semanas.

Música: "Pain lies on the Riverside" da banda Live é uma daquelas músicas que sempre ouvi tocar, mas nunca soube o nome. E agora que sei, jamais sairá da minha playlist. Quem sabe não é o caso pra você também?

segunda-feira, janeiro 23, 2017

[HQ] Baratas Explosivas em Quadrinhos!

E agora, com vocês, a versão final em p&b da hq autobiográfica que conta a história dos Baratas Explosivas (também disponível no site baratasexplosivas.tumblr.com), produto final do curso de Processo Criativo e Introdução à História em Quadrinhos que eu fiz ano passado no Sesc Santana:





PS: Clique nas imagens para ver no tamanho original ;)

A universidade invisível

Eu sempre tinha ouvido falar dos cursos de escrita que rolavam na Casa das Rosas, mas nunca tinha conseguido vaga. Aí um belo dia vi que ia rolar um intensivão de "breves narrativas" de uma semana, corri me inscrever e bem quando era com o professor que eu mais queria, acabou dando certo. O lugar é tipo um casarão bem velho, com janelas gigantes e banheiras nos banheiros. E como as vezes você tem que pegar caminhos, entradas ou escadas diferentes pra chegar na mesma sala de aula, faz com que você se sinta um pouco em Hogwarts.
Apesar de curto (como é gratuito, na verdade nem da pra reclamar muito), foi bem proveitoso.
Além de ter pego novas técnicas, referências e histórias (que incluem até o telefone de uma vidente pra qual eu provavelmente nunca vou ligar), foi a primeira vez que li meus textos em voz alta pra tanta gente junta e fiquei bem empolgado com o feedback positivo e as risadas que eles causaram.
Seguem abaixo alguns exercícios.

Preenchendo o vazio
(criação livre)

Em uma tarde de tédio, Flávio teve a ideia de encher a boneca inflável com quem estava dormindo nas últimas duas semanas com gás hélio. 
Ele imaginou que seria divertido se ela se fizesse de difícil e tentasse fugir para longe de suas investidas, como as mulheres de verdade que ele conhecia sempre faziam.
Através de um vídeo do Youtube, descobriu que poderia substituir o gás por uma mistura caseira de vinagre e bicarbonato de sódio.
Coletou o que precisava no armário cozinha e rapidamente voltou para o quarto. Pouco tempo depois, sua amante ganhava vida e deslizava suavemente pelo teto.
Foi a melhor transa que Flávio teve na vida. Tão incrível que na manhã seguinte ele amarrou um barbante no pulso de sua mulher voadora e a levou para dar uma volta na Avenida Paulista, ávido por exibir orgulhosamente para todos que finalmente havia achado alguém que o fazia feliz. 
A boneca flutuava cerca de vinte centímetros acima da cabeça do rapaz, boquiaberta e nua, chocando e divertindo quem os via passar.
No caminho de volta, um desconhecido aproximou-se deles e cortou o barbante com uma tesoura.
— Por que fez isso? — protestou Flávio. — Eu a amava.
— Não seja idiota — o homem com a tesoura respondeu. — Era só sexo.

Segredos de beleza
(texto criado com base em uma sequência de imagens aleatórias exibidas pelo Professor)

Ana se achava feia. O espelho dela tinha certeza. Para piorar, a mãe dela era linda, e admirada por todos os seus colegas de escola. Quando sua avó faleceu, Ana encontrou algumas fotos antigas dos avós quando jovens e ficou confusa. Seu avô era muito bonito, provavelmente a beleza de sua mãe vinha dele, mas sua vó era tão feia que parecia precisar de um exorcista.
- Mãe, como você acha que sua mãe conheceu o vovô? - perguntou Ana, enquanto as duas remexiam nas coisas deixadas pela falecida.
- Não sei nem como eles continuaram juntos por tanto tempo - respondeu a mulher. - A única coisa que tinham em comum era o mal gosto. Não vejo a hora de me livrar desse macaco amarelo horrível.
Ana observou com curiosidade a escultura que ficava no meio da sala e imaginou se a avó não utilizou a bruxaria de algum deus-macaco ancestral para conquistar o avô. Se oferecendo para jogar a estátua fora, a garota carregou o macabro chimpanzé de vidro até o latão de lixo que ficava nos fundos do prédio. 
Ao chegar lá, se assustou momentaneamente com a sombra de um monstro gigante que os brinquedos do parquinho formavam na parede e derrubou a escultura no chão.
O macaco se quebrou em mil pedaços. Dentro dele, havia um pequeno frasco prateado.
Ana abriu o recipiente e sorveu um longo gole, sem ter a menor dúvida de que aquele era o segredo de sua avó para ficar bonita. O líquido amargo desceu queimando sua garganta e a partir daquele dia, e sempre em posse do frasco, ela passou a se sentir a garota mais sexy do planeta. 
O que Ana não sabia era que a magia de sua vó só funcionava porque, na verdade, era o seu avô quem bebia.

A bandana
(descrição de alguém da classe em uma única frase)

Não sabia que hoje tinha jogo do Brasil. Tomara que não seja outra manifestação.

O legal é que esse curso foi basicamente uma extensão da oficina que fiz na semana passada. Até alguns colegas se repetiram. Ou seja, é um curso sem prazo de duração e sem lugar fixo, basicamente um colégio invisível.

Cursos, festas e cinemas


Minha terceira semana de janeiro foi bem agitada. Na segunda feira rolou "paredão" na empresa, com um corte gigantesco de pessoas mas mais uma vez, sabe-se-la-como consegui sobreviver. E de terça a sexta, fiz um intensivão de escrita na Casa das Rosas ministrado pelo mestre. Já no primeiro dia fiquei bem feliz por ele ter lembrado da minha história sobre os Baratas Explosivas e ter feito questão de contá-la pra sala toda (que dessa vez tinha umas 40 pessoas). Apesar de ser pouco tempo, deu pra escrever bastante, desenhar e ainda ter ideia pra pelo menos umas 3 novas histórias no futuro. Vou postar um pouco do que escrevi/li durante esses dias num próximo post. Sábado de manhã fui com a Manda na Vovò Zuzu fazer umas compras, depois compramos um filtro de água de barro pra combinar com o resto retrô do apartamento (só falta uma vitrola agora), cortei o cabelo na Augusta, tomamos café com sonho de almoço e passei a maior parte da tarde lendo, correndo na esteira ou assistindo tv. A noite, a Very, o Vyctorio, a Rosangel e o Fábio vieram em casa. Tomamos algumas cervejas, comemos frios, fizemos picanha na churrasqueira e cantamos parabéns pra Amanda antes de comer o brigadeirão com morangos que ela tinha feito. É ótimo ter um apê onde finalmente dá pra receber bem as pessoas!

No domingo de manhã, continuei minhas leituras,  fomos à feira, almoçamos lanches com o que tinha sobrado de picanha, pão e cebola no azeite do dia anterior e tiramos um cochilo. Depois pegamos um ônibus até o Cine Drive-in, uma sala especial da Belas Artes que tem bancos de automóvel pra sentar juntinho! O lugar era ainda mais legal do que eu imaginava, até a parede era decorada com faróis e tem até uma lanchonete americana lá dentro servindo drinks e hamburguers, onde tomamos um milk shake de sorvete de nata com morango e hibisco sensacional.
Assistimos ao musical "La la Land", que eu curti bastante e tem todo um climão de filme antigo, ou seja, o filme perfeito pra nossa estreia na sala. 
Jantei leite achocolatado com cookies e fechamos o domingo assistindo desenho animado. Rick e Morty é a melhor coisa que descobri desde Black Mirror e recomendo demais como uma das melhores comédias/sci-fi que você vai encontrar na Netflix.




terça-feira, janeiro 17, 2017

O (lanche) bom, o mau e o caseiro

Quinta-feira, queimando a largada para as festividades de comemoração do aniversário da Manda, fomos com o Eduardo e sua prole comer um maravilhoso Holy Burger. A fila de espera demorou, muito, mas valeu a pena. E quem foi pela primeira vez já queria voltar.
Na sexta, voltamos de busão por conta da escassez de carona e eu tive a brilhante ideia de comprar tapiocas de janta. Não consegui pregar os olhos durante a viagem, enquanto a Manda (prevenida com dramins, dormiu o tempo todo). Sábado, até o almoço estava tudo ótimo. Comi tender (porque natal nunca é demais) com meus pais e minha tia e até tomamos limoncelo com chocolate de menta na sobremesa, mas depois da habitual soneca da tarde comecei a sofrer com as lembranças da tapioca. Vomitei, passei mal, fiquei com dor de cabeça, e foi com muita tontura que me dirigi pra casa da vó da Manda pra ver, sim, só ver o bolo de aniversário que tava rolando por ali. Voltei pra casa, fui medicado e dormi mais umas horas. Depois, munido de um gatorade, saímos encontrar a Marian e o Sustinho no Maria Joana, um novo bar que só tinha a gente de clientes e aguentei o máximo que pude acordado.
Domingo finalmente acordei bem, li umas hqs e assisti "Enigma do outro Mundo", depois almocei mais um pouco de tender (e dessa vez acompanhado até de bolinhos de arroz e mandioca frita, o teste supremo pra mostrar que eu realmente já estava bem), passei na vó da Manda comer o pedaço de bolo que eu tinha ficado devendo pra mim mesmo e passamos até na Lian onde provei a nova paleta mexicana de café (que é ótima, por sinal). Jantei um lanche com meus pais, enquanto um dilúvio começava a cair sobre a cidade, depois fomos buscar a Manda e encontrar nossa carona.
Na segunda-feira, finalmente comemoramos o aniversário dela dignamente com filet mignon na churrasqueira, cebola frita na maionese Heinz e pão do Marajá, fazendo o melhor lanche caseiro da história dos Salmeida-Picagova. Não restam dúvidas, eu estou curado. 
Um feliz aniversário pra vc Mandalenaaaa, tenha um ótimo ano, vc merece tudo de melhor! :) 

quarta-feira, janeiro 11, 2017

A velha São Paulo

Quando eu era mais novo, São Paulo costumava ser meu destino de férias em família favorito. 
A diversão começava já na estrada. A gente estacionava no Tavolaro, no Serra Azul, no Frango Assado e ocasionalmente visitava a até a família do meu pai em Limeira. Demorava muito tempo. 300km pareciam 3000, mas valia muito a pena. Tinha coxinha, suco, pão na chapa, sequilhos e banheiro a cada parada. E a banca do Serra Azul já tinha dezenas de opções de quadrinhos que eu nunca encontraria pra comprar nas bancas jauenses.
A família toda dormia no apartamento das minhas tias na Av. Liberdade. Tinha uma loja da Dunkin Donuts ali do lado e um Habib's na frente. Não preciso nem dizer que amo essas maravilhosas rosquinhas até hoje (uma tristeza a rede ter abandonado o Brasil). O Habib's dava aquela liberdade de boteco, onde você se sente o rei porque pode pedir qualquer coisa do cardápio sem medo da conta. 
Antes de chegar na casa delas eu já ficava maluco pra descer do carro e pular dentro de algum sebo. Meu favorito (e continuou sendo durante muito tempo, até infelizmente diminuir imensamente seu acervo) era o Sebo do Messias. Eles tinham centenas de hqs importadas e todo tipo do formatinho (tanto que com muito esforço, eventualmente eu completei minha coleção de X-Men e de Wolverine da Editora Abril muito por conta dessas visitas). Lembro da minha mãe e dos meus irmãos me ajudando a encontrar hqs que eu não tinha no meio de pilhas e pilhas de velharias. Era garimpo de sebo (uma de minhas atividades favoritas até hoje), em família!
A gente visitava alguns shoppings, tirava foto com os enfeites de natal (mais turista impossível), visitava o Pateo do Colégio ou algum outro museu, passeava pelos shoppings japoneses da Liberdade e ia fazer compras (muitas vezes de enfeites que seriam utilizados em aniversários futuros) na 25 de março (sempre parando pra comer pedaços de abaxis na rua). E também lembro vagamente de esperar por horas na fila de um restaurante italiano, do qual ironicamente hoje eu moro a poucos metros de distância mas nunca frequento por conta dos preços ridiculamente abusivos.
Era incrível! Quem precisa de praia quando se tem donuts, hqs e beirute?
Com o tempo, São Paulo se tornou minha cidade e eu aprendi que ela tinha ainda muito mais a oferecer: teatros, shows internacionais, CCBB, hamburguerias gourmet e empregos que eu jamais teria no interior. 
Mas por melhor que essa cidade seja, de vez em quando bate saudade daquela outra SP, aquela que tem cheiro de gibi amarelado pelo tempo e deixa os dedos sujos de açúcar...

segunda-feira, janeiro 09, 2017

Review [Rogue One]

Star Wars não é uma saga fácil. Ela vem acompanhado de muita prepotência. Todo mundo vive falando o quanto a saga é foda, tipo a loja que chama "o melhor bolo de chocolate do mundo". E aí é aquele negócio, tem gente que disposta a aceitar que realmente vai ser demais e tem o cético que já vai esperando que os elogios sejam exagero. 
Na primeira vez que assisti Star Wars (episódio IV), não gostei. Era muito sério, confuso e os personagens (pra quem ainda tava na idade em que gostava de Cavaleiros do Zodíaco como melhor franquia) não eram carismáticos. Os rostos de alguns deles (droids e yoda puppet, por exemplo) nem se mexiam! 
O tempo passou e fui assistir Episódio I: A Ameaça Fantasma no cinema do shopping de Bauru com a família toda. E eu achei DO CARALHO! 
Não conseguia entender porque os fãs da trilogia original não gostaram do filme, pra mim foi ali que a saga começou. Fora a tela grande e eu já estar mais velho pra entender os conflitos políticos, tinha aquela graça de correr atrás de preencher as lacunas de incríveis personagens secundários que tinham pouco tempo de tela (como Darth Maul ou ou Quin gon), muita ação e obras-primas em matéria cenários (como o mundo submarino) e design de personagens  (os droidekas são bolinhas que chegam rolando e atirando, porra! que foda!). 
Depois disso, assisti todos os filmes que foram lançados posteriormente no cinema, joguei todos os videogames, li os principais livros e hqs do universo expandido pré e pós-disney, re-assisti os filmes clássicos dezenas de vezes (meu favorito, aliás, é o Retorno de Jedi), acompanhei as animações e passei a colecionar bonecos e todo tipo de memorabilia da saga. 
E o grande aprendizado depois de tudo isso é simples: quanto mais submerso no universo criado por George Lucas, mais você passa a curtir cada pequeno detalhe. De cara, é muita informação. Você precisa de tempo pra assimilar tudo que a série tem a oferecer.
É por isso que durante o EXCELENTE Rogue One, a Manda e a amiga dela dormiram (!!!), enquanto eu e o marido da amiga dela vibramos. 
Muita coisa só tem graça pra quem é fã mesmo. Como um Tarkin renascido em computação gráfica, por exemplo. Ou a aparição da Ghost (nave utilizada pelos heróis do desenho animado Rebels), os novos Calamari, a citação a Syndulla e a Obi-Wan, a aparição do senador Morgana ou o templo jedi caído no planeta Jedha! E também, é claro, a MELHOR CENA já vista até hoje do Darth Vader!
Além disso, tem rebeldes que são verdadeiros terroristas (!) que usam burca e tudo e podem servir pra mostrar que devemos ter uma maior compreensão com refugiados do oriente, pois nem todos são "extremistas do mal". E guerreiros rebeldes que realmente parecem soldados saídos de um filme da segunda guerra. Ou seja, como sempre, o design é foda e dá um show a parte!
Acredito que o filme também consiga ser fodapra quem não é expert no assunto, só acho que se torna muuuito melhor pra quem já chega no cinema "manjando dos paranauê". 
Portanto, meu conselho jovem padawan, é que você também venha pro lado negro da força! Você não vai se arrepender...

FDSuave de mesa

Sábado de manhã passei na Maria Antonia de uber pegar a nova aquisição da Manda rumo a corpos mais saudáveis que tinha sido entregue na portaria da sista: uma esteira de corrida pro apartamento! Depois chamamos um chaveiro pra trocar as chaves da porta que tavam com o miolo gastas de tão velhas e pegamos um bus pro supermercado da vovó comprar uns queijos, congelados e atuns. Chegando em casa, almoçamos uma omelete de cenoura e depois passei a tarde lendo e assistindo Big Trouble in Little China, ou Aventureiros do Bairro Proibido, um clássico dos anos 80 que de alguma forma eu havia deixado passar até hoje. A noite, tomei umas bohemias e começamos um seriado/comédia/musical interessante chamado Crazy Ex-Girlfriend.

No domingo, joguei um pouco de videogame, saímos fazer a feira (sim, estamos muito saudáveis :]), e na volta já corri um pouco minha "estreia na esteira" enquanto rolava um show do AC/DC no Youtube. Almoçamos uma incrível torta de liquidificador de brócolis (sem ironia, tava boa mesmo) e passei a tarde toda lendo "A Cidade e a Cidade", um livro sensacional do China Mieville, que merece um post só pra ele uma hora dessas. A noite, demos uma volta pela Consolação, descobrindo baladas secretas, um novo lugar de açaí e uma nova forma de alugar carros. Tomamos a incrível caipirínea de morango da Manda e assistimos mais um pouco de Netflix.

segunda-feira, janeiro 02, 2017

Recesso de final de ano

Sexta pré-carnaval, eu e a Manda tivemos um milagre de natal de conseguir carona, com o motorista apóstolo e um simpático casal que teve o casamento patrocinado (assim como esse post #sqn) pela Ben & Jerry´s.

Sábado meu pai fez sua já tradicional e deliciosa muqueca de peixe almoço, passei boa parte do dia cochilando e lendo (Sandman Prelúdio Vol.3, por exemplo) e a noite a Manda veio pra gente (com exceção do meu irmão semi-vegetariano) comer um lombo com bacon e tomar umas cervejas.

Dia 25, a Veri chegou pela manhã, e com a família toda reunidas comemos peru e tomamos diversas cervejas diferentes que minha mãe trouxe da Bélgica. Trocamos presentes a tarde, tiramos fotos, cochilamos (todos sem exceção, tinha realmente muita cerveja) e a noite eu e a Manda encontramos o Gustinho pra jantar e botar a conversa em dia, tomar mais cervejas e comer o bolo red velvet da sogra dele.

Na segunda-feira, li alguns contos de natal da família pato escritos por Carl Barks, corri pelo bairro, comi o tradicional almço da Maria, levei minha tv novamente pro conserto, saí tomar um suco bagaço com a Manda no shopping, cochilei e a noite fui com meus pais e meu irmão ver "Tubinho e o Lobisomen", um show engraçadinho de teatro com um humor escrachado longe do políticamente correto. Saindo de lá, fui levar a Manda jantar no Banana split e provei um novo lanche gourmet realmente muito bem feito e que vem até acompanhado de molhinhos e anéis de cebola.

Terça-feira, dia 27, repeti a mesma rotina matinal do dia anterior, assisti um pouco de Netflix, jantei no shopping (empanadas kapsa) e passei na casa de uma tia da Manda comer um delicioso bolo de leite ninho trufado pra comemorar o aniversário do "priminho" da Manda que já tem 3 metros de altura, mas continua com um apelido no diminutivo.

Na quarta de manhã, eu, meus pais, meu irmão e a Manda pegamos a estrada pro destino de final de ano da família Picagova de 2016: Petrópolis

Meu pai dirigiu cerca de cansativas 8h e chegamos no hotel por volta de 16h30 da tarde. Cochilamos (saudades eternas do ar condicionado), a namorada do meu irmão chegou e logo saímos em busca de um lugar pra jantar. O bar da Bohemia estava lotado e com fila de espera de mais de 2h, mas achamos um aconchegante restaurante na beira do rio chamado Rink Marowil, onde logo provamos as primeiras cervejas locais, comi um salsichão alemão e petiscamos porções de linguiça e batata frita e caminhamos de volta pro hotel (com direito a um milk shake de nutella do Chiquinho no meio do caminho) pra recuperar as forças pro dia seguinte.

Na quinta, conhecemos o maravilhoso café da manhã servido pelo hotel (que tinha de tapiocas a brownies), depois fomos caminhar (até cansar) pelo centro histórico de Petrópolis. Foram horas andando de um lado para o outro, e visitando o Palácio de Cristal, a catedral, a humilde casa de Santos Dummond, a ostentação e o glamour do Museu Imperial (temos que colocar chinelinhos sobre os sapatos pra entrar, local onde armazenam não só a privada de madeira e os berços de ouro, mas também as coroas e o cetro de dragão dos pedros, aparentemente muito pouco seguras - nota mental: escrever uma história do roubo da coroa que se passe aqui), passamos pela frente de todas as outras residências históricas da região (todas as vendas de imóveis ainda tem que destinar 2% do valor pros descendentes do DP), aprendemos fatos interessantes com os guias que vimos pelo caminho (sabia que existia uma linguagem de sinais feita com leques que eram utilizadas pelas mulheres para sinalizar quando estavam solteiras e para marcar horários de encontro?) e por fim, fizemos o tour de visitação na Cervejaria Bohemia, que incui umas exposições que tem vários fatos bacanas sobre a origem da cerveja (por exemplo, a palavra kash, vem de um meio de pagamento usado antigamente em que a moeda era cerveja), maltes pra provar, lúpulos pra cheiras e 3 tipos de cerveja pra provar: 14-weiss, Bela Rosa e Caa-Yari. Saindo de lá, paramos no restaurante da fábrica, onde comi um diferente hamburger de porco com couve, queijo e abacaxi e tomamos mais uma régua de chopps com pão cervejeiro. Voltamos ao entardecer pro hotel e foi um dia tão cheio e cansativo, que nem saímos a noite.

No dia 30, meu irmão e sua namorada saíram visitar umas cachoeiras com um amigo dele enquanto eu, a Manda e meus pais saímos de carro visitar as atrações que ficavam mais longe. Começamos por um rolet involuntário por uma mini favela no morro que escondia um ponto de observação (e salto de asa-deltas) que dava uma vista bonita pra mata. Depois visitamos a Casa do Colono, um daqueles museus que no dia seguinte seria descrito por meu cunhado com exatidão como "uma daquelas casas velhas, cheias de coisas antigas onde tem um velho daquele tempo querendo que você assine o livro de visitas". Em seguida, visitamos o Palácio Quitandinha, um lugar imenso construído em apenas 3 anos (de 1941 a 1943) pra ser o maior hotel cassino da América Latina. No lago da frente do palácio, no formato do mapa do Brasil, o maluco tinha até mandando trazer areia de Copacabana pra cercar! Um ano depois de pronto, a jogatina foi proibida no Brasil, miando completamente o rolet do cara que o imaginou e hoje ele é parte condomínio, parte Sesc, sendo que os gigantescos salões de jogos, cozinhas, piscina com 5m de profundidade, bares e teatros (basicamente a melhor parte), hoje infelizmente vive vazia e inutilizada. Tem até uma sala que tem um eco que dura até 20x, onde meu pai deu uns gritos como se estivesse jogando truco sozinho - truco! seis! bandido! e a Manda logo imaginou que fosse pra se escutar melhor as fofocas). Um ótimo cenário pra um conto que se passe nos anos 40, por sinal.

Saindo de lá, fomos pra Itaipava, onde almoçamos num mineiro e tomamos sorvete. Em seguida, dirigimos até o Castelo de Itaipava (que pra minha tristeza, não tinha nada a ver com a cervejaria, só levava o nome da cidade vizinha mesmo), um verdadeiro castelo medieval (por dentro e por fora) construído em 1920 que serve de hotel e local de eventos. Tomamos um chopp por lá e comemos ótimos bolinhos da bacalhau (sem fome mesmo, só pra poder entrar no lugar, uma visita que realmente valeu a pena). Depois voltamos pra tirar um cochilo no hotel, reencontramos meu irmão e saímos jantar no Luigi, uma pizzaria local muito boa, onde provamos dessa vez os chopps da cervejaria Cidade Imperial, também de Petrópolis e tomamos um ótimo sorvete de chocolate e marshmallow no melhor estilo Ben & Jerry's.

Minha irmã e o Vyc tinham chegado durante a madrugada, então acompanhamos eles até o Museu Imperial e enquanto eles visitavam lá dentro, fomos dar uma volta (dessa vez de trenzinho) pelo centro velho (a Manda já tinha até decorado os lugares e tava pronta pra virar guia turístico), e saindo dali, como tinha muita coisa fechada, partimos direto pro tour da Bohemia, que todo mundo fez questão de repetir. O bom foi que os 3 choppes de degustação dessa vez eram diferentes (Magna, Aura e 838), a Manda sempre dividia comigo e já estávamos malacos o suficiente pra pegar mais de um copo por vez. Almoçamos novamente no restaurante (dessa vez peguei uma porção de salsichão que vinha com 3 mostardas de cerveja da própria Bohemia) e passamos na lojinha pegar mais algumas cervejas (uma até com meu nome impresso =b), mostardas e brownies recheados com pasta de amendoim. Voltamos pro quarto, cochilamos e aí começou a confusão. O hotel tinha prometido que faria uma ceia, mas (provavelmente por falta de gente) desmarcou de última hora deixando várias pessoas sem ter pra onde ir. Saímos de carro em busca de qualquer lugar aberto, mas acabou sendo em vão. Acabamos passando a virada no quarto dos meus pais mesmo, o que não foi exatamente uma notícia bem recebida por todo mundo. Não tenho muito do que reclamar, tinha cerveja, champanhe, castanhas e lanches e já tínhamos comido bem todo o tempo mesmo. De qualquer forma, ficou o aprendizado de que talvez alugar uma casa tivesse sido uma ideia melhor (que deu muito certo quando fomos pra Paraty, por exemplo).

No domingo, tomamos o café da manhã parrudo com meus pais e meu irmão e sra., depois voltamos pra São Paulo com os V´s. Chegamos cedo, por volta das 14h da tarde, o que nos deixou com bastante tempo pra dormir, ler, ver tv (terminei a primeira temporada de Westworld e admito que os últimos episódios realmente valeram a pena) e é claro comemorar meu 5o ano junto com a Manda, pedindo um calzone do Green Pizzas  e tomando sorvete de brownie do B&Jerry´s.

Que o 2017 de todos nós seja ainda mais incrível! Feliz ano novo pessoal!