quinta-feira, abril 30, 2015

Tempo bom (ou "Cronômetro")

Botão pressionado
Cronômetro ligado
Do zero ao um
Do dois ao choro
Quem tem tempo?
Eu tenho pouco
Mas sempre arrumo
Quem tem tempo?
Talvez os outros
Mas não pra mim
Quem tem pressa?
Não tenho muita
Mas vendo a minha
Quem tem pressa
Senão o próprio tempo?
É ele quem anda
Voa 
Corre
nunca pára
E não se cansa
Quem tem tempo
Pra me ler?
Botão
Pressão 
Do tudo ao zero
Do dígito ao nada
Quem tem pressa
Que não se esqueça


Neonerds ou "Dividindo minha caixa de brinquedos com estranhos"

É estranho que hoje em dia todo mundo conheça Ultron, Al Ghul, Grodd. São nomes que conheço há quase vinte anos, e que faziam parte apenas do meu vocabulário. As pessoas eram tão desligadas em quadrinhos que eu podia jogar truco tendo o Wella como parceiro e dizer abertamente "destino fodido" como se fosse nosso próprio código secreto maluco, e só nós dois saberíamos que estávamos com mãos cheias de 4´s. Hoje em dia, todo mundo sabe quem é o Doutor Destino, tanta gente compra hqs que eu literalmente fico sem se deixo algo pra comprar depois (perdi a segunda edição de Injustice assim) e até personagens totalmente underground como os "Guardiões da Galáxia" são idolatrados. 
Isso é do caralho por vários motivos, um deles sendo o fato do mercado ser muito mais movimentado, e isso tornar as coisas mais acessíveis. Dez anos atrás, eu recorria à bordadeira pra conseguir vestir uma camiseta do Flash! BORDADEIRA! Agora você acha camiseta do "Homem de Ferro" em qualquer quiosque de shopping, site ou loja popular (Renner S2). 
Leio diariamente pessoas xingando os novatos, os "posers" que confundem DC e Marvel e o caralho. Mas é graças a eles que temos tanta quinquilharia colecionável disponível por aí. Melhor ainda: agora tem tanta gente colecionando que os itens que eu já tinha valorizaram tanto que eu vejo alguns preços no mercado livre e nem consigo acreditar que alguém está comprando algo naqueles valores. Ou seja, tudo que eu comprei a vida toda, acabou sendo realmente um investimento (ainda que eu mesmo duvidasse disso no próprio momento da compra).
E é claro, o mais gratificante de tudo é obviamente o fator: EU JÁ SABIA. Eu sempre soube o quanto cada uma dessas coisas (personagens e histórias) era foda e que só faltava oportunidade pras pessoas reconhecerem (e não poderia ser lendo, porque a maioria das pessoas não gosta de ler). 
Bom, esse post originalmente era pra ser sobre "Vingadores 2: A era de Ultron". Esse não fui ver na estreia, e pra falar a verdade, nem curti tanto. Ao saber que eu não ia na pré-estreia, um amigo meu (que por sua vez ia) me disse: "Já foi mais nerd, Gustt". Talvez. O que eu acho na verdade é que o resto do mundo é que já foi menos.

quarta-feira, abril 29, 2015

Space Wars

Sexta-feira a noite foi o dia de encaixotamento. E caraaalho, como eu e a Manda acumulamos coisas nesse nosso primeiro ano morando juntos. Enchemos dezenas caixas, sacos e sacolas com tudo que havia escondido dentro, nos cantos e acima. No sábado de manhã, aquela típica correria de mudança: três carregadores levaram cerca de seis horas (a maratona começou as 8h30 da manhã e terminou 14h30) pra desmontar nossos moveis, carregar o caminhão e depois levar tudo pro nosso novo pedaço alugado de SP, nosso querido "castelo". 
Algo que sempre me irritou na kit foi a falta de espaço, falta de privacidade e o mais odiado de todos: o piso branco maligno.
A toca nova é diferente, é ampla, espaçosa e...velha, meio malacabada até, como um bom castelo. Esse é o preço que São Paulo cobra. Os novos apartamentos tem cerca de 28 metros quadrados e custam um absurdo (400 mil reais por um "quartinho" desses na Augusta). Já os "antigos" (como minha mãe gosta de chamar as gerações passadas) realmente sabiam como viver. E como bons caipiras jauenses, eu a Manda optamos por ter espaço (lugar pra receber visitas, cozinha arejada, banheiro tão grande que tem até banheira). Vai dar até pra fazer churrasco (não que na kit a gente não fizesse, mas era foda deixar a casa toda cheirando linguiça. Obviamente, é mais difícil e demorado ajeitar um castelo do que arrumar um quartinho, mas topamos o desafio, e eu to feliz pra caralho com essa evolução. Me sinto mais gente, vivendo menos apertado. O próprio bairro é bem melhor. Menos travecos, mais idosos por metro quadrado. Trocamos a vista de um relógio eletrônico pela torre do Big Ben (danceteria). Padarias, restaurantes e hotéis tão bons que mal temos grana (pelo menos por enquanto rs) pra frequentar.
Sendo assim, espero sua visita, caro leitor amigo ou familiar, no nosso novo humilde castelo velho :)

terça-feira, abril 28, 2015

Feriado de Tiradentes

O final de semana prolongado pelo feriado de Tiradentes foi limitado pela falta de grana. Mas nada que Demolidor na Netflix e a internet do vizinho não resolvam. 

Minha sexta começou bem feliz. O pão de açúcar estava com uma promoção de desconto de 50% nas cervejas especiais, a qual eu fiquei sabendo as 8h da manhã no Whatsapp. As 9h estava no mercado, comprei altas brejas, tive um desconto mágico no caixa e paguei menos da metade do valor original (75=23). Sucesso. Cheguei no trampo, fiz algumas reuniões, uma comprinha online no delivery no PDA e no almoço voltei ao mercado. Gastei o mesmo que tinha gastado na semana anterior no Scooter e tenho brejas nice até o final do mês. Muito melhor que black friday! A noite, eu e a Manda nos despedimos da pizzaria Bahia e já abri a primeira garrafinha de Brooklyn Lager. 

Sábado passamos tirar as medidas da nova toca, tirar algumas fotos e conversar com a vizinha. Na volta pra casa, pegamos um frango assado com batatas e compramos caixas de um catador (dono do monopólio de doação de caixas de todos os mercados das redondezas). A tarde, sonequinha e netflix, depois corri pro Itau Cultural onde tava rolando a segunda edição da "Batalha de Quadrinhos", onde dois desenhistas tem de 1 a 3 minutos pra desenhar algo num cavalete e ter seus desenhos submetidos à votação do público. Tinham só quatro participantes, mas ainda assim fiquei feliz de pegar o primeiro lugar =]d A noite, eu fui de hot dog e a manda de pizza de despedida que tinha sobrado na sexta.

Domingo eu e a Manda acordamos cedo (pq somos velhos) e passamos na feira comprar algumas frutas e verduras. Almoçamos a deliciosa beringela empanada recheada com queijo que ela faz. Na verdade ela tava muito eficaz na cozinha, fez até um suco de laranja natural e um bolo de milho enquanto eu lia qualquer coisa da Marvel no iPad. Liguei pra no sábado Vivo avisando que ia mudar no final de semana e os putos cancelaram minha internet no domingo! Malditos atendentes incompetentes, fiquei muito bravo. Mas ofereci pro vizinho pagar uma semana e usar o wifi dele, e ele foi gente finíssima e nos forneceu a senha na faixa! ufa! A tarde, passei pelo "fim de feira", vi os caminhões se retirando, tendas sendo desmontadas, pessoas dispersando, e foi bem icônico como sinal de tempos de mudança. Depois corri até o final do minhocão e voltei pra casa pouco antes da chuva começar. Jantamos bolo de milho com vitamina de maçã e banana (notou que fomos vegetarianos involuntários nesse dia?), e só pra não perder o costume, abri uma breja e assistimos Demolidor.

Segunda feira, assinamos o contrato da nova toca, trabalhei home-office fazendo algumas reuniões de casa mesmo (santo vizinho!) Me despedi do shwarma do centro no almoço (acompanhado de uma Duvel), li hqs, joguei videogame e a noite jantamos milho cozido quando a Manda chegou do trabalho.

Na terça feira, mais hqs (vida longa à Marvel Unlimited! Agora com todas as hqs de Star Wars disponíveis!), encaixotamos algumas coisas, terminei de assistir "Velozes e Furiosos 5" (kapsa, mas melhor do que eu esperava) e almoçamos beringela novamente. A tarde dormimos, joguei um pouco de videogame, e a noite nos despedimos do nosso restaurante favorito da região: o Sujinho. A melhor batata com bacon, o melhor x-salada, a melhor maionese. Um ótimo chopp e uma loucura de chocolate de saideira. Passamos a maior parte do tempo dentro de casa, mas terminamos a primeira temporada de Demolidor (muito boa por sinal) e fechamos com chave de ouro. Que venham agora os novos tempos :)

segunda-feira, abril 13, 2015

Jaultra agradável

A sexta feira começou bem. Eu e a Manda acordamos 7 da manhã pra assistir a estréia da nova série do Demolidor no Netflix, e caraaalho, que seriado lindu! Depois fui trabalhar e almocei com meu boss num food truck chamado Rock & Ribs. Almoçar hambúrguer artesanal, acompanhado de uma long neck de Bud e ao som de Megadeath é top! E no meio da tarde, fiquei bem feliz com uma notícia de que tinha pego o 15o lugar em um concurso de poesia, o que significava que eu seria publicado em um livro e que estranhos leriam o que eu escrevi. Ainda que seja só uma página, já é um começo. :) Depois do trabalho, eu e a Manda jantamos pão de queijo recheado de mussalera (pq queijo nunca é demais), voltamos com a Very e o Vyc pra Jau, onde meus pais esperavam com lanches do Rospinho, saudades e Skol Beats

No sábado, botei muita leitura, sono e Netflix em dia. Tanta coisa boa que vou até fazer um post pra cada uma dessas maravilhas da cultura pop em separado. No almoço, meu pai fez um Yakisoba caseiro e ficou sensacional Tinha até cervejinha de trigo do João Gordo pra acompanhar! A noite, jantamos no Don Cheff a melhor pizza da cidade e em seguida, eu e a Manda encontramos o Sustinho no Scooter pra uns chopps Heineken e Amstel. O defeito do bar foi fechar cedo (meia noite e meia), então tivemos que continuar a bebedeira na casa dele. Continuamos criando músicas pro Sacolejo, dançamos, ficamos idiotas, comemos comida de Air Fryer e bebemos muita cerveja. 

Domingo de ressaca, as leituras continuaram. A Manda almoçou joelho de porco com a gente em casa e continuamos a assistir Demolidor. Dormimos, demos rolet no Território do Calçado, tomamos café e voltamos pra Sp a tempo de assistir ao primeiro episódio da nova temporada de Game of Thrones! Ou seja, tudo que um ótimo fds precisa: família, amigos, cerveja, tv e hqs! :)


A Saga do Tio Patinhas
Essa saga escrita e desenhada pelo Don Rosa, que saiu em encadernado esse mês pela Editora Abril é a melhor hq Disney que já li na vida. Os desenhos são tão rachurados e detalhistas que as vezes parece que estou lendo uma hq do Robert Crumb. O roteiro é lindo. Dá vontade de viajar pelo mundo todo. É divertido, engraçado, e mostra a trajetória do Tio Patinhas desde quando ele conseguiu sua primeira moeda da sorte. Recomendo muito! O tecladista do Nightwish gravou um disco todo baseado na obra:


O Rei do Ponto

Esse trabalho do Mutarelli só confirma que "A trilogia de Diomedes" é mesmo a melhor hq nacional já realizada. Os desenhos são tensos. O roteiro é genial ("rei do ponto" era um cara da antiguidade que tomava doses pequenas diárias de veneno pra se tornar imune a esse tipo de ataque) e tem até pontos em que o autor recomenda músicas que devem ser ouvidas junto as cenas de ação (e youtube e smartphone facilitam demais nossa vida nessa hora).

Star Wars: Herdeiro do Império
A continuação de "O Retorno de Jedi" em livro me surpreendeu. Confesso que comprei só porque o autor estava autografando a obra na Comic Con no ano passado, e achei que não seria nada demais. Mas a leitura é bem fluída e estou gostando bastante da história. E ainda veio com o melhor marca páginas da história dos marca-páginas!

quinta-feira, abril 09, 2015

O sonho, a arte, a doença

Ah, o Grande Mutarelli! Ver o cara falando ao vivo é quase como ir a um stand-up. Melhor provavelmente. Ontem o mestre participou de um encontro chamado "Quarta ao Cubo" no Itaú Cultural, no qual respondia as respostas da galera enquanto desenhava numa parede. O próprio desenho já valia o ingresso (que era gratuito =b): ele se desenhou levando o cérebro pra passear numa coleira, enquanto um gato chamado mentira sussurrava coisas no seu ouvido, que por sua vez eram sussuradas no ouvido do gato por uma entidade mística chamada Chipetotec, cujas palavras tinham origem no diabo (um triângulo invertido com um olho dentro). E o cara é sempre engraçado pelo simples fato de que é muito sincero. "Arte é uma doença. Se você tomar seus remédinhos em dia, vão acabar trabalhando no Itaú, o banco mesmo, não o Itaú Cultural" foi uma das pérolas da noite. Alguém da plateia perguntou quando ele começou a ganhar dinheiro e viver de quadrinhos "Nunca ganhei dinheiro. Meus livros custam R$50 e eu fico com 10% disso, as livrarias ficam com 50%. Minha mulher sempre me sustentou. O máximo que fiz quando fazia quadrinhos era ajudar com o aluguel". Seu maior medo perguntaram "O que mais me assombra é o final do mês, contas, quando eu era criança era o boletim". Algo que gostaria de fazer? "Publicar gente nova. Mas já desisti. Ninguém quer apostar nisso e os cachorros velhos não querem largar o osso. Aí fica difícil". 
Gente fina pra caralho, com uma garrafa metálica de whisky no bolso e sempre louco pra fumar, ele ainda teve tempo de autografar meu encadernado da Trilogia de Diomedes (minha hq nacional favorita de todos os tempos). É meio triste que meu sonho seja ser como ele, e não como um empresário milionário qualquer, certo? Quem sabe? Talvez eu só esteja doente...

quarta-feira, abril 08, 2015

Comida caseira, ovos de páscoa, amigos e muita cerveja

Quinta a noite, eu e a Manda encontramos o Saulo na Estação Luz pra voltar pra Páscoa em Jaú. Chegando em casa, meus pais e meu irmão já me esperavam com lanches aquecidos e cervejas geladas e até colocar todas as conversas (e neuras) em dia, acabamos bebendo até mais de duas da manhã. Sucesso!!!
Na sexta, meus pais estavam realmente inspirados pela visita do estrangeiro nacional e fizeram moqueca de peixe no almoço e peixe assado na janta. Nem parecia que eu estava em casa. E tudo sempre regado com cervejas tão boas que tive medo até de ficar mal acostumado pra voltar pras minhas Bavarias cotidianas. Originais, Bohemias, Sulamericanas, Backers premiadas, só cerveja boa a todo momento! Em meio a tudo isso, um filminho ou outro (como Poucas e Boas, do Woody Allen, ou Hatari! com John Wayne) e boas leituras (a Saga do Tio Patinhas, encadernado que você pode encontrar agora nas bancas é sensacional! sério mesmo! deixa no chinelo muita saga da Marvel). 
A noite, eu a Manda e o Gustinho e a Marin ainda fomos conhecer o novo bar Armazém, que é basicamente a mesma merda que o Salomé. 
No sábado, continuei minhas leituras (terminei Shada), dei banho em alguns Lps, desenhei um pouco, e continuamos com a comida caseira (lombo, salada, cerveja e até Sangria!). Sempre com muito chocolate de ovos de páscoa de sobremesa. E a noite: home made pizza de aliche! Minha favorita. Massa integral, queijo bom e o melhor bacon dos mares!  Saindo de casa, eu e a Manda (que despreza iguarias marítimas) fomos pra Lanchonete do Edson comer o melhor lanche da cidade (e talvez do universo) e encontrar a tia dela pra mais umas cervejas.
No domingo, acordei cedo e fui correr na Av. Wolverine, busquei a Manda e almoçamos cedo porque meu irmão tinha um bus pra pegar 12h30. Lombo, massa, e as últimas cervejas da geladeira! A tarde, encontrei o Gutones pra tomar uns chopps no Shopping e filosofar sobre a vida, e logo já eram 19h, hora de voltar pra cidade. Mas tudo bem, porque nesse fds tem mais interior!