quarta-feira, março 31, 2010
Ah, que ripper juvenil não invejava a coleção completa de megazords do Rosbife? Bons tempos em fingiamos que brinquedos de plástico eram robôs e que se juntavam uns nos outros formando robôs ainda mais poderosos. Na sessão nostalgia do aniversário do Boe, o Panda provou ser capaz de montar todas as opções em poucos segundos como se ainda ontem brincasse com eles (o q eu não duvido, hehe).Seguem as fotos do nosso fotógrafo EcoGutorista...
sexta-feira, março 26, 2010
Curtindo uma rádio a cabo...
Coloquei NET no ape de São Paulo, agora tenho uma internet decente (não dependo mais de furtar o WI-FI alheio) e tenho rádio a cabo. É que na verdade, nesse pacote a NET só abre canais abertos, os canais fechados ficam com a imagem pulando mas com o som perfeito, então eu fico ouvindo Friends, House e nesse exato momento, Two and a Half Men...
Coloquei NET no ape de São Paulo, agora tenho uma internet decente (não dependo mais de furtar o WI-FI alheio) e tenho rádio a cabo. É que na verdade, nesse pacote a NET só abre canais abertos, os canais fechados ficam com a imagem pulando mas com o som perfeito, então eu fico ouvindo Friends, House e nesse exato momento, Two and a Half Men...
quinta-feira, março 25, 2010
Ontem eu comecei uma oficina de ilustração com o Weberson Santiago, um ilustrador da Folha de São Paulo. Achei sem querer na internet, são 12 aulas de graça numa biblioteca perto do Metro Vila Mariana, finalmente to achando utilidade pro meu tempo vagal. Lá na biblioteca peguei um folheto com varias otras oficinas que tão rolando, tipo curso de rádio e de roteiro pra cinema, mas ja tavam começados e eu não posso mais me cadastrar...de qq modo, ficarei esperto com as próximas que abrirem. Esse mesmo professor da aula na quanta academia (de quadrinhos), a um custo alto pra caramba (uma vez fiz uma aula la com o Renato Guedes e gastei uns 200 conto, em um dia só de aula de Storytelling). Viva meu tempo livre!
terça-feira, março 23, 2010
Segundo meu tarô de hoje...
Meu Arcano Pessoal é:
16 - A TORRE
Palavras-Chave:
Fim da Ilusão e Reestruturação
Um acontecimento marcante a nível psicológico ocorreu aos 16 anos;
Empenho e busca da verdade;
Se cobra muito;
Pode ter prejuízos por neglingência;
Cuidado ao assumir posições de comando;
Realismo;
Escravo(a) da imprevisibilidade;
Testes de fé e otimismo;
Cuidado com as precipitações;
Quebra velhos valores;
Evite a rigidez consigo mesma;
Não seja radical;
Atenção a acidentes pessoais;
Fortificou-se ou amadureceu através de uma perda;
Convicções poderosas;
Postura honesta;
Fidelidade aos seus princípios;
Não se deixe sucumbir pelas preocupações;
Respeite as hierarquias;
Capacidade construtiva e moderação;
Tem que estar 24 horas com os "pés no chão";
Tire sua "armadura" emocional;
Personalidade marcante;
Vença o pragmatismo ou toda sistemática;
Nunca tenha preconceitos;
Voe baixinho (e depois poderá atingir as alturas);
Evite o fatalismo;
Sintonizado(a) psiquicamente com cataclismas e mudanças no mundo;
Exerça com sabedoria seu poder;
Não seja apressada;
Íntegra e direta nas opiniões;
Trabalhe suas culpas;
Confronta o fanatismo;
Não faça "tempestade de um copo d'água";
Luta para manter a segurança material;
Não imponha nunca;
Zela pela segurança alheia;
Crises de identidade quando adolescente;
Trabalhe o pessimismo ou indiferença;
Cuide da coluna vertebral, articulações, atenção a cortes ou queimaduras;
Tem o poder de derrubar a falsidade ou desmascarar os outros;
Perdas estranhas podem acontecer;
A humildade é caminho para o sucesso;
Quer entender tudo ao mesmo tempo;
Vire a página das antigas dores;
Coordene seu trabalho paralelamente ao emocional;
Vá fundo em si mesma;
Valorize tudo o que tem e agradeça;
Não se puna;
Evite os deprimidos ou pessimistas.
Ah, fato legal que ainda não postei: A primeira vez que eu ouvi falar do Santo Daime foi em um trabalho apresentado por um grupo da minha sala, pra aula de Cultura Brasileira, em um video que tinha um daimista dando uma entrevista de como funcionava o esquema. Na hora, eu fiquei loco pra provar, mas até hoje nao apareceu oportunidade, então beleza, a vontade acaba de diminuir. Sabem quem era o maluco que deu a entrevista? O assassino do Glauco! Loco, neh?
Meu Arcano Pessoal é:
16 - A TORRE
Palavras-Chave:
Fim da Ilusão e Reestruturação
Um acontecimento marcante a nível psicológico ocorreu aos 16 anos;
Empenho e busca da verdade;
Se cobra muito;
Pode ter prejuízos por neglingência;
Cuidado ao assumir posições de comando;
Realismo;
Escravo(a) da imprevisibilidade;
Testes de fé e otimismo;
Cuidado com as precipitações;
Quebra velhos valores;
Evite a rigidez consigo mesma;
Não seja radical;
Atenção a acidentes pessoais;
Fortificou-se ou amadureceu através de uma perda;
Convicções poderosas;
Postura honesta;
Fidelidade aos seus princípios;
Não se deixe sucumbir pelas preocupações;
Respeite as hierarquias;
Capacidade construtiva e moderação;
Tem que estar 24 horas com os "pés no chão";
Tire sua "armadura" emocional;
Personalidade marcante;
Vença o pragmatismo ou toda sistemática;
Nunca tenha preconceitos;
Voe baixinho (e depois poderá atingir as alturas);
Evite o fatalismo;
Sintonizado(a) psiquicamente com cataclismas e mudanças no mundo;
Exerça com sabedoria seu poder;
Não seja apressada;
Íntegra e direta nas opiniões;
Trabalhe suas culpas;
Confronta o fanatismo;
Não faça "tempestade de um copo d'água";
Luta para manter a segurança material;
Não imponha nunca;
Zela pela segurança alheia;
Crises de identidade quando adolescente;
Trabalhe o pessimismo ou indiferença;
Cuide da coluna vertebral, articulações, atenção a cortes ou queimaduras;
Tem o poder de derrubar a falsidade ou desmascarar os outros;
Perdas estranhas podem acontecer;
A humildade é caminho para o sucesso;
Quer entender tudo ao mesmo tempo;
Vire a página das antigas dores;
Coordene seu trabalho paralelamente ao emocional;
Vá fundo em si mesma;
Valorize tudo o que tem e agradeça;
Não se puna;
Evite os deprimidos ou pessimistas.
Ah, fato legal que ainda não postei: A primeira vez que eu ouvi falar do Santo Daime foi em um trabalho apresentado por um grupo da minha sala, pra aula de Cultura Brasileira, em um video que tinha um daimista dando uma entrevista de como funcionava o esquema. Na hora, eu fiquei loco pra provar, mas até hoje nao apareceu oportunidade, então beleza, a vontade acaba de diminuir. Sabem quem era o maluco que deu a entrevista? O assassino do Glauco! Loco, neh?
sexta-feira, março 19, 2010
Filme Download
Assisti um filme muito bão hoje, Fantastic Mr. Fox, sobre uma raposa que tenta deixar a vida de ladra de galinhas pois vai ter um filho. É um filme magnífico, com as cenas sempre vistas de planos abertos, parecendo mesmo que tem alguém brincando com maquetes ou jogando um jogo de plataforma e você esta assistindo a brincadeira. A trilha é mágica e a mensagem do filme, de que não podemos mudar nossa própria natureza, é fenomenal.
Donwload no link: http://www.megaupload.com/?d=LTHNP9DC
Assisti um filme muito bão hoje, Fantastic Mr. Fox, sobre uma raposa que tenta deixar a vida de ladra de galinhas pois vai ter um filho. É um filme magnífico, com as cenas sempre vistas de planos abertos, parecendo mesmo que tem alguém brincando com maquetes ou jogando um jogo de plataforma e você esta assistindo a brincadeira. A trilha é mágica e a mensagem do filme, de que não podemos mudar nossa própria natureza, é fenomenal.
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Par ler ouvindo Live it Up do Danger Danger...
Apesar de tudo (que na verdade é uma coisa ruim só), tenho que admitir que 2009 foi um puta ano do caralho. Eu fiz muuuitas coisas que eu sempre sonhei fazer, vi ao vivo as minhas quatro bandas favoritas, pulei de pára-quedas, advoguei em um grande escritório da capital até quando quis, pulei do alto de uma cachoeira, furei a orelha, me candidatei a uma vaga na editora de quadrinhos (acho que só já ter tentado, mesmo que tenham fechado a vaga sem contratar ninguém, já é uma conquista), não tive nenhuma treta grande com minha família, fiz novos amigos e consolidei a certeza de que os antigos são os melhores e mais fiéis amigos que eu poderia arrumar, consegui um jeito de assistir tudo que eu possa querer assistir de graça, aprendi a mexer no photoshop, vi como seria viver dentro de uma bolha de ar por alguns minutos, fui numa FestComix (e comprei tudo que tive vontade), aprendi a revelar uma fotografia numa sala escura e fiz uma escultura de um super-herói que criei no colegial. Tudo isso, enquanto todo mundo teve bem de saúde. Sou mesmo grato por tudo e por todos. E 2010 já começou com o pé direito, com um mochilão pela Bolívia e pelo Peru. Mas ainda tem tanta coisa que eu quero fazer, pra não deixar nada de fora (e pra impedir que eu me suicide antes de completá-la), resolvi fazer uma listinha, aí vai:
100 coisas pro Gustt fazer antes de morrer
1. Fazer uma tatuagem
2. Escrever um livro (até o final, não só ter idéia pra algum livro e abandonar depois de algumas páginas)
3. Deixar o cabelo em corte moicano (feito antes mesmo de postar a lista!)
4. Ver ao vivo um show das bandas sumidas: Ozzy, Foo Fighters, Offspring, Blink182 Motley Crue, Black Crowes, e dos velhinhos: Bob Dylan, Iggy Pop, Rolling Stones
5. Aprender a andar de bicicleta
6. Ter uma moto (conseqüência do item acima)
7. Desenhar um símbolo que não signifique nada na parede de algum estranho
8. Tunar os músculos
9. Comandar mentamente os músculos do peito
10. Aprender a tocar algum instrumento
11. Morar por algum tempo em um país diferente
12. Gravar um curta metragem
13. Publicar uma HQ
14. Gravar uma música (sob o pseudônimo dos Baratas)
15. Aparecer (nem que seja como figurante) em um comercial de TV
16. Passar em um concurso público bem remunerado pra ficar só um tempo e cair fora depois só pra dizer que eu consigo
17. Usar bigode por um tempo
18. Ter um autógrafo do Neil Gaiman em alguma HQ escrita por ele
19. Visitar uma Comic-Con nos EUA
20. Inventar alguma coisa que nunca tenha sido feita antes
21. Acampar (feito antes mesmo de postar a lista!)
22. Pular de Bungee Jump
23. Ter a maior coleção de bonecos de super heróis de Jaú
24. Criar coragem pra operar a vista
25. Pescar um único maldito peixe
26. Consolidar-me como um publicitário de sucesso
27. Fazer um piercing
28. Tomar Santo Daime
29. Casar
30. Passar uma semana em uma comunidade Hare Krishna
31. Escalar uma montanha
32. Conhecer um dos Pólos (Norte ou Sul)
33. Fazer uma exposição de todo tipo de obra (poesia, quadro, escultura) Dadaísta
34. Ver de perto uma pirâmide
35. Ter um filho (e cria-lo para dominar o mundo)
36. Aprender a cozinhar
37. Aprender a acender uma churrasqueira sozinho
38. Esquiar
39. Aprender a usar uma arma de fogo
40. Ser o advogado particular da família
41. Praticar caça silvestre (com arco e flecha)
42. Conhecer a Amazônia
43. Ser amigo de alguma celebridade
44. Fazer um show de fantoche pra crianças carentes
45. Pular no lago do Silvério só de cueca
46. Sair do carro cantando pelo meio dos outros carros no meio de um congestionamento como se estivesse em um videoclipe
47. Ter um animal exótico de estimação(como uma iguana)
48. Me filiar ao Greenpeace e participar de alguma loucura típica deles (tipo se amarrar a uma árvore)
49. Fazer um cruzeiro
50. Passar uma festa inteira agitando com meu cinto Air Guitar Hero
51. Fazer Rapel
52. Fazer um Safári na África
53. Ir a Disneylândia
54. Dirigir um conversível pela praia
55. Voar de asa delta
56. Pilotar um avião de pequeno porte
57. Surfar
58. Ser menos tímido
59. Deixar o cabelo crescer até o meio das costas
60. Ir em alguma festa a fantasia vestido de Homem-Aranha
61. Fazer uma sessão de filmes de super-herói em casa onde todo mundo tenha que ir fantasiado
62. Voar de balão
63. Correr uma São Silvestre
64. Passar uma semana vivendo em uma tribo indígena
65. Conhecer o Havaí
66. Aprender a fazer bola com chiclete
67. Conhecer o Paulo Coelho
68. Ver o coelho rosa gigante criado por um coletivo de artistas na Itália, antes que ele se desintegre
69. Me dedicar a pintura com aquarela
70. Ter uma casa com piscina
71. Patinar em um lago congelado
72. Fazer um show cover do Johnny Cash
73. Ver de perto alguma atriz que eu venero (Megan Fox, Jessica Alba, Jennifer Connely)
74. Bater um papo (nem que seja via twitter) com Warren Ellis (escritor fanfarrão de HQs)
75. Fazer um mochilão pela Europa
76. Sair no jornal (como notícia, não vale seção de fofoca – feito antes de postar a lista!)
77. Assistir a um grande jogo de futebol em um grande estádio
78. Sair uma noite fazendo uma ronda fantasiado contra o crime
79. Andar de trenó
80. Pintar as unhas de preto
81. Participar de um reallity show
82. Jogar hóquei
83. Praticar mergulho
84. Fazer aulas de boxe
85. Assistir a uma corrida de F1 ao vivo
86. Tirar um racha
87. Comprar alguma coisa fenomenal em uma venda de garagem
88. Assistir a tudo que já foi produzido por qualquer um dos Pythons
89. Ter um Jet Ski
90. Aprender a surfar
91. Nadar com tubarões
92. Conhecer uma tribo guarani
93. Me filiar ao Greenpeace
94. Fazer um Walkabout na Austrália
95. Conseguir abrir o olho debaixo dágua
96. Fazer uma dança coreografada
97. Viver só de renda
98. Ganhar na loteria (nem que seja uma quantia besta)
99. Adestrar algum animal
100. Nunca me esquecer de que o dia de hoje nunca mais vai voltar, vivendo assim cada dia como se fosse o último.
Apesar de tudo (que na verdade é uma coisa ruim só), tenho que admitir que 2009 foi um puta ano do caralho. Eu fiz muuuitas coisas que eu sempre sonhei fazer, vi ao vivo as minhas quatro bandas favoritas, pulei de pára-quedas, advoguei em um grande escritório da capital até quando quis, pulei do alto de uma cachoeira, furei a orelha, me candidatei a uma vaga na editora de quadrinhos (acho que só já ter tentado, mesmo que tenham fechado a vaga sem contratar ninguém, já é uma conquista), não tive nenhuma treta grande com minha família, fiz novos amigos e consolidei a certeza de que os antigos são os melhores e mais fiéis amigos que eu poderia arrumar, consegui um jeito de assistir tudo que eu possa querer assistir de graça, aprendi a mexer no photoshop, vi como seria viver dentro de uma bolha de ar por alguns minutos, fui numa FestComix (e comprei tudo que tive vontade), aprendi a revelar uma fotografia numa sala escura e fiz uma escultura de um super-herói que criei no colegial. Tudo isso, enquanto todo mundo teve bem de saúde. Sou mesmo grato por tudo e por todos. E 2010 já começou com o pé direito, com um mochilão pela Bolívia e pelo Peru. Mas ainda tem tanta coisa que eu quero fazer, pra não deixar nada de fora (e pra impedir que eu me suicide antes de completá-la), resolvi fazer uma listinha, aí vai:
100 coisas pro Gustt fazer antes de morrer
1. Fazer uma tatuagem
2. Escrever um livro (até o final, não só ter idéia pra algum livro e abandonar depois de algumas páginas)
3. Deixar o cabelo em corte moicano (feito antes mesmo de postar a lista!)
4. Ver ao vivo um show das bandas sumidas: Ozzy, Foo Fighters, Offspring, Blink182 Motley Crue, Black Crowes, e dos velhinhos: Bob Dylan, Iggy Pop, Rolling Stones
5. Aprender a andar de bicicleta
6. Ter uma moto (conseqüência do item acima)
7. Desenhar um símbolo que não signifique nada na parede de algum estranho
8. Tunar os músculos
9. Comandar mentamente os músculos do peito
10. Aprender a tocar algum instrumento
11. Morar por algum tempo em um país diferente
12. Gravar um curta metragem
13. Publicar uma HQ
14. Gravar uma música (sob o pseudônimo dos Baratas)
15. Aparecer (nem que seja como figurante) em um comercial de TV
16. Passar em um concurso público bem remunerado pra ficar só um tempo e cair fora depois só pra dizer que eu consigo
17. Usar bigode por um tempo
18. Ter um autógrafo do Neil Gaiman em alguma HQ escrita por ele
19. Visitar uma Comic-Con nos EUA
20. Inventar alguma coisa que nunca tenha sido feita antes
21. Acampar (feito antes mesmo de postar a lista!)
22. Pular de Bungee Jump
23. Ter a maior coleção de bonecos de super heróis de Jaú
24. Criar coragem pra operar a vista
25. Pescar um único maldito peixe
26. Consolidar-me como um publicitário de sucesso
27. Fazer um piercing
28. Tomar Santo Daime
29. Casar
30. Passar uma semana em uma comunidade Hare Krishna
31. Escalar uma montanha
32. Conhecer um dos Pólos (Norte ou Sul)
33. Fazer uma exposição de todo tipo de obra (poesia, quadro, escultura) Dadaísta
34. Ver de perto uma pirâmide
35. Ter um filho (e cria-lo para dominar o mundo)
36. Aprender a cozinhar
37. Aprender a acender uma churrasqueira sozinho
38. Esquiar
39. Aprender a usar uma arma de fogo
40. Ser o advogado particular da família
41. Praticar caça silvestre (com arco e flecha)
42. Conhecer a Amazônia
43. Ser amigo de alguma celebridade
44. Fazer um show de fantoche pra crianças carentes
45. Pular no lago do Silvério só de cueca
46. Sair do carro cantando pelo meio dos outros carros no meio de um congestionamento como se estivesse em um videoclipe
47. Ter um animal exótico de estimação(como uma iguana)
48. Me filiar ao Greenpeace e participar de alguma loucura típica deles (tipo se amarrar a uma árvore)
49. Fazer um cruzeiro
50. Passar uma festa inteira agitando com meu cinto Air Guitar Hero
51. Fazer Rapel
52. Fazer um Safári na África
53. Ir a Disneylândia
54. Dirigir um conversível pela praia
55. Voar de asa delta
56. Pilotar um avião de pequeno porte
57. Surfar
58. Ser menos tímido
59. Deixar o cabelo crescer até o meio das costas
60. Ir em alguma festa a fantasia vestido de Homem-Aranha
61. Fazer uma sessão de filmes de super-herói em casa onde todo mundo tenha que ir fantasiado
62. Voar de balão
63. Correr uma São Silvestre
64. Passar uma semana vivendo em uma tribo indígena
65. Conhecer o Havaí
66. Aprender a fazer bola com chiclete
67. Conhecer o Paulo Coelho
68. Ver o coelho rosa gigante criado por um coletivo de artistas na Itália, antes que ele se desintegre
69. Me dedicar a pintura com aquarela
70. Ter uma casa com piscina
71. Patinar em um lago congelado
72. Fazer um show cover do Johnny Cash
73. Ver de perto alguma atriz que eu venero (Megan Fox, Jessica Alba, Jennifer Connely)
74. Bater um papo (nem que seja via twitter) com Warren Ellis (escritor fanfarrão de HQs)
75. Fazer um mochilão pela Europa
76. Sair no jornal (como notícia, não vale seção de fofoca – feito antes de postar a lista!)
77. Assistir a um grande jogo de futebol em um grande estádio
78. Sair uma noite fazendo uma ronda fantasiado contra o crime
79. Andar de trenó
80. Pintar as unhas de preto
81. Participar de um reallity show
82. Jogar hóquei
83. Praticar mergulho
84. Fazer aulas de boxe
85. Assistir a uma corrida de F1 ao vivo
86. Tirar um racha
87. Comprar alguma coisa fenomenal em uma venda de garagem
88. Assistir a tudo que já foi produzido por qualquer um dos Pythons
89. Ter um Jet Ski
90. Aprender a surfar
91. Nadar com tubarões
92. Conhecer uma tribo guarani
93. Me filiar ao Greenpeace
94. Fazer um Walkabout na Austrália
95. Conseguir abrir o olho debaixo dágua
96. Fazer uma dança coreografada
97. Viver só de renda
98. Ganhar na loteria (nem que seja uma quantia besta)
99. Adestrar algum animal
100. Nunca me esquecer de que o dia de hoje nunca mais vai voltar, vivendo assim cada dia como se fosse o último.
terça-feira, março 16, 2010
Filme Download
Voltando à programação normal, um clássico de filme, que todo mundo tem que ver ainda um dia é OS INTOCÀVEIS, a fotografia, a trilha sonora, a história, os atores, é tudo perfeito. Tive uma puta aula sobre esse filme esses dias na facul, mas to sem saco pra digitar tudo, então vo soh colocar o link pro download mesmo e vcs veem por si próprios...
Link pra Download:
http://www.megaupload.com/?d=D63NYIPK
Voltando à programação normal, um clássico de filme, que todo mundo tem que ver ainda um dia é OS INTOCÀVEIS, a fotografia, a trilha sonora, a história, os atores, é tudo perfeito. Tive uma puta aula sobre esse filme esses dias na facul, mas to sem saco pra digitar tudo, então vo soh colocar o link pro download mesmo e vcs veem por si próprios...
Link pra Download:
http://www.megaupload.com/?d=D63NYIPK
Última parte do Mochilão!!!
No terceiro dia na estação, pela manhã serviram um mingau e mais um paozinho sem recheio. Again. O mingau era horrível e o pão duro idem. Você tinha que dar um gole no mingau pensando, que merda, vou tirar o gosto com o pão. Ai mordia o pão e falava, que merda, vou tirar o gosto com o mingau. E assim, sucessivamente até terminar seu café da manhã. Mas pelo menos nesse dia a saída da estação era liberada, podíamos sair pra cidade jogar baralho na praça. Tomar umas cervejas (sempre de favor, ou em troca de nossas almas) e dar uma andada pela cidade. Já tavam até fazendo campeonatos interpaíses de futebol, tipo Brasil e Argentina na quadra central. No almoço deram um prato com quase meio quilo de arroz e um brodo de atum, com umas bolachinhas doce de ursinho. Era horrível, mas mta gente (tipo o Guto e meu irmão, que antes nem gostava de atum, repetiram várias vezes). A tarde, voltávamos um pouco pra estação, pra ver como ia a evacuação (que saia de lá e estava bem mais rápida que nos dias anteriores, com um helicóptero saindo atrás do outro) e dar um tempo no trem como nossos outros amigos perdidos (teve uma cena linda, que meu irmão falou ´nossa, que cheiro de frango´no trem, e o Pedro;-Java respondeu ´é que eu não tomo banho há tres dias) e de noite, tinha ate uma rede de vôlei montada na praça, ganhamos um cobertor de mendigo (uns caras antes de mim ganharam uma manta do homem-aranha, fiquei puto que o meu era só cinza) e umas bolachas (teve gente que ganhou até leite). Mais tarde, o consul brasileiro apareceu pra negociar com o prefeito e acabou dando vinte soles pra quem não tinha hostel onde dormir. Eu e meu irmão pegamos a grana, já que não víamos dinheiro há mto tempo e fomos tomar umas cervejas. Depois voltamos pro trem pegar a janta (um pãozinho com queijo e uma barrinha de quinoa), bater mais um papo com o pessoal e tentar dormir.
No quarto dia, fomos acordados muito cedo, lá pelas seis da manhã, pelo pessoal da estação, eles praticamente nos expulsaram do vagão em que estávamos e fizeram a gente formar uma fila pra nos cadastrarmos pra ir embora. Aparentemente, já tinham evacuado todas as prioridades e agora quem estava na estação iria embora (quem pegou o dinheiro do cônsul pra dormir em albergues acabou se fudendo, já´que quem estava fora da estação não podia entrar até todo mundo que tava lá ser evacuado, nada como ser alcoólatra!). Nós então nos cadastramos e eu fui dormir com minha mochila em um banco da estação, achando que ainda assim ia demorar pra cacete pra nos levarem. Umas onze da manhã, eu acordo com meu irmão, loco de nervoso me puxando, que tavam chamando a gente pra ir embora. E como que acordando de um sonho, minha vida morando na estação de trem acabou. Seguimos em uma fila, que saia da estação, até uma trilha que passava por trás de uns chalezinhos de luxo, no caminho tinha até um urso preto enjaulado, nos deram umas bolachinhas de kiwi e depois de horas seguindo nessa fila, finalmente pudemos pegar um helicóptero (junto com o Pedro e o Vinicius), que sobrevoou as ruínas de Machu Picchu (puta sorte poder ver elas lá de cima, eh uma região montanhosa, então não são geralmente feitos passeios desse tipo) até Olataytamba (não deve ser assim que se escreve), exatamente a cidade onde a velha mendiga tinha nos amaldiçoado. Lá nos registramos, ganhamos água e bolachas e pegamos uma van e depois um busão (que pra ajudar furou um pneu no caminho) até Águas Callientes. Era o fim da Aventura. Estávamos Salvos.
Chegando em Águas Callientes, buscamos nossas mochilas no The Point, pegamos um hotelzinho firmeza pra ficar, o Guto comprou passagens pra voltar de busão, eu e meu irmão mudamos a data do vôo que perdemos pra outro mais cedo possível, comprei uma hq do Homem-Aranha em español, soh pra sentir de verdade que tava tudo bem e de volta ao normal e raspei o moicano (afinal, a aventura punk tinha terminado). Comemos então no Mac e mais tarde um lanche no Bembo´s, tipo o Mac Local só pra experimentar (era horrível). Fizemos umas massagens pra relaxar da trilha, demos um tempo na praça pra ver se achávamos algum brasileiro antes do Guto vazar e la pelas dez horas, o Guto pegou um táxi pra rodoviária. Agora éramos só eu e meu irmão até voltar pra ksa. Mais tarde voltamos pra rua e encontramos a Karina, os Goianos e o Pequeno Cônsul, que disseram que o Brasil tinha mandado um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) pra resgatar o pessoal que mais precisasse.
Na manhã seguinte, eu e meu irmão saímos do hotel firmeza (porem, caro, 12 dolares por cabeça) em que estávamos pra procurar outro lugar mais barato. Achamos um perfeito, soh um pouco mais afastado, mas por apenas 15 soles e com uns 100 canais a cabo (fui ao delírio de poder ver tv decente de novo). Deixamos nossas mochilas lá e fomos passear pelo mercado, onde tomamos umas vitaminas. La perto achamos uma livraria moh firmeza, onde os livros novos eram muito baratos, eu comprei o ultimo do Dan Brow (El Símbolo Perdido) e meu irmão comprou Perfume (já que ele tinha visto o começo do filme no busao, mas perdeu o final que travou o dvd). Meu livro, que aqui custa em torno de 40 reais, saiu por míseros 14 soles (uns 11 reais). Também fomos em feiras comprar presentes (comprei uma calça roots e um jogo de xadrez de incas versus colonizadores) e bebidas (pisco sauer, pra trazer). Almoçamos comida mexicana num restaurante bom e barato (chamado Chez Maggy), dormimos, lemos, vimos House, 2 and a Half Men, clipes na VH1, jantamos no Mac e saímos pras baladas a noite.
No próximo dia, ficamos quase só no hotel, eu só saia as vezes pra ler meu livro sozinho na praça, enquando meu irmão dormia no albergue ou usava a internet, trocamos a data do primeiro vôo pra La Paz pra alguns dias antes, já que a Bolívia era bem mais barata que o Peru e fomos dormir cedo pois tínhamos vôo já pro dia seguinte.
Em 31 de janeiro de 2010, acordamos bem cedo pra fazer o check in logo no aeroporto. Voamos até La Paz e almoçamos no Pollo Copacabana (Mac Local, muito bom, um lanche, com refri e papas fritas sai por 20 bolivianos, cinco reais) e voltamos ao mercado das bruxas pra comprar porcarias (mas tava quase tudo fechado porque era domingo). Ficamos no mesmo hotel onde tínhamos ficado com o Guto (na verdade, até no mesmo quarto), que infelizmente não tinha tv a cabo, mas tinha banheiro privado (o ultimo em Cuzco não tinha) e custava só 45 bolivianos por cabeça. A tarde, usamos um pouco a internet e eu comprei alguns bonecos de super-heróis. Na net, descobrimos o Mega Center, o melhor shopping de La Paz, único que tinha filmes novos passando no cinema e tinha a famosa gelateria Dumbo, puta sorveteria gostosa pra caramba. Comemos no Pollo Copacabana de lá (um x-bacon, refri, batatas e um pedaço de frango frito por 25 bolivianos) e assistimos Sherlock Holmes (com legendas em español, coisa que já tamos acostumados em ksa, graças a CatTV tv por assinatura).
Então, em 01 de fevereiro de 2010, acordamos lá pelo meio dia, almoçamos no Burguer King (santo cartão de crédito internacional da mamãe e do papai) e passamos a tarde na tv e lendo livros. No dia 02, voltamos pro mercado das bruxas, onde meu irmão comprou um feitiço (um feitiço que ele tentou comprar, já tava aberto, a bruxa pegou de volta na mão dela e falou ´ah, esse é meu´e deu uma risada macabra) e nós compramos mais uns presentes pra família. Usamos a internet e vimos um pouco de tv. Dormimos cedo já que no dia seguinte sairia nosso esperado vôo pro Brasil.
Exatamente um mês depois que tínhamos saído de Jaú, em 03 de fevereiro de 2010, acordamos cedo novamente (nosso vôo era as 9, mas tínhamos que chegar umas 3 horas antes pra fazer o check in) pra pegar um táxi pro aeroporto. Lá, gastamos nossos últimos bolivianos em chocolates e cervejas (tipo, 7 da manhã), despachamos nossas mochilas e lemos nossos livros até sair nosso vôo. Pegamos um avião até Santa Cruz, e lá fizemos uma conexão pra Guarulhos. O vôo (num avião da Aerosur, pintado de jacaré) pra São Paulo foi demais, como não tinham mais passagens pra classe econômica, fomos forçados a ir de primeira classe, e meu, depois de passar fome e dormir num vagão de trem, aquilo era ainda mais impressionante. Quando sentamos em nossos espaçosos lugares, já fomos recebidos com duas taças de champagne e jornais locais (conheci melhor meu signo celta, bem como todo o resto do horóscopo celta e achei que é realmente muito real). Almoçamos uma puta refeição (melhor frango que eu comi lá fora), e na primeira classe ainda podiamos pedir bebida a vontade (moral da história: voltamos tomando umas cervezas paceñas com amendoim na maior parte do vôo). Depois dormi um pouco, admirei as nuvens pela janela e em pouco tempo, chegamos no aeroporto, estávamos de volta ao Brasil! Minha tia estava nos esperando pra nos levar pra rodoviária, onde comprei um gibi (em português!) dos Vingadores, tomamos guaranás (que não tinha em nenhum lugar da viagem), comemos tapiocas e pegamos o próximo busão pra Jaú. Meus pais e minha irmã foram nos buscar na rodoviária, cheios de emoção e saudades, exaustos depois de tanto nervoso que passaram quando estávamos na crise de Águas Callientes. Mas agora estava tudo bem, tudo ótimo, afinal, estávamos finalmente em Casa. No nosso Lar Doce Lar.
No terceiro dia na estação, pela manhã serviram um mingau e mais um paozinho sem recheio. Again. O mingau era horrível e o pão duro idem. Você tinha que dar um gole no mingau pensando, que merda, vou tirar o gosto com o pão. Ai mordia o pão e falava, que merda, vou tirar o gosto com o mingau. E assim, sucessivamente até terminar seu café da manhã. Mas pelo menos nesse dia a saída da estação era liberada, podíamos sair pra cidade jogar baralho na praça. Tomar umas cervejas (sempre de favor, ou em troca de nossas almas) e dar uma andada pela cidade. Já tavam até fazendo campeonatos interpaíses de futebol, tipo Brasil e Argentina na quadra central. No almoço deram um prato com quase meio quilo de arroz e um brodo de atum, com umas bolachinhas doce de ursinho. Era horrível, mas mta gente (tipo o Guto e meu irmão, que antes nem gostava de atum, repetiram várias vezes). A tarde, voltávamos um pouco pra estação, pra ver como ia a evacuação (que saia de lá e estava bem mais rápida que nos dias anteriores, com um helicóptero saindo atrás do outro) e dar um tempo no trem como nossos outros amigos perdidos (teve uma cena linda, que meu irmão falou ´nossa, que cheiro de frango´no trem, e o Pedro;-Java respondeu ´é que eu não tomo banho há tres dias) e de noite, tinha ate uma rede de vôlei montada na praça, ganhamos um cobertor de mendigo (uns caras antes de mim ganharam uma manta do homem-aranha, fiquei puto que o meu era só cinza) e umas bolachas (teve gente que ganhou até leite). Mais tarde, o consul brasileiro apareceu pra negociar com o prefeito e acabou dando vinte soles pra quem não tinha hostel onde dormir. Eu e meu irmão pegamos a grana, já que não víamos dinheiro há mto tempo e fomos tomar umas cervejas. Depois voltamos pro trem pegar a janta (um pãozinho com queijo e uma barrinha de quinoa), bater mais um papo com o pessoal e tentar dormir.
No quarto dia, fomos acordados muito cedo, lá pelas seis da manhã, pelo pessoal da estação, eles praticamente nos expulsaram do vagão em que estávamos e fizeram a gente formar uma fila pra nos cadastrarmos pra ir embora. Aparentemente, já tinham evacuado todas as prioridades e agora quem estava na estação iria embora (quem pegou o dinheiro do cônsul pra dormir em albergues acabou se fudendo, já´que quem estava fora da estação não podia entrar até todo mundo que tava lá ser evacuado, nada como ser alcoólatra!). Nós então nos cadastramos e eu fui dormir com minha mochila em um banco da estação, achando que ainda assim ia demorar pra cacete pra nos levarem. Umas onze da manhã, eu acordo com meu irmão, loco de nervoso me puxando, que tavam chamando a gente pra ir embora. E como que acordando de um sonho, minha vida morando na estação de trem acabou. Seguimos em uma fila, que saia da estação, até uma trilha que passava por trás de uns chalezinhos de luxo, no caminho tinha até um urso preto enjaulado, nos deram umas bolachinhas de kiwi e depois de horas seguindo nessa fila, finalmente pudemos pegar um helicóptero (junto com o Pedro e o Vinicius), que sobrevoou as ruínas de Machu Picchu (puta sorte poder ver elas lá de cima, eh uma região montanhosa, então não são geralmente feitos passeios desse tipo) até Olataytamba (não deve ser assim que se escreve), exatamente a cidade onde a velha mendiga tinha nos amaldiçoado. Lá nos registramos, ganhamos água e bolachas e pegamos uma van e depois um busão (que pra ajudar furou um pneu no caminho) até Águas Callientes. Era o fim da Aventura. Estávamos Salvos.
Chegando em Águas Callientes, buscamos nossas mochilas no The Point, pegamos um hotelzinho firmeza pra ficar, o Guto comprou passagens pra voltar de busão, eu e meu irmão mudamos a data do vôo que perdemos pra outro mais cedo possível, comprei uma hq do Homem-Aranha em español, soh pra sentir de verdade que tava tudo bem e de volta ao normal e raspei o moicano (afinal, a aventura punk tinha terminado). Comemos então no Mac e mais tarde um lanche no Bembo´s, tipo o Mac Local só pra experimentar (era horrível). Fizemos umas massagens pra relaxar da trilha, demos um tempo na praça pra ver se achávamos algum brasileiro antes do Guto vazar e la pelas dez horas, o Guto pegou um táxi pra rodoviária. Agora éramos só eu e meu irmão até voltar pra ksa. Mais tarde voltamos pra rua e encontramos a Karina, os Goianos e o Pequeno Cônsul, que disseram que o Brasil tinha mandado um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) pra resgatar o pessoal que mais precisasse.
Na manhã seguinte, eu e meu irmão saímos do hotel firmeza (porem, caro, 12 dolares por cabeça) em que estávamos pra procurar outro lugar mais barato. Achamos um perfeito, soh um pouco mais afastado, mas por apenas 15 soles e com uns 100 canais a cabo (fui ao delírio de poder ver tv decente de novo). Deixamos nossas mochilas lá e fomos passear pelo mercado, onde tomamos umas vitaminas. La perto achamos uma livraria moh firmeza, onde os livros novos eram muito baratos, eu comprei o ultimo do Dan Brow (El Símbolo Perdido) e meu irmão comprou Perfume (já que ele tinha visto o começo do filme no busao, mas perdeu o final que travou o dvd). Meu livro, que aqui custa em torno de 40 reais, saiu por míseros 14 soles (uns 11 reais). Também fomos em feiras comprar presentes (comprei uma calça roots e um jogo de xadrez de incas versus colonizadores) e bebidas (pisco sauer, pra trazer). Almoçamos comida mexicana num restaurante bom e barato (chamado Chez Maggy), dormimos, lemos, vimos House, 2 and a Half Men, clipes na VH1, jantamos no Mac e saímos pras baladas a noite.
No próximo dia, ficamos quase só no hotel, eu só saia as vezes pra ler meu livro sozinho na praça, enquando meu irmão dormia no albergue ou usava a internet, trocamos a data do primeiro vôo pra La Paz pra alguns dias antes, já que a Bolívia era bem mais barata que o Peru e fomos dormir cedo pois tínhamos vôo já pro dia seguinte.
Em 31 de janeiro de 2010, acordamos bem cedo pra fazer o check in logo no aeroporto. Voamos até La Paz e almoçamos no Pollo Copacabana (Mac Local, muito bom, um lanche, com refri e papas fritas sai por 20 bolivianos, cinco reais) e voltamos ao mercado das bruxas pra comprar porcarias (mas tava quase tudo fechado porque era domingo). Ficamos no mesmo hotel onde tínhamos ficado com o Guto (na verdade, até no mesmo quarto), que infelizmente não tinha tv a cabo, mas tinha banheiro privado (o ultimo em Cuzco não tinha) e custava só 45 bolivianos por cabeça. A tarde, usamos um pouco a internet e eu comprei alguns bonecos de super-heróis. Na net, descobrimos o Mega Center, o melhor shopping de La Paz, único que tinha filmes novos passando no cinema e tinha a famosa gelateria Dumbo, puta sorveteria gostosa pra caramba. Comemos no Pollo Copacabana de lá (um x-bacon, refri, batatas e um pedaço de frango frito por 25 bolivianos) e assistimos Sherlock Holmes (com legendas em español, coisa que já tamos acostumados em ksa, graças a CatTV tv por assinatura).
Então, em 01 de fevereiro de 2010, acordamos lá pelo meio dia, almoçamos no Burguer King (santo cartão de crédito internacional da mamãe e do papai) e passamos a tarde na tv e lendo livros. No dia 02, voltamos pro mercado das bruxas, onde meu irmão comprou um feitiço (um feitiço que ele tentou comprar, já tava aberto, a bruxa pegou de volta na mão dela e falou ´ah, esse é meu´e deu uma risada macabra) e nós compramos mais uns presentes pra família. Usamos a internet e vimos um pouco de tv. Dormimos cedo já que no dia seguinte sairia nosso esperado vôo pro Brasil.
Exatamente um mês depois que tínhamos saído de Jaú, em 03 de fevereiro de 2010, acordamos cedo novamente (nosso vôo era as 9, mas tínhamos que chegar umas 3 horas antes pra fazer o check in) pra pegar um táxi pro aeroporto. Lá, gastamos nossos últimos bolivianos em chocolates e cervejas (tipo, 7 da manhã), despachamos nossas mochilas e lemos nossos livros até sair nosso vôo. Pegamos um avião até Santa Cruz, e lá fizemos uma conexão pra Guarulhos. O vôo (num avião da Aerosur, pintado de jacaré) pra São Paulo foi demais, como não tinham mais passagens pra classe econômica, fomos forçados a ir de primeira classe, e meu, depois de passar fome e dormir num vagão de trem, aquilo era ainda mais impressionante. Quando sentamos em nossos espaçosos lugares, já fomos recebidos com duas taças de champagne e jornais locais (conheci melhor meu signo celta, bem como todo o resto do horóscopo celta e achei que é realmente muito real). Almoçamos uma puta refeição (melhor frango que eu comi lá fora), e na primeira classe ainda podiamos pedir bebida a vontade (moral da história: voltamos tomando umas cervezas paceñas com amendoim na maior parte do vôo). Depois dormi um pouco, admirei as nuvens pela janela e em pouco tempo, chegamos no aeroporto, estávamos de volta ao Brasil! Minha tia estava nos esperando pra nos levar pra rodoviária, onde comprei um gibi (em português!) dos Vingadores, tomamos guaranás (que não tinha em nenhum lugar da viagem), comemos tapiocas e pegamos o próximo busão pra Jaú. Meus pais e minha irmã foram nos buscar na rodoviária, cheios de emoção e saudades, exaustos depois de tanto nervoso que passaram quando estávamos na crise de Águas Callientes. Mas agora estava tudo bem, tudo ótimo, afinal, estávamos finalmente em Casa. No nosso Lar Doce Lar.
domingo, março 14, 2010
Axl Rose, The wrestler (voces ja viram o filme O Lutador, neh?)
Ontem eu fui no show do Guns no palestra Itália. Devo admitir que esse era o show que eu menos tinha expectativas, afinal ano passado eu já vi todas minhas bandas favoritas ao vivo e o titio Axl não é exatamente o mesmo dos anos 90. Mas quando fiquei sabendo que o Sebastian Bach ia abrir, me animei, afinal seriam dois vocalistas acabados pelo preço de um. Comprei o ingresso quinta feira, de um amigo de um colega meu do Mack (totalmente em cima da hora) e cheguei no estádio umas cinco e meia, já tinham aberto os portões, então foi a unica vez que eu nao cortei fila pra entrar (mas ainda daria pra ver o show bem de perto, graças ao atraso monstro do gordela). O show tava marcado pra começar 9 e meia, mas a primeira (das tres) bandas de abertura, Rock Rocket (lixo total, que soh tem musica pagando
de malandro) entrou soh um pouco antes das oito. Vaiados, tocaram soh um pouco e sairam vazado. Depois, entraram os Forgotten Boys, que ateh que tem um som legalzinho e foram bem mais aceitos pelo público. Nove e pouco, chegou o Tião (tipo, esse eh o apelido dele de verdade por aki, ele usou durante o show uma camiseta do Brasil com o nome TIÂO grafado nela).Meu Deus, como o Sebastian Bach eh gente fina, falou varias frases em portugues, emendando até com as músicas que ele ia começar ("São Paulo, esperamos muito para poder dizer HERE I AM" ou "Eh a segunda vez que
viemos aqui, e São Paulo, I REMEMBER YOU!", ´sai do chão´, etc), tocou todas as musicas mais conhecidas do Skid Row (abrindo com Slave to the Grind, tocando soh algumas do cd solo, um cover do Aerosmith e fechando com YOUTH GONE WILD!), e tah, ele pode nem cantar .tanto, mas pelo menos continua gostoso. E foi pontual, e tocou quase uma hora e meia. Ele começou a tocar pouco antes das dez e acabou umas onze e meia. Logo depois do show dos Forgotten Boys eu ja tinha conseguido pulando me espremer até a grade, e meu, tava muito quente ali. O gordela do Axl dexou a galera
esperando quase uma hora e meia depois do show do Bach pra entrar no palco. Atrasou soh 3h e poco depois do horário marcado.Foi o show que eu mais vi gente passar mal, umas dez pessoas no minimo desmaiaram de calor e cansaço (deram ateh agua, que pra comprar custava cinco conto o copinho quente, pra quem tava espremido na grade - ainda bem pq eu sou mao de vaca e prefiro passah mal do que ser roubado na agua) E ja chegou dando uma de Axl, parou no começou da primeira música (Chinese Democracy) pra dar piti com um pessoal (mas na verdade, acho q foi de propósito, soh pra
dizer, ´ei, eu sou o axl e sou fresco e tal´, pq dava pra ver q ele tava curtindo, fez soh uma firula pq eh isso q esperam dele, tipo, agora eu posso dizer q fui num show do axl e ele deu mesmo piti). Mas depois foi soh alegria. Ele ainda canta muuuuito, apesar do físico e agita pra cacete a galera (´now, everybody says FUCK YOU AXL ROSE!), quando tocou Welcome to the Jungle, logo depois de Chinese, o Palestra foi abaixo! Foram mais de duas horas e meia de show, c.om direito a quase todo o cd novo e praticamente todas as clássicas (eu soh senti falta de yesterdays e civil war). Bão demaais, principalmente talvez por ter sido o show pro qual eu fui com menos expectativas.Foi Do caralho! E foi o show mais cansativo de todos, ja que eu fiquei de pé, sem mijar das cinco da tarde até as tres e meia da manhã (o guto q curte um sofrimento físico, precisava ir num show comigo, eh q nem no big brother, quem não aguenta na resistencia, fica sem a festa), mas acabou literalmente com uma chuva de pétalas de rosas (ao som de Paradise City). Ai na hora de ir embora, foi foda. Os taxistas ja querem sempre lucrar a mais em noite de show, cobrando os olhos da cara, acima do preço marcado pelo taximetro, fazendo preços fechados pra levar as pessoas emobra. E o estádio fica relativamente perto de casa, uns 40 minutos de caminhada, então os taxistas ficavam me negando viagem, esperando alguem q fosse mais longe. Depois de ser dispensado por uns cinco, decidi ir athe a rodoviaria da barra funda e esperar o metro abrir as 4h40, peguei um ´nightrain´ate a santa celilia e ainda subi apé pra ksa, totalmente com as pernas moídas de cansaço (senti umas 3 fisgadas no caminho e uma assim q me deitei). Em outros tempos isso me deixaria mto puto, cansaço atras de cansaço, mas hoje, ateh q eu curti soh pela experiencia, de passar a madrugada sozinho vagando pelas ruas e tal. Eh, AXL, eu admito, você ainda é foda!!!
Bom, a imagem ta uma bosta, mas esse foi o unico video q eu achei até agora (e tem até o piti):
Ontem eu fui no show do Guns no palestra Itália. Devo admitir que esse era o show que eu menos tinha expectativas, afinal ano passado eu já vi todas minhas bandas favoritas ao vivo e o titio Axl não é exatamente o mesmo dos anos 90. Mas quando fiquei sabendo que o Sebastian Bach ia abrir, me animei, afinal seriam dois vocalistas acabados pelo preço de um. Comprei o ingresso quinta feira, de um amigo de um colega meu do Mack (totalmente em cima da hora) e cheguei no estádio umas cinco e meia, já tinham aberto os portões, então foi a unica vez que eu nao cortei fila pra entrar (mas ainda daria pra ver o show bem de perto, graças ao atraso monstro do gordela). O show tava marcado pra começar 9 e meia, mas a primeira (das tres) bandas de abertura, Rock Rocket (lixo total, que soh tem musica pagando
de malandro) entrou soh um pouco antes das oito. Vaiados, tocaram soh um pouco e sairam vazado. Depois, entraram os Forgotten Boys, que ateh que tem um som legalzinho e foram bem mais aceitos pelo público. Nove e pouco, chegou o Tião (tipo, esse eh o apelido dele de verdade por aki, ele usou durante o show uma camiseta do Brasil com o nome TIÂO grafado nela).Meu Deus, como o Sebastian Bach eh gente fina, falou varias frases em portugues, emendando até com as músicas que ele ia começar ("São Paulo, esperamos muito para poder dizer HERE I AM" ou "Eh a segunda vez que
viemos aqui, e São Paulo, I REMEMBER YOU!", ´sai do chão´, etc), tocou todas as musicas mais conhecidas do Skid Row (abrindo com Slave to the Grind, tocando soh algumas do cd solo, um cover do Aerosmith e fechando com YOUTH GONE WILD!), e tah, ele pode nem cantar .tanto, mas pelo menos continua gostoso. E foi pontual, e tocou quase uma hora e meia. Ele começou a tocar pouco antes das dez e acabou umas onze e meia. Logo depois do show dos Forgotten Boys eu ja tinha conseguido pulando me espremer até a grade, e meu, tava muito quente ali. O gordela do Axl dexou a galera
esperando quase uma hora e meia depois do show do Bach pra entrar no palco. Atrasou soh 3h e poco depois do horário marcado.Foi o show que eu mais vi gente passar mal, umas dez pessoas no minimo desmaiaram de calor e cansaço (deram ateh agua, que pra comprar custava cinco conto o copinho quente, pra quem tava espremido na grade - ainda bem pq eu sou mao de vaca e prefiro passah mal do que ser roubado na agua) E ja chegou dando uma de Axl, parou no começou da primeira música (Chinese Democracy) pra dar piti com um pessoal (mas na verdade, acho q foi de propósito, soh pra
dizer, ´ei, eu sou o axl e sou fresco e tal´, pq dava pra ver q ele tava curtindo, fez soh uma firula pq eh isso q esperam dele, tipo, agora eu posso dizer q fui num show do axl e ele deu mesmo piti). Mas depois foi soh alegria. Ele ainda canta muuuuito, apesar do físico e agita pra cacete a galera (´now, everybody says FUCK YOU AXL ROSE!), quando tocou Welcome to the Jungle, logo depois de Chinese, o Palestra foi abaixo! Foram mais de duas horas e meia de show, c.om direito a quase todo o cd novo e praticamente todas as clássicas (eu soh senti falta de yesterdays e civil war). Bão demaais, principalmente talvez por ter sido o show pro qual eu fui com menos expectativas.Foi Do caralho! E foi o show mais cansativo de todos, ja que eu fiquei de pé, sem mijar das cinco da tarde até as tres e meia da manhã (o guto q curte um sofrimento físico, precisava ir num show comigo, eh q nem no big brother, quem não aguenta na resistencia, fica sem a festa), mas acabou literalmente com uma chuva de pétalas de rosas (ao som de Paradise City). Ai na hora de ir embora, foi foda. Os taxistas ja querem sempre lucrar a mais em noite de show, cobrando os olhos da cara, acima do preço marcado pelo taximetro, fazendo preços fechados pra levar as pessoas emobra. E o estádio fica relativamente perto de casa, uns 40 minutos de caminhada, então os taxistas ficavam me negando viagem, esperando alguem q fosse mais longe. Depois de ser dispensado por uns cinco, decidi ir athe a rodoviaria da barra funda e esperar o metro abrir as 4h40, peguei um ´nightrain´ate a santa celilia e ainda subi apé pra ksa, totalmente com as pernas moídas de cansaço (senti umas 3 fisgadas no caminho e uma assim q me deitei). Em outros tempos isso me deixaria mto puto, cansaço atras de cansaço, mas hoje, ateh q eu curti soh pela experiencia, de passar a madrugada sozinho vagando pelas ruas e tal. Eh, AXL, eu admito, você ainda é foda!!!
Bom, a imagem ta uma bosta, mas esse foi o unico video q eu achei até agora (e tem até o piti):
sábado, março 13, 2010
2012 NEWS: UMA NOTÍCIA REAL (http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4311542-EI238,00-Chinesa+de+anos+desenvolve+chifre+na+testa.html)
Uma mulher de 101 anos que vive em uma aldeia da província central chinesa de Henan está causando temor e despertando curiosidade de seus vizinhos depois que passou a desenvolver, na parte esquerda de sua testa, um "chifre" de cor negra e quase seis centímetros de comprimento, segundo informa o Diário do Povo.
A idosa, chamada Zhang Ruifang, vive no pequeno povoado de Linlou. A protuberância apareceu no ano passado, e desde então vem crescendo, chegando aos seis centímetros atuais. O chifre parece o de uma cabra, como destaca o jornal.
O chifre, formado por queratina (substância encontrada nos pelos e as unhas humanas) não causa dor ou problemas à idosa, embora alguns vizinhos tenham dito que o fenômeno "dá medo".Zhang, que não se importa com esses temores, sai todos os dias para passear e realiza alguns trabalhos domésticos.
Ela vive com a família de um de seus sete filhos.
As imagens da chinesa ganharam destaque em muitos veículos de imprensa de todo o mundo, especialmente na imprensa britânica, onde foi destacado que este tipo de protuberância é um tumor benigno que costuma aparecer com frequência em pessoas de idade avançada, embora muito raramente alcance tamanho tão grande.
Uma protuberância similar está aparecendo no lado direito da testa da mulher, também de cor negra, embora por enquanto tenha tamanho muito menor, e o aspecto de uma simples pinta.
SABEM O QUE ISSO SIGNIFICA?
Que se talvez todos vivessem mais tempo, acabariam desenvolvendo chifres. Dois, na testa, exatamente como demônios. Dá pra tirar tantas histórias disso que eu nem sei por onde começar. Shadow of Colossus... Posto em breve. Se eu tiver sorte, antes que o mundo acabe...
Uma mulher de 101 anos que vive em uma aldeia da província central chinesa de Henan está causando temor e despertando curiosidade de seus vizinhos depois que passou a desenvolver, na parte esquerda de sua testa, um "chifre" de cor negra e quase seis centímetros de comprimento, segundo informa o Diário do Povo.
A idosa, chamada Zhang Ruifang, vive no pequeno povoado de Linlou. A protuberância apareceu no ano passado, e desde então vem crescendo, chegando aos seis centímetros atuais. O chifre parece o de uma cabra, como destaca o jornal.
O chifre, formado por queratina (substância encontrada nos pelos e as unhas humanas) não causa dor ou problemas à idosa, embora alguns vizinhos tenham dito que o fenômeno "dá medo".Zhang, que não se importa com esses temores, sai todos os dias para passear e realiza alguns trabalhos domésticos.
Ela vive com a família de um de seus sete filhos.
As imagens da chinesa ganharam destaque em muitos veículos de imprensa de todo o mundo, especialmente na imprensa britânica, onde foi destacado que este tipo de protuberância é um tumor benigno que costuma aparecer com frequência em pessoas de idade avançada, embora muito raramente alcance tamanho tão grande.
Uma protuberância similar está aparecendo no lado direito da testa da mulher, também de cor negra, embora por enquanto tenha tamanho muito menor, e o aspecto de uma simples pinta.
SABEM O QUE ISSO SIGNIFICA?
Que se talvez todos vivessem mais tempo, acabariam desenvolvendo chifres. Dois, na testa, exatamente como demônios. Dá pra tirar tantas histórias disso que eu nem sei por onde começar. Shadow of Colossus... Posto em breve. Se eu tiver sorte, antes que o mundo acabe...
quarta-feira, março 10, 2010
A epifania ...
Sábado de manha eu prestei um concurso pra Defensoria Publica da União. A primeira e a segunda fase eram seguidas, então tinha prova sábado de manhã (teste), sabado a tarde (escrita) e domingo de manhã (pratica). Eu cheguei pra fazer a prova do sábado que começava na Unip as oito da manhã. Só podia fazer prova com caneta preta transparente, que eu ainda tive que pedir emprestado. Eram 200 questões (cada uma do tamanho de um pequeno conto) onde tinha q responder certo ou errado e uma questão respondida errada anulava uma certa. Só corrigiriam as provas das fases seguintes dos 200 primeiros (porque tinham 100 vagas). Eu olhei em volta, vi um gordos escrotos e carecas com a camisa (camisa mesmo, não camiseta) pra dentro da calça, olhei pra prova, olhei em volta, olhei de novo pra prova e comecei a rir. Meu, o que que eu tava fazendo ali, perdendo meu sábado de manhã naquela merda de concurso¿ Eu não nasci pra isso, não gosto nem nunca vou gostar disso, eu to querendo enganar quem¿ Meio dia eu tava pegando o busão de volta pra Jaú.... Já dizia o Chris Cornell, `Be Yourself is all that you can do´...
Sendo myself...
Ai Terça feira a tarde eu tinha uma entrevista numa Agencia. Uma parte de mim (a que fala até com o sotaque da minha mãe) me dizia pra ir de camisa, tirar os brincos e faze a barba. Mas não, eu tinha prometido pra mim mesmo que seria eu mesmo e não poderia me trair, mais uma vez. Fui de camiseta preta mesmo, não fiz a barba nem tirei os brincos. E nem precisava, o cara que me entrevistou, tava com uma camiseta do Slipknot, cabelo nas costas, calça vermelha e tinha o corpo revestido de tatuagens e piercings. Eu teria parecido um babaca se fosse vestido de camisa, talvez ser eu mesmo não seja tão ruim se eu estiver no lugar certo...
O terceiro dia de trilha foi tenso, muitas subidas, descidas e pedras molhadas, e dessa vez eu tava carregando a mochila (no dia anterior eu e meu irmão tínhamos entulhado tudo nosso pesado em uma só mochila e contratado um carregador). Mas pior que o segundo dia não dava pra ser, eu só tava puto de ter dormido mal pra cacete porque na noite anterior tinha chovido mais dentro da minha barraca do que fora e eu tava todo molhado da cintura pra baixo. A trilha era até mais bonita nesse ultimo dia, tinha umas cachoeiras e grutas pelo caminho e nós já estávamos na altura das nuvens. Horas de cansaço e joelhos e pernas doendo depois, chegamos no ultimo acampamento. Esse supostamente era o melhor acampamento, era atrás de um restaurante onde jantaríamos e poderíamos tomar um banho (vigiado, com um cara enchendo o saco se você demorasse) se pagássemos 10 soles por ele. O problema é que bem as barracas do meu grupo, ficavam logo na ribanceira do rio, numa barrera do caralho, nada estável, que cairia na primeira chuva forte (e onde um dia depois morreria uma mochileira Argentina). Chegamos, tomei um banho com dinheiro emprestado, caí na lama quando voltava pra minha barraca, sujei as poucas roupas que me restavam e tive que arranjar grana pra tomar outro banho! Bom, depois jogamos mais Cabeza de Mierda com nosso grupo e com os goianos, jantamos e fizemos uma homenagem aos porteadores a pedido dos guias. Fomos dormir quebrados, mas mais felizes de estar próximos da civilização, já que no restaurante pelo menos tinha energia elétrica até mais tarde.
No quarto dia, acordamos muito cedo porque só os primeiros que chegam a Machu Pichu podem visitar Wayna Pichu, uma montanha alta do lado das ruínas. Tomamos café correndo e fizemos a ultima parte da trilha que faltava, de só uma hora e pouco na correria. Ainda bem que eu que já tava puto com a trilha nem me dei muito ao trabalho de correr, já que um cara do meu grupo saiu correndo e até chegou a tempo, mas foi à toa, já´que os ingressos de entrada pra Machu Pichu estavam com os guias, que só chegaram junto com os últimos integrantes do nosso grupo. A primeira visão que eu tive de Machu Pichu não foi muito animadora, ainda era de madrugada, eu tava puto com a vida e com o mundo e na verdade só dava pra ver neblina (vídeo do meu desapontamento no youtube). Mas logo que fomos chegando mais próximos das ruínas e o tempo foi melhorando eu já comecei a ficar mais animado. O lugar é realmente fenomenal, a vista é linda, a arquitetura é perfeita e imaginar aquele lugar povoado é fantástico. Nosso guia começou a dar explicações sobre o que era o que, sobre a engenharia do lugar e tal, quando outro guia chegou no ouvido dele e disse que estavam evacuando Machu Pichu e que talvez teríamos que sair dali de helicóptero. Ai o Alberto, nosso guia, deu uma acelerada na explicação e nos soltou pra explorarmos as construções sozinhos. Saímos então pra tirar umas fotos, posando de múmias inca, fazendo rituais de sacrifício, tirando braço de ferro, admiramos algumas llamas, passamos pelos outros turistas, que aparentemente viajavam quilômetros e quilômetros soh pra fumar um banza em meio as ruínas, paramos numas pedras pra ficar admirando as construções de longe e enquanto subíamos em lugares proibidos pra tirar fotos, vimos uns guardinhas locais se aproximando, supondo logo que seria pra nos dar alguma bronca. Mas não, na verdade eles só queriam avisar que tínhamos de ir embora, porque Machu Pichu estava sendo evacuada. Olhamos em volta e percebemos que não mesmo quase ninguém em volta, a gente tava se sentindo moh Indiana Jones explorando o local deserto, mas nem tinha dado bola. Alienados o máximo possível, seguimos então os guardas até a saída e pegamos o busão pra Águas Callientes, cidade mais próxima das ruínas de onde geralmente saem os trens pra Cusco. Já nesse busão deu merda. Pagamos sete dólares pela passagem e o filho da puta só andou com a gente uns cinco minutos e depois nos largou no meio do nada porque não dava pra seguir em frente, a chuva tinha derrubado uma ponte que ligava os locais. Moral da história, tivemos que seguir por uma TRILHA, sim, mais uma, depois de todo o cansaço que já estávamos pra Águas Callientes. E pior que essa trilha era bem mais divertida, passávamos pelo meio do mato mesmo, por trilhos de trem e finalmente por uma ponte que já estava quase sendo consumida pela fúria do rio. Chegamos então em Águas Callientes,e nos dirigimos pra quadra central, de onde disseram que sairiam os helicópteros. Lá, encontramos as brasileiras de Potosi, que tinham terminado a trilha um dia antes e que disseram que nenhum helicóptero tinha saído ainda. Eu já comecei a ficar puto, pensei que teria um helicóptero me esperando assim que eu chegasse e já tinha gente la há mais de um dia¿ Puta que pariu! Ai chegou o prefeito da cidade e se pronunciou dizendo que mais pro final do dia iam chegar dois (soh dois!!!) helicópteros (que no final nem chegaram) pra levar os idosos, as mulheres e as crianças embora. Ai a galera que tava reunida la, formada praticamente soh de gente na faixa dos vinte e poucos anos ficou puta, começaram a gritar ´No hay plata!´, com uma emoção que eu nunca vou esquecer. O prefeito disse então que ia providenciar comida e lugar pras pessoas ficarem. Mas ainda assim, eu perderia meu vôo do dia seguinte e tava sem um puto no bolso, soh com o cartão de crédito que não era aceito em quase nenhum lugar. Eu saí chutando, xingando e amaldiçoando o Peru o Maximo que pude no caminho pro restaurante onde a turma que tinha feito a trilha com a gente combinou de se encontrar. Lá reencontramos nossos guias da trilha, que não traziam noticias muito animadoras. A chuva tinha derrubado o trilho de trem, as pontes que ligavam a cidade e voltar pela trilha era impossível e muito perigoso. O restaurante aceitava cartão, então tomei umas cervezas pra passar a raiva e comemos um pouco (lá, eu até experimentei a nervosa – de cheia de nervos mesmo- carne de llama, que o Java do Sul, tinha pedido e não tinha aguentado comer). Passei a tarde então na quadra, sozinho de puto, esperando noticiais enquanto o Guto e meu irmão mandavam notícias pra casa. Ficamos sabendo que quem tinha passagem de trem comprada ( a agencia da trilha tinha comprado as nossas) poderia dormir nos vagões dos trens e nos dirigimos pra la pra garantir um lugar pra passar a noite. No nosso vagão conhecemos um casal do Rio, que já estava dormindo no trem desde o dia anterior, porque o albergue em que estavam tinha subido o preço em 200 por cento quando ficou sabendo da crise. Bando de peruanos do caralho! De repente tudo la valia ouro, o dólar não valia nada e as hospedagens ficaram super caras. Também conhecemos aquele que viria a se tornar o ´Pequeno Consul´, um outro carioca, repórter que tinha o telefone do cônsul e tava ligando pra ele toda hora pedindo ajuda. Estávamos morrendo de fome, mas tínhamos gastado nossos últimos trocados em água, que subia de preço a cada segundo, então preferimos nos garantir. Lá pelas nove da noite nos serviram um pãozinho sem recheio e puto da vida, dormimos sentados no vagão ´brasileiro´do trem, onde também ficaram vários outros que fizeram a trilha conosco.
No dia seguinte, eu já acordei puto porque não tinha saído quase ninguém no dia anterior e eu não tava ouvindo barulho nenhum de helicóptero (eles só começavam a fazer o resgate la pelo meio dia, que era quando o tempo clareava, antes era arriscado por ser uma região cheia de montanhas). Pelo visto ainda passaríamos um bom tempo por lá. Não nos deixavam sair da estação porque quem saia não estava conseguindo voltar (já que tinha muita gente querendo entrar) então meio que ficamos em cativeiro. O jardinzinho da estação virou um enorme varal, com gente dependurando roupas pra secarem em todo canto (foi assim que roubaram minha calça vermelha) e gente de todo o mundo tomando um sol na prisão. Na hora do almoço serviram um pão (do tamanho de um pão do McDonalds) com uma fatia de peito de peru e um copo de agua pra cada um. Eu fiquei puuuto, já que no dia anterior tinha jantado a porra de um pãozinho sem recheio e tava voltando de uma trilha de 50 km de caminhada, cansadaço de toda aquela merda. O Pequeno Cônsul tentou agitar uma revolta, mas não teve jeito, o almoço foi só aquilo mesmo e continuamos presos. Durante toda a tarde, no máximo umas 50 pessoas foram resgatas, tinha poucos helicópteros trabalhando e eles tavam demorando pra cacete pra fazer cada resgate. A noite nos serviram outro pãozinho daqueles, com chá de coca e depois nos liberaram pra cidade. Na praça central da cidade, tinha várias barracas montadas, cada uma com a bandeira de um país diferente, com o pessoal se organizando pra fazer listas de quantas pessoas de cada pais tavam la pra enviar pro cônsul. Encontramos de novo o Pedro (maluco da lanterna na chuva), os goianos, etc. Mas voltamos logo pra estação com medo de sermos deixados pra fora. Essa noite, mudamos pra outro vagão mais confortável, junto com o pessoal do sul (que na primeira noite tinha pago um hotel, mas agora tava sem grana) e duas meninas do Rio. Eu e meu irmão passamos boa parte da noite batendo um papo com os franceses da nossa trilha (em inglês), com o namorado do Rio, um belga amigo dele e uma outra francesa. Era nossa segunda noite dormindo no trem.
Sábado de manha eu prestei um concurso pra Defensoria Publica da União. A primeira e a segunda fase eram seguidas, então tinha prova sábado de manhã (teste), sabado a tarde (escrita) e domingo de manhã (pratica). Eu cheguei pra fazer a prova do sábado que começava na Unip as oito da manhã. Só podia fazer prova com caneta preta transparente, que eu ainda tive que pedir emprestado. Eram 200 questões (cada uma do tamanho de um pequeno conto) onde tinha q responder certo ou errado e uma questão respondida errada anulava uma certa. Só corrigiriam as provas das fases seguintes dos 200 primeiros (porque tinham 100 vagas). Eu olhei em volta, vi um gordos escrotos e carecas com a camisa (camisa mesmo, não camiseta) pra dentro da calça, olhei pra prova, olhei em volta, olhei de novo pra prova e comecei a rir. Meu, o que que eu tava fazendo ali, perdendo meu sábado de manhã naquela merda de concurso¿ Eu não nasci pra isso, não gosto nem nunca vou gostar disso, eu to querendo enganar quem¿ Meio dia eu tava pegando o busão de volta pra Jaú.... Já dizia o Chris Cornell, `Be Yourself is all that you can do´...
Sendo myself...
Ai Terça feira a tarde eu tinha uma entrevista numa Agencia. Uma parte de mim (a que fala até com o sotaque da minha mãe) me dizia pra ir de camisa, tirar os brincos e faze a barba. Mas não, eu tinha prometido pra mim mesmo que seria eu mesmo e não poderia me trair, mais uma vez. Fui de camiseta preta mesmo, não fiz a barba nem tirei os brincos. E nem precisava, o cara que me entrevistou, tava com uma camiseta do Slipknot, cabelo nas costas, calça vermelha e tinha o corpo revestido de tatuagens e piercings. Eu teria parecido um babaca se fosse vestido de camisa, talvez ser eu mesmo não seja tão ruim se eu estiver no lugar certo...
O terceiro dia de trilha foi tenso, muitas subidas, descidas e pedras molhadas, e dessa vez eu tava carregando a mochila (no dia anterior eu e meu irmão tínhamos entulhado tudo nosso pesado em uma só mochila e contratado um carregador). Mas pior que o segundo dia não dava pra ser, eu só tava puto de ter dormido mal pra cacete porque na noite anterior tinha chovido mais dentro da minha barraca do que fora e eu tava todo molhado da cintura pra baixo. A trilha era até mais bonita nesse ultimo dia, tinha umas cachoeiras e grutas pelo caminho e nós já estávamos na altura das nuvens. Horas de cansaço e joelhos e pernas doendo depois, chegamos no ultimo acampamento. Esse supostamente era o melhor acampamento, era atrás de um restaurante onde jantaríamos e poderíamos tomar um banho (vigiado, com um cara enchendo o saco se você demorasse) se pagássemos 10 soles por ele. O problema é que bem as barracas do meu grupo, ficavam logo na ribanceira do rio, numa barrera do caralho, nada estável, que cairia na primeira chuva forte (e onde um dia depois morreria uma mochileira Argentina). Chegamos, tomei um banho com dinheiro emprestado, caí na lama quando voltava pra minha barraca, sujei as poucas roupas que me restavam e tive que arranjar grana pra tomar outro banho! Bom, depois jogamos mais Cabeza de Mierda com nosso grupo e com os goianos, jantamos e fizemos uma homenagem aos porteadores a pedido dos guias. Fomos dormir quebrados, mas mais felizes de estar próximos da civilização, já que no restaurante pelo menos tinha energia elétrica até mais tarde.
No quarto dia, acordamos muito cedo porque só os primeiros que chegam a Machu Pichu podem visitar Wayna Pichu, uma montanha alta do lado das ruínas. Tomamos café correndo e fizemos a ultima parte da trilha que faltava, de só uma hora e pouco na correria. Ainda bem que eu que já tava puto com a trilha nem me dei muito ao trabalho de correr, já que um cara do meu grupo saiu correndo e até chegou a tempo, mas foi à toa, já´que os ingressos de entrada pra Machu Pichu estavam com os guias, que só chegaram junto com os últimos integrantes do nosso grupo. A primeira visão que eu tive de Machu Pichu não foi muito animadora, ainda era de madrugada, eu tava puto com a vida e com o mundo e na verdade só dava pra ver neblina (vídeo do meu desapontamento no youtube). Mas logo que fomos chegando mais próximos das ruínas e o tempo foi melhorando eu já comecei a ficar mais animado. O lugar é realmente fenomenal, a vista é linda, a arquitetura é perfeita e imaginar aquele lugar povoado é fantástico. Nosso guia começou a dar explicações sobre o que era o que, sobre a engenharia do lugar e tal, quando outro guia chegou no ouvido dele e disse que estavam evacuando Machu Pichu e que talvez teríamos que sair dali de helicóptero. Ai o Alberto, nosso guia, deu uma acelerada na explicação e nos soltou pra explorarmos as construções sozinhos. Saímos então pra tirar umas fotos, posando de múmias inca, fazendo rituais de sacrifício, tirando braço de ferro, admiramos algumas llamas, passamos pelos outros turistas, que aparentemente viajavam quilômetros e quilômetros soh pra fumar um banza em meio as ruínas, paramos numas pedras pra ficar admirando as construções de longe e enquanto subíamos em lugares proibidos pra tirar fotos, vimos uns guardinhas locais se aproximando, supondo logo que seria pra nos dar alguma bronca. Mas não, na verdade eles só queriam avisar que tínhamos de ir embora, porque Machu Pichu estava sendo evacuada. Olhamos em volta e percebemos que não mesmo quase ninguém em volta, a gente tava se sentindo moh Indiana Jones explorando o local deserto, mas nem tinha dado bola. Alienados o máximo possível, seguimos então os guardas até a saída e pegamos o busão pra Águas Callientes, cidade mais próxima das ruínas de onde geralmente saem os trens pra Cusco. Já nesse busão deu merda. Pagamos sete dólares pela passagem e o filho da puta só andou com a gente uns cinco minutos e depois nos largou no meio do nada porque não dava pra seguir em frente, a chuva tinha derrubado uma ponte que ligava os locais. Moral da história, tivemos que seguir por uma TRILHA, sim, mais uma, depois de todo o cansaço que já estávamos pra Águas Callientes. E pior que essa trilha era bem mais divertida, passávamos pelo meio do mato mesmo, por trilhos de trem e finalmente por uma ponte que já estava quase sendo consumida pela fúria do rio. Chegamos então em Águas Callientes,e nos dirigimos pra quadra central, de onde disseram que sairiam os helicópteros. Lá, encontramos as brasileiras de Potosi, que tinham terminado a trilha um dia antes e que disseram que nenhum helicóptero tinha saído ainda. Eu já comecei a ficar puto, pensei que teria um helicóptero me esperando assim que eu chegasse e já tinha gente la há mais de um dia¿ Puta que pariu! Ai chegou o prefeito da cidade e se pronunciou dizendo que mais pro final do dia iam chegar dois (soh dois!!!) helicópteros (que no final nem chegaram) pra levar os idosos, as mulheres e as crianças embora. Ai a galera que tava reunida la, formada praticamente soh de gente na faixa dos vinte e poucos anos ficou puta, começaram a gritar ´No hay plata!´, com uma emoção que eu nunca vou esquecer. O prefeito disse então que ia providenciar comida e lugar pras pessoas ficarem. Mas ainda assim, eu perderia meu vôo do dia seguinte e tava sem um puto no bolso, soh com o cartão de crédito que não era aceito em quase nenhum lugar. Eu saí chutando, xingando e amaldiçoando o Peru o Maximo que pude no caminho pro restaurante onde a turma que tinha feito a trilha com a gente combinou de se encontrar. Lá reencontramos nossos guias da trilha, que não traziam noticias muito animadoras. A chuva tinha derrubado o trilho de trem, as pontes que ligavam a cidade e voltar pela trilha era impossível e muito perigoso. O restaurante aceitava cartão, então tomei umas cervezas pra passar a raiva e comemos um pouco (lá, eu até experimentei a nervosa – de cheia de nervos mesmo- carne de llama, que o Java do Sul, tinha pedido e não tinha aguentado comer). Passei a tarde então na quadra, sozinho de puto, esperando noticiais enquanto o Guto e meu irmão mandavam notícias pra casa. Ficamos sabendo que quem tinha passagem de trem comprada ( a agencia da trilha tinha comprado as nossas) poderia dormir nos vagões dos trens e nos dirigimos pra la pra garantir um lugar pra passar a noite. No nosso vagão conhecemos um casal do Rio, que já estava dormindo no trem desde o dia anterior, porque o albergue em que estavam tinha subido o preço em 200 por cento quando ficou sabendo da crise. Bando de peruanos do caralho! De repente tudo la valia ouro, o dólar não valia nada e as hospedagens ficaram super caras. Também conhecemos aquele que viria a se tornar o ´Pequeno Consul´, um outro carioca, repórter que tinha o telefone do cônsul e tava ligando pra ele toda hora pedindo ajuda. Estávamos morrendo de fome, mas tínhamos gastado nossos últimos trocados em água, que subia de preço a cada segundo, então preferimos nos garantir. Lá pelas nove da noite nos serviram um pãozinho sem recheio e puto da vida, dormimos sentados no vagão ´brasileiro´do trem, onde também ficaram vários outros que fizeram a trilha conosco.
No dia seguinte, eu já acordei puto porque não tinha saído quase ninguém no dia anterior e eu não tava ouvindo barulho nenhum de helicóptero (eles só começavam a fazer o resgate la pelo meio dia, que era quando o tempo clareava, antes era arriscado por ser uma região cheia de montanhas). Pelo visto ainda passaríamos um bom tempo por lá. Não nos deixavam sair da estação porque quem saia não estava conseguindo voltar (já que tinha muita gente querendo entrar) então meio que ficamos em cativeiro. O jardinzinho da estação virou um enorme varal, com gente dependurando roupas pra secarem em todo canto (foi assim que roubaram minha calça vermelha) e gente de todo o mundo tomando um sol na prisão. Na hora do almoço serviram um pão (do tamanho de um pão do McDonalds) com uma fatia de peito de peru e um copo de agua pra cada um. Eu fiquei puuuto, já que no dia anterior tinha jantado a porra de um pãozinho sem recheio e tava voltando de uma trilha de 50 km de caminhada, cansadaço de toda aquela merda. O Pequeno Cônsul tentou agitar uma revolta, mas não teve jeito, o almoço foi só aquilo mesmo e continuamos presos. Durante toda a tarde, no máximo umas 50 pessoas foram resgatas, tinha poucos helicópteros trabalhando e eles tavam demorando pra cacete pra fazer cada resgate. A noite nos serviram outro pãozinho daqueles, com chá de coca e depois nos liberaram pra cidade. Na praça central da cidade, tinha várias barracas montadas, cada uma com a bandeira de um país diferente, com o pessoal se organizando pra fazer listas de quantas pessoas de cada pais tavam la pra enviar pro cônsul. Encontramos de novo o Pedro (maluco da lanterna na chuva), os goianos, etc. Mas voltamos logo pra estação com medo de sermos deixados pra fora. Essa noite, mudamos pra outro vagão mais confortável, junto com o pessoal do sul (que na primeira noite tinha pago um hotel, mas agora tava sem grana) e duas meninas do Rio. Eu e meu irmão passamos boa parte da noite batendo um papo com os franceses da nossa trilha (em inglês), com o namorado do Rio, um belga amigo dele e uma outra francesa. Era nossa segunda noite dormindo no trem.
sexta-feira, março 05, 2010
quinta-feira, março 04, 2010
Ah, antes de continuar a história, outro adendo, agora contendo a versão do Guto e do meu irmão pro dia que eu sumi: ´Estávamos em Cusco, o umbigo do mundo (chove todo dia, e no umbigo acumula água, palabras do Guto), no Mama África (eu só ia saber diferenciar esse lugar dos outros dias depois), encontramos as brasileiras de Potosi de novo e uns cariocas que conhecemos em Quijarro. O gust começa a cair em cima dos outros, da a blusa pro Guto segurar, fuma com umas argentinas e some pela porta do Mama África. Guto e Gui saem correndo atrás dele, procuram no banheiro, saem da balada correndo e não o encontram. Começa a Saga. Os dois voltam pro Mama África e não o acham, procuram pela Plaza e em outras baladas (sempre perguntando pelo moicano). Voltam pra primeira balada e não o encontram de novo. Vão até o hostel, entram no quarto, perguntam pro cara da recepção e não me encontram. Voltam pra Plaza central. Perguntam pro segurança de uma balada por um cara de ´perro moicano´(pelo = cabelo, perro = cachorro) e o segurança dá risada, falando que perros não eram permitidos ali. Então eles sentam na escadaria da praça, chega um cão, eles fazem o vídeo que pode ser visto no meu canal no youtube sobre a busca. Eles então passam minha descrição pra Polícia Turística, que prometeu me procurar. O guarda perguntou se eu estava ´tomado´. Guto responde ´um poquito´ e o guarda dá risada. Então os dois voltam pro hostel e não me encontram de novo. O recepcionista do hostel pergunta se eu tinha ´pinton´ (era boa pinta), e que se fosse o caso poderia estar com chicas. Meu irmão e o Guto então deram risada e explicaram que ´pinton´no Brasil era pintudo e não boa pinta. Aí eles ficam conversando sobre pinto e falsos cognatos e o Guto vai se deitar. Meu irmão passa a madrugada na recepção, fazendo amizade com um australiano, que até convidou ele pra ir pra casa dele. Então chega uma funcionária do hostel chorando porque na rua haviam apontado uma arma pra ela, só pra preocupar um pouco mais o meu irmão. Gui vai então pro bar do hostel com os australianos e quando decide finalmente ir deitar, encontra o Gust milagrosamente na cama. Gui acorda seu irmão, o xinga e vai dormir. Fim do adendo.
O rafting no rio Urubamba foi bem diferente do que fizemos em Brotas, no rio Jacaré Pepira. O rio peruano não tinha quedas dágua, mas em compensação tem uma correnteza muito mais forte. É tão comum as pessoas caírem na água, que antes de irmos pros botes paramos num alojamentozinho onde nos deram roupas térmicas, jaquetas, capacetes e coletes salva-vidas. No busão, conhecemos o Vinícius e o Pedro (um Java alternativo), que não sabíamos mas no futuro ainda fariam a trilha inca e morariam no trem com a gente. Partimos então pros botes, praquela liçãozinha básica de comandos, como em brotas, só que em español (Comandos: Adelante, Atrás, Esquierda, Derecha, Dentro) Também demos sorte porque nosso guia era muito mais animado e gente fina que o que pegamos em Brotas (o Guto, homemória, lembrava até que ele chamava Dimas). No bote fomos eu, meu irmão, o Guto (que logo se ofereceu pro cargo de Hombre Cuerda, o cara que tinha que pular na água pra amarrar o bote na margem quando necessário, na verdade, mesmo antes dele se oferecer, depois que o Diego sonhou que ele era o líder eu e meu irmão sempre empurrávamos ele pra qualquer decisão ou posição de comando), dois velhos argentinos (um deles um hijo de la putana que toda hora pulava pra dentro do bote e parava de remar) e a filha de um deles. Os gaúchos dividiram o bote com um velho gordo do Alasca que tava com uma puta gostosa, que logo advínhamos ser uma acompanhante de luxo. A vista de dentro do rio é fabulosa, cercada de montanhas e a velocidade que o bote vai graças a correnteza é animal. Foi muito fera! As fortes e freqüentes chuvas já tavam começando a afetar o rio, que tava ficando mais forte do que o normal, tivemos ate que fazer parte do percurso a pé, pelas pedras que cercam o rio (que se bobear era mais perigoso do que ir por dentro dele) porque os guias ficaram com medo de perder o controle dos botes e se virassem ali na correnteza, quem caísse tava fudido. Outra coisa foda é que a água era gelada para caralho, e toda hora vinha uma onda na nossa cara, saímos dos botes tremendo de frio e temendo pegar uma gripe bem antes da trilha inca. Quando acabou o rafting, voltamos pro alojamento tomar um banho quente e tomar uma sopa tinindo de quente (eu que nunca fui muito fã de sopa, tava achando a comida mais deliciosa de mundo só de diminuir o frio fodástico que eu tava sentindo). Depois ainda serviram um pollo frito (faltando tempero, como a maioria dos frangos que nos foram servidos) com salada, batatas fritas e arroz. Aí ofereceram pra quem quisesse fazer um zip line (tipo uma tirolesa, só que você vai amarrado pela cintura) sobre o rio. Eram quatro passadas sobre o rio, por 25 soles, e eu e o Guto acabamos fazendo. Na primeira, quando eu subi no pilar de onde saia o zipline, não tava conseguindo fazer minhas pernas pararem de tremer de medo. Juro, foi mais tenso pra mim do que pular de pára quedas, se eu morresse da queda de páraquedas, seria instantâneo, eu nem ia sentir nada, se eu caísse do zipline, ia cair num rio com uma puta correnteza forte do caralho, onde ninguém ia conseguir me salvar nem se quisesse e eu ia ficar me debatendo no rio por sabe lá Deus quanto tempo. Mas depois que a primeira viagem foi sem problemas, as outras três vieram sussa. Ai pegamos o busão de volta pra Cusco e jantamos (muito provavelmente no Mac). Essa noite no hostel, dividimos o quarto com um engenheiro músico americano (que ficava escrevendo poesias na cama do lado enquanto eu escrevia anotações das minhas memórias), um australiano (a primeira coisa que ele me perguntou era se eu tinha marijuana) e dois argentinos (é, só cabiam 6 no quarto, mas um deles dormiu num saco de dormir no meio do quarto, o que deixou o Guto puto, que já tava puto deles fumarem lá dentro e claro, deles serem homens). Mais tarde, tomamos mais algumas no barzinho dentro do hostel (que vendia até Brahma), onde vimos um irlandês atear fogo ao próprio peito a troco de bebida de graça (a mesma que ele jogava no peito e acendia) e conversamos com um outro grupo de brasileiros recém chegado no hostel que falava español tão bem quanto eu falo cantonês (´Me serve uma cervessa¿ Buenasso!´). Depois, esperamos a forte chuva que tava caindo diminuir e fomos pras baladas (eh tão bom poder falar isso no plural). Meu irmão, coitado, ficou dormindo nesse dia porque no dia anterior ficou que nem um loco me procurando pelas ruas e eu me separei do Guto logo na primeira balada, onde ele se deu bem com uma mina de Brasília. Eu continuei bebendo de balada em balada, em toda que eu entrava tinha alguém que agente já tinha visto antes em algum momento da viagem, no hostel ou alguém do Brasil que não tínhamos conhecido ainda, era demais poder se sentir popular em uma balada em outro país (outras baladas top: Bullfrog, Mushroom, Inka Team, Roots – onde um dia tinha dois malucos tocando Didjeridoo). Nas ruas sempre tinha algum maluco oferecendo marijuana ou ´coquita´.
No dia seguinte, visitamos uma igreja que foi construída sobre as ruínas de um templo inca e alguns museus, um deles onde tinha uma múmia inca e alguns crânios incas, muito locos, porque são deformados, parecem de alienígenas, são mais compridos na vertical, porque os incas menos favorecidos usavam uns negócios na cabeça pra deformar seus crânios porque seus chefes acreditavam que eles ficavam mais obedientes assim (bão, mais inteligentes eu eles não iam ficar). Tiramos mais alguns milhares de fotos (no total, foram mais de 12,6 GB de fotos e vídeos) e comemos mais alguns Big Macs e Doble Cuartos (lanche que só tem lah, maior que o normal, com duas carnes maiores que o normal e mais queijo). A noite só demos uma passada pelas baladas, sem nem beber direito e voltando cedo porque no dia seguinte começava a trilha inca. Essa foi a única noite que eu não chapei e conseqüentemente não dancei. Uma mina me perguntou em inglês se eu não dançava, eu disse que naquela noite não e ela respondeu ´You only live once´, o que me fez me sentir mal por ter que ir embora cedo e me recordou de algo que eu sempre lembrei os outros, mas as vezes eu mesmo acabo esquecendo, que o dia de hoje nunca mais voltaria, ainda que todos os outros dias eu tivesse curtido ao máximo, bem no que eu não curti, o destino já me lembrou de que eu não iria viver pra sempre.
Eis que chega então o famigerado 22 de janeiro de 2010, data em que começaria nossa peregrinação pela temida trilha inca. Pagamos o hostel (diária de 33 soles por dia, por cabeça) e deixamos o maior peso das mochilas no hostel (na verdade, eu deixei até a mochila, só levei uma minúscula pra trilha pq sabia que não agüentaria muito peso).Pegamos um ônibus até a trilha, que no caminho parou em uma cidadezinha pra comprarmos comidas de ultima hora e cajados. Lá, uma velha índia inca nos pediu esmola, não demos nada e ela nos rogou uma praga em uma língua desconhecida (que com certeza não era español). Na hora, eu falei que ela tinha nos amaldiçoado zoando, mal sabíamos que uma catástrofe ainda estava por vir, talvez por não termos ajudado aquela pobre velhinha. Depois o ônibus seguiu até o início da trilha, onde os guias nos serviram bananas (olha o Guto aprendendo coisas pra usar em Torrinha) e o espertão aqui que tinha ido de shorts, foi vestir uma calça e dar um jeito de colocar o gigantesco saco de dormir alugado preso na pequena mochilinha do Mackenzie. Nosso grupo era formado por dois guias, três porto alegres (os dois do rafting e a Karina, que viajava com eles), dois baianos, um japa, dois franceses (o Emerich, que faz engenharia na Usp e fala português eo Antoine; era pra serem tres, mas um deles já queimou a largada passando mal no caminho no busão), o Fogazza (um cara parecido fisicamente com o Foggy, mas chato pra cacete) e nós três. O primeiro dia transcorreu sem problemas, eu achei até que as três paulistas patricinhas, nojentinhas (como eu) e vegetarianas (que comiam no Burguer King whopper sem carne), que tínhamos conhecido em Copacabana tavam exagerando quando disseram que era insuportável. A trilha do primeiro dia era sossegada, deu pra acompanhar o guia da frente (um ia na frente e outro atrás) junto com o Guto e meu irmão, conhecemos plantas alucinógenas e medicinais, não andamos muito e logo paramos para acampar. O primeiro acampamento era na subida de uma montanha, do lado de um pequeno riozinho. Não tinha energia elétrica, então tivemos que dormir logo depois da janta. Meu irmão perdeu a lanterna dele já bem no primeiro dia, derrubando ela dentro da fossa que tínhamos pra banheiro (´gente, tenho uma boa e um má noticia, a boa é que o banheiro agora tem luz, a ruim é que eu perdi minha lanterna´). Eu nem conheci esse banheiro, pouco antes, perguntei aonde era e disseram lá atrás, eu acabei mijando num curral de ovelhas, tomei um susto porque quando tava mijando uma ovelha soltou um ´Bah!´, que eu achei que era o gaúcho (que falava ´Bah!´pra tudo). O pessoal da trilha servia chá de coca cinco vezes por dia, quando nos acordavam, de novo no café, no almoço, no chá da tarde e na janta. Cabiam só dois por barraca, ai o Guto dividiu uma como Vinicius e eu e o Gui ficamos em outra. Graças a Deus q era com o meu irmão, pq de madrugada, quando dava vontade de mijar, eu só punha o pau pra fora da barraca e mijava, nem tinha que levantar (e pensar que um dia eu já tive timidez urinária...). Ainda bem que todo mundo já tava dormindo pq não devia ser uma visão muito agradável. Depois fiquei sabendo q o Guto e meu irmão também faziam isso, devia ser só barraca com pinto pra todo lado se alguém tivesse vendo...Essa noite foi a que menos entrou água na barraca, eu nem achei tão ruim, mal sabia eu o que o futuro guardava de água pra minha barraca e pra minha vida.
No segundo dia, fomos acordados antes do sol nascer, com os carregadores nos entregando chá de coca na porta de nossas barracas. Os carregadores (´porteadores´) são os peruanos com mais cara de indío mesmo, que só falam keshua (língua inca antiga) e carregam o maior peso (barracas, comida, panelas, cadeiras, mesas) pela trilha. São os burros de carga da trilha. Tomamos café (tinha até leite com chocolate e panquecas), pagamos um porteador pra levar nossas mochilas nesse dia que era só de subida e começamos nossa peregrinação. Ow, vida lazarenta! O segundo dia, mesmo sem mochila, foi tenso! Era só subida, sem brincadeira, uns 12 km, pra subir a mais de 4.000 metros de altura acima do nível do mar (mais do que a altura de que saltamos de para quedas). E os degraus eram gigantescos e estavam molhados porque não parava de chuviscar nunca. Só nessa subida eu fiz uns 5 videozinhos xingando o Guto por ter dado a idéia, meu irmão por sair na frente e não me esperar e eu mesmo por estar ali (ainda tenho que juntar todos em um só pra postar no youtube quando tiver tempo e quando a raiva do Guto pelo vídeo do trem passar). Eu nem acreditei quando finalmente, lá pelo meio dia, depois de umas 5 horas de caminhada na subida chegamos no local a partir de onde só teria descida. Lá o Guto tava semi vivo descansando (vídeo no youtube;orkut) depois de ter tirado a camiseta e torcido, derramando baldes de suor, fazendo uma americana dizer ´Grose!´e se afastar (meu irmão que contou isso, eu ainda devia ta na metade do caminho quando eles chegaram lá em cima). Descansamos um pouco, tomamos água e gatorade, comemos um snack dado pela agência, esperamos todo mundo da turma chegar pra tirarmos uma foto grupal e depois seguimos a descida. Ah, como descer era bom e sossegado! Em pouco tempo, depois de umas pedras escorregadias e vista de cachoeiras, chegamos no segundo acampamento. Tomamos o chá da tarde, jantamos e jogamos baralho com o pessoal da nossa turma e com nosso guia (ensinamos truco e aprendemos a jogar Cabeza de Mierda, um joguinho tipo Uno, só que usando baralho convencional, que todo mundo jogava lá no Peru). Depois fomos dormir, porque tavamos estorados de cansados e a caminhada do terceiro dia não seria tão menos punk que a desse dia.
O rafting no rio Urubamba foi bem diferente do que fizemos em Brotas, no rio Jacaré Pepira. O rio peruano não tinha quedas dágua, mas em compensação tem uma correnteza muito mais forte. É tão comum as pessoas caírem na água, que antes de irmos pros botes paramos num alojamentozinho onde nos deram roupas térmicas, jaquetas, capacetes e coletes salva-vidas. No busão, conhecemos o Vinícius e o Pedro (um Java alternativo), que não sabíamos mas no futuro ainda fariam a trilha inca e morariam no trem com a gente. Partimos então pros botes, praquela liçãozinha básica de comandos, como em brotas, só que em español (Comandos: Adelante, Atrás, Esquierda, Derecha, Dentro) Também demos sorte porque nosso guia era muito mais animado e gente fina que o que pegamos em Brotas (o Guto, homemória, lembrava até que ele chamava Dimas). No bote fomos eu, meu irmão, o Guto (que logo se ofereceu pro cargo de Hombre Cuerda, o cara que tinha que pular na água pra amarrar o bote na margem quando necessário, na verdade, mesmo antes dele se oferecer, depois que o Diego sonhou que ele era o líder eu e meu irmão sempre empurrávamos ele pra qualquer decisão ou posição de comando), dois velhos argentinos (um deles um hijo de la putana que toda hora pulava pra dentro do bote e parava de remar) e a filha de um deles. Os gaúchos dividiram o bote com um velho gordo do Alasca que tava com uma puta gostosa, que logo advínhamos ser uma acompanhante de luxo. A vista de dentro do rio é fabulosa, cercada de montanhas e a velocidade que o bote vai graças a correnteza é animal. Foi muito fera! As fortes e freqüentes chuvas já tavam começando a afetar o rio, que tava ficando mais forte do que o normal, tivemos ate que fazer parte do percurso a pé, pelas pedras que cercam o rio (que se bobear era mais perigoso do que ir por dentro dele) porque os guias ficaram com medo de perder o controle dos botes e se virassem ali na correnteza, quem caísse tava fudido. Outra coisa foda é que a água era gelada para caralho, e toda hora vinha uma onda na nossa cara, saímos dos botes tremendo de frio e temendo pegar uma gripe bem antes da trilha inca. Quando acabou o rafting, voltamos pro alojamento tomar um banho quente e tomar uma sopa tinindo de quente (eu que nunca fui muito fã de sopa, tava achando a comida mais deliciosa de mundo só de diminuir o frio fodástico que eu tava sentindo). Depois ainda serviram um pollo frito (faltando tempero, como a maioria dos frangos que nos foram servidos) com salada, batatas fritas e arroz. Aí ofereceram pra quem quisesse fazer um zip line (tipo uma tirolesa, só que você vai amarrado pela cintura) sobre o rio. Eram quatro passadas sobre o rio, por 25 soles, e eu e o Guto acabamos fazendo. Na primeira, quando eu subi no pilar de onde saia o zipline, não tava conseguindo fazer minhas pernas pararem de tremer de medo. Juro, foi mais tenso pra mim do que pular de pára quedas, se eu morresse da queda de páraquedas, seria instantâneo, eu nem ia sentir nada, se eu caísse do zipline, ia cair num rio com uma puta correnteza forte do caralho, onde ninguém ia conseguir me salvar nem se quisesse e eu ia ficar me debatendo no rio por sabe lá Deus quanto tempo. Mas depois que a primeira viagem foi sem problemas, as outras três vieram sussa. Ai pegamos o busão de volta pra Cusco e jantamos (muito provavelmente no Mac). Essa noite no hostel, dividimos o quarto com um engenheiro músico americano (que ficava escrevendo poesias na cama do lado enquanto eu escrevia anotações das minhas memórias), um australiano (a primeira coisa que ele me perguntou era se eu tinha marijuana) e dois argentinos (é, só cabiam 6 no quarto, mas um deles dormiu num saco de dormir no meio do quarto, o que deixou o Guto puto, que já tava puto deles fumarem lá dentro e claro, deles serem homens). Mais tarde, tomamos mais algumas no barzinho dentro do hostel (que vendia até Brahma), onde vimos um irlandês atear fogo ao próprio peito a troco de bebida de graça (a mesma que ele jogava no peito e acendia) e conversamos com um outro grupo de brasileiros recém chegado no hostel que falava español tão bem quanto eu falo cantonês (´Me serve uma cervessa¿ Buenasso!´). Depois, esperamos a forte chuva que tava caindo diminuir e fomos pras baladas (eh tão bom poder falar isso no plural). Meu irmão, coitado, ficou dormindo nesse dia porque no dia anterior ficou que nem um loco me procurando pelas ruas e eu me separei do Guto logo na primeira balada, onde ele se deu bem com uma mina de Brasília. Eu continuei bebendo de balada em balada, em toda que eu entrava tinha alguém que agente já tinha visto antes em algum momento da viagem, no hostel ou alguém do Brasil que não tínhamos conhecido ainda, era demais poder se sentir popular em uma balada em outro país (outras baladas top: Bullfrog, Mushroom, Inka Team, Roots – onde um dia tinha dois malucos tocando Didjeridoo). Nas ruas sempre tinha algum maluco oferecendo marijuana ou ´coquita´.
No dia seguinte, visitamos uma igreja que foi construída sobre as ruínas de um templo inca e alguns museus, um deles onde tinha uma múmia inca e alguns crânios incas, muito locos, porque são deformados, parecem de alienígenas, são mais compridos na vertical, porque os incas menos favorecidos usavam uns negócios na cabeça pra deformar seus crânios porque seus chefes acreditavam que eles ficavam mais obedientes assim (bão, mais inteligentes eu eles não iam ficar). Tiramos mais alguns milhares de fotos (no total, foram mais de 12,6 GB de fotos e vídeos) e comemos mais alguns Big Macs e Doble Cuartos (lanche que só tem lah, maior que o normal, com duas carnes maiores que o normal e mais queijo). A noite só demos uma passada pelas baladas, sem nem beber direito e voltando cedo porque no dia seguinte começava a trilha inca. Essa foi a única noite que eu não chapei e conseqüentemente não dancei. Uma mina me perguntou em inglês se eu não dançava, eu disse que naquela noite não e ela respondeu ´You only live once´, o que me fez me sentir mal por ter que ir embora cedo e me recordou de algo que eu sempre lembrei os outros, mas as vezes eu mesmo acabo esquecendo, que o dia de hoje nunca mais voltaria, ainda que todos os outros dias eu tivesse curtido ao máximo, bem no que eu não curti, o destino já me lembrou de que eu não iria viver pra sempre.
Eis que chega então o famigerado 22 de janeiro de 2010, data em que começaria nossa peregrinação pela temida trilha inca. Pagamos o hostel (diária de 33 soles por dia, por cabeça) e deixamos o maior peso das mochilas no hostel (na verdade, eu deixei até a mochila, só levei uma minúscula pra trilha pq sabia que não agüentaria muito peso).Pegamos um ônibus até a trilha, que no caminho parou em uma cidadezinha pra comprarmos comidas de ultima hora e cajados. Lá, uma velha índia inca nos pediu esmola, não demos nada e ela nos rogou uma praga em uma língua desconhecida (que com certeza não era español). Na hora, eu falei que ela tinha nos amaldiçoado zoando, mal sabíamos que uma catástrofe ainda estava por vir, talvez por não termos ajudado aquela pobre velhinha. Depois o ônibus seguiu até o início da trilha, onde os guias nos serviram bananas (olha o Guto aprendendo coisas pra usar em Torrinha) e o espertão aqui que tinha ido de shorts, foi vestir uma calça e dar um jeito de colocar o gigantesco saco de dormir alugado preso na pequena mochilinha do Mackenzie. Nosso grupo era formado por dois guias, três porto alegres (os dois do rafting e a Karina, que viajava com eles), dois baianos, um japa, dois franceses (o Emerich, que faz engenharia na Usp e fala português eo Antoine; era pra serem tres, mas um deles já queimou a largada passando mal no caminho no busão), o Fogazza (um cara parecido fisicamente com o Foggy, mas chato pra cacete) e nós três. O primeiro dia transcorreu sem problemas, eu achei até que as três paulistas patricinhas, nojentinhas (como eu) e vegetarianas (que comiam no Burguer King whopper sem carne), que tínhamos conhecido em Copacabana tavam exagerando quando disseram que era insuportável. A trilha do primeiro dia era sossegada, deu pra acompanhar o guia da frente (um ia na frente e outro atrás) junto com o Guto e meu irmão, conhecemos plantas alucinógenas e medicinais, não andamos muito e logo paramos para acampar. O primeiro acampamento era na subida de uma montanha, do lado de um pequeno riozinho. Não tinha energia elétrica, então tivemos que dormir logo depois da janta. Meu irmão perdeu a lanterna dele já bem no primeiro dia, derrubando ela dentro da fossa que tínhamos pra banheiro (´gente, tenho uma boa e um má noticia, a boa é que o banheiro agora tem luz, a ruim é que eu perdi minha lanterna´). Eu nem conheci esse banheiro, pouco antes, perguntei aonde era e disseram lá atrás, eu acabei mijando num curral de ovelhas, tomei um susto porque quando tava mijando uma ovelha soltou um ´Bah!´, que eu achei que era o gaúcho (que falava ´Bah!´pra tudo). O pessoal da trilha servia chá de coca cinco vezes por dia, quando nos acordavam, de novo no café, no almoço, no chá da tarde e na janta. Cabiam só dois por barraca, ai o Guto dividiu uma como Vinicius e eu e o Gui ficamos em outra. Graças a Deus q era com o meu irmão, pq de madrugada, quando dava vontade de mijar, eu só punha o pau pra fora da barraca e mijava, nem tinha que levantar (e pensar que um dia eu já tive timidez urinária...). Ainda bem que todo mundo já tava dormindo pq não devia ser uma visão muito agradável. Depois fiquei sabendo q o Guto e meu irmão também faziam isso, devia ser só barraca com pinto pra todo lado se alguém tivesse vendo...Essa noite foi a que menos entrou água na barraca, eu nem achei tão ruim, mal sabia eu o que o futuro guardava de água pra minha barraca e pra minha vida.
No segundo dia, fomos acordados antes do sol nascer, com os carregadores nos entregando chá de coca na porta de nossas barracas. Os carregadores (´porteadores´) são os peruanos com mais cara de indío mesmo, que só falam keshua (língua inca antiga) e carregam o maior peso (barracas, comida, panelas, cadeiras, mesas) pela trilha. São os burros de carga da trilha. Tomamos café (tinha até leite com chocolate e panquecas), pagamos um porteador pra levar nossas mochilas nesse dia que era só de subida e começamos nossa peregrinação. Ow, vida lazarenta! O segundo dia, mesmo sem mochila, foi tenso! Era só subida, sem brincadeira, uns 12 km, pra subir a mais de 4.000 metros de altura acima do nível do mar (mais do que a altura de que saltamos de para quedas). E os degraus eram gigantescos e estavam molhados porque não parava de chuviscar nunca. Só nessa subida eu fiz uns 5 videozinhos xingando o Guto por ter dado a idéia, meu irmão por sair na frente e não me esperar e eu mesmo por estar ali (ainda tenho que juntar todos em um só pra postar no youtube quando tiver tempo e quando a raiva do Guto pelo vídeo do trem passar). Eu nem acreditei quando finalmente, lá pelo meio dia, depois de umas 5 horas de caminhada na subida chegamos no local a partir de onde só teria descida. Lá o Guto tava semi vivo descansando (vídeo no youtube;orkut) depois de ter tirado a camiseta e torcido, derramando baldes de suor, fazendo uma americana dizer ´Grose!´e se afastar (meu irmão que contou isso, eu ainda devia ta na metade do caminho quando eles chegaram lá em cima). Descansamos um pouco, tomamos água e gatorade, comemos um snack dado pela agência, esperamos todo mundo da turma chegar pra tirarmos uma foto grupal e depois seguimos a descida. Ah, como descer era bom e sossegado! Em pouco tempo, depois de umas pedras escorregadias e vista de cachoeiras, chegamos no segundo acampamento. Tomamos o chá da tarde, jantamos e jogamos baralho com o pessoal da nossa turma e com nosso guia (ensinamos truco e aprendemos a jogar Cabeza de Mierda, um joguinho tipo Uno, só que usando baralho convencional, que todo mundo jogava lá no Peru). Depois fomos dormir, porque tavamos estorados de cansados e a caminhada do terceiro dia não seria tão menos punk que a desse dia.
segunda-feira, março 01, 2010
Como jah dizia a titia Alanis, isn´t it IRONIC?
Menos de um mês depois que eu, o Guto e meu irmão pegamos aquela crise de enchentes em Machu Pichu, meus pais viajam com a minha irmã pro Chile e pegam os maiores terremotos da história de Santiago. Alguns passeios foram cancelados, o aeroporto fechou até segunda ordem, restaurantes, lojas e supermercados estão fechados com medo dos saqueadores que aproveitaram o momento pra mostrar as garras. Pra quem nunca pegou um terremoto na vida, o primeiro não deve ser uma coisa muito divertida, por mais que diferente do nosso caso, minha família agora esteja em um hotel bom e preparado pra emergências. De qualquer modo, catástrofe natural, atraso de voo, notícias chegando assustadoras pra quem está aqui, agora eu e meu irmão fazemos idéia de como quem tava aqui se sentiu. Falei com eles ontem e estão todos bem, mas de qualquer modo não é uma situação legal, ainda mais acontecendo logo depois do que aconteceu com a gente. Eu chamo isso de porrada do destino, mas acho que o termo técnico é ironia mesmo.
Não percam em março, o lançamento do novo cd dos Baratas, Latin America Breakdown (LAB), só com músicas escritas durante o mochilão! Segue o tracklist, soh pra ir dando um gostinho e em breve posto a arte da capa!
1-Buenasso
2-Star llama
3-Olhos (os mamilos do rosto)
4-Maria Moicano
5-Inca de Kueka, o incrível Hombre Cuerda
6-Feira de Biscates
7-Quer espaço, vai pra Nasa
8-Juan Sebastian Bar
9-In-fan-Cia (cia. dos demonios internos)
10- Malas Palabras
11-Temperamento Sanitário
12- Sexo com esporas
13-Seria Woodstock o big bang?
14- Free Palestine (It´s a good price, I´ll take it)
15- U only live once
16- Orgasmo jurássico
17-Otra cerveza (cover)
Menos de um mês depois que eu, o Guto e meu irmão pegamos aquela crise de enchentes em Machu Pichu, meus pais viajam com a minha irmã pro Chile e pegam os maiores terremotos da história de Santiago. Alguns passeios foram cancelados, o aeroporto fechou até segunda ordem, restaurantes, lojas e supermercados estão fechados com medo dos saqueadores que aproveitaram o momento pra mostrar as garras. Pra quem nunca pegou um terremoto na vida, o primeiro não deve ser uma coisa muito divertida, por mais que diferente do nosso caso, minha família agora esteja em um hotel bom e preparado pra emergências. De qualquer modo, catástrofe natural, atraso de voo, notícias chegando assustadoras pra quem está aqui, agora eu e meu irmão fazemos idéia de como quem tava aqui se sentiu. Falei com eles ontem e estão todos bem, mas de qualquer modo não é uma situação legal, ainda mais acontecendo logo depois do que aconteceu com a gente. Eu chamo isso de porrada do destino, mas acho que o termo técnico é ironia mesmo.
Não percam em março, o lançamento do novo cd dos Baratas, Latin America Breakdown (LAB), só com músicas escritas durante o mochilão! Segue o tracklist, soh pra ir dando um gostinho e em breve posto a arte da capa!
1-Buenasso
2-Star llama
3-Olhos (os mamilos do rosto)
4-Maria Moicano
5-Inca de Kueka, o incrível Hombre Cuerda
6-Feira de Biscates
7-Quer espaço, vai pra Nasa
8-Juan Sebastian Bar
9-In-fan-Cia (cia. dos demonios internos)
10- Malas Palabras
11-Temperamento Sanitário
12- Sexo com esporas
13-Seria Woodstock o big bang?
14- Free Palestine (It´s a good price, I´ll take it)
15- U only live once
16- Orgasmo jurássico
17-Otra cerveza (cover)
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